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Artigos

Paulett Furacão
Quarto dos Fundos
Foto: Maísa Amaral / Divulgação

Quarto dos Fundos

Toda a tragédia que foi velejada pelos mares do Atlântico, ancorou erroneamente nas águas da ambição para construir um modelo de país que decidiu projetar um futuro de expugnação exclusiva, buscando através da escravidão das raças o seu principal atrativo. Após a bem-sucedida invasão do patriarcado europeu a poderosa fonte inesgotável de riquezas, chamada Pindorama, mais tarde rebatizada pelos invasores de Brasil, dizimou os povos originários, sequestrou as realezas africanas e perpetuou um sistema capitalista e higienista que perdura hodiernamente.

Multimídia

“É uma estratégia do PT”, afirma Luciano Simões sobre a ‘pulverização’ de candidaturas em Salvador

“É uma estratégia do PT”, afirma Luciano Simões sobre a ‘pulverização’ de candidaturas em Salvador
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (15), o presidente do União Brasil em Salvador e deputado estadual, Luciano Simões Filho, afirma que a redução no número de candidaturas na capital é “uma estratégia do PT”, que há 20 anos busca estratégias para se eleger no município. Este ano, o PT buscou uma articulação da base em torno do vice-governador e candidato emedebista, Geraldo. 

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

aldo lucchetta

Contragolpe de padre: Saiba quem foi religioso que combateu ditadura no Sudoeste baiano
Foto: Reprodução / Riachodesantana.blogspot

“O padre Aldo é o terror da região. Nada se faz no município sem que ele seja consultado. O padre ofende no púlpito o prefeito, a juíza de direito, o delegado de polícia e outras autoridades que se opõem ao seu trabalho”.

 

O trecho é de um documento inédito dos órgãos de espionagem da ditadura civil-militar (1964-1985) e faz parte do livro “Diálogo, modernização e conflito - Uma biografia do cardeal Dom Avelar Brandão Vilela”, de Grimaldo Carneiro Zachariadhes, da editora Edufba.

 

A publicação vai ser lançada em Salvador em maio próximo. O religioso em questão é o italiano Aldo Lucchetta, que integrou à época a paróquia de Riacho de Santana, no Sudoeste baiano, a 715 quilômetros de Salvador.

 

Foto: Grimaldo Carneiro Zachariadhes

 

Padre progressista, como muitos que circulavam na Bahia naqueles anos sombrios, Aldo Lucchetta era destemido e não titubeava em enfrentar o poder no interior do estado. Natural da província de Treviso, no Norte da Itália, Lucchetta, com então 26 anos, desembarcou no Brasil pelo interior do Espírito Santo, pela cidade de São Matheus.

 

Tomou gosto pela pedagogia do oprimido, do educador Paulo Freire, e começou a fazer, no intervalo das missas, o trabalho de base como os trabalhadores rurais. Não demorou, e Aldo passou a incomodar autoridades, que pediram a saída dele do país, em 1972. Um ano depois, porém, o religioso voltava para o Brasil. A parada foi em Caetité, onde começou a deixar marcas na região.

 

Passou por Licínio de Almeida até chegar em Riacho de Santana onde se fixou a partir de 1975. “A gente tem muita saudade dele. Fez muito por aqui. Era um padre enérgico e muito dinâmico”, disse a radialista Ivanete Cardoso ao Bahia Notícias. Moradora de Tanque Novo, também no Sudoeste, ela lembra que Padre Aldo, como era chamado, atuou em várias frentes, seja na educação, com as sempre lembradas “escolas famílias agrícolas”, no esporte, na saúde e até na comunicação, chegando a fundar diversas rádios.

 

“Tinha personalidade forte e sempre foi um homem de ação. Não media palavras para denunciar injustiças, muito menos para pregar o evangelho de Cristo. Estava sempre pregando, mas não contasse com ele para encobrir alguma injustiça”, disse Ivanete durante uma homenagem ao padre.

 

Os embates com o poder local prosseguiam. Em janeiro de 1981, o então prefeito de Riacho de Santana, Alcides Cardoso Coutinho, publicou uma “carta-denúncia” no jornal A Tarde. No relato, o gestor afirmava que o religioso assumia “posições anti-sociais”, que não só perturbavam a administração da cidade, como tumultuavam “a vida religiosa dos paroquianos”. O prefeito apelava para o então cardeal Primaz do Brasil e principal liderança católica do estado, Dom Avela Brandão Vilela.

