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O vice-prefeito de Ilhéus, no Sul, Bebeto Galvão (PSB), rebateu a fala do prefeito Mário Alexandre (PSD) que criticou a postura do ex-aliado por ter deixado de falar sobre uma trama, urdida na Câmara Municipal. A manobra teria como fim derrubar o gestor do governo local.
Ao Bahia Notícias, Galvão declarou que relatou o caso ao prefeito na época que tramitava uma proposta de CPI que investigaria um auxílio financeiro [R$ 15 milhões] autorizado pela prefeitura para as empresas do transporte público local.
“A Câmara instalou uma CEI [Comissão Parlamentar de Inquérito]. Isso evoluiu e ele temeu que pudesse ocorrer um impeachment. Eu intervi neste processo negociando com os vereadores, a pedido dele. Mas eu disse na casa dele para que o problema fosse resolvido, porque não sou alguém para golpismo”, disse nesta quarta-feira (10) ao Bahia Notícias.
Galvão voltou a afirmar de um acordo que teve com Mário Alexandre em 2020 do qual ele o apoiaria na sucessão deste ano. “O prefeito na verdade é um inadimplente da palavra. Em 2020, eu nem seria candidato e após diversos debates com a intervenção do governo do estado emprestamos o nosso patrimônio político”, continuou.
O vice-prefeito declarou também que mantém a posição de pré-candidato. No entanto, pode compor com o campo da pré-candidata e ex-secretário estadual Adélia Pinheiro. “Nós temos programas comuns. Temos relação histórica, PT e PSB desde a eleição de 1989. Mas isso não se traduziu em politica de aliança aqui entre nós”, completou Bebeto, que acrescentou que a deputada Lídice da Mata segue em apoio à pré-candidatura dele.
Já em rumos opostos nas eleições deste ano, o prefeito de Ilhéus, no Sul, Mário Alexandre (PSD), e o vice, Bebeto Galvão (PSB), voltaram a ser tema de polêmica na cidade. Nos últimos dias, o vice-gestor declarou ter recusado participar de uma “manobra” que pretendia levar ao impeachment do prefeito.
O caso se referia a uma proposta de CPI que investigaria um auxílio financeiro de R$ 15 milhões autorizado pelo prefeito às empresas do transporte público local. Bebeto afirmou que a articulação teve origem na Câmara de Vereadores, mas preferiu não citar nomes.
Ao Bahia Notícias, o prefeito Mário Alexandre questionou a postura do vice, afirmando que ele deveria o informar sobre o ocorrido, situação que resvalou na Câmara.
“Ele devia ter falado isso no dia que teve essa suposta trama. Depois que ele sai do governo, vai falar isso? Não entendi muito bem qual o recado que ele quis dar. Então, ele quis dizer que houve traição dos vereadores e que ele não foi o traidor? Ele deveria citar nomes porque, inclusive, a Câmara está muito chateada com isso”, disse Mário Alexandre nesta terça-feira (9) ao Bahia Notícias.
O site procurou o ex-deputado Bebeto Galvão, mas até a finalização da nota não conseguiu contato com o vice-prefeito. Um dos motivos do afastamento de Bebeto da gestão seria um suposto acordo em que o prefeito apoiaria o vice na sucessão deste ano. Já anunciado, o pré-candidato do prefeito é o ex-secretário e braço direito na administração, Bento Lima.
O ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), afirmou que fará algumas viagens pelo Nordeste a partir da semana que vem, começando pelo município de Ilhéus, no Litoral Sul da Bahia, para autorizar uma obra no Aeroporto Jorge Amado. Ao Bahia Notícias, o vice-prefeito da cidade, Bebeto Falcão (PSB), confirmou a presença do ministro na próxima terça-feira (7) para fazer a avaliação.
