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Salvador não prevê punição em caso de 'escolha' de marca de vacina

Por Ailma Teixeira / Rebeca Menezes / Matheus Caldas

Salvador não prevê punição em caso de 'escolha' de marca de vacina
Foto: Jefferson Peixoto / Secom

Pelo menos por ora, a prefeitura de Salvador não pretende punir quem deixar a fila por querer "escolher" a marca da vacina contra a Covid-19. A informação foi confirmada ao Bahia Notícias pela coordenadora de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Doiane Lemos.

 

Ela foi questionada sobre o assunto porque, na última semana, uma série de municípios determinou que, quem tentar escolher o imunizante que quer se vacinar, irá para o fim da fila da imunização – cidades como São Bernardo (SP) e Criciúma (SC), por exemplo, decidiram pela sanção.

 

Doiane indicou que a prefeitura vem identificando casos de pessoas que, já na fila da vacinação, desistem de prosseguir com a imunização por conta da marca da vacina.

 

“Em algumas situações, as equipes têm relatado isso. A gente lamenta, porque o vírus não escolhe pessoa A ou B. É o fato de a pessoa estar vulnerável que vai fazer com que o vírus infecte, e daí é uma roleta russa. Você não sabe como o vírus vai se comportar, se a pessoa vai ou não ter sintoma, se vai ter sintomas leves ou moderados, ou vai agravar e ir a óbito. A gente vem tentando sensibilizar a população para que não venha a desenvolver este tipo de prática”, explicou, em entrevista ao Bahia Notícias.

 

A diretora citou ainda um outro problema enfrentado no processo de imunização: o fato de algumas pessoas não voltarem para tomar a segunda dose. Porém, a gestão municipal conseguiu buscar de forma ativa as pessoas que não haviam voltado para completar o esquema vacinal - que, em maio, somavam cerca de 58 mil pessoas (veja aqui).

 

"A gente conseguiu consideravelmente melhorar os índices de segunda dose com várias estratégias. A gente chegou a um ponto de ter 80 mil atrasados. E com a disponibilidade de pontos de demanda aberta, pontos de hora marcada, a própria visita domiciliar feita pelos agentes comunitários e agentes de endemias, casa a casa, sensibilizando, o papel da imprensa também foi fundamental ao divulgar sobre a complementação do esquema... tudo isso - e a disponibilidade de doses - culminou na melhora significativa", avaliou Doiane.

 

Atualmente, em Salvador, 11.529 pessoas não apareceram para tomar a segunda dose da vacina da AstraZeneca/Fiocruz. Além disso, há outros 12,5 mil soteropolitanos que não tomaram a segunda dose da Coronavac. Porém, para a prefeitura de Salvador o número daqueles que não completaram o esquema vacinal pode ser ainda menor, já que há registros de pessoas que tomaram a segunda dose em outros municípios.