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anielle franco
Ministra da Igualdade Racial do Brasil, Anielle Franco marcou presença no Camarote Expresso 2222, nesta sexta-feira (29), no Circuito Barra-Ondina, no Carnaval de Salvador.
Em conversa com o Bahia Notícias, Anielle disse que é "é sempre mágico, importante e sinônimo de resistência" a festa soteropolitana e lembrou que um dos últimos carnavais que passou com a irmã, Marielle Franco, foi em Salvador.
"Para mim é sempre mágico, importante e sinônimo de resistência. Um dos últimos carnavais que passei com minha irmã foi aqui. Para mim tem um sentimento de infância, adolescência. Eu sempre digo que nosso povo preto luta todos os dias para estar vivo, batalhar e isso aqui também é político. A gente merece isso aqui. Eu sou muito fã da Bahia e depois vou para o Rio de Janeiro para desfilar no domingo", comentou.
Anielle também fez uma avaliação do governo do presidente Lula e afirmou que o cenário de "terra arrasada" encontrado pela gestão "não foi fácil" e que agora é "batalhar por um país melhor e um projeto político que a gente acredita".
"Eu confio muito no presente Lula. É uma honra e orgulho estar neste governo, mas a gente sabe que o que a gente encontrou de terra arrasada não foi fácil. Agora é comunicar o que tem sido efeito, batalhar por um país melhor e um projeto político que a gente acredita", disse Anielle Franco.
O Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por 60 dias o inquérito para investigação do ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, por importunação sexual possivelmente cometida contra a ministra da Igualdade Racial, Aniele Franco. As informações são da Agência Brasil.
A Polícia Federal pediu mais prazo para conclusão das investigações, pois há diligências pendentes. Uma delas é a oitiva do ex-ministro, que ainda não prestou depoimento. Anielle foi ouvida em outubro de 2024.
O caso tramita no STF, pois as acusações ocorreram quando Silvio Almeida ainda estava no cargo de ministro. O processo está sob sigilo.
O vice-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) e prefeito da cidade de Maricá, no Rio de Janeiro, Washington Quaquá postou uma foto, nesta quinta-feira (9), em que aparece ao lado de familiares de Domingos e Chiquinho Brazão, presos sob a acusação de ordenar a morte da vereadora Marielle Franco.
Na mesma postagem, o petista publicou um texto em defesa dos irmãos Brazão. “Eu quero afirmar o que eu já afirmei diversas vezes, porque não só conheço Domingos e Chiquinho Brazão, mas, além disso, li todo o processo e NÃO HÁ SEQUER UMA prova contra eles”, afirmou o político na publicação.
Ainda na publicação, o prefeito afirmou que “usaram a família Brazão de bucha de canhão para ocultar, inclusive, o fato de que o assassino brutal esteve um dia depois no condomínio onde moram Bolsonaro e seu filho. Isso foi deixado de lado pela investigação.
Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, disse a Quaquá que ‘tirasse o nome de sua irmã da boca’, e afirmou que acionaria a comissão de ética do partido contra o vice-presidente da sigla. “Inacreditável, depois de tudo o que a gente passou, ver pessoas se aproveitarem e usarem o nome da minha irmã sem qualquer responsabilidade”.
Além de Anielle, filiada ao partido em 2024, a presidente do PT, Gleisi Hoffman, se manifestou, repudiando os comentários do dirigente. “O PT luta desde o primeiro momento para que a justiça seja feita por Marielle e Anderson, com punição para todos os criminosos e repudia as manifestações de caráter exclusivamente pessoal do prefeito Washington Quaquá sobre os réus e o processo.
O ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, avalia a possibilidade de deixar o Brasil em 2025 para trabalhar no exterior. Demitido após denúncias de importunação e assédio sexual, Almeida tem mantido conversas com aliados e revelou ter recebido convites para atuar como professor em universidades estrangeiras.
Apesar das propostas, o ex-ministro ainda não tomou uma decisão definitiva, conforme informações do site Metrópoles.
Silvio Almeida já tem experiência no meio acadêmico internacional. Ele foi professor visitante na Universidade Columbia e pesquisador na Universidade Duke, ambas localizadas nos Estados Unidos.
O ex-ministro foi demitido após denúncias de assédio sexual. Uma das vítimas foi a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Após as acusações, negadas pelo ex-ministro desde o início, a Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para investigar os fatos.
Um mês depois das denúncias contra o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, vir à tona, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, falou pela primeira vez em rede de televisão nacional sobre os episódios de importunação sexual dos quais foi vítima.
Ela prestou depoimento à Polícia Federal esta semana e conversou sobre o assunto com o Fantástico, da TV Globo. Anielle começou esclarecendo o tipo de contato que mantinha com Silvio Almeida.
“Primeiro que a gente nunca teve nenhum tipo de relação antes da gente começar a trabalhar no mesmo governo, esse é um ponto. Segundo que a gente também nunca teve nenhum tipo de intimidade para que eu desse qualquer tipo de condição para ele fazer o que ele fez. Nenhuma”, frisou.
A ministra seguiu dizendo que Almeida era “bem desrespeitoso”. “Tinham diversas atitudes e momentos nos quais eu percebia a maldade, e sentia também outras intenções desrespeitosas”, lembrou.
