Artigos
Quarto dos Fundos
Multimídia
“É uma estratégia do PT”, afirma Luciano Simões sobre a ‘pulverização’ de candidaturas em Salvador
Entrevistas
"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
bloquinhos
Último bloco a desfilar no trajeto Ondina-Barra, neste sábado (03), o coletivo “Nasce uma Drag no Fuzuê” levou toda a beleza da moda LGBTQIAP+ para as ruas do circuito Tapajós. O idealizador do projeto, Lui, afirma que o grupo é uma afirmação da “nossa diversidade, a nossa dissidência, o nosso povo LGBT”.
O bloco, composto por cerca de 30 drags e artistas soteropolitanos, levou para o festejo pré-carnaval a discussão sobre a representatividade LBGT e o combate à homofobia. “A gente precisa entender que a nossa pauta não é alegórica, ela é permanente. Ela precisa ser discutida todo o tempo e no carnaval a gente não pode se esconder, a gente não pode levar pedrada, não pode levar pisoteada, não pode levar rebordosa de polícia, ou mesmo jatada de muquirana, não dá. A gente tem que ser respeitado. Então o carnaval, mais do que nunca, precisa ser esse espaço de afirmação das nossas presenças”, ressaltou Lui.
Para o grupo, o desfile do Fuzuê é uma realização importante para a valorização de artistas queer. “Quando a gente vem com toda a nossa fechação, é pra dizer que somos brilho, somos encanto, mas sobretudo somos vida, e a gente precisa de respeito. Então nesse espaço que é democrático, que é diverso, a gente já tá aqui brilhando, fechando. E literalmente, estamos fechando o desfile do Fuzuê desse ano de 2024 com muita felicidade. Pra gente não esquecer que as nossas vidas têm valor, e as nossas presenças, elas precisam ser com dignidade”.
Samba e axé se uniram em meio aos desfiles do Fuzuê, neste sábado (03). Uma das últimas atrações a desfilar na festa pré-carnaval, a Escola da Feira de São Joaquim trouxe as mega produções do sambódromo carioca para o circuito Tapajós.
Uma das líderes do bloco, Avanide Almeida, explica que além da folia, o bloco tem um braço social que depende dos desfiles. “Nós fazemos um trabalho social e no carnaval nós ainda não estamos naquele porte de escola de samba mas a nossa intenção é essa. Cada dia a gente trazer um pouquinho mais de alegoria um pouquinho mais da raiz de Salvador, do samba, da percussão. Filhos da Feira é isso, uma escola de samba”, ressaltou.
Este ano, a escola homenageou os grupos LGBTQIAP+ de Salvador. “Sabemos que o Carnaval de Salvador é um carnaval violento, e nós trazemos cultura, a gente não traz violência. Aqui a gente traz o conhecimento, a cultura de Salvador, a gente faz homenagem aos orixás, a gente faz homenagem a velha guarda [do samba] e nisso aí a gente tá trazendo alegria pra Salvador”, detalha a gestora.
Além das fanfarras, bloquinhos e mascarados, o Fuzuê já é tradicionalmente conhecido como uma oportunidade de criar as melhores fantasias para o carnaval. Entre superproduções e improvisos, o Bahia Notícias fez uma coletânea das melhores fantasias do circuito Tapajós, neste sábado (03).
O GLAMOUR DAS ESCOLAS DE SAMBA NA ONDINA - Passistas da Escola de Samba Filhos da Feira elaboram fantasias realistas e volumosas para o desfile no Fuzuê
BAYWATCH DA BAHIA - Diretamente de Los Angeles para Salvador, grupo de mulheres se juntam para compor equipe de salva-vidas no Fuzuê 2024
FITINHAS DO BONFIM OU ARCO-ÍRIS? - Grupo se reúne para compor “par de vaso” no pré-carnaval do circuito Tapajós
MULHERES MARAVILHA DE SALVADOR - Bloquinho das Maravilhas se reúne para curtir o Fuzuê e levar o poder da heroína para as ruas da Ondina
UM SOL PARA CADA UM - Grupo de mulheres se une para esquentar a festa de pré-carnaval no circuito Tapajós
BELEZA NEGRA - Com homenagem aos 50 anos do Ilê Ayê, Carnaval de Salvador inspira foliões a apostar na moda afro
O CANGAÇO NA BAHIA - Bloco Oficina dos Sons traz a magia do cangaço nordestino para o Carnaval de Salvador
NASCE UMA DRAG - Bloco queer Nasce Uma Drag no Fuzuê debate diversidade e leva moda queer para os festejos pré-carnavalescos
O ACARAJÉ É NOSSO - Trajes tradicionais das baianas de acarajé embelezam o Fuzuê 2024
COR E VOLUME - Trajes de quadrilha levam as cores da festa junina para o pré-carnaval baiano
QUEER QUEEN - Milita Sativa, referência drag queen de Salvador, exibe maquiagem artística e megaprodução no circuito Tapajós
Carnavalescas e ativistas do “body positive”, mas foliãs do Bloco das Gordas levaram o debate sobre empoderamento feminino e combate a gordofobia para as ruas do Fuzuê, neste sábado (03).
