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operacao chuva
Operação prevista para os 365 dias do ano. Essa é a filosofia adotada pela prefeitura de Salvador para a "Operação Chuva". Apesar de a capital baiana ter entre os meses de março e junho a maior incidência de chuvas, a gestão se prepara ao longo de todo o ano. Segundo o diretor da Defesa Civil de Salvador, Sosthenes Macedo, um exemplo claro disso é a situação vivida na capital baiana nesta semana com a intensidade de precipitações.
"Essa semana por exemplo, verão e sol, e a gente tem chuva chegando com muita força no estado da Bahia. A gente fica atento também por Salvador, que é uma cidade com a topografia complexa, com histórico de deslizamento de terra, histórico de desabamento, de riscos", disse em entrevista ao Bahia Notícias.
"Nós reestruturamos a Defesa Civil de Salvador quando deixamos de atuar na perspectiva apenas da contingência, mas principalmente na perspectiva da prevenção. Uma série de programas do plano municipal de redução de riscos são colocados em ação. Um desses é o simulado, mas observe que para realização de simulados nós passamos por algumas etapas anteriores", acrescentou.
O simulado de evacuação de área citado por Sosthenes é uma das etapas seguidas pela Codesal na fase preparatória da Operação Chuva. O exercício iniciou com os moradores de Vila Picasso, na Capelinha, e Voluntários da Pátria, no Lobato. A ideia da Defesa Civil é avaliar, em tempo real, o processo de remoção das pessoas das áreas consideradas de riscos e preparar a comunidade a atuar em uma possível evacuação em períodos de intensa chuva.
Ainda durante o bate-papo, o gestor explicou o passo a passo das ações, que contam ainda com apoio de outras secretarias em atuação junto a Codesal.
"Nós realizamos simulados nas 14 áreas que contam com o sistema de alerta e alarme. Nós provocamos as populações destas localidades para que saibam quais os caminhos percorrer até a escola que servirá de abrigo. É uma parceria com a Secretaria Municipal da Educação eles recepcionam os moradores dessas áreas e de modo rápido a Secretaria de Promoção Social dá o acolhimento social a essas famílias", disse.
Sosthenes também esclarece que, segundo os protocolos da Codesal, o acionamento das sirenes do Sistema de Alerta e Alarme ocorre nas comunidades mediante um acumulado de chuva de 150 mm em até 72 horas, com a perspectiva de continuidade por mais 24 horas. Além disso, a instrução aos moradores de área de risco onde houve o acionamento é a saída imediata do imóvel, portando apenas documentação mínima e remédios.
"Somado a isso a vistoria do plano preventivo e defesa civil, que consiste na ida de engenheiros que realizam vistorias e apontam os sinais em que aquela localidade pode desdobrar com a chegada do fenômeno. Isso tudo feito nós enviamos o SMS, tempo esse em que nossas equipes de articulação comunitária se deslocam para campo para ir de casa em casa provocando as pessoas para que saiam da sua naquele momento de crise, que possam se abrigar ou na casa de algum vizinho, mas o município também sempre colocando à disposição as escolas e os abrigos do município para que elas estejam em condição de segurança no momento dos maiores acumulados pluviométricos", ressalta.
CONHEÇA A OPERAÇÃO CHUVA
Realizada anualmente entre março a junho, a Operação Chuva adota ações de prevenção e de resposta implementadas pela Prefeitura de Salvador por meio do Sistema Municipal de Proteção e Defesa Civil (SMPDC). Nas últimas três operações não foram registradas ocorrências fatais em decorrência das chuvas.
Ao longo da operação são intensificadas as vistorias técnicas, principalmente em áreas de encostas suscetíveis à deslizamentos de terra. Entre as ações preventivas, a Defesa Civil de Salvador, em parceria com a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb), aplica lona plástica para impermeabilização de terrenos de encostas. Além da colocação de lona, as equipes da Limpurb realizaram serviços de capinação, roçagem, retirada de entulho, remoção de terra, lixo e limpeza de valetas.
A aplicação de geomantas em áreas de risco integra também a estratégia de ações preventivas desenvolvidas pela Codesal, como preparativo para a Operação Chuva.
O diretor geral da Defesa Civil de Salvador (Codesal), Sostenes Macêdo, com base em dados da equipe de metereologistas do órgão muncipal, afirmou nesta sexta-feira (24), em entrevista coletiva, que o período chuvoso da capital baiana este ano será o menos intenso, quando comparado com os anos de 2020, 2021 e 2022.
"Em 2023 a gente tem a perspectiva, dada pelos nossos metereologistas, de que tenhamos menos chuvas do que nos últimos três anos, porém, com mais chuva do que a média histórica", pontuou Macêdo.
A fim de mitigar os efeitos adversos do alto índice pluviométrico comum aos próximos três meses, a prefeitura de Salvador lançou, na manhã desta sexta, a Operação Chuva. Segundo Sostenes, a iniciativa conssite em reforçar as equipes, não só da Codesal como também de todas as secretarias e órgãos do Sistema Municipal de Proteção e Defesa Civil.
Ao longo da Operação Chuva, todas as pastas envolvidas irão funcionar em esquema de plantão. Além disso, devem ser intensificadas obras de contenções de encostas, a implementação de geomantas e outras ações. "Teremos mais de R$ 100 milhões investidos", disse o diretor geral.
"Não é só o poder público [que deve agir], a gente precisa atuar a quatro mãos", disse, destacando o trabalho de conscientização e atividades prepatórias promovidas junto com a população durante todo o ano.
Integrando pela primeira vez a Operação Chuva, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Salvador deverá atuar na prevenção e no planejamento de ações nos territórios atendidos pela estratégia de mitigação de efeitos adversos da chuva no município. A informação foi confirmada pela vice-prefeita e secretária de Saúde, Ana Paula Matos (PDT), nesta sexta-feira (24).
"A Saúde tem ajudado na Operação Chuva, mas de modo não institucional. Agora, pela primeira vez, depois de 14 anos, a gente está estruturalmente nessa operação", elencou a titular da SMS.
De acordo com ela, se antes o trabalho se dava de maneira emergencial, através do trabalho do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) ou de ações decorrentes de surtos ou agravos a exemplo da leptospirose, a "lógica agora é a prevenção".
"Já estamos estudando junto com a Codesal quais as áreas que têm mais alagamento e intercorrências na Operação Chuva, estamos fazendo uma preparação epidemiológica dessas áreas colocando nosso CIEVS, também temos uma subcordenadoria de desastres, que agora vai atuar mais próximo, e outra de agravos", acrescentou.
Para além dessas frentes destacadas, a SMS, apontou Ana Paula, também irá promover de forma integrada, no contexto escolar, iniciativas que realizem consultas médicas, odontológias e outros serviços de saúde.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.