As cenas perduraram por meses, ela contou ter relatado a membros do governo o que estava ocorrendo, no entanto não foi ouvida como esperava. Com a voz embargada, Anielle Franco lembrou que a importunação sexual começou com “falas e cantadas e mal postas”, e foi se agravando. “Vai escalando para um desrespeito pelo qual eu também não esperava. até situações que mulher nenhuma precisa passar, merece passar ou deveria passar”, disse.
Anielle ainda classificou o toque não consentido, a violência e o assédio contra o corpo de qualquer mulher como uma das coisas mais “abomináveis que possam existir”.
Questionada se a posição a qual Silvio Almeida ocupava – um homem negro ministro de Estado – foi uma barreira para que conseguisse denunciar antes, Anielle confirmou que se reservou ao silêncio público porque queria falar primeiro com as devidas autoridades competentes para o investigar o caso e que toda a luta do movimento negro não pode ser dada como perdida diante da postura de um único indivíduo.
“Nenhuma violência cometida por um indivíduo pode resumir ou diminuir a luta e a conquista do movimento negro. Uma luta que é histórica, uma luta que é de resistência. Assédio é assédio, violência é violência, e importunação é importunação. E isso precisa ser combatido. Independente de quem faça, de questão racial, social, isso precisa ser combatido, isso não é tolerável, não pode ser “, frisou.
Sobre como se sente em relação a toda exposição do caso, Anielle Franco disse estar vivendo uma mistura de sentimentos. “É uma mistura de sentimentos que vem na gente. Ao mesmo tempo que eu me senti invadida, vulnerável, exposta, eu também sinto uma gana danada de lutar por um lugar mais justo. Eu, Anielle, não permitirei que a minha história seja resumida à violência”.
A revista Veja deste fim de semana, que já está chegando nas bancas nesta sexta-feira (4), traz em sua edição a primeira entrevista da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, desde a demissão de seu colega dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. O ministro foi demitido no começo do mês de setembro após se tornarem públicas acusações de que ele teria assediado sexualmente a ministra Anielle e outras mulheres.
Nesta semana, na última quarta (2), a ministra da Igualdade Racial prestou depoimento à Polícia Federal, e confirmou ter sofrido importunação sexual por parte do ex-ministro Silvio Almeida. Anielle Franco, em depoimento que durou uma hora, alegou que as ações inapropriadas de Almeida começaram na transição do governo, antes da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Desde a demissão de Silvio Almeida, a ministra Anielle Franco ainda não havia falado publicamente a respeito da importunação que sofreu. A revista Veja traz em sua capa uma foto da ministra com uma frase dela dita na entrevista: "eu só queria que parasse".
Segundo contou a ministra da Igualdade Racial, no período de transição de governo, ela já começou a ouvir insinuações veladas de Silvio Almeida. Mais tarde, já como ministra, vieram as frases embaraçosas, os comentários sexistas e os convites impertinentes. Por fim, surgiram os gestos grosseiros e os toques indesejados e não consentidos por parte do então ministro.
Por não saber exatamente como reagir, Anielle Franco acabou agindo de forma contrária ao que ela mesma aconselharia às mulheres que passam pela mesma situação: a princípio, por medo e vergonha, a ministra se calou. "Ficamos com medo do descrédito, dos julgamentos, como se o que aconteceu fosse culpa nossa", reconhece Anielle na entrevista exclusiva.
"É importante deixar claro que o que aconteceu comigo foi um crime de importunação sexual", disse a ministra, ao quebrar o silêncio que se autoimpôs. Ao mesmo tempo, ela adverte que ainda é muito difícil tratar publicamente do assunto.
"A gente está falando de um conjunto de atos inadequados e violentos sem consentimento e reciprocidade, que, infelizmente, mulheres do mundo inteiro vivenciam diariamente", justifica.
A entrevista da ministra da Igualdade Racial a Veja foi concedida logo após ela prestar depoimento à Polícia Federal. Ao ser questionada pela revista sobre o que teria exatamente acontecido entre ela e o ministro dos Direitos Humanos, Anielle Franco preferiu não entrar em detalhes.
"Apesar da dor, da violência e da decepção, falei todo o necessário nas instâncias devidas, conforme me comprometi a fazer. Publicamente não quero entrar em detalhes, para preservar as investigações em em curso e também porque não quero repetir, repetir e repetir a violência. Traumas não são entretenimento", afirmou.
Na resposta à pergunta da Veja se ela teria de arrependido de não ter feito alguma coisa em relação ao episódio, ela disse ter se culpado pela falta de reação.
"Fico me perguntando o tempo todo por que não reagi na hora, por que não denunciei imediatamente, por que fiquei paralisada. Me culpei muito pela falta de reação imediata, e essas dúvidas ficaram me assombrando. Me lembrava de todas as mulheres que já tinha acolhido em situação de violência. Mas o fato é que não estamos preparadas o suficiente para enfrentar uma situação assim nem quando é com a gente. Eu me senti vulnerável", disse a ministra.
Clique aqui e confira a entrevista na íntegra no site da revista Veja.
Desde que assumiu o Ministério da Igualdade Racial em 2023, a ministra Anielle Franco vinha sendo alvo de importunação sexual por parte de um colega de trabalho, o Ministro Silvio Almeida, do Ministério dos Direitos Humanos.
De acordo com o depoimento da líder da pasta, divulgado pela Revista Veja, o ex-ministro fazia comentários eróticos, sussurrava fantasias sexuais no ouvido dela e chegou a tocar suas partes íntimas. Com o objetivo de evitar que a situação se tornasse um escândalo, Anielle convidou Almeida para um jantar para tentar colocar um ponto final nessa situação.
