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O publicitário e radialista baiano, Chico Kertész, foi um dos brasileiros convidados a fazer parte da equipe de estratégias da campanha do candidato à presidência da Argentina, Sergio Massa. Apoiado pelo atual presidente Alberto Fernández, a campanha conta com marqueteiros brasileiros que já trabalharam com integrantes do PT em outras eleições.
O publicitário integra a equipe da campanha de Massa junto com Otávio Antunes e Raul Rabelo, que participaram de campanhas de Fernando Haddad (PT) e Halley Arrais, que trabalharam na campanha do ex-deputado Edegar Pretto (PT-RS)
Chico que também é apresentador, já tinha integrado a equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nas eleições do ano passado.
Ao Poder360, Chico disse que a estratégia da equipe será direcionada na rejeição do candidato Javier Milei. Massa e Milei disputarão o 2º turno da eleição na Argentina no próximo dia 19 de novembro. Nas redes sociais, Chico publicou uma sequência dos vídeos de campanha de Sergio Massa que ajudou a criar.
O Doodle do Google homenageia o bandoneonista e compositor argentino Astor Piazzola, que nesta quinta-feira (11) completaria 100 anos.
Nascido em Mar del Plata, no dia 11 de março de 1921, ele migrou com a família para os Estados Unidos aos quatro anos de idade. Em 1929, ganhou seu primeiro bandoneón de seu pai, quatro anos depois começou a tomar aulas de piano e, aos 14 anos de idade conheceu Carlos Gardel, tornando-se amigo do mais famoso cantor de tango da história. À convite do artista, Piazzola trabalhou como figurante do filme “El Dia Que Me Quieras”.
Em 1939, ele e a família voltaram para Mar del Plata e desde então ele começou a tocar com bandas e mergulhou no mundo do tango. Em 1940, Astor Piazzola se mudou para Buenos Aires, onde passou a integrar a orquestra do bandoneonista, compositor e diretor Aníbal Troilo. No fim dos anos 1940 ele partiu para carreira solo, inserindo elementos do jazz no tango.
Conhecido pelas inovações, hoje é ele é considerado o compositor do ritmo mais importante da segunda metade do século XX, apesar de no passado ter sido muito criticado pelos tocadores mais antigos.
Fernando "Pino" Solanas, cineasta, político e ativista argentino, morreu aos 84 anos em Paris. A morte ocorre dias após ele ser internado em um hospital com diagnóstico de coronavírus, informou neste sábado (7) o ministério das Relações Exteriores argentino, segundo a agência France-Presse.
"Enorme dor por Pino Solanas. Faleceu enquanto cumpria suas obrigações como embaixador da Argentina na Unesco. Será lembrado por sua arte, por seu compromisso político e por sua ética sempre a serviço de um país melhor", disse o ministério de acordo com o G1.
Solanas havia anunciado no Twitter, em 16 de outubro, que ele e sua esposa, Ángela Correa, haviam contraído Covid-19 na capital francesa, onde se encontra a sede da Unesco, e que ele estava internado em observação. Na imagem que acompanhava a mensagem, o cineasta aparecia em um leito de hospital e com máscara.
Cinco dias depois, o diretor premiado afirmou que o seu estado era "delicado", mas que ainda "resistia". Foi sua última mensagem na rede social.
QUEM FOI SOLANAS
Solanas foi um cineasta comprometido, revolucionário e prolífico e também um político apaixonado e perseverante.
Em 1992 foi eleito senador pela cidade de Buenos Aires e um ano depois foi deputado pela Frente Grande. Também foi candidato à presidência em 2007 pelo movimento Projeto Sul, progressista, ambientalista e de centro-esquerda, em aliança com o Partido Socialista Autêntico. Em junho de 2019, anunciou que ingressaria na Frente de Todos e endossou a chapa presidencial de Alberto Fernández e Cristina Fernández.
Nascido em 16 de fevereiro de 1936 em Buenos Aires, Solanas estreou no cinema em 1962, com o curta "Seguir andando". Em 1967 dirigiu o documentário "La Hora de los Hornos", trilogia co-dirigida com Octavio Getino, com duração de mais de quatro horas, que se tornou um símbolo do cinema politicamente comprometido, de denúncia e resistência à ditadura.
Criador da célebre personagem Mafalda, o cartunista argentino Quino morreu, aos 88 anos. A confirmação da morte veio do editor do artista, Daniel Divinsky. “Quino morreu. Toda a boa gente no país e no mundo vai chorar por ele”, escreveu em sua conta no Twitter.
De acordo com informações divulgadas pelo jornal argentino Clarín, o artista sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) nos últimos dias e não resistiu.
Filho de imigrantes espanhóis da Andaluzia, Joaquín Salvador Lavado Tejón nasceu em Mendoza, na Argentina, em 17 de julho de 1932.