Uma das participantes do bloco, Cláudia Rosa, explica a importância do desfile do grupo. “É um grupo contra a gordofobia. Nós tiramos aquelas mulheres que se sentem infelizes por estar em casa, com vergonha de si mesmas, de dentro de casa, para vir fazer o carnaval. Não é só botar uma fantasia e vir com toda a família”, ressaltou.
O bloco, que já é conhecido nos festejos soteropolitanos, ressalta o apelo à diversidade no carnaval. “O significado de estar aqui é mostrarmos que nós podemos estar em qualquer lugar, independente de corpo, de cor, de crença. É um momento para estar com a família, curtindo essa harmonia que é o Carnaval de Salvador”
Com muitas cores, música e diversidade, o Fuzuê, deste sábado (03), no circuito Tapajós, recebeu centenas de pessoas para curtir o pré-carnaval de Salvador. Entre os foliões, estava um grupo de familiares e crianças com Síndrome de Down, acompanhando o desfile dos profissionais e ativistas da Associação Baiana de Down, Ser Down. “Estamos saindo para comemorar e celebrar a diversidade.”
A representante do bloco, Lívia, detalha a importância da luta pela inclusão das crianças e jovens com Síndrome de Down. “E estamos juntos aqui, com todos do Fuzuê, estamos de bloco em bloco, de conjunto em conjunto, para que a gente possa estar presente e a turma toda possa mostrar que lazer, festa, carnaval é um direito de todos.”
Juntamente com a saída do bloco, as famílias também ficaram para se divertir em meio a festa no circuito Ondina-Barra. Daniela expressou sua felicidade: “Eu gosto muito, desde pequena, eu estou muito feliz, [é a minha] primeira vez [no Fuzuê]”. Álvaro, por sua vez definiu: “Carnaval de amor, de paixão, de respeito”
Abrindo as comemorações pré-carnaval, o presidente da Saltur, Isaac Edington, definiu os festejos soteropolitanos em 2024 como um trabalho coletivo. “A gente está abrindo o pré-carnaval. A gente faz isso aqui com muito carinho. São 52 entidades aqui participando, de todas as partes aqui da região metropolitana, algumas até do interior, que participaram do edital. Então, assim, vem com muita alegria, com muito entusiasmo”, afirmou.
De acordo com o presidente, o Fuzuê é um treinamento para o Carnaval de Salvador. “É tudo muito colorido. Aqui tem criança de colo acompanhando, com os pais, com os avós, carrinho de bebê, todo mundo fantasiado. Então é muito alegre. O Fuzuê a gente faz, assim, com muito prazer. De fato abrindo, de uma forma mais leve, de uma forma, eu diria, mais cultural mesmo, esse início do pré-carnaval. E aí, a temperatura vai aumentando conforme os dias vão passando”, detalha.
Segundo ele, este ano, Salvador se prepara para receber o maior Carnaval de todos os tempos, com início na Praça Castro Alves. “Isso é muito importante para Salvador. Tudo indica que a gente vai fazer todos nós juntos, o folião soteropolitano, os turistas, as entidades todas participando dos blocos, o folião Pipoca, a imprensa, todos juntos vamos fazer o maior Carnaval que essa cidade já viu, que o Brasil já viu.”
Comemorando as bodas de ouro, o bloco Comanches do Pelô, fundado em 1974, desfilou na décima edição do Fuzuê, neste sábado (03), dando a início a temporada carnavalesca: “É com muito prazer que nós estamos aqui. É o aquecimento”, afirmou o líder do bloco, Jorginho Comancheiro.
O bloco, que é um dos fundadores do Fuzuê, também se apresentou no Festival de Verão deste ano. “Para nós é muito importante, como eu falei hoje, já cedo, a história do Comanche é uma história muito bonita, de muita resistência, até às vezes com vontade de desistir, mas comancheiros não desistissem. Então é com muito prazer que nós estamos aqui”, ressalta.
A comemoração oficial de aniversário deve ocorrer durante o carnaval. O bloco oficial deve se apresentar domingo (11) e terça-feira (13), no circuito Osmas, no Campo Grande; e na segunda-feira (12), será o dia do Comanche-erê, segmento infantil do bloco, também no Campo Grande. Na terça, a Caminhada da Paz celebra 15 anos de desfile. “Essa Caminhada da Paz é uma coisa que já vem acontecendo há mais de 15 anos e tem sido um sucesso. Tem sido um sucesso que as pessoas se abraçam, se beijam, com ou sem camisa, entram, curtem. Muito antes da história”, conta Jorginho.
Após grandes dificuldades financeiras para “botar o bloco na rua”, em 2024, o Comanches recebeu, por meio do edital Ouro Negro do Governo da Bahia, um total de R$ 200 mil para a celebração dos 50 anos.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Wilson Witzel
"O presidente Jair Bolsonaro deve ter se confundido e não foi a primeira vez que mencionou conversas que nunca tivemos, seja por confusão mental, diante de suas inúmeras preocupações, seja por acreditar que eu faria o que hoje se está verificando com a Abin e a Polícia Federal. No meu governo, a Polícia Civil e a Militar sempre tiveram total independência".
Disse o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, ao negar que manteve qualquer tipo de relação, seja profissional ou pessoal, com o juiz Flávio Itabaiana, responsável pelo caso de Flavio Bolsonaro (PL), e jamais ofereceu qualquer tipo de auxílio a qualquer pessoa durante seu governo, após vazementos de áudios atribuidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).