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Governo tem boas notícias na economia: abril supera expectativas e desemprego é o menor desde 2014

Por Edu Mota, de Brasília

Carteira de trabalho
Imagem: Pedro Ignacio/Shutterstock.com

Um dia depois de sofrer derrotas em série na sessão conjunta do Congresso Nacional, o governo Lula recebeu boas notícias na área da geração de emprego no Brasil. Os números divulgados nesta quarta-feira (29) tanto pelo IBGE quanto pelo Ministério do Trabalho e Emprego revelam um forte aquecimento no mercado de trabalho. 

 

A Pnad Contínua do IBGE mostrou que a taxa de desemprego no Brasil ficou em 7,5% no trimestre encerrado em abril. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, encerrado em janeiro, houve estabilidade na desocupação, que era de 7,6%. No mesmo trimestre de 2023, a taxa era de 8,5%.

 

De acordo com o IBGE, o número apurado é o melhor resultado para este trimestre móvel desde 2014, e vem abaixo das projeções do mercado financeiro (7,8%). Com os resultados, o número absoluto de desocupados não teve alteração relevante contra o trimestre anterior, atingindo 8,2 milhões de pessoas. Na comparação anual, o recuo é de 9,7%.

 

A Pnad pesquisada pelo IBGE apurou também que no trimestre encerrado em abril, houve estabilidade na população ocupada, estimada em 100,8 milhões de pessoas. No ano de 2024, o aumento foi de 2,8%, com mais 2,8 milhões de pessoas ocupadas.

 

Outra fonte de boas notícias para o governo na área do emprego foi apresentada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, que divulgou os números de abril do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Segundo o Ministério, o saldo de empregos formais em abril alcançou 240.033 postos de trabalho gerados no mês. 

 

O resultado do Caged revelou o melhor saldo na geração de empregos em um mês de abril desde 2013. Os números do Caged também superam o que foi gerado no mês de abril de 2023, quando foram abertos 180.005 postos formais de trabalho. Segundo o Ministério do Trabalho, foram registradas 2.260.439 admissões contra 2.020.406 desligamentos no mês passado. O resultado ficou acima da mediana das estimativas de instituições financeiras, que projetavam a abertura de 214.448 vagas.

 

A geração de postos de trabalho foi positiva em todos os grandes grupamentos de atividades econômicas: serviços (+138.309), indústria (+35.990), construção (+31.893), comércio (+27.272) e agropecuária (+6.576).

 

O Caged mostrou que no acumulado do ano até abril, foi registrada a abertura líquida de 958.425 vagas, o melhor resultado desde 2010, positivo nos cinco grandes grupamentos econômicos e em 26 das 27 Unidades da Federação. O salário médio de admissão de novos empregados com carteira assinada ficou em R$ 2.126,16 em abril, vindo de R$ 2.089,20, em março. Já o salário médio de demissão ficou em R$ 2.205,96 em abril, contra R$ 2.189,78 um mês antes.

 

Se consideramos os últimos 12 meses, a geração alcança de emprego no Brasil chegou a 1.701.950 postos formais, 239.849 a mais do que o saldo gerado no ano de 2023.

 

O maior crescimento do emprego formal ocorreu no setor de Serviços, com um saldo de 138.309 postos de trabalho, um crescimento de 0,6%. O destaque na geração de emprego fica para os serviços de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (+61.096) e de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+40.127).

 

A Indústria, com 35.990 postos criados (+0,41%), foi o segundo melhor gerador de empregos no mês, com destaque para a fabricação de coque, derivados do petróleo e biocombustíveis (+4.943), a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (+3.647) e a fabricação de produtos de borracha e de material plástico (+3.051).

 

As cinco regiões do país apresentaram abertura líquida de vagas formais de trabalho em abril. Houve abertura líquida de vagas no Sudeste (126.411), no Sul (45.001), no Centro-Oeste (24.408), no Nordeste (23.667) e no Norte (15.745). No ano, as cinco regiões também acumulam abertura líquida: Sudeste (481.903), Sul (237.301), Centro-Oeste (124.883), Nordeste (62.095) e Norte (47.195).

 

Entre os estados o maior saldo foi registrado em São Paulo, com geração de 76.299 postos (+0,54%); seguido de Minas Gerais, que gerou 25.868 postos (+0,53%); e Paraná, com 18.032 postos gerados (+0,57%) no mês.

 

A pesquisa Pnad Contínua do IBGE também possui outras boas notícias para o governo federal em relação ao mercado de trabalho. É o caso do percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar – chamado de nível da ocupação, que ficou em 57,3%, o que revelou uma alta de 1,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. 

 

Outro dado positivo refere-se, segundo o IBGE, ao número de pessoas dentro da força de trabalho (soma de ocupados e desocupados), indicador que teve alta de 1,8%, estimado em 109 milhões. A população fora da força totalizou 66,8 milhões, estável em relação ao período anterior.

 

Veja abaixo os destaques da pesquisa do IBGE sobre emprego:

 

Taxa de desocupação: 7,5%
População desocupada: 8,2 milhões de pessoas
População ocupada: 100,8 milhões
População fora da força de trabalho: 66,8 milhões
População desalentada: 3,5 milhões
Empregados com carteira assinada: 38,188 milhões
Empregados sem carteira assinada: 13,6 milhões
Trabalhadores por conta própria: 25,5 milhões
Trabalhadores domésticos: 5,9 milhões
Trabalhadores informais: 39 milhões
Taxa de informalidade: 38,7%