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Artigos

Paulett Furacão
Quarto dos Fundos
Foto: Maísa Amaral / Divulgação

Quarto dos Fundos

Toda a tragédia que foi velejada pelos mares do Atlântico, ancorou erroneamente nas águas da ambição para construir um modelo de país que decidiu projetar um futuro de expugnação exclusiva, buscando através da escravidão das raças o seu principal atrativo. Após a bem-sucedida invasão do patriarcado europeu a poderosa fonte inesgotável de riquezas, chamada Pindorama, mais tarde rebatizada pelos invasores de Brasil, dizimou os povos originários, sequestrou as realezas africanas e perpetuou um sistema capitalista e higienista que perdura hodiernamente.

Multimídia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (17), o vereador soteropolitano André Fraga (PV), comentou sobre a falta de representação da militância ambientalista no legislativo baiano. “Houve um equívoco na forma como [o partido] se comunica”. “Toda pauta ambiental é o ‘segundo time’. Todo mundo fala muito bem, mas na hora de votar esquece. Eu acho que houve um equívoco do movimento ambientalista, de forma geral, na forma como se comunica”, afirma. 

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

censura

Moraes determina investigação contra Elon Musk e ordena que rede X não desobedeça ordens judiciais
Foto: Reprodução / Uol

Após ameaças do bilionário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que a conduta do empresário seja investigada em inquérito.

 

LEIA TAMBÉM:

 

Moraes também ordenou que a rede X não desobedeça nenhuma ordem da Justiça brasileira. Musk atacou neste sábado (6) as decisões de Moraes nas investigações comandadas pelo ministro. O empresário ameaçou ainda reativar os perfis de usuários do X bloqueados pela Justiça. As informações são do g1. 

 

Vale lembrar que Moraes é relator de inquéritos como o das milícias digitais: que investiga ações orquestradas nas redes para disseminar informações falsas e discurso de ódio, com o objetivo de minar as instituições e a democracia. O inquérito acerca do 8 de janeiro também está sob sua competência.

 

No curso dessas apurações, ao longo dos últimos anos, Moraes determinou que as redes sociais bloqueassem a conta de alguns investigados. De acordo com o ministro, eles usavam as plataformas para o cometimento das práticas irregulares que são investigadas.

Bilionário Elon Musk questiona Alexandre de Moraes na rede X sobre existência de censura no Brasil
Foto: Reprodução Youtube / Carlos Moura/SCO/STF

O empresário e bilionário Elon Musk, o segundo homem mais rico do mundo (possui fortuna de US$ 195 bilhões), confrontou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em uma postagem na rede X (antigo Twitter). Musk, que é o dono da rede X, escreveu neste sábado (6) uma resposta em postagem do ministro, com questionamento sobre suposta censura que estaria sendo imposta pelo Judiciário no Brasil. 

 

“Por que você está determinando tanta censura no Brasil”, escreveu Musk em resposta a uma publicação de Alexandre de Moraes do dia 11 de janeiro deste ano, na qual ele deseja sucesso a Ricardo Lewandowski no Ministério da Justiça.

 

A postagem do bilionário dono da Tesla e da SpaceX animou internautas de direita na manhã deste sábado. Às 12h, o tema “Elon Musk” estava na quinta colocação entre os assuntos mais comentados no Trending Topics da rede X, com quase 100 mil menções. 

 

Esta não foi a primeira estocada do empresário norte-americano no ministro do Supremo Tribunal Federal, que se tornou um dos alvos preferenciais de políticos e influenciadores de direita e bolsonaristas. Na última quarta (3), Musk vazou para o jornalista Michael Shellenberger, conhecido repórter investigativo dos EUA, os chamados “Twitter files Brazil”, arquivos secretos do Twitter relacionados ao Brasil.

 

Em postagem no X, Shellenberger afirmou que “o Brasil está envolvido em uma ampla repressão à liberdade de expressão liderada por um juiz da Suprema Corte chamado Alexandre de Moraes”. 

 

Segundo o jornalista norte-americano, “Moraes colocou pessoas na prisão sem julgamento por coisas que postaram nas redes sociais, exigiu a remoção de usuários das plataformas de mídia social, exigiu a censura de postagens específicas, sem dar aos usuários qualquer direito de recurso ou mesmo o direito de ver as provas apresentadas contra eles”. 

 

O repórter também afirma que o ministro Alexandre de Moraes tentou minar a democracia no Brasil e “exigiu ilegalmente que o Twitter revelasse detalhes pessoais sobre usuários do Twitter que usaram hashtags de que ele não gostou”. Segundo Shellenberger, o objetivo de Moraes seria impedir a vitória de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022.

 

Elon Musk tem se notabilizado por ser um dos principais protagonistas da direita internacional. O empresário é um notório apoiador do ex-presidente republicano Donald Trump, e também externa sempre que pode seu apoio a outros líderes de direita, como Viktor Orban, da Hungria, Javier Milei, da Argentina, e o próprio ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro. 

Após 3 vetos a apoio via Rouanet, Festival do Capão recorre e aguarda novo parecer
Foto: Reprodução / Facebook

O impasse entre o Festival de Jazz do Capão e o governo de Jair Bolsonaro parece não ter fim. Após dois pareceres com citações religiosas para justificar o veto ao apoio via Lei Rouanet e uma terceira reavaliação contrária com outras alegações, os organizadores do evento recorreram para garantir o direito “ditado nas normas da lei” e ter acesso à política cultural. Este ano, o festival será realizado neste fim de semana, com apoio do governo da Bahia (saiba mais).

 

O início do imbróglio se deu quando a Fundação Nacional de Artes (Funarte) vetou o apoio via Lei Rouanet ao evento autodeclarado como “antifascista e pela democracia” e foi acusada de censura pela organização (relembre). 

 

Carregado de citações religiosas, o primeiro parecer apresentado pelo governo para justificar o veto foi questionado pelo Ministério Público Federal e derrubado pela Justiça, que determinou uma nova análise sem qualquer discriminação política “que atente contra a liberdade de expressão, de atividade intelectual e artística, de consciência ou crença” (saiba mais). Atendendo em partes à determinação, a Funarte realizou um segundo parecer, mas idêntico ao que havia sido derrubado. 

 

Com o ambiente de incertezas e a possibilidade do cancelamento do festival por falta de patrocínio, a equipe criou uma campanha de financiamento coletivo e o caso ganhou grande repercussão nacional. Sensibilizado com a situação, o escritor Paulo Coelho anunciou que sua fundação apoiaria o evento. “Festival do Capão, antifascista e democrático. Transferência feita, avisem quando chegar”, declarou Coelho em suas redes sociais, à época. Na ocasião, ele divulgou também o comprovante do depósito bancário, no valor de R$ 145 mil (clique aqui). 