Este mesmo jantar foi usado por Silvio Almeida como um argumento que defende sua inocência. Segundo ele, a atitude de convidá-lo a um jantar é incompatível com a de uma mulher que estaria sendo vítima de assédio.
O ex-gestor também usou as mensagens trocadas pelos dois como prova de sua inocência. Em algumas mensagens, os dois trocam elogios e mensagens positivas. “Quero ser seu parceiro, a pessoa em que você pode confiar. Eu não estava bêbado quando conversamos ontem no avião do PR”, escreveu ele em agosto do ano passado, um pouco depois de voltarem de uma viagem internacional. “Minha admiração por você é imensa. A última coisa que eu quero é que a gente se dê mal”, respondeu Anielle.
Antes das denúncias se tornarem públicas, os rumores de assédio já circulavam por vários gabinetes de Brasília. Alguns ministros e até a primeira-dama, Janja da Silva, sabiam os detalhes da situação.
Após as denúncias, Silvio Almeida foi convocado a prestar depoimento. Nele, ele relatou aos ministros Vinícius Marques de Carvalho (Controladoria-Geral da União), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social) que as acusações eram fruto de uma disputa política entre militantes da mesma pauta e fariam parte de um movimento para tirar caluniá-lo.
Depois deste depoimento, Almeida teria conversado com amigos e decidido deixar o cargo para evitar constrangimentos ao seu governo. Todavia, um pouco antes de ir ao encontro do presidente Lula, ele mudou de ideia e divulgou uma nota afirmando que era inocente.
Já na conversa com Lula, ele afirmou que não pediria demissão, afirmou ser inocente e tentou mostrar as provas que tinha, o vídeo do jantar e prints de conversa do whatsapp. Lula ouviu as explicações, mas já havia batido o martelo que a nova ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, assumiria na semana seguinte.
Ex-diretor do Ministério dos Direitos Humanos, Leonardo Pinho afirmou que Silvio Almeida deu socos na mesa enquanto gritava com ele em mais de uma reunião em que o teria assediado moralmente.
Segundo informações do site Metrópoles, uma das ocasiões foi em novembro do ano passado.
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“Por volta de outubro, ele me chamou ao gabinete dele e me pediu para gravar reuniões com a minha equipe, que tinha se recusado a assinar documentos fora do fluxo do ministério. Também pediu para eu gravar integrantes do Ciamp [Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política Nacional para a População em Situação de Rua], que haviam criticado o plano do ministério por falta de transparência. Eu falei ‘não’. Foi a mesma cena: ele se levantou da mesa, xingou e deu socos na mesa. Me disse que os meus dias estavam contados", contou Pinho durante entrevista.
Ainda conforme o ex-diretor, naquela conversa, ele teria sugerido melhorar a relação com os ministérios, e citou Anielle. “Imaginei que era assédio moral, por causa da subordinação orçamentária da Igualdade Racial aos Direitos Humanos. A Anielle dependia do Silvio em termos de orçamento para tudo, até para passagens aéreas”, contou.
"Ficou descontrolado, transtornado, quando mencionei a Anielle. Me falou: ‘Você está insinuando o quê? Sou ministro de Estado, você é um merda’. Fiquei sem entender e tive medo de ele me agredir. Ele também disse, em relação ao meu trabalho no ministério: ‘Eu vou acabar com a sua vida, você não vai mais existir’”, acrescentou.
Uma das mulheres que, segundo a organização de apoio a vítimas de violência sexual Me Too Brasil afirma ter sido assediada sexualmente pelo ex-ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, deve ser ouvida pela Polícia Federal (PF) ainda nesta terça-feira (10).
A Polícia Federal deu início a uma investigação preliminar na sexta-feira (6), um dia após a divulgação de que um grupo de mulheres procurou a Me Too para denunciar o então ministro por assédio sexual, entre elas a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. O caso corre em segredo de Justiça e o nome da mulher e o local do depoimento não foram informados, medida adotada para preservar a identidade da depoente.
Segundo a Agência Brasil, a Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.
Na sexta-feira (6), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, exonerou Silvio Almeida, “considerando a natureza das acusações” e por julgar “insustentável a manutenção do ministro no cargo” e nomeou, nesta segunda (10), a deputada estadual mineira pelo PT, Macaé Evaristo, para assumir o comando do ministério.
A Agência Brasil, o advogado do ex-ministro, Thiago Turbay, um dos advogados do ex-ministro, afirmou que a defesa ainda não teve acesso integral às acusações. “O objetivo é única e exclusivamente pedir esclarecimento dos fatos que, até agora, não foram revelados nem ao Silvio [Almeida], nem à defesa, nem à sociedade brasileira”, disse o advogado Thiago Turbay, destacando que a iniciativa não visa a constranger qualquer uma das eventuais vítimas.
“Não estamos interpelando a nenhuma das vítimas. Sequer perguntamos seus nomes. O que queremos saber é quais os critérios de averiguação [das denúncias] foram utilizados pela ONG, já que a assistência jurídica implica em algum grau de apuração. É preciso checar se a denúncia tem elementos de corroboração, validade, coerência. Daí porque queremos saber detalhes de como a organização agiu neste caso específico. Como ela foi acionada, como armazenou e registrou os depoimentos, se preserva a identidade das vítimas. Enfim, o que a defesa quer saber é quais os protocolos utilizados. Isso nos interessa para nos certificarmos que um eventual processo não será contaminado por vieses ou interesses”, explicou o advogado.
