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CPIs do MST, Lojas Americanas e manipulação de jogos: veja lista de baianos escalados para comissões

Por Edu Mota, de Brasília

Reunião da CPI do MST
Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados instalou nesta quarta-feira (17) três comissões parlamentares de inquérito (CPIs), uma para investigar a atuação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), outra sobre a manipulação do resultado de partidas em apostas esportivas, e uma terceira que avaliará a fraude contábil nas lojas Americanas. Os três colegiados devem concluir seus trabalhos no prazo de 120 dias, prorrogáveis por mais 60 dias, se assim decidirem seus membros.

 

Deputados da bancada da Bahia foram escalados pelos partidos e blocos para participarem das três comissões de inquérito. Na CPI do MST, que investigará a atuação do movimento e também de seus financiadores, farão parte da comissão os deputados Capitão Alden (PL), Charles Fernandes (PSD), José Rocha (União) e Valmir Assunção (PT). Todos serão titulares do colegiado. 

 

O deputado José Rocha (União Brasil) disse ao Bahia Notícias que seu foco na comissão será o de garantir a paz no campo e o respeito a quem produz. “Precisamos trabalhar para dar tranquilidade aos proprietários de terras, e também segurança jurídica para os produtores rurais do País”, disse o parlamentar.

 

Já o deputado Valmir Assunção (PT) disse que a CPI foi criada apenas para ser palanque da oposição, além de um instrumento para perseguição aos trabalhadores rurais sem terras. “Perderam a eleição, destruíram o Incra e agora estão sem palanque, não tem pauta a criam CPI para atacar o governo. Na verdade, os que cometem crimes ambientes e praticam trabalho escravo estão mais preocupados em criminalizar os movimentos sociais. Mas vamos combatê-los nessa CPI. Não vão parar as ocupações”, afirmou o parlamentar, que é egresso do MST. 

 

Para a CPI que investigará a manipulação de resultados de jogos de futebol por quadrilhas especializadas, foram indicados para serem titulares os deputados Bacelar (PV), José Rocha (União) e Paulo Azi (União). Como suplentes, farão parte da CPI os deputados baianos Leur Lomanto Jr. (União Brasil), Márcio Marinho (Republicanos) e Alice Portugal (PCdoB). 

 

O deputado Paulo Azi destacou que a manipulação de jogos não vem acontecendo apenas no Brasil, mas teria se tornado um problema mundial. Azi disse que a responsabilidade da CPI é a de dar respostas à sociedade. “Aqui no nosso país, que tem no futebol uma de suas principais paixões, nós da CPI precisamos buscar dar respostas às aflições da sociedade. O Brasil, que é o país do futebol, não pode conviver diariamente com notícias não sobre desempenho de times, vitórias, gols, mas a respeito de jogadores que foram aliciados por quadrilhas especializadas na manipulação dos resultados de partidas”, disse. 

 

Na comissão parlamentar de inquérito que vai investigar o rombo contábil registrado na Lojas Americanas, serão membros titulares, pela Estado da Bahia, os deputados Diego Coronel (PSD) e Jonga Bacelar (PL). Ao Bahia Notícias, Diego Coronel afirmou que vai apresentar requerimentos já na próxima semana para ouvir os envolvidos no escândalo. “Vamos apresentar requerimentos, vamos convocar pessoas, ouvir as versões de cada um. Ainda não temos uma ideia do que pode surgir nas investigações, até porque uma CPI a gente sabe como começa, mas não sabe com termina. Ao longo desses 120 dias muita coisa pode acontecer”, colocou o deputado.

 

O deputado Jonga Bacelar disse que a CPI tem que ser dura para punir os responsáveis pela fraude contábil que afetou milhares de pessoas e fornecedores. Para o deputado, não apenas os controladores precisariam ser responsabilizados pelo escândalo, mas também quem fraudou e maquiou os balanços. “Temos que punir os responsáveis, trazer eles aqui, investigar também e responsabilizar as empresas que auditaram os balanços. O que aconteceu com as Americanas por levar a uma quebradeira geral de empresas de varejo e até colapsar o sistema financeiro. Por isso temos uma grande responsabilidade nessa CPI”, afirmou Jonga Bacelar.