 

Concomitante à busca por meios para viabilizar o projeto, a Justiça intercedeu mais uma vez apontando inconformidades no segundo parecer da Funarte, que foi obrigada a reanalisar o caso (saiba mais). O terceiro parecer, por sua vez, voltou a barrar o apoio via Rouanet, agora por outros motivos. 

 

“Teve aquele primeiro parecer em junho, que aí teve aquela ação popular e também a ação do Ministério Público pra eles anularem. Eles fizeram um segundo e nesse eles meio que repetiram o mesmo texto do primeiro, aí automaticamente a Justiça considerou que eles não estavam cumprindo a primeira decisão judicial e teriam que fazer um novo. Aí eles fizeram esse novo parecer já com outras justificativas, dizendo que o projeto continuaria indeferido, justificando o fato de já ter recebido recursos da Fundação Paulo Freire & Christina Oiticica e que a gente deveria ter informado isso”, relembra Tiago Tao, produtor executivo do Festival de Jazz do Capão.

 

Diante da nova negativa do governo Bolsonaro, a produção do evento resolveu recorrer mais uma vez. “Nesse terceiro parecer eles pontuam que o proponente pode entrar com recurso, caso não concorde. É um processo interno de tramitação que é normal, e aí dentro do prazo que eles deram de dez dias a gente enviou um ofício dentro do sistema do Salic informando que a gente não vai usar essa Rouanet esse ano, que ano que vem não vai ter esse apoio da Fundação Coelho Oiticica e por isso que a gente não informou”. Tiago salienta também que mesmo que a equipe quisesse usar a lei de incentivo na edição de 2021 não haveria tempo hábil, diante do imbróglio burocrático.

 

“Quando teve o primeiro indeferimento em junho, que a gente só ficou sabendo em julho, a gente já percebeu que não ia ter tempo de usar o recurso da Rouanet, já que já começava a pré-produção em agosto. Então, essa Rouanet tramitando eu já não ia usar para o festival esse ano”, conta o produtor, reiterando, no entanto, que o edital permite a captação no período de dois anos. “A gente já entendeu que não ia utilizar a Rouanet e deixou o projeto tramitando, porque eu posso estar usando no ano que vem”, pontua o baiano, segundo o qual a justificativa do governo para negar o apoio em 2021 “não se aplica”.

 

“Enfim, agora a gente está mais uma vez aguardando pra ver se sai um quarto parecer e qual vai ser a resposta dessa vez, se eles vão inventar uma nova história ou se vão, finalmente, aprovar o festival para captação”, assinala Tao, avaliando que o ideal seria ter um veredito até o fim deste ano, mas ciente de que não há prazo para uma manifestação do governo. “Inclusive, um dos motivos que a gente usou pra pensar em já não fazer o festival com a Rouanet esse ano, era justamente essa demora toda nas tramitações”, frisa o produtor, lembrando que a atual gestão acumula atrasos e tem emperrado a execução da lei de incentivo. “Isso é uma coisa que a cultura brasileira está sofrendo como um todo. Ano passado centenas de projetos culturais estavam esperando aprovação já com patrocínios firmados e não conseguiram executar, porque é isso, não foram publicadas as aprovações”, conclui.

Movimento envia à OEA mais de 130 denúncias de ataque à liberdade artística no Brasil
Censura a Festival de Jazz do Capão é uma das denúncias | Foto: Facebook

O Movimento Brasileiro Integrado pela Liberdade de Expressão Artística (Mobile) protocolou, nesta segunda-feira (11), um pedido junto à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, órgão independente da Organização dos Estados Americanos (OEA), para apresentar 134 denúncias de censura e ataques à liberdade artística no Brasil.

 

De acordo com informações da coluna de Ancelmo Gois, no jornal O Globo, o Mobile (clique aqui) é uma iniciativa das organizações e coletivos 342 Artes, Artigo 19, LAUT, Rede Liberdade, Mídia Ninja e Movimento Artigo Quinto, com apoio da Samambaia Filantropias.

 

Dentre os casos documentados pelo Mobile e denunciados estão o ataque à produtora Porta dos Fundos; o veto do governo federal ao apoio via Lei Rouanet de projetos culturais já aprovados, a exemplo do Festival de Jazz do Capão; assédio institucional contra servidores da Secretaria Especial de Cultura; a exclusão de publicações do acervo da Fundação Cultural Palmares; a nomeação de pessoas cujo currículo não atende a requisitos mínimos para ocupar cargos na Cultura; e a retirada de painéis de exposição com fotografias da ditadura militar, das Diretas Já, impeachment de Dilma Rousseff, e entrega da faixa presidencial de Fernando Henrique Cardoso a Lula. 

Paulinho Boca prepara livro sobre sua trajetória e 'histórias hilárias' dos Novos Baianos
Foto: Xicu Sales/Divulgação

Paulinho Boca de Cantor não ficou parado na pandemia. Além de lançar um disco de inéditas nesta sexta-feira (20), ele aproveitou o período de quarentena para “fazer um esboço” de um livro sobre sua trajetória antes e depois dos Novos Baianos. A publicação receberá o mesmo título do novo álbum do músico, “Além da Boca”.

 

“Conto algumas histórias hilárias, que são crônicas que se chamam ‘Pérolas soltas e pérolas loucas’, em que eu conto histórias hilárias dos Novos Baianos”, revela o artista, que já adiantou ao Bahia Notícias alguns dos temas que estarão nas páginas da obra. “Nosso enfrentamento à ditadura militar nos anos 1970, quando nós começamos, como a gente se virou para driblar a ditadura e a censura. Tudo isso eu vou contar neste livro”, diz Paulinho Boca.

 

O músico contou ainda que o projeto será lançado em formato digital e que duas editoras já estão interessadas em lançar a obra, ainda sem data prevista de conclusão.

 

“O livro ainda não [tem previsão de lançamento], porque o disco dá tanto trabalho… Eu até tentei ver se lançava tudo junto, mas é melhor, sabe. Porque o foco agora é o disco, tentar fazer show e, bem baianamente do meu jeito, eu vou fazendo. Porque eu não escrevo, eu gravo as histórias e depois eu tenho que passar pra uma pessoa digitar”, explica. 

Paulo Coelho confirma envio de R$ 145 mil para apoiar festival baiano vetado pela Funarte
Foto: Divulgação

Por meio da Fundação Coelho & Oiticica, Paulo Coelho anunciou, nesta quinta-feira (22), a transferência dos R$ 145 mil prometidos para patrocinar o Festival de Jazz do Capão (saiba mais aqui, aqui e aqui). O evento baiano é realizado há dez anos na Chapada Diamantina, e este ano teve a captação via Lei Rouanet vetada pela Fundação Nacional das Artes (Funarte) por ter se posicionado como antifascista e pró-democracia (relembre o caso).

