CPI do MST deixa para agosto votação sobre convocação de Rui Costa, mas aprova depoimento de G Dias
Por Edu Mota, de Brasília
Deputados governistas e oposicionistas da comissão parlamentar de inquérito do MST fizeram um acordo, nesta terça-feira (11), para que não fossem votados os requerimentos de convocação do ministro chefe da Casa Civil, Rui Costa. Três requerimentos para convocar o ministro estavam na pauta, mas por pedido dos autores, deputados Ricardo Salles (PL-SP) e Evair Vieira de Mello (PP-ES), a votação sobre convocação ou mesmo convite ficou para a primeira semana de agosto.
Houve intensa discussão a respeito da retirada de pauta dos requerimentos. Deputados governistas disseram que a tentativa de levar o ministro à CPI seria mero desejo de desgastar o governo Lula. Já os parlamentares de oposição afirmaram que não entendiam o “medo” do governo de ser aprovada a convocação do ministro Rui Costa, e querem que ele seja o primeiro a ser ouvido na CPI no retorno dos trabalhos.
Essa foi a segunda vez que deputados de oposição tentaram convocar o ministro Rui Costa. Um primeiro requerimento de convocação do ministro da Casa Civil havia sido retirado de pauta na sessão da CPI do dia 20 de junho, após governistas terem firmado acordo com o presidente e o relator da comissão. Novamente nesta terça, os membros governistas da comissão negociaram com os autores dos requerimentos e conseguiram deixar a votação para a primeira semana de agosto.
Dentro do acordo que foi estabelecido pelo presidente, deputado Coronel Zucco (Republicanos-RS), foi aprovada a convocação do general Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. G Dias, como é chamado, foi convocado como testemunha para prestar esclarecimentos sobre ações da ABIN no monitoramento de invasões de terra ocorridas durante sua gestão no GSI no atual governo.