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catedral basilica de salvador
Nesta sexta-feira (10), Salvador comemora 338 anos de consagração ao padroeiro da cidade, São Francisco Xavier. Neste dia, o Arcebispo de São Salvador da Bahia, Primaz do Brasil, Cardeal Dom Sergio da Rocha, presidirá a Missa Solene, às 9h, na Catedral Basílica do Santíssimo Salvador (Praça Quinze de Novembro, s/n, Centro Histórico da capital baiana).
Em artigo publicado recentemente, Dom Sergio reforçou que o dia 10 de maio deve ser "uma data mais valorizada e devidamente divulgada, pela sua importância histórica para a cidade de Salvador", escreveu o Cardeal.
O presidente da Câmara de Municipal, vereador Carlos Muniz (PSDB), também defende a importância histórica e religiosa desta data que marca a consagração de Salvador ao santo. "Salvador comemora nesta sexta-feira exatos 338 anos de fé e devoção ao seu padroeiro, São Francisco Xavier, um missionário jesuíta que serve de modelo para todos os católicos. A Câmara de Salvador tem a honra de contribuir para a preservação dessa festa, que é um verdadeiro patrimônio cultural e religioso dos católicos soteropolitanos", afirma.
SÃO FRANCISCO XAVIER
No calendário litúrgico católico, a festa de São Francisco Xavier é celebrada no dia 3 de dezembro. Ainda nos tempos coloniais e do Brasil império, a cidade foi assolada duas vezes pela peste: uma em 1686, pela febre amarela, e a outra, pela cólera morbus, em 1855. Como São Francisco Xavier morreu de peste, os jesuítas sugeriram à população implorar a intercessão do santo. O atendimento foi imediato, e a peste cessou logo. Houve então um movimento popular que atingiu as autoridades locais (na época, o chamado Senado da Câmara) e foi dirigido ao Papa de então um pedido para que fosse declarado São Francisco Xavier padroeiro de Salvador. Em bula solene, datada de 10 de maio, foi São Francisco Xavier proclamado padroeiro, quer dizer, protetor especial da capital da Bahia.
Nessa época, o povo e as autoridades, em grande regozijo, com grandes manifestações públicas, se comprometeram a celebrar, a cada ano, no dia 10 de maio, esse valioso patrocínio do Santo Jesuíta, e realizar, à custa do erário da municipalidade, e sob sua égide, uma procissão e mais solenidades religiosas condizentes.
Neste domingo (25), a Igreja no Brasil celebra os 473 anos de criação da primeira Diocese do país: São Salvador da Bahia. Para louvar e agradecer a Deus, o Cardeal Dom Sergio da Rocha presidirá a Santa Missa na Catedral Basílica do Santíssimo Salvador (Praça Quinze de Novembro, s/n, Centro Histórico), às 10h, com transmissão, em tempo real, pela Rede Excelsior de Comunicação (AM 840 e FM 106.1) e pelo canal da Catedral: youtube.com/@catedralbasilicadesalvador.
A criação da Diocese de São Salvador da Bahia pela Bula “Super specula militantis ecclesiae”, do Papa Júlio III, em 25 de fevereiro de 1551, elevou a cidade de Salvador ao nível de sede episcopal, com área desmembrada da Arquidiocese de Funchal, na Ilha Madeira. É importante recordar que, antes da criação da Diocese, alguns sacerdotes exerceram o pastoreio na então Vila de Salvador como, por exemplo, o padre Manuel Lourenço.
Após a chegada do primeiro bispo do Brasil, Dom Pedro Fernandes Sardinha, em 1552, foi instituído o colendo Cabido da Sé, ativo até os dias atuais, que tem como principal missão dar maior solenidade ao culto na Catedral, recitar o Ofício Divino e funcionar como conselho episcopal. O clero da Igreja Primaz exerceu a jurisdição metro política, até 13 de janeiro de 1844, sobre as dioceses africanas de São Tomé, Angola e Congo, atualmente Arquidiocese de Luanda, na África.
Somente em 16 de novembro de 1676, a Diocese foi elevada à Arquidiocese de São Salvador da Bahia, com o título de Primaz do Brasil, pelo Papa Inocêncio XI. Neste mesmo dia, o país passou a contar com as dioceses de Olinda e de São Sebastião do Rio de Janeiro, como sufragâneas. Ao longo do tempo, a Sé Primacial do Brasil cedeu parte do território para a criação de outras dioceses, todas elas filhas da primeira do país: São Salvador da Bahia.
Celebrado na manhã deste sábado (1º), o tradicional Te Deum, que historicamente marca o início dos festejos pela Independência do Brasil na Bahia, lotou a Catedral Basílica de Salvador, no Terreiro de Jesus, no Pelourinho. A cerimônia foi presidida pelo Cardeal Dom Sérgio da Rocha ao som do Coral da Irmandade do Senhor do Bonfim, regido pelo Maestro Francisco Rufino.
Para marcar o bicentenário da Independência da Bahia, a missa histórica retornou em 2023 para a Catedral Basílica de Salvador, sede do arcebispo-primaz do Brasil e a mãe de todas as igrejas católicas brasileiras. No ano passado, ele foi realizado na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, após dois anos sem a cerimônia por causa da pandemia.
