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Travelling

Davidson Pelo Mundo: No contra fluxo, como o viajante profissional viaja!

Por Davidson Botelho

Davidson Pelo Mundo: No contra fluxo, como o viajante profissional viaja!
Foto: Reprodução / Redes Sociais

Eu só tô ficando velho, besta jamais. Assim eu me comporto para programar minhas viagens e fujo do fluxo turístico para evitar grandes aglomerações, filas enormes nas atrações dos destinos, serviço precário, dificuldades para ir aos restaurantes que desejo, preços altos e na maioria das vezes gente mal-humorada.


Isso tudo é normal no período de alta temporada em qualquer destino turístico. De junho a agosto não me atrevo a viajar para nenhum destino no hemisfério norte que além de todos os problemas normais, ainda fica insuportável pelo calor. Não tem quem me faça ir a Disney em julho ou agosto( só se minha neta me implorar), Itália, França, Espanha, Portugal, Alemanha, Holanda, e demais grandes destinos na Europa, nesse período meu conselho é viajar da linha do Equador pra baixo, no máximo o Caribe e priorizar nossas belas opções no Brasil.


De dezembro a fevereiro temos a alta temporada no hemisfério sul, principalmente Brasil, e no norte vai sofrer muito com as baixas temperaturas, mas tem quem goste dos destinos de neve que tem sim atividades interessantes, porém limitadas. Essa minha tese pode ser aplicada para viagens internacionais e nacionais pois o princípio é o mesmo, evito ir a Mucugê no São João e Morro de São Paulo, Trancoso e Búzios em janeiro ou carnaval, será desconforto na certa e isso é tudo que eu quero evitar. Mas não posso omitir que existem viagens que não conseguem fugir do over-turismo, mas o viajante quer exatamente aquilo, existe um propósito. Me refiro a carnaval em Salvador ou Rio, reveillon em Camboriú, Rio de Janeiro ou New York, nesses casos faz parte do propósito. Outra dica que eu acho interessante ao programar viagens, sempre procure saber se naquela cidade ou país será feriado ou acontecerá grandes eventos nas datas que estiver lá, isso evita uma série de problemas de locomoção, reservas de restaurantes que podem fechar ou lotados, atrações turísticas fechadas, etc... Eu já tive duas experiências que me alertaram para isso. 


A primeira foi em Dallas, iria passar apenas um dia e programei justamente sem me tocar que era a data do assassinato de John Kenedy e tudo estava fechado. A outra mancada minha foi numa viagem de moto na Califórnia e programamos para passear em San Francisco, porém naquela data estava acontecendo a final do Super Bowl, simplesmente um dos maiores eventos do mundo, a cidade estava simplesmente lotada, várias ruas fechadas, bares e restaurantes hiper lotados, U$D 100,00 para estacionar uma moto, um verdadeiro caos. Ali, eu percebi a importância dessa consulta prévia e quanto os locais podem sofrer nessas datas específicas, apesar de ser muito positivo para a cidade num todo.


Eu particularmente gosto e programo minhas viagens entre março e maio, e entre setembro e novembro, seja qual for o destino pois nesses meses sempre teremos climas amenos em qualquer lugar. Precisamos entender que viagens são investimentos altos até mesmo dentro do nosso estado, é algo que precisa ser bem planejado, calculado e programado para propiciar prazer, conhecimento e satisfação, viajar nos grandes fluxos na maioria das vezes é sinônimo de problemas, que vão desde a falta de água, energia e serviço comprometido como citado acima.


Muitas pessoas não conseguem programar dessa forma sugerida por mim pois dependem de férias escolares dos filhos, família, programação do trabalho, etc... Mas existe sim uma parcela dos potenciais viajantes que conseguem se planejar de forma a tirar mais proveitos das suas custosas viagens. O over-turismo vem afetando tanto grandes cidades que em Amsterdam já proibiu a construção de novos hotéis, Barcelona está proibindo AIRBNB ate 2028, a França e a Itália estão elaborando novas leis para controlar a entrada exagerada de turistas.


Tem sido insuportável ter férias prazerosas viajando para os grandes destinos pós pandemia, o ser humano entendeu a necessidade de viajar para a construção de pessoas mais cultas, mais tolerantes, mais antenadas e até o medo de passar por esta vida sentado num sofá vendo o mundo numa telinha de tv. Aceite essa minha sugestão, você terá menos estresse, pagará passagens e hotéis mais baratos, não enfrentará grandes filas nos locais turísticos, será melhor atendido e voltará mais satisfeito e com a impressão de que valeu a pena todo o seu investimento.


Viagens são programadas para darem prazer e não estresse, viaje no contra fluxo. Boa viagem!