 

“Festival do Capão, antifascista e democrático. Transferência feita, avisem quando chegar”, publicou o escritor em suas redes sociais, junto com um comprovante do depósito bancário, que tem como beneficiária a Cambuí Produções, responsável pelo festival. 

 

 

Além de receber o apoio de Paulo Coelho, a organização do evento lançou uma campanha colaborativa voltada para ajudar a comunidade local e parceiros, com vistas também a ampliar a programação com uma atração especial (clique aqui). 

Associação de cineastas pede que Ancine reveja decisão de vetar filme sobre FHC
Foto: Divulgação

Após a Agência Nacional do Cinema (Ancine) indeferir o projeto de um filme sobre a vida e a trajetória do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (relembre), a Associação Paulista de Cineastas (Apaci) se manifestou contra a medida.

 

Segundo informações divulgadas na coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, a entidade enviou uma nota endereçada à agência e à Secretaria Especial da Cultura, na qual afirmou ser “contra toda e qualquer censura” e pediu que a decisão fosse revista.

 

“A Ancine é uma conquista do cinema brasileiro e não tem o poder de vetar qualquer projeto por seu conteúdo e nem muito menos fazer juízo de valor em relação ao tema, personagem ou ainda em função da conjuntura que o país atravessa”, diz a nota.

 

O veto da Ancine ao filme é vista internamente como uma tentativa de dois diretores da instituição de agradar ao governo Bolsonaro (saiba mais).

Após polêmica, Festival do Capão lança campanha para ajudar comunidade local
Foto: Reprodução / Facebook

Após a polêmica em torno do veto do governo federal à captação de recursos para o Festival de Jazz do Capão via Lei de Rouanet (relembre), o evento baiano, cuja 9ª edição agora será patrocinada pela fundação de Paulo Coelho (saiba mais aqui e aqui), lançou uma campanha (clique aqui) para ajudar a comunidade local e parceiros, além de ampliar a programação.

 

Em parceria com a Benfeitoria, a Associação Brasileira de Festivais Independentes e diversas organizações e coletivos do Vale do Capão, o festival estipulou três metas, visando alcançar o valor total de R$ 180 mil.

 

A iniciativa tem como objetivo apoiar e fortalecer grupos que, de forma independente, sustentam e alimentam a cena dos festivais de música no Brasil e, assim como coletivos sociais que trabalham e realizam ações pelo bem comum, ligados à educação, saúde, preservação ambiental, arte e cultura na região.

 

A primeira meta, de R$ 80 mil, será destinada a apoiar seis coletivos sociais, o Circo do Capão, Comissão de Festeiros de São Sebastião, Brigada Voluntária de Combate a Incêndios Florestais, Coletivo de Músicos do Capão, EduCapão e Casa do Nascer.
A segunda, de R$ 40 mil, irá para a ajudar na manutenção financeira custos fixos da Associação Brasileira de Festivais Independentes de Música (Abrafin), que em função da pandemia e a ausência de eventos teve uma queda na contribuição dos associados. 

 

A terceira meta, de R$ 60 mil, por sua vez, será destinada para custear uma apresentação musical especial dentro da programação do Festival de Jazz do Capão, que este ano será realizado em formato híbrido, com shows presenciais exibidos online. O evento prevê ainda workshops musicais.

 

Os interessados em contribuir com a campanha podem doar entre R$ 20 e R$ 5 mil, obtendo recompensas que vão desde agradecimento no site oficial do evento, créditos dos vídeos de divulgação, caneca ecológica, camisa a participação especial em workshops musicais. Até a manhã desta segunda-feira (19), a vaquinha arrecadou R$ 2,8 mil, que correspondem a 3% da primeira meta, com a colaboração de oito benfeitores. Para ajudar, clique aqui.

Festival do Capão aguarda contato com Paulo Coelho para definir verba da edição 2021
Foto: Reprodução / Facebook

Nos últimos dias, o Festival de Jazz do Capão, realizado desde 2010 na Chapada Diamantina, na Bahia, tem sido destaque nacional, após a Fundação Nacional das Artes (Funarte) emitir um parecer no qual veta a captação de recursos via Lei Rouanet. A alegação foi “desvio de finalidade” pelo evento ter se manifestado “antifascista e pró-democracia” (relembre o caso).

 

Nesta terça-feira (13), o produtor executivo do projeto, Tiago Tao, informou que a edição 2021 está garantida em formato virtual, independente do apoio via lei de incentivo, e anunciou que nesta semana lançaria uma campanha virtual para bancar o projeto (saiba mais). A ideia era arrecadar cerca de R$ 145 mil, valor máximo de captação previsto no projeto submetido à Rouanet, para viabilizar o evento.

 

Na madrugada desta quarta-feira (14), sensibilizado pelo caso, o escritor Paulo Coelho anunciou que sua fundação está disposta a patrocinar o festival baiano, doando os R$ 145 mil (clique aqui). Em entrevista ao Bahia Notícias, o produtor do Festival de Jazz do Capão disse que ainda não chegou a falar com o escritor e que aguarda o desenrolar da conversa para definir a edição 2021 do evento. “Quando a gente conseguir falar com eles e fizer o contato, aí a gente vai entender o que é exatamente, pra poder tomar as decisões. Por enquanto a gente ainda não conseguiu esse retorno”, contou Tao, que se diz feliz em “saber que os artistas, os intelectuais, as pessoas que pensam a cultura do país estão sendo impactadas de alguma forma por tudo que aconteceu, e estão buscando apoiar essa causa, que é uma causa bem maior que do Festival de Jazz em si”. Segundo o produtor baiano, se trata de “uma causa da cultura do Brasil”. 

 

Ele disse ainda que o lançamento da campanha ainda está em aberto. “A gente primeiro vai ter essa conversa [com Paulo Coelho] para poder entender tudo direitinho e poder fazer tudo de uma forma bem coerente, bem organizada”, explicou Tao.

 

Sobre a condição apresentada pelo escritor para financiar o projeto, “que seja antifascista e pela democracia”, Tiago Tao diz que não será uma dificuldade para o projeto. "Isso daí é o básico de todo festival de arte e de música. Acho que na sua essência ele prega por isso, então não tem muito o que a gente mudar, a gente já é”, declarou.