 

Foto: Grimaldo Carneiro Zachariadhes

 

O texto baixava o nível na argumentação e deixava sair até xenofobia. “O que se quer e implora - não é de hoje - é que o povo católico de Riacho de Santana volte a encontrar na Igreja construída pelos seus maiores a paz que há trás anos foi de lá varrida pela incontinência verbal de um boquirroto que nem fala corretamente a nossa língua e a todos insufla no calão mais baixo, num sotaque carregado de quem ainda riais se deu ao trabalho de aprender o idioma do pais que o acolheu pelo amor do Cristo”, dizia o prefeito.

 

Dois dias depois e no mesmo jornal, uma denúncia apontava a atuação de grileiros no município com o próprio prefeito envolvido no caso. Segundo a acusação, o gestor, acompanhado de policiais, tinha invadido uma propriedade na localidade de Cambaitó.

 

Foto: Grimaldo Carneiro Zachariadhes

 

De acordo com Grimaldo Carneiro Zachariadhes, o pedido do prefeito a Dom Avelar revelava o jogo de cintura do arcebispo diante das ações da ditadura. Chamado de “Bispo do Diálogo”, Avelar se sentava com os dois lados e conseguia ser respeitado por ambos. A ditadura também não gostava de se indispor com os religiosos.

 

“O regime sempre teve um cuidado muito grande com a Igreja Católica. Os setores dentro da Igreja que faziam oposição à ditadura eram vistos com muito cuidado pelo regime, porque a ditadura se preocupava muito com a imagem do Brasil”, diz Zachariadhes. Aldo Lucchetta se livrou da expulsão e continuou as lutas no Sudoeste baiano. Uma questão que ajudou no trabalho de base do pároco é que a Bahia, apesar de sofrer os horrores do período, não foi tão castigada como outros estados, a exemplo de Pernambuco.

 

Como a igreja ainda tinha crédito com os militares, os espaços religiosos serviam de amparo para os perseguidos e aos que ainda conservavam o espírito libertador, caso de Aldo Lucchetta. “Nas cidades do interior, a atuação da igreja era ainda mais importante porque não havia outros canais de denúncia. A igreja se tornava a única instituição possível”, afirma outra vez Grimaldo Zachariadhes.

 

A partir daí chegavam aos padres do interior baiano diversas denúncias, sobretudo de violações contra trabalhadores rurais. Apelidado de "Herói do Sertão", Aldo Lucchetta atuou na criação de mais de 60 escolas na região, muitas delas para preparação de técnicos rurais. Passou pela ditadura, que completa 60 anos no próximo dia 31 de março, e entrou na nova República.

 

O padre seguia na lida diária quando um acidente de carro interrompeu os então 56 anos de vida de Lucchetta em 1998. O fato ocorreu há exatos 26 anos completados nesta quinta-feira (28). 

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Descobri que a Ceasa tem dono e que ninguém toma. Mas algo que ainda me surpreende é pesquisa. Imagina perder tanta noite de sono pra não crescer nem mais do que a margem de erro? Mas nem por isso o Ferragamo tem o que comemorar. O que perdeu de cabelo, ganhou de pança. Mas na política tudo que vai, volta. Que o digam os nem-nem de Serrinha: nem amigos, nem inimigos. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Wilson Witzel

Wilson Witzel
Foto: Marcos Correa/Presidência da República

"O presidente Jair Bolsonaro deve ter se confundido e não foi a primeira vez que mencionou conversas que nunca tivemos, seja por confusão mental, diante de suas inúmeras preocupações, seja por acreditar que eu faria o que hoje se está verificando com a Abin e a Polícia Federal. No meu governo, a Polícia Civil e a Militar sempre tiveram total independência". 


Disse o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, ao negar que manteve qualquer tipo de relação, seja profissional ou pessoal, com o juiz Flávio Itabaiana, responsável pelo caso de Flavio Bolsonaro (PL), e jamais ofereceu qualquer tipo de auxílio a qualquer pessoa durante seu governo, após vazementos de áudios atribuidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Podcast

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira
O deputado estadual Luciano Simões Filho (União) é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira (15). O podcast é transmitido ao vivo a partir das 16h no YouTube do Bahia Notícias.

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