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Neste sábado (29) é comemorado o Dia Internacional da Dança, arte muito presente na cultura da Bahia, que é sede da pioneira Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Neste dia, o Balé Teatro Castro Alves (BTCA), fundado em março de 1967, também celebra seus 42 anos de história e contribuição artística para Salvador. Em entrevista ao BN Hall, Daniela Guimarães - diretora artística do Balé TCA - falou sobre a trajetória da companhia.
“Acredito que a primeira coisa para se destacar são os 42 anos desse balé, uma produção continuada, que pensa tanto em criação quanto ensino e pesquisa. Éum grupo que carrega 108 criações em sua jornada e isso são pelo menos duas ou três novas produções por ano. É um grupo que se estabeleceu, de uma linguagem que é a dança, e se perpetuou nesses 42 anos construindo a história de Salvador, na formação de público com intercâmbio com novos artistas e aulas abertas oferecidas ao público, que permite vivenciar o dia a dia da companhia. Tem todo um apuro técnico e criativo grande por ser uma companhia de dança institucional, mas ao mesmo tempo tem toda uma preocupação com o social, com a integração com novos artistas e novas perspectivas de dança”, declarou Daniela.
Daniela Guimarães (Foto: Benedito Cirilo Filho)
Ao BN, a diretora artística também citou o atual momento vivido pela companhia de dança que, devido ao incêndio ocorrido em janeiro no Teatro Castro Alves (TCA), passa por um período itinerante. Segundo Daniela, tanto a orquestra quanto o balé estão tendo seus cotidianos em lugares diferentes da cidade. No primeiro momento, o Balé TCA ficou um mês e meio no Palácio da Aclamação e, logo depois, 14 dias na Casa Rosa. “Está sendo um momento novo e marcante para o próprio balé, pois a partir desses lugares que estamos vivendo construímos as nossas produções e entregas para sociedade”, disse.
Neste Dia Internacional da Dança, Daniela, que vem da Escola de Dança da UFBA, na qual já atuou como professora e coordenadora artística, avalia que a dança tem uma grande força como linguagem artística e área de conhecimento na Bahia, por ser um lugar de referência no balé e também no estudo acadêmico desse segmento. Entretanto, apesar dos motivos para celebrar, a bailarina destaca a falta de incentivo para arte e cultura.
“Estamos em um momento muito sofrido das políticas públicas de incentivo às artes e a cultura. Vivemos um novo momento brasileiro, mas precisamos retomar todo um enfrentamento para ter novamente as políticas públicas: os editais, os incentivos e ter as casas e pontos de cultura reabertos. É um momento em que está escasso para qualquer linguagem artística, a dança não é diferente disso. Uma coisa é ser Salvador, esse lugar em que a dança foi pioneira enquanto linguagem, arte e conhecimento. Agora é um momento difícil em que precisa ser revisto”, alertou.
O Balé TCA estará neste Dia Internacional da Dança na cidade de Alagoinhas, encenando o espetáculo “Viramundo”. Conforme Daniela, a companhia de dança está retomando algo que desde a pandemia foi cessado, por causa de políticas públicas também, que é a turnê pelo interior do estado. Na versão que será apresentada neste sábado (29), não haverá a orquestra sinfônica, porém será apresentada uma versão da música original do maestro Ubiratan Marques em homenagem a Gilberto Gil.
“Estamos indo para o Sesc Alagoinhas para fazer essa apresentação, essa reverência ao Dia da Dança, a linguagem da dança, ao grande músico e dançarino Gilberto Gil, como ele se intitula, nosso grande orixá da música”, comemorou a diretora artística.
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A “Roda de Diálogos – O Bailarino em Pauta”, promovida pelo Balé Teatro Castro Alves (BTCA), realiza sua quinta edição nesta sexta-feira (1º), às 17h, na Sala de Ensaio, no Piso C – Ala A do Teatro Castro Alves (TCA), com entrada gratuita. Idealizado e coordenado pelo bailarino Agnaldo Fonseca, integrante do Núcleo de Pesquisa do BTCA, tem como objetivo valorizar e dinamizar as atividades da companhia, através do debate entre convidados e integrantes do elenco. Nesta edição, as bailarinas Adriana Bamberg, Mônica Nascimento e Solange Lucatelli farão uma apresentação em torno de uma citação de Cora Coralina: “Nada do que vivemos tem sentido se não tocarmos o coração das pessoas”. Já Luiza Meireles abordará a “formação, profissionalização e atuação de uma bailarina negra carioca do Rio a Salvador”. “A ideia da ‘Roda de Diálogos’ surgiu de minhas inquietações enquanto bailarino da companhia. Também por, atualmente, me encontrar num processo de pesquisa e produção textual acadêmica que abrange as temáticas cultura, arte, educação e dança, que considera justamente a experiência do sujeito como construtor de saberes e conhecimentos”, explica Agnaldo Fonseca.
SERVIÇO
O QUÊ: Balé TCA - “Roda de Diálogos – O Bailarino em Pauta”
QUANDO: Sexta-feira, 1º setembro, às 17h
ONDE: Teatro Castro Alves - Sala de Ensaio, no Piso C – Ala A
VALOR: Gratuito
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