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A cerimônia de inauguração da "pedra fundamental" da fábrica de carros elétricos e híbridos chinesa BYD, em Camaçari, deve contar com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Recentemente, a montadora comunicou que o presidente da montadora, Wang Chuanfu, virá ao Brasil para o lançamento.
Programada para o mês de outubro, o ato marca o início da operação da empresa na fábrica que antigamente era comandada pela Ford. Segundo informações obtidas pelo Bahia Notícias, a cúpula da gestão estadual tenta ajustar a vinda de Lula para a cerimônia. O presidente tem vindo ao estado frequentemente para entrega de obras, com a última sendo em Ilhéus, para a retomada das obras da Ferrovia de Integração Oeste Leste, a Fiol. O trecho autorizado, Fiol 1, terá um percurso de 537 quilômetros e ligará Ilhéus a Caetité, no Sertão Produtivo, Sudoeste baiano (veja mais).
A fabricante chinesa também garantiu que os planos para início da primeira fábrica no complexo de Camaçari permanecem os mesmos. Segundo comunicado divulgado, as operações estão programadas para iniciar no último trimestre de 2024 ou no primeiro de 2025 (veja aqui). A fábrica que a chinesa BYD vai instalar em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS) trará um exército de robôs que farão grande parte do trabalho da produção dos veículos elétricos da montadora.
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) também já anunciou que o presidente da BYD garantiu que irá construir um centro de inteligência em Salvador, após a instalação da fábrica da montadora chinesa em Camaçari (relembre aqui).
A votação para apreciar a mudança na reforma tributária que derrubava benefícios para a montadora BYD, com fábrica a ser instalada na Bahia, foi alvo de comentário do deputado federal Otto Filho (PSD). Ao Bahia Notícias no Ar, da Salvador FM 92,3, apresentado por Maurício Leiro e Rebeca Menezes, Otto indicou para um "voto de protesto" ao destaque que analisa o limite para benefícios fiscais, onde teria impacto na relação com a empresa chinesa (veja aqui).
"Na verdade não foi o voto que fez a diferença, mas dos baianos o único. Mas desde o início fui contra o limite de benefício fiscal. Você limitar o benefício fiscal para estados do Nordeste e Centro-Oeste é um erro. Nós ainda não temos como competir com estados como São Paulo e outros estados do sul. O relator impôs o limite até 2032, e para mim foi um voto de protesto. Nunca imaginei que teria uma repercussão tão grande, até porque outros deputados da esquerda e centro votaram contra, mas no meu caso foi o único baiano", explicou Otto.
O parlamentar ressaltou que gostaria de "demonstrar que aquilo estava errado”. “Dar oportunidade ao Senado de fazer uma alteração. Espero que venha do Senado o projeto de lei, com a possibilidade de benefício fiscal sem limite. Se isso não for possível, do outro lado você tem estados contra, e para um acordo tiver uma limitação, obviamente é melhor votar para ter alguma coisa, do que não ter nada. Eu realmente não imaginava que iria dar tanta repercussão, mas também não me preocupo muito, a história na pessoa não é trilhada em um único dia. Tenho uma história de trabalho de muito tempo, não só como deputado federal, mas presidente da Desenbahia. História de trabalho e entrega, levamos muito a sério as coisas na votação", disse.
Otto confirmou que caso o limite seja mantido no Senado, irá votar de forma favorável. Além disso, ressaltou que é um parlamentar de posições "bem firmes ".Na época que votamos a reforma da previdência, tomei a decisão de votar a favor do texto base. Existiam muitos funcionários federais que se aposentavam ganhando R$200 mil por mês. Se não votássemos favorável, a população mais carente não teria aposentadoria. Se construiu uma comoção popular, que parlamentares que votaram não ganham mais eleições. O que não foi verdade", completou.
A época, o pai do deputado, o senador Otto Alencar (PSD) chegou a comentar o caso. Alencar minimizou o voto contrário de seu filho, defendendo que "os incentivos não tenham teto, o que é correto". "Por exemplo: A Bahia precisa trazer em 2025 na empresa de calçados no interior, aí não tem os incentivos e a empresa de calçados não vem, então ele não queria o teto, queria que o incentivo permanecesse", explicou Otto.
A chegada da fábrica da BYD na Bahia (reveja aqui) tem aguçado a imaginação dos deputados estaduais baianos. Alguns deles, em condição de anonimato, apontaram que sugeriram ao presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) para que, na próxima troca de carros, sejam adquiridos carros da empresa chinesa.
A sugestão teria ocorrido após a assinatura do contrato com a empresa na Barra. Apesar disso, ao Bahia Notícias, o presidente da Casa, deputado estadual Adolfo Menezes (PSD), pregou cautela com a eventual mudança, já que a empresa ainda possui modelos de alto valor.
"Tudo que é novo a gente tem que esperar. É uma tecnologia cara ainda. Seria ótimo, até porque é uma energia renovável. Agora, o carro da Assembleia foi a Toyota, a maior empresa do mundo. Valor de R$ 5 mil (por veículo alugado por mês). Os carros da BYD ainda são muito caros. A médio e longo prazo. Não vejo a curto prazo", disse.
Adolfo exemplificou utilizando a energia solar. "Quando começou era muito caro. Agora tem mais fábricas e deu confiança. Deu mais confiança, mais pessoas compraram o modelo. É assim que funciona no mercado", comentou.
Mesmo com o desejo dos parlamentares, a produção dos veículos elétricos por parte da montadora chinesa BYD deve começar no último trimestre de 2024 na Bahia (veja mais). A maior fabricante de carros elétricos do mundo irá investir R$ 3 bilhões para instalar três fábricas na Bahia e deverá gerar mais de 5.000 empregos diretos e indiretos.
A marca possui veículos que variam de R$ 149.800 até R$ 529.890. Além de serem voltados para consumidores de elevado poder aquisitivo, os veículos da montadora chinesa prometem sofisticação e inovação.
Em meio a uma disputa pela provável sede da montadora BYD na Bahia, o secretário estadual de Relações Institucionais, Luiz Caetano, declarou que Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), reúne as melhores condições para a instalação da fábrica do que Feira de Santana cujo prefeito já sinalizou o interesse (ver aqui).
"Camaçari tem a melhor infraestrutura para um empreendimento desse porte. Tem área, está perto do porto, do aeroporto, tem boa infraestrutura de energia e de água, enfim, tem todas as condições para receber esse empreendimento", argumentou ao Bahia Notícias nesta quarta-feira (19) durante evento de criação do Comitê Estadual Intersetorial de Segurança nas Escolas e nos Espaços Educacionais da Bahia (Cise).
Em relação à entrada de Feira de Santana como postulante à sede da empresa chinesa, Caetano disse que o interesse não causa "estresse". Segundo o secretário, o prefeito Colbert Martins Filho (MDB) faz o esperado.
"Ele [Colbert] está certo. Tem que puxar para o município dele, que é estratégico e importante para o estado. Porém, em função da especificidade da produção de veículos, Camaçari tem uma estrutura mais adequada. Mas não tem nenhum estresse quanto a isso", declarou o secretário, que já foi prefeito camaçariense em duas oportunidades.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.