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Jerônimo Rodrigues esteve presente na solenidade que marcou a assinatura do Governo do Estado com o Banco do Brasil para a criação do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) no Palácio da Aclamação, em Salvador. O evento aconteceu nesta sexta (22). O governador citou que realizou diversas visitas em pontos diferentes da capital e que ficou encantado com o Palácio da Aclamação, principalmente por sua contribuição na história da Bahia.
“Nós visitamos locais onde poderia ser esse Centro Cultural. Nós fomos na estação ali na calçada, na CDPM, ali ficamos apaixonados. Desenhando o que seria ali. Depois fomos ao Instituto do Cacau. Depois nós viemos aqui. E aqui nós encontramos, essa possibilidade de fazer esta casa, que já foi residência de governadores. Desde 1912, primeiro morando aqui, em 1916, e aqui passaram pessoas como a Rainha Elizabeth. Aqui tem placas de pessoas famosas, de muito que passaram aqui. E hoje aqui nós daremos um ponta pé inicial, muito felizes, muito alegres, fortalecendo a nossa ação cultural, resgatando e fortalecendo a cultura baiana. Mas vindo da cultura com uma dinâmica econômica muito forte. Geração de emprego, geração de renda. E agora, com a volta do presidente Lula, nós temos, Margareth, a possibilidade de uma forte parceria com o ministério que a senhora dirige. E graças a Deus, é a senhora que está lá. Graças aos orixás”, disse o governador.
Durante o evento de assinatura do acordo entre o Governo do Estado e o Banco do Brasil para a criação do Centro Cultural Banco do Brasil, o secretário de cultura da Bahia, Bruno Monteiro, falou sobre a importância deste momento para a cultura baiana.
“É um dia histórico para a cultura da Bahia, com a chegada desse novo e potente equipamento cultural, que é o Centro Cultural Banco do Brasil. É o quinto no país. Há 10 anos que não há um novo CCBB, o último foi Belo Horizonte. Isso é resultado de muita negociação, de um ano de trabalho conjunto nessa construção com o Banco do Brasil”, apontou o líder da pasta.
Em seguida, ele explica que o centro, apelidado de CCBB, é um dos principais equipamentos culturais que existem no Brasil. “Ele tem um programa muito voltado à educação, com integração de estudantes, e é um lugar marcado pela qualidade nas apresentações, pelo ineditismo na pauta e pela valorização da diversidade cultural. Tudo o que nós queremos. Então, será um espaço para a plena realização da cultura baiana, e também para o contato com as outras possibilidades culturais que acontecem a partir daqui”.
O secretário não divulgou o valor do investimento feito, porém explicou como vai começar os trabalhos no equipamento. “Nos próximos dias o Banco do Brasil vai apresentar um plano de trabalho de como será, efetivamente, esse início do funcionamento do CCBB. O que nós já temos assegurado é que será um início gradual”.
“Então, aqui a área do Palácio já poderá ser utilizada para exposições, para alguns tipos de manifestações culturais, enquanto o prédio anexo será construído. Isso deve durar uns dois anos. Mas não se esperará que o prédio fique pronto para o início efetivo. Então, eles vão apresentar esse plano de trabalho, que nós temos bastante expectativa com isso, mas é um trabalho que iniciará de forma gradual”, apontou.
O Palácio da Aclamação, tradicional espaço no Centro de Salvador, pode ganhar um novo papel em breve. Com a perspectiva da formação de um equipamento cultural, o local pode virar o primeiro espaço gerido pelo Banco do Brasil no Nordeste para o formato CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil).
Interlocutores da gestão estadual e do instituição bancária confirmaram ao Bahia Notícias que as negociações estariam avançadas, podendo ter um desfecho em breve. Com nome dado em homenagem à República, o Palácio da Aclamação foi ocupado como residência oficial dos governadores da Bahia desde 1917 até 1967. Se confirmado o acordo, o local deve virar um espaço administrado pelo próprio banco.
Ao BN, a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia confirmou que existe um diálogo com o governo federal para a criação de um equipamento cultural no local, apesar de não confirmar a possibilidade de parceria com o Banco do Brasil. "O que confirmamos é que o Governo do Estado está em diálogo com o Governo Federal para efetivação de parceria para criação de um equipamento cultural no local. E que o resultado disso será divulgado em breve", indicou em nota.
