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Presidente do TSE, Cármen Lúcia pede paridade e proporcionalidade em órgãos do sistema judiciário do Brasil

Por Camila São José / Victor Hernandes

Presidente do TSE, Cármen Lúcia pede paridade e proporcionalidade em órgãos do sistema judiciário do Brasil
Foto: Camila São José / Bahia Notícias

A atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, pediu e manifestou por uma representação de classe e maior proporcionalidade em órgãos do sistema judiciário brasileiro, nesta segunda-feira (22). A declaração da juíza aconteceu durante a 4ª Conferência Estadual da Mulher Advogada, em Salvador. 

 

Durante discurso, a presidente do TSE pediu que mulheres tenham condições iguais a dos homens em diferentes cargos de atuação da Justiça do Brasil. 

 

“Mulheres e homens nas mesmas condições e eu digo condições, inclusive que talento e de saber. Sou professora de direito há mais de 40 anos e não acho que uma pessoa recém-formada tem a condição mesmo de ser o procurador-geral de Justiça procurador-geral da República ou o ministro do Tribunal. Não é isso, há pessoas com talento com capacidade essas podem bem servir ao país não é só por ser formado em direito que alguém é jurídico, isso não existe. Eu sempre digo nos 30 anos de advogada a maior honra de ser advogado e agora no Brasil, parece que ficou poucos e advogado, é preciso ser jurista. Jurista é quem cria o direito, jurista que nunca tenha advogado não sai uma procuração”, declarou Lúcia. 

 

A ex-ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) manifestou ainda a favor de uma proporcionalidade e representatividade maior nas entidades judiciais.  

 

“O jurista cria o saber e são poucos. Quem vai fazer o teste tem que ficar na academia. Advocacia é lugar de resolver o problema do cliente, juiz tem que julgar a causa, resolver o caso, Ministério Público tem que opinar, cumprir sua função. Tese a gente faz na faculdade. Acho que para o espaço de poder é preciso qualidade, mas para órgãos, instituições de classe da comunidade jurídica, eu acho que é preciso haver proporcionalidade. São 54% que pagam, que estão presentes, que advogam. Então a representação tem que ficar por aí, porque não é possível que haja de 54% a 52% da advocacia brasileira e só a Bahia conseguiu encontrar 5 pessoas para compor um grupo de pessoas transformadoras”, apontou. 

 

“É preciso que a gente pense nessa proporcionalidade casado com a paridade para que a gente chegue então a instituições nos quais o olhar do homem e da mulher se encontrem para que a gente faça uma construção plural e forme uma unidade na diversidade. É isso coletivo, é este o encontro afetuoso a que se referia a presidente Daniela, e é preciso sim que no mundo de tantos olhos, de tantas raivas de tantas ,desavenças, a gente tem espaço para o afeto e para alegria não se vê se essas bolhas de ódios que são criadas nas telinhas que nunca serão substitutos do olhar humano que a gente tem a capacidade de viver bem e fazer o que é o constitucionalismo que vem desde o final da idade média mesmo, quem sabe moderna”, comentou Cármen Lúcia.