Paulo Coelho se oferece para patrocinar festival censurado pela Funarte: 'Que seja antifascista'
Foto: Emanuele Scorcelletti/Divulgação

Autor de “O Alquimista”, um dos livros mais vendidos no mundo, o escritor brasileiro Paulo Coelho se ofereceu para patrocinar o Festival de Jazz do Capão, evento baiano que teve a captação de recursos via Lei Rouanet vetada pelo governo Bolsonaro por ter se posicionado como “antifascista” (saiba mais).

 

“A Fundação Coelho & Oiticica se oferece para cobrir os gastos do Festival do Capão, solicitados via Lei Rouanet (R$ 145,000)”, diz mensagem publicada nas redes sociais do artista, que solicita aos seguidores que transmitam a mensagem à organização do festival, realizado na Chapada Diamantina desde 2010.

 

Paulo Coelho, no entanto, coloca uma condição para liberar a verba para bancar o evento: “que seja antifascista e pela democracia”. O requisito faz referência ao manifesto publicado pelo festival em 2020, que serviu de pretexto para o parecer da Fundação Nacional das Artes (Funarte) alegar “desvio de finalidade” e negar o apoio.

 

 

EDIÇÃO 2021 ESTÁ GARANTIDA MESMO SEM ROUANET
Nesta terça-feira (13), em entrevista ao programa Bahia Notícias no Ar, o produtor executivo do Festival de Jazz do Capão, Tiago Tao, garantiu que o evento seria realizado em 2021, em formato virtual, independente do apoio da Lei Rouanet. Ele informou que ainda nesta semana seria lançada uma campanha de financiamento coletivo e disse que a equipe se adaptaria ao valor que fosse arrecadado, podendo manter dois ou três dias de programação, com mais ou menos atrações (saiba mais).

Festival de Jazz do Capão vai judicializar caso de censura do governo federal
Foto: Reprodução / Youtube

O produtor executivo do Festival de Jazz do Capão, Tiago Tao, afirmou, em entrevista ao programa Bahia Notícias no Ar, que pretende judicializar o caso de censura envolvendo o governo federal, após a Fundação Nacional de Artes (Funarte) alegar “desvio de finalidade” e negar apoio ao evento via Lei Rouanet (saiba mais). 

 

Tao conta que recebeu o parecer da Funarte na semana passada e diz que o documento surpreende pelo tom ideologizado. “O que me chamou mais atenção, e isso é o que está repercutindo nacionalmente, é que pela primeira vez eles estão colocando num papel timbrado do ministério, ideias que eles já estão discursando há alguns meses”, pontuou, mencionando as falas do titular da Secult, Mario Frias, e do secretário Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura, o baiano André Porciúncula. 

 

“Eles já vêm discursando há alguns meses, falando sobre essa ação que eles não vão aprovar projetos que não tenham uma identidade com o governo deles. E aí o tempo todo eles estão falando sobre essa questão da religião e como projetos que antes não eram aprovados e esse ano vão começar a aprovar. E o que chamou atenção da gente foi isso, que eles colocaram no papel ideias que já estavam sendo propagadas em lives realizadas por eles, só que a gente não acreditou que esse discurso que eles têm ideológico fosse tão forte”, disse Tiago. 

 

Diante do cenário, ele ressalta que sua equipe não está sozinha e já está em contato com outros grupos que estão discutindo a cultura do Brasil em âmbito federal. Neste sentido, o episódio específico do Festival de Jazz do Capão poderá ajudar a combater supostas ações arbitrárias do governo federal. 

 

“A gente percebe que já existe sim um movimento de judicializar algumas ações do governo federal, no sentido de tentar na Justiça, junto ao Ministério Público, pontuar algumas provas de que eles estão fazendo má gestão pública. E a gente vai se associar a isso, a gente já conversou com a Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados”, revelou Tiago Tao, segundo o qual, o que vem a somar no caso específico do festival baiano é que o governo Bolsonaro agora colocou no papel o discurso que antes era feito informalmente. “É uma prova física, um parecer emitido pela Funarte, colocando todas essas ideias ligadas a ideologia e religião”, afirmou o produtor, revelando que já existe um documento com mais de 800 páginas que reúne outras provas contra o governo federal.

 

Apesar de estar decidido a judicializar o caso, o produtor informou que as medidas não visam reverter o parecer e autorizar o patrocínio via Lei Rouanet, mas evitar que outros grupos sofram “perseguição ideológica”. “A gente não acredita que vai conseguir o patrocínio, só queremos buscar Justiça e o que é correto”, declarou.

 

VAQUINHA VIRTUAL

Durante a entrevista, Tiago Tao afirmou ainda que o festival será realizado este ano mesmo sem o apoio da Lei Rouanet e informou que ainda nesta semana será lançada uma campanha virtual para financiar o evento (clique aqui e saiba mais).

Frias ameaça processar jornalista que o chamou de 'otário' após censurar apoio a festival baiano
Foto: Roberto Castro/ Mtur

Titular da Secretaria Especial da Cultura (Secult), Mario Frias se irritou com as críticas de uma jornalista ao governo federal, após a Fundação Nacional de Artes (Funarte) vetar a captação de verba via lei de incentivo para o Festival de Jazz do Capão, na Bahia. A justificativa apresentada pelo órgão se baseou em um post de 2020, no qual o evento se declarava “antifascista e pela democracia” (saiba mais aqui e aqui).

 

Colunista do The Intercept Brasil, Fabiana Moraes denunciou o caso nas redes sociais, criticando o “teor religioso” e afirmando que o parecer apresentado pela Funarte para negar o apoio “fere tanto a liberdade de expressão quanto o princípio da laicidade do Estado brasileiro, garantidos constitucionalmente”. 

 

Em sua conta, Frias retuitou uma publicação do baiano André Porciúncula, titular da Secretaria Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura (Sefic), que acusava o Festival de Jazz do Capão de "fazer evento político/ideológico" e declarou: “Enquanto eu for Secretário Especial da Cultura ela será resgatada desse sequestro político/ideológico!”.

 

A jornalista, então, compartilhou a mensagem do secretário, criticando a postura autoritária. “Um pouco de poder a um otário e: ”, escreveu Fabiana, em referência à mensagem anterior de Frias. Irritado, ameaçou a colunista: “Nos veremos na Justiça, com um processo de injúria”.

 

 

A intimidação de Mario Frias, no entanto, virou chacota no Twitter e a hashtag #mariofriaséotário acabou indo parar nos assuntos mais comentados.


Veja alguns respostas da Internet à ameaça de Frias à jornalista:

Governo federal nega apoio a festival baiano após evento se posicionar como 'antifascista'
Edição de 2018 | Foto: Divulgação

Realizado desde 2010 na Chapada Diamantina, na Bahia, o Festival de Jazz do Capão teve apoio negado pelo governo federal, um ano após a organização do evento se manifestar como “antifascista” nas redes sociais.