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Informações complementares indicadas ao BN deram conta que o diálogo teve início em 2023, com algumas reuniões entre as instâncias federal e estadual, tanto na Bahia, quanto em Brasília. Além disso, durante o Carnaval de 2023, a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Menezes, teria visitado o palácio para uma análise do destino do equipamento. A interlocução pelo estado teria sido feita pelo responsável da pasta, Bruno Monteiro.
Foto: Voluntárias Sociais
O edifício, que é separado do Passeio Público por um muro enfeitado com bustos de mulheres, possui um acervo de bens móveis composto de mobiliário, porcelana, quadros, tapetes persas e franceses, pinturas de paredes e forros do baiano Presciliano Silva. Atualmente o espaço também é utilizado para eventos privados.
CCBB na BAHIA
A iniciativa do Banco do Brasil, que investe há mais de 30 anos no setor por meio dos Centros Culturais Banco do Brasil deve chegar à Bahia. O público tem acesso a manifestações artístico-culturais nacionais e internacionais que, segundo o BB, "buscam refletir e instigar novos olhares sobre o mundo por meio de eventos nas diversas áreas e linguagens".
O banco aponta que a criação dos locais teve como objetivo a democratização do acesso a arte, além de contribuir para a promoção, divulgação e incentivo da cultura. "Exibimos em nossos espaços físicos e digitais exposições, peças de teatro, mostras de cinema, shows e atividades culturais, com programações completas, plurais e acessíveis à sociedade", aponta a o BB.
Foto: Agecom/Bahia
Presentes em quatro grandes capitais brasileiras - Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Belo Horizonte - já recebendo mais de 100 milhões de visitantes, com a realização de mais de 4.500 projetos nas áreas de cênicas, música, exposições, cinema, ideias e programa educativo, nos consolidando como um dos principais centros culturais no cenário brasileiro e internacional.
HISTÓRIA DA ACLAMAÇÃO
A arquitetura do Palácio da Aclamação, que apresenta uma herança portuguesa, caracterizada por reformas urbanas como já visto em cidades como Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Recife, busca apresentar um desenho para definir um novo olhar à modernidade. Em 1913 foi realizado um projeto para ampliação do imóvel.
Com foco na "política", o espaço parou de servir, em 1967, através do governador Antônio Lomanto Junior, como residência oficial do governador. Levado para o Palácio de Ondina, o novo "endereço" era a antiga residência do administrador do Campo de Experiências Botânicas, ao lado do Jardim Zoológico. Mesmo assim, o Palácio da Aclamação continuou a ser utilizado esporadicamente pelo Governo do Estado em algumas solenidades.
Em 2010 o Palácio foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Artísitico e Cultural da Bahia (IPAC). No entanto, a proteção não se estendeu ao Passeio Público nem à Praça da Aclamação, mesmo que sejam espaços contíguos ao edifício tombado.
Diante da pandemia, o CCBB adapta sua grade e leva ao campo virtual a segunda edição da Mostra de Cinema Egípcio Contemporâneo, com exibições de 29 de julho a 23 de agosto, no site www.cinemaegipcio.com, onde é possível ver toda programação. Os ingressos são gratuitos.
A mostra contará com uma seleção de 24 títulos feita pelo produtor e curador Amro Saad, egípcio naturalizado brasileiro. O público poderá conferir obras realizadas entre 2011 e 2019 que revelam a nova gerac?a?o de cineastas egípcios em documentários e ficções de diversos gêneros, indo da comédia ao terror.
Além dos filmes, o evento virtual também terá workshop, palestra e debate com diretores. Na sessão especial de abertura será exibido o documentário “Para onde foi Ramsés?”, seguido de debate com o curador e o diretor Amr Bayoumi. Haverá ainda um show da banda Mazaher, que fez a música do filme, tudo transmitido diretamente do Cairo.
“Mergulhada no contexto pós 2011, a 2ª edic?a?o da Mostra apresenta a transformac?a?o da indústria cinematográfica egípcia. Evidencia a quebra de paradigmas e, principalmente, um novo olhar, que coaduna com a luta contínua pelas questões sociais, e avança para o entendimento e a percepc?ão dos egípcios sobre sua própria identidade e estilo de vida. Com isso, soma ao debate dos direitos sociais a conscientizac?a?o sobre o significado da vida”, comenta Amro Saad.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.