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avanco cientifico
O Alzheimer é a forma mais comum de demência e uma das doenças mais desafiadoras para a ciência. Embora a grande maioria dos diagnósticos seja feito na terceira idade, estudos mostram que a condição pode se iniciar de 15 a 20 anos antes de os indivíduos demonstrarem os primeiros sinais.
O diagnóstico do Alzheimer é feito com avaliação clínica, exames de imagem e de pesquisa por biomarcadores associados à doença – as proteínas tau e beta-amiloide – em exames que investigam o líquido cefalorraquiano (líquor) coletado através de uma punção lombar, um procedimento seguro e minimamente invasivo.
No passado, os pacientes precisavam esperar até oito semanas para obter o resultado da testagem das amostras do líquor coletadas pelo hospital e enviadas para o exterior. Um novo exame automatizado consegue reduzir esse tempo para apenas 20 minutos.
O teste Elecsys CSF, oferecido pela Roche Diagnóstica, avalia de maneira simplificada e padronizada a dosagem de biomarcadores das proteínas tau e beta-amiloide no líquor coletado. O procedimento começou a ser realizado este mês, no Hospital Israelita Albert Einstein, que também prestará o serviço para hospitais provados e laboratórios do país.
Com a automação é possível simplificar o processo de análise e excluir interferentes. “Se antes as intervenções mais efetivas junto a pacientes com doença inicial não existiam, atualmente, os avanços da medicina vêm ampliando as possibilidades de tratamentos nesse grupo de pessoas”, afirma o neurologista Ivan Okamoto, do Núcleo de Excelência em Memória (Nemo) do Einstein.
Okamoto explica que, sem manifestação clínica, o paciente entra em uma fase de comprometimento cognitivo leve (CCL) e, posteriormente, passa para um estágio mais avançado da doença, que pode ser leve, moderado ou grave.
Embora o comprometimento cognitivo leve não seja determinante para o desenvolvimento de distúrbios neurodegenerativos progressivos, cerca de 35% dos pacientes que apresentam este fator evoluem para demência com traços de Alzheimer.
“O diagnóstico clínico em um paciente com comprometimento cognitivo leve é extremamente desafiador, por isso há necessidade de testes diagnósticos mais precisos”, afirma o presidente da Roche Diagnóstica no Brasil, Carlos Martins.
Os sintomas do Alzheimer se desenvolvem de forma progressiva. Em geral, os pacientes notam primeiro as falhas de memória. À medida que a doença avança, há dificuldades com as funções cognitivas, que prejudicam a realização de atividades rotineiras. Os impactos também são sentidos na linguagem e na percepção do mundo.
O patologista clínico Gustavo Bruniera Peres Fernandes, coordenador de Serviço de Líquor do Hospital Israelita Albert Einstein, acredita que a avaliação dos biomarcadores será essencial para os médicos identificarem as melhores opções de tratamento.
“Sairemos de uma classificação clínica, baseada em sintomas, para uma classificação biológica, que verifica, a partir de testes, se o paciente tem a condição e em qual estágio está, para poder intervir com o tratamento adequado”, aponta Fernandes. As informações são do portal Metrópoles.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Wilson Witzel
"O presidente Jair Bolsonaro deve ter se confundido e não foi a primeira vez que mencionou conversas que nunca tivemos, seja por confusão mental, diante de suas inúmeras preocupações, seja por acreditar que eu faria o que hoje se está verificando com a Abin e a Polícia Federal. No meu governo, a Polícia Civil e a Militar sempre tiveram total independência".
Disse o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, ao negar que manteve qualquer tipo de relação, seja profissional ou pessoal, com o juiz Flávio Itabaiana, responsável pelo caso de Flavio Bolsonaro (PL), e jamais ofereceu qualquer tipo de auxílio a qualquer pessoa durante seu governo, após vazementos de áudios atribuidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).