 

“No dia 01/06/2020, o Festival de Jazz do Capão decidiu se posicionar, na sua página do Facebook, a favor da Democracia e contra o Fascismo. Passado um ano, a referida postagem foi citada como motivo principal para que o nosso projeto de captação na Lei Rouanet tivesse um parecer desfavorável para a sua aprovação”, denunciou a equipe do festival.

 

Segundo a organização, desde sua criação, o evento nunca teve reprovada a captação via lei de incentivo. Agora, no entanto, a Fundação Nacional de Artes (Funarte) alega "desvio de objeto, risco à malversação do recurso público incentivado com propositura de indevido uso do mesmo" para negar o apoio. 

 

Segundo a organização do evento, o parecer apresentado pelo governo “se abstém de analisar características técnicas e a qualidade artística do festival, que nas suas 8 edições vem democratizando a Cultura e fomentando a produção e o acesso da música a um público cada vez mais abrangente”.

 

Apesar da decisão do governo, os organizadores do Festival de Jazz do Capão destacaram que a postagem em questão não foi financiada por recursos públicos, já que se deu em 2020, quando sequer houve o evento e tampouco patrocínio. Além disso, eles informam que a publicação não fez parte de divulgação oficial de suas atividades. “Ela não ataca governos, instituições nem pessoas, pelo contrário diz em sua descrição que não podemos aceitar o fascismo, o racismo e nenhuma forma de opressão e preconceito”, acrescentam. 

 

"O objetivo e finalidade maior de toda música não deveria ser nenhum outro além da glória de Deus e a renovação da alma", atribuido a J. S. Bach; "Por inspiração no canto gregoriano, a Música pode ser vista como uma Arte Divina, onde as vozes em união se direcionam à Deus"; e "A Arte é tão singular que pode ser associada ao Criador".

 

Veja a manifestação da organização do Festival de Jazz do Capão:

Grupo que pediu liberação de cultos ao STF na pandemia tentou censurar o Porta dos Fundos
Foto: Divulgação

Um dos responsáveis por cobrar que o Supremo Tribunal Federal (STF) libere a realização de cultos religiosos no pior momento da pandemia, o Centro Dom Bosco de Fé e Cultura está envolvido em outro caso de repercussão nacional. 

 

De acordo com informações da coluna de Ancelmo Gois, no O Globo, o grupo religioso pediu que o ministro Gilmar Mendes reconsidere o impedimento das cerimônias no estado de São Paulo. Eles alegam que o Brasil está na “contramão do mundo” ao vetar a "liberdade religiosa em todo o território nacional" e pedem que o Supremo impeça qualquer ordem para "estabelecer proibição total ao livre exercício do direito fundamental à liberdade religiosa".

 

Este grupo, que defende a liberdade religiosa, é o mesmo que em 2019 tentou censurar o Especial de Natal do Porta dos Fundos, da Netflix (relembre o caso aqui e aqui). Na ocasião, o Centro Dom Bosco de Fé e Cultura conseguiu, junto ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, vetar a exibição da obra. Ironicamente, uma decisão do STF reverteu a análise anterior, autorizando o vídeo a seguir no ar.

Governo endurece classificação de 'Um Príncipe em Nova York'
Foto: Reprodução

Protagonizado por Eddie Murphy, o filme "Um Príncipe em Nova York" teve sua classificação indicativa alterada pelo governo brasileiro após mais de 30 anos de lançado. Após a reavaliação, a obra que era categorizada como livre para todos os públicos passou a ser recomendada apenas para maiores de 14 anos.

 

Com a reavaliação, recomenda-se a exibição da obra a partir das 21h — quando exibida na televisão aberta. Segundo o Uol, a portaria foi publicada na última quinta-feira (28) no Diário Oficial da União.

 

De acordo com a publicação, a reclassificação de "Um Príncipe em Nova York" foi feita após o recebimento da denúncia feita por um cidadão, que solicitou a revisão.

 

"Após nova análise, constatou-se que a obra apresenta conteúdos relativos aos eixos temáticos de violência, sexo e drogas, com destaque para a tendência de nudez", diz a portaria.

 

O filme é um dos sucessos da Sessão da Tarde. Uma continuação está prevista para ser lançada em 5 de março deste ano no Amazon Prime Video (veja aqui).

Com 37 milhões de views, clipe de Modo Turbo é censurado no YouTube
Foto: Divulgação

Os fãs de Luísa Sonza, Pabllo Vittar e Anitta acordaram com uma surpresa na manhã desta quarta-feira (6). Isso porque a parceria entre as cantoras do pop nacional não está mais disponível na lista de resultados quando é procurado pela barra de pesquisa da plataforma.

 

A situação é semelhante a outras restrições impostas anteriormente aos videoclipes de "Bandida" e "Parabéns", ambos com a presença da cantora Pabllo Vittar. Nas redes sociais, a cantora questionou a ação: "Cadê o clipe de Modo Turbo?". 

 

 

Os fãs das artistas levantaram a hastag "modoturbosemcensura" para solicitar a volta da produção aos resultados de busca do YouTube. Luísa Sonza, por sua vez, pediu aos seguidores que continuassem assistindo ao clipe pelo link. 

 

Vale ressaltar que "Modo Turbo" figurou como a maior estreia da semana na Billboard Global 200.

Após ataques, live de Teresa Cristina volta a cair; seguidores apontam 'censura'
Foto: Divulgação

Rainha das lives durante a quarentena, Teresa Cristina cancelou algumas das suas transmissões diárias há uma semana por causa de ataques virtuais e tentativas de hackeamento de sua conta no Instagram. E na noite desta quinta-feira (22) a artista voltou a ter problemas com a plataforma. 

 

"Minha live caiu mais uma vez às 20h36. Estou até esse momento aguardando uma resposta do Instagram. Peço desculpas a todos que estavam acompanhando", escreveu a artista, após o último incidente. 

 

Diante do ocorrido, seguidores - entre anônimos e famosos - lamentaram a interrupção, cobraram uma resposta do Instagram e apontaram a existência de “censura”. "Toda vez que falam do Lula ou PT ou Haddad acontece isso. Ou as lives somem, ou as lives caem. Que inferno! Ditadura começou", disse um seguidor. “Absurdo, Tete. Censura na sua live [e no show] do Caetano. Tempo difíceis!”, criticou outra.

 

“Puxa vida! Instagram, vamos resolver isso! Tá muito feio”, comentou o pianista Jonathan Ferr. “PQP... Assim não dá... Tanta exigência, tantos critérios pra se ter uma conta verificada... Cadê segurança pros usuários, Instagram? Hoje mesmo tentaram invadir a minha também... De novo”, questionou a cantora e atriz Simone Mazzer.