Se murió Quino. Toda la gente buena en el país y en el mundo, lo llorará.
— Daniel Divinsky (@DanielDivi1) September 30, 2020
Fruto das inquietações de um professor e do escasso material de estudo sobre dramaturgia contemporânea na América Latina, a versão brasileira do espetáculo “A Persistência das Últimas Coisas”, dirigida por Celso Junior, estreia nesta quinta-feira (28) e segue temporada até 8 de outubro, no Teatro Vila Velha. O texto original, do jovem argentino Juan Ignacio Crespo, é sobre o fim de um romance entre dois rapazes e a dificuldade de lidar com as memórias e a perda. Tanto a temática, como a forma de contar esta história, conquistaram o brasileiro, de cara, durante uma viagem a Buenos Aires. “Eu saí com a ideia de 'eu preciso desse texto pra usar em sala de aula’, porque é um bom exemplo de dramaturgia contemporânea latino-americana”, lembrou Celso Junior. “Só pra você ter uma ideia, dos autores das peças latino-americanas que a gente estuda nas aulas, a mais recente era de 1976. Então, eu tinha um texto de 2013, 2014, que foi escrito agora e fala de temas universais, não só geograficamente, porque são questões humanas de qualquer pessoa”, revela o diretor baiano, contando que inicialmente não pensava em montar o espetáculo, mas apenas traduzir e usar em suas aulas.
A ideia de levar sua versão de “A Persistência das Últimas Coisas” aos palcos veio em 2016, por um motivo especial: a celebração de um marco em sua trajetória profissional. “Como estou comemorando 30 anos de carreira, pensei: ‘vou dirigir uma peça, vou atuar numa peça e vou fazer um recital de poesias’. Essa era minha ideia inicial. Aí, como não consegui dinheiro pra nada, eu disse: ‘vou montar a peça’. O dinheiro que eu gastaria numa festa, eu estou montando o espetáculo”, diz o diretor, aos risos. O primeiro passo foi fazer a tradução literal, com o objetivo de transpor para o português a ideia original do autor. Neste processo, Celso conta que passou por algo que chamou de uma “dificuldade ótima”. “Como o texto é muito contemporâneo, os diálogos tem muito palavrão, gíria local. Então precisei entender o que essas expressões significavam para o argentino de hoje e comecei a transpor”, explica. Dentro desta ideia, ele não mudou quase nada, exceto um ou outro termo, a exemplo de “boliche”, usado na Argentina e alguns países sul-americanos, e que no Brasil poderia ser substituído por “balada” ou “reggae”, no “baianês”. “Fiz uma tradução que se preocupa em não transliterar, mas dar ao ouvido brasileiro uma noção clara do que o texto está dizendo lá”, resumiu Celso Junior.
Celso Junior destaca que procurou "não baianizar" a peça, cuja história poderia se passar em qualquer cidade contemporânea | Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias
Para contar sua versão desta história de sentimentos universais, ele pontuou, no entanto, que se preocupou em “não baianizar” demais a peça. “Ela não se passa no Pelourinho, não se passa na Pituba. Se passa em um lugar qualquer, numa cidade qualquer, como Buenos Aires, como Salvador, como qualquer outra”. Com texto em mãos, foi o momento de escalar o elenco, que conta com três atores já conhecidos do diretor: Igor Epifânio, Vinicius Bustani e Paula Lice, esta última, conta Celso, veio logo à sua cabeça no momento em que viu o espetáculo original. “Que bonito, numa montagem brasileira, Paula Lice seria a pessoa ideal, porque ela traz uma loucura e um humor muito específico para a personagem”, lembra ele, que em seguida fez o convite. Paula viverá uma mulher sem nome, amiga e confidente de Federico, personagem principal, interpretado por Bustani. “Ele terminou um relacionamento de dez meses e não está conseguindo se livrar disso. Ele está muito apegado, e aí entra numa esfera da loucura, contrata um detetive para seguir o ex, fica muito ciumento, procura até uma cigana para fazer uma amarração para o cara voltar, quer dizer, ele está muito apegado a isso”, narra Celso Junior. “Ele se dá conta no meio do caminho, que quando eles começaram o namoro, eles inventaram para os amigos versões diferentes de como eles começaram, para glamourizar e romantizar o início. Ele não lembra mais a versão verdadeira. A peça reconta essas versões, e o que a gente vai percebendo é que ele só vai conseguir vencer essa separação quando ele se lembrar exatamente como foi que eles começaram”, explica o diretor, que de certa forma acabou traçando um paralelo para sua própria vida, apesar de já estar na casa dos 50, enquanto os personagens vivem os dilemas dos 30 anos.
