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bloco afro
A cantora Daniela Mercury falou, nesta sexta-feira (9), sobre sua atuação como ativista dos Direitos Humanos no Brasil e também sobre sua relação com a ancestralidade, e que foi justamente o que impulsionou sua ligação com blocos afro aqui na capital baiana.
“Eu vou na África, os meninos vão e tudo mais, é o que o povo brasileiro fez, né? A partir de tudo que aconteceu na história da gente, né? E tá aqui, a gente fez essa transformação espetacular e ainda tem esse amor pela ancestralidade, pela história”, disse a artista durante o segundo dia do Carnaval de Salvador. A artista ainda aproveitou para cantar à capela com o Ilê Aiyê. Confira:
VÍDEO: ?? Daniela Mercury fala sobre atuação enquanto ativista e relação com blocos afro
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) February 10, 2024
????? Eduarda Pinto/ Bahia Notícias pic.twitter.com/Et6Ba1caAx
Daniela também comentou seu interesse pelo ativismo e destacou a luta que vem travando nos últimos anos. “Eu sou uma pessoa muito interessada em Direitos Humanos. Tenho lutado constantemente contra todo tipo de violência, né, contra as mulheres, contra o povo negro e os LGBTs, que eu faço parte. Tô na turma dos que lutam pelos seus direitos que é uma questão muito mais complexa”, completou Daniela Mercury.
Personalidade marcante do Olodum, a criadora do Instituto Kimundo, Negra Jhô, participa da saída do bloco na tarde desta sexta-feira (9) no Pelourinho [circuito Batatinha]. Falar do Olodum para Negra Jhô é deixar a emoção falar mais alto. “É muita história, é muita vida, é muita emoção”, disse ao Bahia Notícias.
Nascida em São Francisco do Conde, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), Negra Jhô migrou para Salvador e se incorporou ao bloco afro. Neste ano, o Olodum completa 45 anos de existência.
No Pelourinho, Jhô mantém um espaço de beleza onde estimula autoestima de mulheres negras. É conhecida por produzir penteados, turbantes e tranças.
O bloco Ilê Aiyê afirmou que, em nenhum momento, oficializou a abertura para a entrada de pessoas brancas no desfile do Carnaval do ano que vem. Em nota enviada na tarde desta quinta-feira (2), o bloco afro informou que o presidente da associação, Antônio Carlos dos Santos, o Vovô, não disse que a flexibilização se tratava de uma posição oficial do bloco.
“O bloco Ilê Aiyê esclarece que ao considerar tal possibilidade , que veio à tona sobretudo com a intenção de levantar a reflexão sobre um enaltecimento do bloco muitas vezes restrito ao período do Carnaval, o presidente Antônio Carlos Vovô em nenhum momento afirmou ser essa uma decisão oficial do bloco.Em 2024, o Ilê Aiyê completa 50 anos de trajetória e, mais do que nunca, esse será o momento de honrar suas conquistas”, disse o Ilê Aiyê.
Mais cedo, de acordo com o jornalista Osmar Marrom Martins, do jornal Correio, o Vovô do Ilê havia comunicado a suspensão da restrição de brancos para o desfile durante o Carnaval de 2024. A posição do bloco, inclusive, foi alvo de críticas por, supostamente, ir de encontro com as ideologias do Ilê Aiyê.
Veja a posição oficial do bloco:
O secretário municipal de Cultura e Turismo (Secult-SSA), Pedro Tourinho, afirmou que a prefeitura de Salvador irá avaliar uma mudança de estratégia em relação aos blocos afro no Carnaval do ano que vem. Em entrevista ao Bahia Notícias no Ar, na rádio Salvador FM 92,3, o titular da pasta comentou que a saída dos trios do gênero entre as atrações da folia acabou prejudicando a divulgação deles.
Pedro Tourinho disse que a prefeitura avalia um “reposicionamento” dos blocos para a folia de 2024. O secretário contou que os trios afro, provavelmente, devem sair mais juntos no próximo Carnaval, se desvinculando das grandes atrações, ficando mais unidos, e ganhando mais espaço na folia.
Em relação ao aniversário de 474 anos de Salvador, no dia 29 de março, Pedro Tourinho contou que vinha negociando ações para a festa, mas que, por conta da chegada do Carnaval, precisou adiar as conversas. Contudo, o secretário afirmou que fará anúncios a partir da próxima semana e assegurou que será um evento de grandes proporções.
Sobre o São João, que tradicionalmente os baianos buscam pelo interior do estado, Tourinho afirmou que a prefeitura fará um investimento para que os soteropolitanos sintam o clima do interior dentro da capital baiana. O titular da Secult contou que a intenção é criar, realmente, uma cultura de São João dentro de Salvador.