 

Um outro seguidor ofereceu apoio profissional para tentar resolver o problema na Justiça. "Teresa, você deve notificar o Instagram judicialmente. Sou advogado e posso fazer pra você. Essa é uma causa social, portanto meu trabalho pra você é voluntário. Pode me chamar!", sugeriu Tiago Vila Nova.

Emissora americana censurou protesto de Demi Lovato contra Trump durante premiação
Foto: Reprodução / Instagram @ddlovato

A rede de televisão norte-americana NBC censurou uma mensagem da cantora Demi Lovato durante a sua apresentação no BillBoard Music Awards, nesta quarta-feira (14). Segundo o tabloide TMZ, a emissora teria cortado um trecho da performance da música "Commander in Chief", em que ela critica o presidente Donald Trump. 

 

Imagens divulgadas pelo site mostram que na versão gravada originalmente, ao final da música, seria exibida a palavra "vote" em um telão de LED montado no palco. No entanto, quando foi ao ar, a trasmissão mostrou um close da cantora no piano. O Billboard Music Awards é conhecido como uma das principais premiações da indústria fonográfica mundial. 

 

Ainda de acordo com a publicação, fontes entrevistadas dizem que a mensagem foi retirada da edição final porque a música em si atingiu Trump diretamente e a parte retirada da transmissão foi um chamado para votar contra ele.

 

A letra de "Commander in Chief" deixa claro a insatisfação da artista com o comandante da Casa Branca. "Eu não sou a única que foi afetada e ficou ressentida com cada história que você contou. E eu sou uma das sortudas porque há pessoas em situações piores, que já sofreram o bastante. Elas já não sofreram o suficiente?", diz um trecho da canção.

 

Em outro trecho, a artista provoca: "Comandante chefe, honestamente, se fizesse coisas que você faz eu não conseguiria dormir, é sério. Você ao menos sabe a verdade?". Em suas redes sociais, Demi comentou sobre a composição e afirmou que não se importa se isso arruinar sua carreira.

 

Confira a versão com a mensagem contrária a Trump:

Agora veja a versão que foi transmitida pela NBC:

Chico Buarque fala sobre plano com Tom Jobim para driblar censura
Foto: Divulgação

O cantor e compositor Chico Buarque é um dos entrevistados da série 'Noites de Festival', exibida pelo Canal Brasil a partir do próximo dia 14. Em sua participação, ele comentou sobre o plano para denunciar a censura no Festival Internacional da Canção de 1971. 

 

Segundo ele, a ideia consistia em inscrever músicas que não existiam e retirá-las no dia do evento. O plano incluiu o músico Tom Jobim, que inscreveu uma música falsa, fruto da parceria com Chico, no evento.

 

"O plano foi esse e deu tudo certinho. Inclusive a minha música com o Tom [Jobim] que a gente inscreveu ela não existe, chamava-se 'Que Horas São'", relatou o cantor.

 

De acordo com a coluna de Monica Bergamo na Folha, outros artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Jair Rodrigues, Nana Caymmi e Ferreira Gullar também vão participar de episódios da atração do Canal Brasil.

 

A intenção da série documental é homenagear Zuza Homem de Mello e é composta por trechos inéditos de depoimentos gravados para o filme "Uma Noite em 67", de Renato Terra e Ricardo Calil.

Após ordem de Frias, chefe de gabinete é responsável por aprovar posts nas redes
Foto: Reprodução / Linkedin

Após a determinação do secretário Especial da Cultura, Mario Frias, de que todas as publicações em redes sociais, sites e portais da Secult deveriam passar previamente pelo seu crivo antes de irem ao ar (clique aqui e aqui e saiba mais), o chefe de gabinete da pasta, Gustavo Menna Barreto, tem sido o responsável por essa filtragem.

 

À coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, a secretaria argumentou que “o fluxo estabelecido tem como objetivo a busca pela padronização das publicações, levando em consideração apenas a questão da identidade visual” e que “não se trata de um controle do que é publicado ou censura”.

Artistas do DF definem projeto de lei que proíbe nudez como ato de censura
Foto: Reprodução / Instagram @jonath.a.ndrade

Artistas de Brasília acreditam que a decisão da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), tomada na última terça-feira (18) e que proíbe pornografia e atores nus em performances, fotografias, textos, desenhos, pinturas e vídeos na unidade federativa como um parte de uma “censura e retrocesso”.

 

Conforme publicou o portal Metrópoles, o projeto de lei estaria sendo encarado como um ataque à liberdade de expressão de profissionais da cultura, como performistas, pintores, fotógrafos e outros. O texto ainda depende da apreciação pelos parlamentares num segundo turno e da sanção pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). O PL é de autoria do presidente da Câmara, Rafael Prudente (MDB).

 

“Antes de atrapalhar a vida profissional de um artista, atrapalha a condição constitucional que temos, que é sobre liberdade de expressão enquanto ser humano e sociedade. As pessoas podem escolher estar em contato ou não com aquele trabalho. Agora, restringir o sentimento de vida, de visão, ter parlamentares que querem chefiar aristas é só mais um sintoma deste país horroroso, onde a gente está de fato deturpando o que é emergência”, diz ao Metrópoles o ator e performer Jonathan Andrade.

 

Segundo o artista Diego Bressani, também do DF, o texto em discussão na CLDF é um “retrocesso medonho e assustador”. “É a moral religiosa interpretando lei e isso é muito sério. É doentia a relação das pessoas com o próprio corpo. Ver a nudez como um tabu é assustador. Nós não vamos parar de fazer. Há quantos mil anos que a arte trabalha o corpo humano no mundo?”, garante.

 

O projeto de Lei nº 1.958/2018 que, se aprovado, determinará multa de R$ 5 mil, surgiu após uma exposição em São Paulo, em que um homem nu era tocado por uma criança. No mesmo período, no Rio de Janeiro, mulheres introduziram objetos religiosos no corpo.

 

A proposta pode afetar diretamente a classe artística. Um dos que afirmam ser diretamente afetados é o artista Kazuo Okubo que, desde o começo do ano passado, monta o projeto "O Inventário". A intenção é reunir imagens de vaginas de mulheres cisgênero e transexuais. Acontece que o trabalho recebeu, em 2016, verba do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). O artista comentou que não sabe se poderá expôr o resultado, mas garantiu que não vai parar de produzi-lo.

 

“Se a lei for aprovada, eu vou ter dificuldade de colocar [o projeto] na rua, já que são fotografias que retratam a vulva feminina. Eu não me importaria de colocar uma censura para maior de idade em uma exposição e vai quem quer. Quem não se agrada, se agride, tem opção de não ir. Agora, não expor eu acho um absurdo”, assegura Okubo.