Em duas notas já divulgadas sobre o caso, a Me Too argumentou que Silvio Almeida e sua equipe tentam “desviar o foco da grave denúncia”, buscando desqualificar a atuação da organização.
“O Me Too Brasil é uma organização que atua diretamente no acolhimento de vítimas de violência sexual, prestando apoio psicológico, jurídico e de assistência social, bem como trabalha em campanhas de conscientização, incidência legislativa, advocacy e litigância estratégica, entre outras ações voltadas à defesa dos direitos de mulheres, crianças e adolescentes”, disse a organização.
O presidente Lula (PT) enviou um emissário para confrontar o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida sobre a denúncia de assédio à ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, há cerca de sete dias. O presidente foi alertado sobre os rumores por um ministro palaciano.
Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, Lula enviou o ministro da CGU, Vinicius Carvalho, na semana passada, para que questionasse a veracidade das denúncias e avisou que, caso fossem confirmadas, Almeida não permaneceria na pasta. Silvio teria negado qualquer ato impróprio.
Ainda conforme o jornal, entre maio e junho do ano passado, Anielle relatou a amigos próximos os incidentes com o ex-ministro. A ministra teria se hesitado a levar o caso adiante por não possuir provas. Após a demissão de Almeida, Anielle se pronunciou sobre o caso em suas redes sociais.
O jornal afirma ainda que duas pessoas ligada ao ministério, antes de responsabilidade de Almeida, declararam que a suspeita de assédio à Anielle era conhecida desde janeiro por integrantes do Palácio do Planalto.
Silvio Almeida foi demitido do cargo de ministro dos Direitos Humanos, na última sexta-feira (7), após denúncias de assédio sexual serem reveladas pela organização Me Too Brasil. A pasta foi assumida pela ministra de Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck.
A cantora Preta Gil utilizou suas redes sociais, neste sábado (7), para prestar apoio a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, após denúncias de assédio contra o ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida serem reveladas.
No hospital para o segundo ciclo de quimioterapia, Preta afirmou estar em “choque” com a notícia. “Sabemos que muitos casos de assédio sexual são silenciados e eu espero que a coragem de Anielle e de todas as vítimas, dê força para que outras mulheres possam denunciar a situação de violência pela qual estão passando”, escreveu em nota.
“Tudo isso é um retrocesso absurdo para nós, mulheres, que tanto lutamos para chegar em espaços que nos são de direito, para termos nossas vozes escutadas e nossas necessidades atendidas”, continuou.
Preta afirmou ainda que, quando uma mulher denuncia, encoraja outras vítimas a “fazerem o mesmo”. “Eu, enquanto mulher negra, mão, avó e cidadã, espero que a justiça seja feita e que possamos nos unir para que tal fato não enfraqueça nossa luta e nossas vitórias”, concluiu a artista.
Na última sexta-feira (6), Silvio Almeida foi demitido do cargo de Ministro de Direitos Humanos após divulgação de denúncias. Em seu lugar, a ministra de Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, foi nomeada como ministra interina da pasta.
O ex-ministro do Ministério dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, afirmou que pediu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para se demitido da pasta nesta sexta-feira (6), após denúncias de assédio sexual. Em nota, Almeida disse que tomou a decisão para “conceder liberdade e isenção às apurações, que deverão ser realizadas com o rigor necessário e que possam respaldar e acolher toda e qualquer vítima de violência” .
Segundo informações da CNN, ainda nesta sexta, Almeida recebeu o conselho de se afastar do cargo após a revelação de denúncias de assédio sexual. Integrantes do governo avaliam a situação como insustentável.
Silvio Almeida foi demitido do cargo de ministro dos Direitos Humanos nesta sexta, após divulgação das acusações de assédio sexual. A titular do Ministério da Igualdade, Anielle Franco, também confirmou estar entre as vítimas.
De acordo com o Metrópoles, os episódios de assédio a Anielle, incluíam toque nas pernas da ministra, beijos inapropriados ao cumprimentá-la, além de o próprio Silvio Almeida, supostamente, ter dito à ministra expressões chulas, com conteúdo sexual.
Veja a nota do ministro na íntegra:
Nesta sexta-feira (6), em conversa com o Presidente Lula, pedi para que ele me demitisse a fim de conceder liberdade e isenção às apurações, que deverão ser realizadas com o rigor necessário e que possam respaldar e acolher toda e qualquer vítima de violência. Será uma oportunidade para que eu prove a minha inocência e me reconstrua.
Ao longo de 1 ano e 8 meses à frente do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, reconstruímos a política de direitos humanos no Brasil. Acumulamos vitórias e conquistas durante essa jornada que jamais serão apagadas.
A luta histórica do povo brasileiro e sua libertação são maiores que as aspirações e necessidades individuais. As conquistas civilizatórias percebidas pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) correm risco de erosão imediata, o que me obriga a ir ao encontro das lutas pelas quais dediquei minha vida inteira.
Não colocarei em risco o progresso alcançado em defesa do povo invisibilizado, vítima de um massacre ininterrupto, pobre, favelado e à margem do processo civilizatório. A segurança e proteção da mulher, sua emancipação e a valorização das suas subjetividades são a força motriz e a potência reformadora e proeminente que o país precisa.