O Te Deum, que em latim significa “A Ti, Deus”, é um louvor antigo da Igreja Católica, entoado apenas em ocasiões especiais. Há quase 200 anos, é com essa celebração que se abrem os festejos do 2 de Julho.
Segundo Dom Sérgio da Rocha, o Te Deum reconhece que Deus é o senhor da história. “Por isso, realizamos através dele a homenagem e agradecemos aos personagens históricos que marcaram a Independência do Brasil na Bahia, que deve ser acompanhada dessa atitude de louvor a Deus, de ação de graças porque é Ele quem nos conduz”, explicou.
Ele destacou ainda que personagens da igreja participaram do processo de independência. “A igreja sempre defendeu valores como a liberdade verdadeira, sobretudo frente à opressão. O próprio Te Deum expressa que aquele momento foi vivido com fé, senão não teríamos esse hino já entoado naquele tempo. A catedral é a igreja mãe de toda a arquidiocese e de todo o Brasil, então há um sentido muito grande que, na celebração dos 200 anos da independência, estejamos nos reunindo aqui”.
O Te Deum (A Ti, Deus!) é um hino da Liturgia das Horas, rezado aos domingos e dias solenes. Este hino foi composto por Santo Ambrósio e Santo Agostinho, no ano de 387, em Milão, por ocasião do batismo de Santo Agostinho. Logo na primeira estrofe é proclamado: “A Ti, Deus, louvamos, a Ti, Deus, cantamos. A ti, Eterno Pai, adora toda a terra”.
O presidente da Fundação Gregório de Mattos (FGM), Fernando Guerreiro, também destacou o retorno do Te Deum para a Catedral Basílica de Salvador. “A catedral é, na minha opinião, a igreja mais bonita que a gente tem. Ela está belíssima, foi totalmente restaurada recentemente, passou por uma recuperação maravilhosa e é mais do que justo que o Te Deum retorne à sua casa original”.
A celebração da independência já teve início na noite desta sexta-feira (30), como lembrou Guerreiro, com a encenação da Resistência Cabocla na Praça do Campo Grande. “Começamos as celebrações ontem, com o espetáculo do Bando de Teatro Olodum, que foi maravilhoso. Hoje já estamos no Te Deum, depois vamos a Pirajá para a chegada do fogo. E, à noite, tem mais teatro no Campo Grande, algo imperdível”.
O presidente do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), Joaci Góes, também esteve presente à celebração. “O Te Deum é importantíssimo, porque o 2 de Julho de 1823 foi a consolidação da Independência do Brasil, que só se deu com a expulsão dos portugueses da Bahia. Se não tivesse acontecido, o Brasil hoje estaria dividido em quatro ou mais diferentes países, tal qual a América Espanhola. Estar na catedral tem um grande significado porque, na minha opinião e de muita gente, é a mais bela catedral existente em todo o continente americano. Este Te Deum é, do ponto de vista espiritual, a culminância das festividades”.
PROGRAMAÇÃO
Ainda neste sábado, Simões Filho sediou o encontro dos Fogos Simbólicos do Recôncavo Oeste e do Recôncavo Norte.
Às 16h, ocorre a cerimônia cívica da chegada do Fogo Simbólico, no Largo de Pirajá; o hasteamento das bandeiras por autoridades, seguido de execução do Hino Nacional pela Banda de Música da Polícia Militar do Estado da Bahia, e do acendimento da Pira.
A seguir, tem a colocação de flores no túmulo do General Labatut pelas autoridades presentes. Às 17h é a vez da apresentação do Cortejo Afro no palco do Largo da Lapinha. Já às 18h, tem início a Ultramaratona da Independência, no Parque dos Ventos, Boca do Rio. Também às 18h, no palco montado no Farol da Barra, acontece a apresentação da Banda Sinfônica do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha.
As atividades do sábado contemplam ainda uma apresentação do espetáculo A Resistência Cabocla – Homenagem ao Bicentenário da Independência, no palco montado na Praça 2 de Julho, no Campo Grande, em dois horários: das 17h às 18h30, e das 19h às 20h30.
O curso "História da Arte Sacra na Bahia", que acontece no Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), de 24 a 28 de setembro, das 14h às 18h, irá destacar a Catedral Basílica de Salvador, símbolo da arte sacra e da arquitetura religiosa no Brasil, reaberta esta semana após obra de restauração (veja aqui).
As aulas serão ministradas pela professora doutora Maria Helena Flexor, que também vai abordar temas como "Artistas e oficiais mecânicos, historiografia da arte sacra, autorias e atribuições"; "Concilio de Trento e as Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia: Arquitetura e mobiliário"; "Pintura, autorias, restauros e normas canônicas, hagiografia das ordens religiosas"; "Escultura, imagens de roca e de vestir e relíquias"; "Cristo com sua Cruz e Calvário".
Para a especialista, "é consenso que a Arte Sacra baiana teve influências europeias, através de Portugal, entretanto, na historiografia europeia se nota a ausência de citações sobre a arte sacra das Américas, bem como, nos estudos brasileiros, tampouco se estabelecem laços mais profundos com a arte sacra europeia, especialmente quanto às suas origens comuns, no caso, a Contrarreforma Católica do século XVI", explica.
As inscrições para participar podem ser feitas no site do IGHB (acesse aqui) ou na sede do Instituto - Avenida Joana Angélica, 43 – Piedade.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.