 

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) do, por sua vez, DF disse que só vai avaliar a questão caso a legislação seja, de fato, aprovada. “Neste momento, a pasta não tem o que declarar sobre a proibição, uma vez que essa votação segue ainda seu rito [lesgislativo]”, comentou o órgão.

Série turca é cancelada pela Netflix após governo decidir censurar personagem gay
Foto: Reprodução

A série turca “If Only”, da Netflix, foi cancelada em meio ao processo de produção após o governo da Turquia exigir a retirada de um personagem gay. Segundo informações da Folha de S. Paulo, obtidas através da revista Variety, as autoridades locais censuraram o tema assim que tiveram os roteiros em mãos. 

 

Como forma de impedir a existência de um homossexual na história, o governo turco chegou a vetar o acesso dos produtores as licenças de filmagens. A Netflix, por outro lado, não atendeu às ordens específicas de remover o personagem, mas optou por cancelar por completo a série. 

 

Procurada para comentar sobre o assunto, a produtora Ay Yapim, que é turca, decidiu não se pronunciar. O serviço de streaming, por sua vez, esclareceu que, mesmo com o impasse gerado, continuará comprometida em várias outras produções em processo feitas na Turquia. 

Seguindo bolsonaristas, Mario Frias migra para rede social com menos controle de conteúdo
Foto: Marcos Correa / PR

Seguindo os passos de outros bolsonaristas, o secretário Especial da Cultura, Mario Frias, divulgou sua migração para o “Parler”, uma rede social amplamente usada pela direito global, que conta com menos controle a respeito do conteúdo.

 


Substituto de Regina Duarte, o novo secretário divulgou seu novo perfil no "Parler"

 

A medida ocorre em um momento em que apoiadores, membros do governo e até o presidente Jair Bolsonaro tiveram publicações apagadas no Twitter e Facebook, por conter informações consideradas falsas e prejudiciais. 

 

Os governistas, no entanto, justificam a migração alegando ser uma alternativa para o que avaliam ser censura. O presidente Jair Bolsonaro e seus filhos, Flávio e Eduardo, também fizeram cadastro no “Parler”. 

Entidade judaica repudia tentativa de Bolsonaro de 'criminalizar' cartunista
Foto: Reprodução

Após o ministro da Justiça, André Luiz Mendonça, pedir que o cartunista Renato Aroeira seja investigado por uma charge crítica ao presidente Jair Bolsonaro (clique aqui e saiba mais), o Observatório Judaico dos Direitos Humanos no Brasil divulgou uma nota para defender o artista.

 

Reproduzida no Twitter do jornalista Ricardo Noblat, a obra em questão mostra Bolsonaro pintando a cruz vermelha, símbolo da saúde, e transformando em uma suástica nazista.

 

“O Observatório Judaico dos Direitos Humanos no Brasil repudia a tentativa do presidente da República de criminalizar o trabalho do cartunista Renato Aroeira, na forma de pedido de investigação associado a suposta violação da lei que trata dos crimes contra a Segurança Nacional”, diz o texto publicado, nesta quarta-feira (17), nas redes sociais.

 

“Tal atitude caracteriza mais um passo, enorme e perigoso, em direção à criminalização de qualquer manifestação artística que critique o governo ou algum de seus representantes. Isso é característico de governos totalitários, que designam quais artes são aceitáveis e permitidas e quais são consideradas subversivas e, dessa forma, devem ser banidas”, acrescenta a entidade, destacando a necessidade de condenar “qualquer tipo de perseguição a artistas e suas produções”, pois tais práticas ferem os Direitos Humanos no país.

 

“Se o indivíduo Jair Bolsonaro se sente atingido pela charge em questão, tem todo o direito de acionar a justiça em seu nome, mas não de se utilizar de leis referentes à República Brasileira e à sua segurança”, finaliza o texto.

Artistas se unem após pedido de investigação sobre autor de obra crítica a Bolsonaro
Foto: Reprodução

Mais de 100 chargistas do Brasil se uniram em apoio a Renato Aroeira, após o ministro da Justiça,  André Luiz Mendonça, pedir que a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República investiguem o cartunista por uma charge crítica ao presidente Jair Bolsonaro. 

 

Para apoiar o colega e criticar a censura, os artistas refizeram a charge de autoria de Aroeira, cada um com seu estilo, e lançararam a hashtag #SomosTodosAroeira. Reproduzida no Twitter do jornalista Ricardo Noblat, a obra em questão mostra Bolsonaro pintando a cruz vermelha, símbolo da saúde, e transformando em uma suástica nazista. 

 

De acordo com o pedido do ministro, tanto Aroeira quanto Noblat podem ser enquadrados na  Lei de Segurança Nacional.
 

Anitta teme ditadura e questiona Regina: 'Só governa para quem pensa semelhante?'
Foto: Reprodução / Facebook

Após a participação polêmica de Regina Duarte em entrevista à CNN Brasil, nesta quinta-feira (7), quando minimizou a ditadura militar e se revoltou ao ser confrontada por Maitê Proença sobre as ações da Secretaria Especial de Cultura, a titular da pasta foi criticada por diversos artistas (clique aqui) e pela própria colega (saiba mais) nas redes sociais.

 

Em um comentário na última postagem publicada há dois dias no Instagram de Regina, Anitta, que recentemente venceu uma batalha contra uma MP que prejudicava a classe (clique aqui), se somou aos colegas e repercutiu as declarações da atriz. “Vejo que a senhora me segue aqui no Instagram e gostaria de dizer algo como cidadã. Assisti sua entrevista na CNN e já vi em alguns lugares que não foi combinado uma entrevista ao vivo etc e etc, mas, falando como artista que já passou por isso algumas vezes (se é que realmente foi isso), acho que haveria mil outras formas de se pronunciar sem ser grosseira com os demais. Uma pessoa que aceita assumir a secretaria de cultura está aceitando trabalhar para o povo, isso significaria escutar também os lados que pensam diferente da senhora e colocar sua posição sobre a questão”, comentou a funkeira carioca. “Se recusar a ouvir uma opinião contrária logo depois de enaltecer os tempos de ditadura me causa muito medo. Até porque eu e muitos dos meus amigos seríamos os primeiros censurados caso esse regime voltasse ao Brasil e nós continuássemos no exercício do nosso trabalho”, acrescentou a cantora.

