Covid: Prefeitura do Rio anuncia plano de flexibilização das medidas restritivas
A Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou um plano de flexibilização gradual das medidas de restrição na cidade nesta quinta-feira (29). De acordo com o portal G1, o planejamento tem 3 etapas, de 2 de setembro a 15 de novembro. O projeto foi chamado de "Rio de Novo".
Para o início da primeira etapa, é preciso que 77% dos cariocas tenham tomado a primeira dose da vacina contra a Covid e 45%, a segunda dose. Segundo o prefeito Eduardo Paes, essa fase será marcada por uma celebração de quatro dias, prevista para acontecer entre 2 e 5 de setembro.
No planejamento, é estimado que no dia 2 de setembro aconteça a liberação de eventos em ambientes abertos; de estádios (com metade do público com esquema vacinal completo); boates, casas de shows e festas em áreas fechadas, também com 50% do público com imunização completa.
Já no dia 17 de outubro, a liberação de estádios, boates, casas de shows e festas em áreas fechadas será modificada para 100% do público com esquema vacinal completo. O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, afirmou que os eventos terão checagem de situação vacinal das pessoas com o aplicativo Connect SUS, do Ministério da Saúde. Então, será barrado quem não tiver sido vacinado.
Por fim, para o dia 15 de novembro o planejado é que o uso de máscara seja obrigatório apenas no transporte público e nas unidades de saúde, além da livre circulação, sem restrição de capacidade e distanciamento. O prefeito do Rio considera o planejamento é otimista e conservador.
"Se houver necessidade, se o secretário de Saúde chegar para mim um dia e falar que não dá porque aumentou ou chegou uma nova variante imediatamente a gente interrompe qualquer processo de abertura e pode impor novas medidas restritivas (...) Tudo indica, nesse momento, os dados, internações, óbitos, que a gente vive um momento melhor. Não é um momento ideal ainda, por isso as restrições continuam e a abertura é gradual", explicou Paes.
No lançamento da primeira etapa de flexibilização, estão previstos: fechamento de ruas para o trânsito; eventos em pólos gastronômicos; DJs em pontos da orla; iluminações e projeções; apresentações musicais; ponto facultativo no dia 3 de setembro (sexta-feira); manifestações culturais e artísticas em centenas de pontos com priorização de artistas locais; meia entrada nos principais pontos turísticos da cidade; mapping e orquestra nos Arcos da Lapa;
programação especial nas cidades das Artes e do Samba; atividades em todas as vilas olímpicas da cidade; meditação, tai chi chuan e ioga em praças e parques; Taça Renasce Rio: partida comemorativa com 50% do público; campeonato de futebol solidário em comunidades e Jogos de Botequim.
O prefeito também prometeu que o réveillon será o "maior da história da cidade" e se tudo caminhar como o previsto, o Carnaval também vai acontecer. "Já estamos quase fechando os detalhes do apoio e do patrocínio que a prefeitura fará para as escolas de samba. Há uma cláusula que diz: 'Olha, caso não aconteça, na data programada, as escolas terão a obrigação de fazer numa data programada pela prefeitura'. Mas nós estamos programando diante dos dados – aí, desculpe, são os epidemiologistas que podem nos dizer – que a gente vai ter, sim, réveillon e carnaval", declarou.
São considerados como pré-requisito para redução de restrições: cenário epidemiológico favorável; continuidade da chegada de vacinas; manutenção da vacinação dos cariocas e a alta cobertura vacinal completa acima de 60 anos.
A realização do plano de flexibilização depende do cumprimento do calendário de vacinação, que pretende imunizar todos adultos com a primeira dose até agosto.