A ampliação do aeroporto de Ilhéus é uma das maiores preocupações do prefeito do município, Mário Alexandre (PSD). Em dezembro, o chefe do Executivo chegou a ter uma audiência na sede da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba). A expectativa é que Márcio França vá ao município para autorizar justamente a ampliação do aeroporto.
“Você tem que pensar no aeroporto como um hospital ou uma escola. Para entregar comida aos Yanomamis, por exemplo, está demorando 16 dias, com um aeroporto demoraria duas horas. Não é uma questão de luxo, é uma questão de acessibilidade. Semana que vem eu vou percorrer o Nordeste todo, vou começar por Ilhéus para autorizar uma obra importante no aeroporto. Mas vou visitar todo o Nordeste”, disse Márcio França.
Ao Bahia Notícias, Bebeto afirmou que a ampliação do aeroporto é fundamental para a economia não só do município, mas também do estado da Bahia. O vice-prefeito chamou atenção, principalmente, para dois problemas centrais: a própria extensão do local e a falta de equipamentos.
“Nós temos um aeroporto que não opera suficientemente. Primeiro, ter um aeroporto de porte internacional. Temos uma alta demanda de passageiros e de negócios, temos necessidade de importar produtos para a área de informática e para desentranhar esses produtos nós não temos um ponto alfandegário, não temos nada. Nós temos dois problemas no aeroporto atual, primeiro a extensão dele, segundo a falta de equipamentos. Isso nos impede que aeronaves de maior porte possam vir aqui e decolar”, disse Bebeto.
O vice-prefeito também comentou que será avaliado junto ao ministro a possibilidade da construção de um novo aeroporto regional em formato de Parceria Público-Privada (PPP). Segundo Bebeto, a obra também é fundamental para o estado por conta da “dimensão econômica” da região.
“Tem uma demanda regional, que acredito ser fundamental, que é a construção de um novo aeroporto em uma PPP. Fazendo, inclusive, permuta com o aeroporto atual. Além das obras no aeroporto atual, temos a necessidade de um aeroporto novo pela dimensão econômica que a região tem. Então o ministro vai verificar essas condições que nós estamos clamando pela solução”, afirmou Bebeto.
OS PORTOS DA BAHIA
Em entrevista ao BN, Márcio França também citou justamente as dificuldades sobre a infraestrutura da Companhia das Docas da Bahia que, segundo França, possui uma aparência “difícil”. O ministro disse que a readequação dos portos no estado será um dos focos do governo federal e já indicou possíveis obras.
“A Bahia tem um aeroporto que já é privatizado, as informações são positivas. Eu vou olhar com detalhamento para o porto. É um porto com muita dificuldade, um porto que a aparência é difícil, assim como outros portos do Brasil. Em cada porto do Brasil, dos grandes, nós vamos fazer um corte de mais ou menos um ou dois quilômetros para demonstrar que o porto está integrado à cidade, fazer um porto com cara que as pessoas possam visitar”, disse França.
Bebeto Galvão, chegou a se encontrar com o ministro no início de janeiro. Na reunião, também foram discutidas as melhorias do Porto do Malhado, além da construção do Porto Sul. Ele explicou que os terminais de Ilhéus têm sido relegados por conta dos portos de Salvador e o Porto Aratu, mas destacou que Ilhéus está localizado em uma posição estratégica e pediu por melhorias.
“O porto público tem um histórico de acúmulo, de crescimento das cargas. Nós vivemos um problema, ele sempre foi relegado em função do Porto de Salvador e o Porto de Aratu. Mas o nosso porto está situado em uma região que é de fácil acesso a outros países, então ele precisa, não só de uma dragagem de manutenção, mas precisa de uma dragagem de aprofundamento do canal para poder receber navios de grande porte, com grande cargas”, afirmou Bebeto.
Por fim, o vice-prefeito também celebrou a abertura dos diálogos e cutucou a gestão do ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL). Bebeto contou que o governo anterior não chegou a abrir a possibilidade de possíveis empréstimos para a realização de obras no município de Ilhéus.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.