É preciso combater a violência sexual fortalecendo estratégias compromissadas com um amplo espectro de proteção às vítimas. Critérios de averiguação, meios e modos de apurações transparentes, submetidos à controle social e com efetiva participação do sistema de justiça serão a chave para efetivar políticas de proteção à violência estimulada por padrões heteronormativos.
Em razão da minha luta e dos compromissos que permeiam minha trajetória, declaro que incentivarei indistintamente a realização de criteriosas investigações. Os esforços empreendidos para que tenhamos um país mais justo e igualitário são frutos de lutas coletivas e não podem sucumbir aos desejos individuais.
Sou o maior interessado em provar a minha inocência. Que os fatos sejam postos para que eu possa me defender dentro do processo legal.
A ministra de Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, assumiu o Ministério de Direitos Humanos interinamente após a demissão do ex-titular da pasta, Silvio Almeida, por acusações de assédio sexual. A medida foi publicada em nota à imprensa na noite desta sexta-feira (6).
“O presidente Lula nomeou a ministra Esther Dweck para exercer interinamente o cargo de ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania. Ela vai acumular temporariamente a função com a de ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos até a definição de um novo titular”, disse a Secretaria de Comunicação da Presidência da República.
Silvio Almeida foi demitido do cargo de ministro dos Direitos Humanos nesta sexta, após divulgação das acusações de assédio sexual. A titular do Ministério da Igualdade, Anielle Franco, também confirmou estar entre as vítimas.
De acordo com o Metrópoles, os supostos episódios de assédio a Anielle, incluíam toque nas pernas da ministra, beijos inapropriados ao cumprimentá-la, além de o próprio Silvio Almeida, supostamente, ter dito à ministra expressões chulas, com conteúdo sexual.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, se pronunciou pela primeira vez desde a divulgação das denúncias de assédio contra o agora ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. Em publicação nas redes sociais nesta sexta-feira (6), Anielle sinalizou que de fato foi vítima de assédio e pediu “privacidade” após a exposição dos casos.
“Hoje eu venho aqui como mulher negra, mãe de meninas, filha, irmã, além de ministra do Estado da Igualdade Racial. Eu conheço na pele os desafios de acessar e permanecer em um espaço de poder para construir um país mais justo e menos desigual. Não é aceitável aceitar, relativizar ou diminuir episódios de violência. Reconhecer a gravidade dessa prática e agir imediatamente é o procedimento correto”, disse a ministra.
“Tentativas de pressionar vítimas a falar em momentos de dor e vulnerabilidade também não cabem, pois só alimentam os ciclos de violência. Peço que respeitem meu espaço e meu direito à privacidade. Contribuirei para as apurações sempre que acionada”, completou.
Confira a nota:
De acordo com o Metrópoles, os episódios de assédio a Anielle, incluíam toque nas pernas da ministra, beijos inapropriados ao cumprimentá-la, além de o próprio Silvio Almeida, supostamente, ter dito à ministra expressões chulas, com conteúdo sexual.
A divulgação das denúncias ocorreu na quinta-feira (5), quando a organização Me Too Brasil, que recebe vítimas de violência sexual, acusou ter recebido as denúncias contra Sílvio Almeida.
"A organização de defesa das mulheres vítimas de violência sexual, Me Too Brasil, confirma, com o consentimento das vítimas, que recebeu denúncias de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos. Elas foram atendidas por meio dos canais de atendimento da organização e receberam acolhimento psicológico e jurídico", informa a nota enviada pela organização.
O ministro, portanto, negou ter praticado os assédios e repudiou as acusações. Em vídeo publicado nas redes sociais, ele chamou o caso de “ilações absurdas” e pediu a apresentação de provas.
“Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país. Toda e qualquer denúncia deve ter materialidade. Entretanto, o que percebo são ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro.”, escreveu o ministro.
Silvio Almeida foi demitido do cargo de ministro dos Direitos Humanos após divulgação das acusações de assédio sexual. A titular do Ministério da Igualdade, Anielle Franco, também teria confirmado estar entre as vítimas. A decisão de afastar Sílvio foi tomada nesta sexta-feira (6) depois de reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Brasília.
"Diante das graves denúncias contra o ministro Silvio Almeida e depois de convocá-lo para uma conversa no Palácio do Planalto, no início da noite desta sexta-feira o presidente Lula decidiu pela demissão do titular da Pasta de Direitos Humanos e Cidadania. O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual. A Polícia Federal abriu de ofício um protocolo inicial de investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos", afirmou o governo em nota à imprensa.
De acordo com o Metrópoles, os supostos episódios de assédio a Anielle, incluiam toque nas pernas da ministra, beijos inapropriados ao cumprimentá-la, além de o próprio Silvio Almeida, supostamente, ter dito a ministra expressões chulas, com conteúdo sexual.
A divulgação das denúncias ocorreu na quinta-feira (5), quando a organização Me Too Brasil, que recebe vítimas de violência sexual, acusou ter recebido as denúncias contra Sílvio Almeida.
"A organização de defesa das mulheres vítimas de violência sexual, Me Too Brasil, confirma, com o consentimento das vítimas, que recebeu denúncias de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos. Elas foram atendidas por meio dos canais de atendimento da organização e receberam acolhimento psicológico e jurídico", informa a nota enviada pela organização.
O ministro, portanto, negou ter praticado os assédios e repudiou as acusações. Em vídeo publicado nas redes sociais, ele chamou o caso de “ilações absurdas” e pediu a apresentação de provas.
“Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país. Toda e qualquer denúncia deve ter materialidade. Entretanto, o que percebo são ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro.”, escreveu o ministro.
Ainda nesta sexta, antes da "demissão" de Silvio, Lula chegou a fazer uma declaração e afirmou que “alguém que pratica assédio não vai ficar no governo”.
“O meu governo tem uma prioridade em fazer com que as mulheres se transformem definitivamente numa parte importante da política nacional. Eu não posso permitir que tenha assédio. Então é o seguinte, nós vamos ter que apurar corretamente. Mas eu acho que não é possível a continuidade no governo, porque o governo não vai fazer jus ao seu discurso, a defesa das mulheres, a defesa, inclusive, dos direitos humanos com alguém que esteja sendo acusado de assédio”, disse Lula.
QUEM É SILVIO ALMEIDA
Silvio Almeida assumiu o cargo de Ministro dos Direitos Humanos no dia 3 de janeiro de 2023, recebendo uma calorosa celebração de ativistas. Formado em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), Silvio também é mestre e doutor em Direito.
Sua trajetória acadêmica inclui uma passagem significativa como professor visitante no Centro de Estudos Latino-Americanos e Caribenhos da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, em 2020, onde lecionou disciplinas sobre raça e direito. Em 2022, ele ocupou uma cadeira como professor visitante na Universidade de Columbia.
Além de sua atuação acadêmica, Silvio presidiu o Instituto Luiz Gama, uma organização sem fins lucrativos dedicada à luta contra o preconceito racial. Ele é autor de obras importantes sobre racismo no Brasil, incluindo "Racismo Estrutural" (Jandaíra), lançado em 2018, considerado um dos principais estudos sobre os impactos do racismo na estrutura social, política e econômica do país.
Em 2021, Silvio foi relator da comissão de juristas criada pela Câmara dos Deputados para propor aprimoramentos na legislação de combate ao racismo estrutural e institucional no Brasil. Desde 2020, ele era colunista da Folha de S. Paulo, mas deixou o periódico para integrar a equipe de transição do novo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao assumir o Ministério dos Direitos Humanos, Silvio se comprometeu a “não esquecer os esquecidos” e a lutar por um país que valorize a vida e a dignidade acima de tudo. “Trabalhadoras e trabalhadores do Brasil, vocês existem e são valiosos para nós. Mulheres do Brasil, vocês existem e são valiosas para nós. Homens e mulheres pretos e pretas do Brasil, vocês existem e são valiosos para nós,” afirmou, destacando seu compromisso com a justiça e a equidade.
Silvio é casado há 15 anos com a modista Ednéia Carvalho, e o casal está junto há 18 anos. No último ano, eles celebraram o nascimento de sua primeira filha.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, confirmou a ministros do Planalto que sofreu assédio de Sílvio Almeida, titular do Ministério dos Direitos Humanos. Franco teria relatado e confirmado as acusações durante conversas nesta sexta-feira (6), em Brasília. As informações são da coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles.
Na quinta (5), Almeida foi denunciado ao Me Too Brasil por supostos episódios de assédio sexual contra mulheres. Desde o início, o ministro negou as acusações e, em nota divulgada, tratou o caso como "ilação".
"Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Toda e qualquer denúncia deve ter materialidade. Entretanto, o que percebo são ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro", afirmou o ministro em nota.
Segundo informações da CNN, ainda nesta sexta, Almeida recebeu o conselho de se afastar do cargo após a revelação de denúncias de assédio sexual. Integrantes do governo avaliam a situação como insustentável.
O ministro Silvio Almeida se pronunciou oficialmente, nesta quinta-feira (5), por meio dos canais oficiais do Ministério dos Direitos Humanos, após denúncias da organização Me Too Brasil, de um suposto assédio sexual contra mulheres, incluindo a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
Em nota, o gestor da pasta repudiou as acusações e as classificou como “mentirosas” e “sem qualquer materialidade”. “Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país.”, escreveu o ministro.
E completa: “Toda e qualquer denúncia deve ter materialidade. Entretanto, o que percebo são ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro.”, diz a nota.
A denúncia divulgada pela organização Me Too Brasil, que acolhe vítimas de violência sexual, expões que o grupo recebeu denúncias de mulheres que relataram episódios de assédio praticados pelo ministro. A nota do MTB cita ainda que as mulheres não tiveram o apoio do governo na validação de suas denúncias.
A nota de Silvio Almeida cita ainda que “Toda e qualquer denúncia deve ser investigada com todo o rigor da Lei, mas para tanto é preciso que os fatos sejam expostos para serem apurados e processados. E não apenas baseados em mentiras, sem provas.”
Ele alega que o caso foi encaminhado para a Controladoria-Geral da União, ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e Procuradoria-Geral da República para investigação.
“Fica evidente que há uma campanha para afetar a minha imagem enquanto homem negro em posição de destaque no Poder Público, mas estas não terão sucesso.”, escreveu em outro trecho. “Quaisquer distorções da realidade serão descobertas e receberão a devida responsabilização. Sempre lutarei pela verdadeira emancipação da mulher, e vou continuar lutando pelo futuro delas.”, completa.
A ministra Aniele Franco ainda não se posicionou sobre as denúncias.
A Conferência da Diáspora Africana nas Américas foi encerrada, neste sábado (31), com a leitura de uma carta de recomendações, elaborada por representantes da sociedade civil e entregue à União Africana. A carta é o resultado de três dias de intensos debates e foi construída em torno de quatro eixos centrais: Pan-Africanismo, Memória, Reconstrução, Reparação e Restituição. Ao longo do evento, lideranças negras, pesquisadores e representantes de governos discutiram formas de ampliar o intercâmbio entre os países e fortalecer as propostas abordadas.
