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Alban elogia programa do governo e diz que quem não quer política industrial moderna é contra desenvolvimento do país

Por Edu Mota, de Brasília

Entrevista com Presidente da CNI, Ricardo Alban
Foto: Assessoria de Imprensa / CNI

O programa Nova Indústria Brasil, anunciado nesta semana pelo governo Lula, oferece um caminho consistente para revitalizar a indústria, fomentar investimentos em tecnologia e inovação e melhorar a competitividade do Brasil entre as principais economias do mundo. Quem afirma é o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o baiano Ricardo Alban.

 

De acordo com o documento apresentado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, o programa Nova Indústria Brasil prevê R$ 300 bilhões para financiamentos até o ano de 2026. O montante considera os R$ 106 bilhões anunciados na primeira reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, em julho, e mais R$ 194 bilhões incorporados. Os recursos serão geridos BNDES, Finep e Embrapii.

 

Para o presidente da CNI, questões abordadas pelo programa, como aumento da produtividade e digitalização, descarbonização dos processos produtivos, ampliação das exportações, qualificação profissional, não são temas de um segmento específico. Para Ricardo Alban, esses conceitos são da indústria e da economia como um todo, e por isso, seria este o momento de todos somarem para transformar políticas públicas em ações efetivas com foco no desenvolvimento do país. 

 

“Quem pode ser contra uma política industrial contemporânea como essa, que se propõe a fortalecer o setor industrial e impulsioná-lo como o indutor de um novo ciclo de desenvolvimento econômico e social?”, questiona Alban.

 

O programa elenca metas para todas as seis missões definidas, que devem ser cumpridas até 2033. A primeira meta do Nova Indústria Brasil visa ao fortalecimento das cadeias agroindustriais; a segunda meta envolve a área da saúde; a terceira meta trata da melhoria do bem-estar das pessoas nas cidades; a quarta meta foca na transformação digital da indústria; a quinta meta trata de bioeconomia e transição energética; a última meta tem como foco a defesa da indústria nacional, com objetivo de obter autonomia na produção de 50% das tecnologias críticas para essa proteção.

 

Apesar de elogiar a iniciativa do governo federal, o presidente da CNI diz que o programa ainda é pequeno diante do que ele chamou de “hiato” que aconteceu na industrialização brasileira. “Mas, já é um passo importante para que todos os atores da economia se juntem e, inclusive, possam permitir uma maior industrialização das nossas commodities agrícolas e minerais. Precisamos incrementar a nossa manufatura, com a agregação de valor e incentivo aos empregos de maior impacto socioeconômico”, defende Alban.

 

O presidente da Confederação Nacional da Indústria disse ainda acreditar que investimentos em sustentabilidade, produtividade e no fortalecimento de cadeias produtivas no país significa promover crescimento econômico e desenvolvimento social aos brasileiros. Para ele, é primordial a união de esforços para que a indústria aproveite a janela de oportunidades que as novas demandas mundiais, incluindo a geopolítica, estão oferecendo ao Brasil.

 

“O Brasil, enfim, tem uma política industrial necessária, adequada e viável. Ser contra uma política industrial moderna é ser contra o desenvolvimento do país. Temos, juntos, o compromisso de manter o rumo e propiciar os ajustes que venham a ser necessários”, conclui o presidente da CNI, Ricardo Alban.
 

 

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