Um dos blocos afros mais conhecidos, o Olodum já iniciou o segundo desfile no carnaval de Salvador 2023. A agremiação saiu no circuito Barra-Ondina [Dodô] na tarde deste domingo (19). Os vocalistas Lazinho e Lucas di Fiori comandam o trio da banda, que leva também dançarinas.
Foto: Andrey Sindeuax / Bahia Notícias
Com as tradicionais cores do pan-africanismo estampadas na fantasia, o bloco como tema deste ano “A Batida do Coração – Caminhos da Eternidade” que exalta a percussão como elo entre pessoas por meio do toque.
Foto: Andrey Sindeuax / Bahia Notícias
O tema também faz referência aos tambores de Ghana e da cultura dos povos Ashanti, que está na história daquele país africano.
Foto: Andrey Sindeuax / Bahia Notícias
Foto: Andrey Sindeuax / Bahia Notícias
O cantor, compositor, violonista e poeta brasileiro Tiganá Santana é uma das personalidades presentes na saída do Ilê Aiyê, que acontece neste sábado (18), na Senzala do Barro Preto, no bairro do Curuzu. Em entrevista ao Bahia Notícias, o artista destacou a importância do bloco afro para sua formação.
“O Ilê me formou, minha mãe [Arany Santana] é diretora do Ilê, meu letramento racial foi por meio do Ilê Ayê. Devo tudo ao Ilê. O Ilê Aiyê é um acontecimento de formação. O chamado movimento negro de conteporaneo, ou os movimentos que acontecem no Brasil, no caso da Bahia, começam com Ilê Aiyê, primeiro bloco afro do Brasil. O Ilê consegue uma coisa extraordinária que é unir de uma maneira feliz, incontornável, estética e política, agenda política com arte, com maestria. Se hoje eu posso compor canções em línguas africanas, ser o primeiro compositor brasileiro a apresentar um álbum como intérprete com línguas africanas, eu devo ao Ilê Aiyê”, disse.
Sobre seus novos projetos, Tiganá falou sobre seu álbum que teve estreia no mês passado. “ ‘Iroko’foi lançado em streaming em 20 de janeiro, um álbum que fiz com o pianista cubano Omar Sosa. Começo 2023 com ele.”, citou.
A cabelereira étnica Laíse da Cruz de Lima (21), moradora do bairro da Mata Escura, foi eleita como “Muzembela 2018”, como é chamada a rainha do bloco afro Muzenza. O concurso foi realizado na noite desta quarta-feira (31), no Largo Pedro Archanjo, no Pelourinho, em Salvador. Na ocasião, Laíse desbancou outras cinco mulheres, tendo se destacado em requisitos como beleza, simpatia, elegância, apresentação no palco, fantasia e dança. O concurso, que acontece há 34 anos, tem como objetivo trabalhar a autoestima de mulheres negras, valorizando a cultura e a estética afro-brasileira, além de destacar a beleza negra da cidade de Salvador e região metropolitana.
O bloco afro Ilê Aiyê realiza o seu penúltimo ensaio antes da Folia de Momo, neste domingo (28), às 15h, na Senzala do Barro Preto (Sede do Ilê). A Band’ayê comanda a noite, que vai contar com novos sucessos do Ilê Aiyê, sua percussão e convidados especiais como Gabi Ferreira, semifinalista do The Voice Brasil da edição de 2017 e a banda Negros de Fé. Durante o show, também serão mostradas as canções vencedoras da última edição do Festival de Música Negra. As ganhadoras na Categoria Tema inspiraram-se no tema do Carnaval do Ilê Aiyê em 2018: “Mandela. A Azânia celebra o centenário de seu Madiba”. Os ingressos custam para a pista R$ 20 (meia) e R$ 40 (inteira) e para o camarote R$ 50 (meia) e R$100 (inteira). Eles podem ser comprados na Senzala do Barro Preto, no Curuzu e na Boutique do Ilê, no Pelourinho.
SERVIÇO
O QUÊ: Ensaio do Ilê Aiyê – Band’Aiyê
QUANDO: Domingo, 28 de janeiro, às 15h
ONDE: Senzala do Barro Preto - Liberdade - Salvador (BA)
VALOR: R$ 40 (inteira) R$ 20 (meia) Pista e R$ 100 (inteira) R$ 50 (meia) Camarote
![](https://www.bahianoticias.com.br/ckfinder/userfiles/images/olodum-2.jpg)
O Olodum, bloco afro mais famoso da Bahia e referência pelo trabalho contra a discriminação social e racial, comemora 34 anos no dia 14 de abril. Para festejar, o grupo realiza um ensaio especial, às 16h, na Praça Tereza Batista, Pelourinho. O tema da festa, a Kwanzaa, é uma celebração que tem como princípios básicos a valorização da comunidade, família e identidade e pertence a tradições antigas das colheitas na África.
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Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.