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Presidente da Fieb avalia que reforma tributária deve melhorar produtividade da indústria

Por Fernando Duarte / Anderson Ramos

Coletiva Fieb
Foto: Fernando Duarte / Bahia Notícias

A reforma tributária, promulgada em sessão especial no Congresso Nacional na quarta-feira (20), deverá trazer benefícios significativos para a indústria brasileira nos próximos anos, foi o que projetou o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Carlos Henrique Passos, em coletiva de imprensa nesta quinta (21). 

 

Passos explicou que a tributação pelo valor agregado, um dos principais itens da nova regra fiscal, vai evitar a cobrança de imposto sobre imposto, o que vai beneficiar as cadeias produtivas prolongadas.

 

“É um grande ganho que deve gerar, a médio prazo, uma melhoria de produtividade para a indústria. Além de evitar a tributação, o principal efeito é de não obrigar uma indústria a fazer do início de um processo até o final para não ter capitalização de impostos. Assim, poderemos ter ecossistemas onde as partes especializadas atuam em cada segmento e, com isso, conseguir gerar lá na ponta um produto mais barato”, avaliou o presidente.

 

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Passos prevê que a simplificação de impostos almejado pela proposta, deve pôr fim a anomalias criadas por benefícios financeiros do setor público para a indústria.

 

“A reforma tributária traz um acolhimento de causas já bastante discutidas no setor industrial, e que, no modelo atual, não se conseguia fazer, daí vinha mil e um arranjos tributários, benefícios estaduais e federais para tentar mitigar esse problema de um arranjo tributário torto. Então, para resolver o problema, criava um bocado de coisas que muitas vezes atendia uma empresa, mas prejudicava outras. O esbouço do novo sistema tende a ser mais simples e, por ser mais simples, eu acredito que vai ser mais universal em relação a essas questões”, pontuou.

 

OTIMISMO MODERADO

Carlos Henrique Passos indicou que a perspectiva do setor no estado para 2024 deve ser similar ao que deve acontecer com a indústria nacional: um crescimento tímido. Em coletiva de imprensa, Passos e o superintendente da Fieb, Vladson Menezes, apresentaram as expectativas para o próximo ano, destacando especialmente a área de construção civil, que deve ter números maiores na comparação com o último ano.

 

Segundo Menezes, há uma preocupação com a influência de fatores internacionais e nacionais na produção industrial baiana, porém existem áreas que vão apresentar um crescimento ligeiramente maior. "Devemos ter um crescimento muito parecido com o crescimento da indústria no Brasil", frisou o superintendente.  Com isso, Menezes ponderou uma perspectiva otimista para a geração de emprego e renda na Bahia, em um contexto de estabilidade econômica. 

 

"Temos um ambiente favorável para 2024", garantiu Passos, citando a mesma estabilidade econômica sugerida por Menezes e acrescentando os impactos da perspectiva da redução da taxa de juros no aquecimento da economia. Oriundo da área da construção civil, o presidente da Fieb exemplificou as obras de infraestrutura e a retomada do Minha Casa, Minha Vida, com a chamada faixa 0, com recursos contratados pelo governo, e o uso de recursos do FGTS, que amplia as perspectivas para a classe média. "O ano da construção civil deve ser muito bom", reforçou.