Versão brasileira do espetáculo "A Persistência das Últimas Coisas" tem Igor Epifânio, Vinicius Bustani e Paula Lice no elenco | Foto: Divulgação
Neste sentido, Celso lembra que a peça fala muito sobre memória e o modo como as pessoas a acionam para reinventar sua própria história. “Apesar da peça falar especificamente de uma relação amorosa, eu acho que nesse momento eu estou falando também sobre a minha carreira, essa coisa de reinventar as pequenas histórias, as pequenas coisas, 'as últimas coisas'”, diz, sem deixar, entretanto, de diferenciar as inquietudes de cada geração, já que, para ele, essa angústia de fim de relacionamento não reflete sua atual fase. “Não passo mais por essa crise. Essa é uma crise muito das pessoas que estão se aproximando dos 30 anos, que acho que é quando elas começam a se dar conta da sua mortalidade. Então, cada final de relacionamento é como se fosse uma notícia de que você está se aproximando mais do fim da sua vida”, explica. Dito isto, ele se questionou sobre os motivos que o atraíram tanto na montagem e acabou encontrando a resposta: “Eu estou fazendo 30 anos de carreira e cada final de temporada é um final de carreira. Cada peça que termina e não volta mais a cartaz, eu me despeço dela como se fosse um relacionamento que acabou e que agora virou uma história”, conclui o diretor, que diante do momento vivido no Brasil e no mundo, para 2018 já decidiu acessar outras memórias, montando um espetáculo de Nelson Rodrigues. “É uma onda mais careta que está em momento de expansão. Ano que vem eu estava em dúvida do que fazer, mas já tomei a decisão. Vou montar uma peça que foi escrita e foi escândalo 60 anos atrás, para fazer escândalo 60 anos depois: ‘Os Sete Gatinhos’”, provoca.
SERVIÇO
O QUÊ: Espetáculo “A persistência das últimas coisas”
QUANDO: 28 de setembro a 8 de outubro. Quinta a sábado, às 20h e domingo, às 19h
ONDE: Teatro Vila Velha – Salvador (BA)
VALOR: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), nas compras até 27 de setembro, no internet (clique aqui) | R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), na bilheteria, nos dias de espetáculo
Morreu, na noite desta terça-feira (8), aos 78 anos, o artista plástico argentino Reinaldo Eckenberg, radicado na Bahia há 51 anos. De acordo com informações de Ronaldo Jacobina, no Correio, Eckenberg foi hospitalizado após sofrer um infarto, na segunda-feira (7). Segundo a publicação, o artista chegou a ter um quadro de melhora na terça (8), mas voltou a enfartar e não resistiu. A morte foi informada pelos amigos nesta manhã. Reinaldo Eckenberger nasceu na cidade de Buenos Aires em 1938, mas foi Salvador o lugar onde ele decidiu viver, desde 1965. Sua obra foi revisitada no ano passado, com a exposição “Reinaldo Eckenberger – Uma Poética do Excesso” (clique aqui), que ficou em cartaz por mais de um mês na Caixa Cultural. “Seios fartos escapam de decotes suntuosos e decadentes. Línguas se projetam em busca de prazer, inclusive o de satirizar. Boca, falo, fetiche, olhos arregalados em êxtase. Não são apenas estes elementos que nos apontam que a obra de Reinaldo Eckenberger é marcada pelo erotismo. As ideias de Georges Bataille, autor francês do início do século XX, estudioso das religiões e das incipientes teorias psicanalíticas, iluminam este primeiro olhar e nos revelam um possível erotismo nos corpos unidos, híbridos, criados pelo artista em diversos materiais e técnicas. Eckenberger vai além e transgride a interdição do incesto em seu mundo imaginário onde duas figuras, a mulher e o menino, aparecem de forma insistente, sobretudo a partir da década de 70”, assim descreve a jornalista Luciana Accioly Lima, curadora da mostra, acrescentando que Eckenberger “desde a década de 60 construiu uma poética muito particular que dialoga com o obsceno, o cômico e o feio e é, sem dúvida, uma das mais expressivas no contexto da arte erótica produzida pelo modernismo baiano”.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Wilson Witzel
"O presidente Jair Bolsonaro deve ter se confundido e não foi a primeira vez que mencionou conversas que nunca tivemos, seja por confusão mental, diante de suas inúmeras preocupações, seja por acreditar que eu faria o que hoje se está verificando com a Abin e a Polícia Federal. No meu governo, a Polícia Civil e a Militar sempre tiveram total independência".
Disse o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, ao negar que manteve qualquer tipo de relação, seja profissional ou pessoal, com o juiz Flávio Itabaiana, responsável pelo caso de Flavio Bolsonaro (PL), e jamais ofereceu qualquer tipo de auxílio a qualquer pessoa durante seu governo, após vazementos de áudios atribuidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).