O governador Jerônimo Rodrigues participou do encerramento do evento, ao lado dos ministros Silvio Almeida (Direitos Humanos e da Cidadania), Anielle Franco (Igualdade Racial), Mauro Vieira (Relações Internacionais) e Margareth Menezes (Cultura). Diversas autoridades também marcaram presença, ressaltando os avanços alcançados e as perspectivas para fortalecer as políticas de reparação e os laços entre as Américas e a África.
Para o chefe do Executivo baiano, a conferência se destaca como mais uma oportunidade da Bahia estar alinhada com as políticas públicas elaboradas pelo Governo Federal. “É um momento de união e como o presidente Lula nomeou seus quatro anos de governo como a missão de criar a unidade no Brasil, mas também que esta união possa servir para nós reconstruirmos os nossos conceitos, as políticas públicas. Portanto a Bahia se sente lisonjeada em estar sediando esse evento”, ressaltou Jerônimo.
A ministra Anielle Franco destacou a importância da carta para o avanço das políticas de reparação. "Encerramos o evento com a entrega da carta de recomendações, que sintetiza as propostas discutidas ao longo desses três dias. Este documento servirá como um guia para as próximas ações e será fundamental no 9º Congresso Pan-Africano, que acontecerá em Togo, de 29 de outubro a 2 de novembro de 2024," afirmou a ministra.
A Carta de Recomendações apresenta propostas focadas na promoção de políticas de reparação e justiça social, destacando a restituição de bens culturais e a preservação da memória afrodescendente. Entre as diretrizes principais estão o fortalecimento do Pan-Africanismo, a ampliação do intercâmbio entre as nações da diáspora e o apoio mútuo na reconstrução de sociedades afetadas por séculos de colonialismo e escravidão.
Cerca de 50 países enviaram delegações para o evento, com representações de Angola, África do Sul, Argentina, Bahamas, Camarões, Colômbia, Costa do Marfim, Cuba, Estados Unidos, Gana, Haiti, Honduras, São Tomé e Príncipe, Sudão do Sul, Namíbia e Togo.
O embaixador do Benin no Brasil, Boniface Vignon, expressou satisfação com os resultados da conferência: “Os debates foram profundamente enriquecedores e revelaram um compromisso sério com as questões de reparação e justiça social. A interação entre os participantes e as propostas formuladas demonstram um avanço significativo na construção de pontes entre o Brasil e a África. É encorajador ver a mobilização de tantos atores para enfrentar as injustiças históricas e promover um futuro mais igualitário."
A ministra da Igualdade Racial Anielle Franco acionou o Ministério da Justiça e Segurança Pública, nesta quinta-feira (28), para a apuração da prática de crimes, em razão das graves ameaças à sua integridade física e aos ataques de ódio recebidos nas redes sociais e via e-mail institucional do ministério desde o início da semana.
Os crimes ocorreram, na sua maioria, entre os dias 26 e 28 de setembro de 2023, através das redes sociais Instagram, X (ex twitter) e também através do e-mail institucional. Os textos dos ataques envolvem xingamentos, ameaças à vida, tentativas de intimidação, prática de racismo, e foram reunidos em formato de dossiê contendo os perfis, dias e horas dos envios/postagens, para que municiem a investigação e posterior responsabilização dos autores.
“Piranha…tomara q tenha o msm (sic) fim da irmã…Aqui é São Paulo sua vaca suja”, diz um dos textos enviados como mensagem privada. “Macaca mamadora do magnífico ex-presidiário, preta lixo”, diz outra.
“É muito doloroso receber ameaças de morte e violência por ser uma mulher na política e perceber que desde a minha irmã, nada mudou. Essa investigação é importante para que possamos seguir com o nosso trabalho e a construção das políticas públicas para o povo brasileiro. É para isso que eu trabalho todos os dias”, afirma Anielle Franco.
Os tipos de ataque que contêm injúria e calúnia não são recentes na trajetória da ministra. Desde a morte de Marielle Franco, sua irmã, em 2018, Anielle é vítima de desinformação e discurso de ódio e violência política de gênero e raça.
O aumento dos ataques violentos começaram no último domingo (24), com a repercussão da agenda de enfrentamento ao racismo nos esportes: a assinatura de um compromisso inédito entre o Ministério da Igualdade Racial (MIR), do Esporte (MESP) e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF); e a ação de divulgação do Disque 100 para denúncias junto com o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, durante a final da Copa do Brasil, em São Paulo.
Em nota, o MIR afirmou que a final da Copa do Brasil foi escolhida para a realização da ação de divulgação pelo alto número de pessoas presentes no estádio e pela grande audiência, típica de uma final de campeonato.
A utilização do voo da FAB para uma missão institucional é praxe em deslocamentos para ações ministeriais e de governo.
Nesta terça-feira (26), a assessora especial de assuntos estratégicos do Ministério da Igualdade Racial, Marcelle Decothé, foi exonerada do cargo após criticar a torcida do São Paulo durante a final da Copa do Brasil, disputada entre o clube paulista e o Flamengo, no último domingo (24).
