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bi ribeiro
O músico Bi Ribeiro, baixista do Paralamas do Sucesso, escolheu Salvador como lar. Ainda em atividade com a banda de rock, o artista vive na capital baiana e daqui, parte para os shows agendados do grupo liderado por Hebert Vianna.
A descoberta foi feita pelo jornalista Mauro Anchieta, da TV Bahia, que encontrou com o músico durante a produção de uma matéria para o Dia da Consciência Negra.
Em relato feito nas redes sociais, Mauro conta que encontrou com Bi durante uma visita à sede do Bloco Ilê Ayiê. O jornalista afirma que apesar de não ser do perfil de tietar famosos, precisou cumprimentar Bi e falar sobre a paixão pela banda Paralamas, e acabou descobrindo que Bi está vivendo na capital.
“Bi é gente boa, até me ofereceu um pedaço do churrasquinho de rua que iria começar a saborear ao lado da esposa. Conversamos por uns dez minutos sobre os Paralamas, minha paixão pela banda e a riqueza cultural da Bahia. Me disse que agora está morando em Salvador, de onde parte para os shows país afora”, contou o jornalista.
O músico, que é casado com uma baiana, participou do show da banda Skank, realizado em março deste ano em Salvador, e surpreendeu os fãs.
Depois de oito anos sem músicas inéditas, o grupo carioca Os Paralamas do Sucesso lança oficialmente, nesta quinta-feira (13), Dia Mundial do Rock, o single “Sinais do Sim” e seu videoclipe. A faixa integrará e dará nome ao novo disco da banda de Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone, que chegará às lojas no dia 4 de agosto. “Trabalho novo saindo é sempre um momento de reafirmar a nossa parada musical, nossa intenção de fazer musica, encontrar um público bacana. Daqui a pouquinho a gente vai estar na estrada com uma turnê nova, que vai começar no final de setembro, começo de outubro, turnê nova do 'sinais do sim'”, anunciou o baterista em um vídeo postado nas redes sociais nesta quarta-feira (12). O novo álbum sucede o disco "Brasil Afora", lançado em 2009.
Capa do disco "Sinais do Sim", que tem lançamento previsto para 4 de agosto | Foto: Divulgação
Sinais do Sim
Eu
Sei que teu coração é meu
Que algo em mim te convenceu
De que o melhor está por vir
Sim
Se deixe levar por mim
Peço perdão por insistir
Mas se já chegamos até aqui
Ver o nascer de um novo dia
Não parece tão ruim
Há pouco tempo só se via
Na poeira da dor
Os sinais do sim
Não
Se afaste tanto dos seus sonhos
Sem ser ousado eu te proponho
Relaxe e se deixe sonhar
Pois
Um dos encantos desta vida
É não ter peso nem medida
Pra restringir o imaginar
Ver o nascer de um novo dia
Não parece tão ruim
Há pouco tempo só se via
Na poeira da dor
Os sinais do sim"
Confira a nova música:
Com cerca de uma hora e meia, o espetáculo passeia por canções da trajetória da banda, como "Óculos" e "Vital e Sua Moto", que lançaram o trio de Brasília para o Brasil, até hits dos anos 2000, como "Cuide Bem do Seu Amor" e "Aonde Quer que eu Vá". Para compor o cenário comemorativo, vídeos mostravam fotos, clipes e registros de bastidores dos shows e gravações, que ajudam a contar a história de cada música. “A Bahia faz tudo valer tanto a pena. A maior parte de vocês não devia ter nascido ainda quando a gente começou a vir pra Salvador”, declarou o vocalista, relembrando os primeiros shows na capital baiana, nos anos 1980.
Depois que o público pediu bis, o trio retornou ao palco e reforçou o pedido feito por Djavan (lembre aqui), no último sábado (23). Barone. "Estamos acompanhando aí essa luta pra orquestra sinfônica continuar funcionando", comentou Barone, levando a plateia aos gritos. A orquestra tem funcionado com um número reduzido de músicos, devido a falta de recursos financeiros. Após meses sem apresentar uma solução, o governo divulgou que pretende publicizar a Orquestra, como forma de garantir esse recurso (entenda o caso aqui). Barone ressaltou a importância da Osba como instrumento da música brasileira.
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Antiga e nova geração do rock nacional reunidas em show em Fortaleza | Foto: Divulgação
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Pitty participou dos ensaios e da estreia para convidados, mas teve que se ausentar por questões médicas | Foto: Reprodução / Facebook
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João Barone ao lado dos amigos Herbert Vianna e Bi Ribeiro | Foto: Reprodução / Instagram
Se o passar do tempo reafirma a união dos Paralamas, por outro lado, a realidade atual tem sido muito cruel com a classe artística, desde as críticas às leis de incentivo – consideradas “bolsa vagabundo” – à extinção do Ministério da Cultura, no governo interino de Michel Temer. “O incentivo à cultura é sempre bem-vindo, muita coisa boa foi produzida com a isenção fiscal, um recurso para compensar a falta de verbas para a cultura. Se teve gente que fez mau uso dessa lei, basta apenas que se corrijam as brechas e imperfeições”, avalia Barone sobre políticas culturais como a Lei Rouanet, que é um dos temas que geram mais controvérsia entre os militantes políticos de internet. Apesar do momento crítico, o músico vê o presente e o futuro com otimismo. “Uma pena mesmo esvaziar o status da cultura como pasta isolada. Quem sabe daqui a algum tempo volte a ser um ministério? Já que é uma medida emergencial de um governo provisório. Não devemos perder o ímpeto e continuar cobrando uma política cultural e não uma cultura politizada”, diz.
O engajamento sempre foi marca dos Paralamas, em versos de canções como "Alagados", “O Beco”, “Selvagem” e "O Calibre", que mesmo compostas nos anos 80, segundo o artista, “continuam atuais, devido ao velho filme que a política nacional continua exibindo”. “Mas o rock não tem a exclusividade na contestação, o rap está aí também, com um discurso muito mais venal até”, avalia Barone, sem definir se a banda irá usar a realidade político-social em trabalhos futuros. “Vai depender da inspiração, nunca foi algo predeterminado, tem que rolar o emocional”, afirma.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.