Em uma publicação feita por Marcelle no Instagram, ela mostrou a arquibancada do Morumbi, estádio do São Paulo, com a seguinte mensagem: “Torcida branca, que não canta, descendente de europeu safade… Pior tudo de pauliste”.
Foto: Reprodução/Instagram
"De acordo com esses princípios, e para evitar que atitudes não alinhadas a esse propósito interfiram no cumprimento de nossa missão institucional, informamos que Marcelle Decothé da Silva foi exonerada do cargo de Chefe da Assessoria Especial deste Ministério na data de hoje [26 de setembro de 2023]. As manifestações públicas da servidora em suas redes estão em evidente desacordo com as políticas e objetivos do MIR", diz trecho de nota oficial divulgada pela pasta.
Ainda segundo o ministério, o "recém-instalado pelo Ministério, o Comitê de Integridade, Transparência, Ética e Responsabilização - instância interna de debate e deliberação sobre situações que envolvam temas de transparência, integridade pública, ética e questões disciplinares de caráter abrangente – vai investigar o caso e atuar para prevenir ocorrências que contrariem os princípios norteadores da missão do Ministério".
Na ocasião, Decothé estava acompanhada de Anielle Franco, ministra do Ministério da Igualdade Racial. As duas, que são flamenguistas, viajaram em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) de Brasília para São Paulo para acompanhar a final da Copa do Brasil.
Mais cedo nesta terça-feira, o presidente do São Paulo, Julio Casares, afirmou que recebeu uma ligação de Anielle Franco, que se desculpou por manifestações da então assessora.
"As redes sociais viraram um ambiente muitas vezes nocivo. Desta vez, fui surpreendido negativamente com um ultrajante post da assessora especial do Ministério da Igualdade Racial, Marcelle Decothé. Algo que vai contra todas as nossas crenças", publicou o presidente.
No último domingo (24), a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, assinou no Estádio do Morumbi, palco da final da Copa do Brasil de 2023, um protocolo de intenções para a realização de uma agenda de promoção da igualdade racial e do combate ao racismo entre o Ministério da Igualdade Racial, o Ministério dos Esportes e a Confederação Brasileira de Futebol.
Além de Anielle Franco, estiveram presentes no momento da assinatura o ministro dos Esportes, André Fufuca, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio de Almeida, e o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. Durante o jogo, que terminou com o título inédito do São Paulo, também houve a ação de divulgação do Disque 100, para violações de Direitos Humanos.
"Esse é mais um passo no avanço do trabalho da justiça racial em todos os esportes, que estamos construindo desde fevereiro. Com racismo não tem jogo!", disse Anielle Franco em postagem nas redes sociais.
Conforme estabelecido na Lei nº 14.532/2023, o crime de racismo é caracterizado como injúria racial e prevê pena em caso de racismo praticado em contexto esportivo: "reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e proibição de frequência, por 3 (três) anos, a locais destinados a práticas esportivas", diz a legislação.
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) comentou a respeito das críticas feitas pelo ministro de Direitos Humanos e Cidadania, Sílvio Almeida, sobre as mortes registradas em operações policiais na Bahia no último mês. Jerônimo revelou, em entrevista na manhã desta quarta-feira (9), que recebeu ligações tanto de Silvio Almeida quanto da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
Em sua declaração sobre o assunto, ele disse que não tem problema em receber críticas quando “acontecem de forma construtiva” e que a ordem do Governo do Estado é "não tirar a vida de ninguém".
“Ele me ligou ontem, eu estava em Brasília e também dialoguei com a ministra Anielle. [...]. Eu entendi a mensagem dos dois ministros se colocando à disposição. É um lugar deles, tem que fazer isso para nos ajudar a fiscalizar. Eu não tenho problema algum quando as críticas acontecem de forma construtiva. [...] Nós queremos prender, a ordem nossa não é tirar a vida de ninguém”, disse.
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O governador disse que recebeu ligações tanto de Silvio Almeida quanto de Anielle Franco para falarem sobre os casos de violência policial que acontecem na Bahia. Ele apontou ainda que deseja se reunir com os dois ministros para tratar do assunto.
“Espero que o ministro Sílvio e a ministra Anielle possam ainda até neste final de semana, sexta ou sábado na sexta [para se encontrarem comigo]. Nós nos encontraremos no Rio de Janeiro com eles dois no lançamento do novo PAC, mas esse encontro não será suficiente. Eu quero fazer uma reunião aqui ou em Brasília com o meu corpo de Segurança Pública e com os dois ministérios”, completou.
A ministra da Igualdade Racial do Brasil, Anielle Franco, participou da celebração dos 200 anos da Independência do Brasil na Bahia durante o cortejo realizado neste domingo (2), em Salvador. A ministra acompanha comitiva do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e os ministros da Casa Civil e da Cultura, Rui Costa e Margareth Menezes.
Foto: Dinaldo Silva / Bahia Notícias
“A sensação é inarrável, imensurável, isso aqui é a cara do Brasil. É isso aqui que nós temos que fortalecer. A nossa independência é 2 de Julho”, disse a ministra.
Anielle Franco, irmã de Marielle Franco, está escrevendo um livro em homenagem à irmã, vereadora carioca que foi executada a tiros em março deste ano, no Rio de Janeiro (clique aqui). De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, a obra tem o título provisório de “Cartas para Marielle” e contará com fotos, depoimentos e cartas enviadas pela família à vereadora. Ainda segundo a coluna, o livro será publicado pelo selo Sueli Carneiro, da ativista Djamila Ribeiro.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.