 


Anitta comentou em publicação de Regina Duarte no Instagram | Foto: Reprodução 

 

Em seu comentário, Anitta criticou ainda a postura elitista e personalista de Regina Duarte no exercício de secretária de Cultura no governo federal. “Gostaria de dizer que a cultura no Brasil vai muito além do ballet clássico, das orquestras sinfônicas e dos livros de poesia (que também são incríveis e tem seu imenso valor). Governar apenas para os que te causam afeição não é governar para o povo”, destacou a artista, questionando se não seria mais “inteligente” responder com “calma e sabedoria” o que tem sido feito pela classe artística diante da crise na pandemia do novo coronavírus. “Aliás, o que tem sido feito?”, ironizou Anitta.

 

“Todas as prefeituras do Brasil possuem verbas de entretenimento para o povo. Agora, que não estão sendo utilizadas, pra onde está indo esse dinheiro? A senhora não poderia tentar fazer com que ele estivesse indo para os trabalhadores da indústria que estão sofrendo com o momento? Por mais que a senhora não tenha medo do vírus, não deveria trabalhar também para os que têm e estão levando a situação a sério? Seu cargo só governa para quem pensa semelhante à senhora? E as famílias que perderam parentes com a doença? Como se sentiriam ouvindo um depoimento de quem faz pouco caso do momento? Onde está a empatia? Meu intuito aqui não é insultar e sim questionar”, concluiu a cantora.

PM de Pernambuco proibiu música de Chico Science no Carnaval, denunciam bandas
Foto: Reprodução / Metodista

Bandas que foram contratadas para tocar em palcos do Carnaval de Pernambuco foram proibidas e até ameaçadas de prisão por cantarem uma música de Chico Science. Conforme noticiou o Jornal do Commércio, os grupos cantavam “Banditismo por uma questão de classe”, em que um dos trechos diz: “Em cada morro uma história diferente, que a polícia mata gente inocente”.

 

O primeiro episódio teria ocorrido na segunda-feira (24) de Carnaval, quando a banda Janete Saiu Para Beber se apresentava na Rua do Apolo, no Bairro do Recife. Nas redes sociais o grupo escreveu: “A Polícia Militar fez uma barreira entre o público e a banda. Tivemos que parar o show com ameaça de levar nosso vocalista preso. A produção foi incrível e conseguiu reverter a situação, mas o mais absurdo foram os argumentos: Chico Science não pode tocar, não pode!”.

 

A outra banda que também relatou uma situação parecida com foi a Devotos, que se apresentava no polo Várzea - como é intitulado um dos palcos da folia - quando, de acordo com os membros, foi alertada pela PM que o show seria encerrado caso insistissem nessas canções.

 

Ao Jornal do Commércio, a Polícia Militar afirmou através de nota que “não há qualquer tipo de proibição à exibição de nenhuma música durante o Carnaval ou em qualquer época do ano. O efetivo somente orienta a suspensão de blocos que tenham estourado o tempo previsto para o desfile, por causa do planejamento operacional, que provoca o recolhimento da tropa após a dispersão dos foliões. Deixar que a festa prossiga sem a presença de policiais colocaria em risco a segurança de todos. Os organizadores das agremiações que acreditem ter havido algum abuso deve procurar o Batalhão responsável ou mesmo a Corregedoria Geral, para formalizar uma queixa e possibilitar uma detalhada apuração de todos os fatos”.

 

Veja o relato da Janete Saiu Para Beber:

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Sim amigos. Estamos vivendo sobre total Repressão Política. Na segunda de carnaval dia 24 tocamos o tributo ao Chico Science e Sheik Tosado na rua do Apólo - Recife Antigo. Durante o show enquanto tocávamos Banditismo por uma questão de classe, a Polícia Militar fez uma barreira entre o público e a banda. Tivemos que parar o show com ameaça de levar nosso vocalista preso! A produção foi incrível e conseguiu reverter a situação, mas o mais absurdo foram os argumentos: Chico Science não pode tocar, não pode! Assim como outras bandas de amigos também aconteceram a mesma coisa nos polos do recife. Também aconteceu com o @chinaina na no Polo da Lagoa do Araçá e com a @devotosoficial no Polo Várzea. Se isso não é ditadura, é oque então??? Resistencia! ????? . . . #resistencia #fuckthepolice #forafascistas #chicoscience #apoliciamatagenteinocente

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Canal da Globo na TV fechada censura clipe sob justificativa de 'viés político'
Foto: Stefano Stefanon / Divulgação

O Bis, canal de TV por assinatura de propriedade da Globo, censurou a exibição de um videoclipe em sua programação. De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de São Paulo, o clipe era da música “Ladra do Lugar de Fala”, composição de Thiago Amud interpretada pela cantora Ilessi. A justificativa dada pela emissora é que a canção tem “viés político”.


Com forte crítica social, a letra trata de temas como racismo, censura e desigualdade social. “Me dá um beijo, meu fascista preferido/ Vem cá/ Me dá um beijo, meu feitor, meu inimigo”, diz trecho da música. O clipe, por sua vez rebatiza o nome da rua onde mora o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), como “rua Marielle Franco”, em homenagem à vereadora assassinada em março de 2018, na capital fluminense. Outras partes do vídeo mostram os dizeres “ele não” e “ele nunca”, referências à campanha contra a eleição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Procurado pela coluna, o canal não quis comentar o caso.

Após apontar 'censura' da Ancine, filme 'Marighella' confirma data de estreia no Brasil
Foto: Divulgação

Com produção e direção assinadas pelo baiano Wagner Moura, o longa-metragem “Marighella” finalmente teve a data de estreia oficial no Brasil confirmada: dia 14 de maio. “’A única luta que se perde é aquela que se abandona’”, diz mensagem publicada nesta quinta-feira (16), nas redes sociais da produção, ao anunciar a data de lançamento.


Recentemente Wagner Moura acusou o governo de Jair Bolsonaro de praticar a censura, após a Agência Nacional do Cinema (Ancine) negar apoio para o lançamento do longa no país (clique aqui e saiba mais). “É uma censura diferente, mas é censura, que usa instrumentos burocráticos para dificultar produções das quais o governo discorda. Não há uma ordem transparente por parte do governo para que isso aconteça, no entanto já vimos Bolsonaro publicamente dizer que a cultura precisa de um filtro. E esse filtro seria feito pela Ancine”, declarou o artista.

 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

“A única luta que se perde é aquela que se abandona”. #MarighellaOFilme estreia oficialmente 14 de maio nos cinemas.

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Wagner Moura aponta 'censura' e diz que 'Marighella' não estreou por 'questão política'
Foto: Divulgação

Com o cancelamento da estreia nacional do longa-metragem “Marighella” (clique aqui e saiba mais), o baiano Wagner Moura, que assina roteiro e direção da obra, acusou o governo federal de promover censura e afirmou que o lançamento não ocorreu por “questão política”. 


“Como grande empresa, a [produtora] O2 não pode chegar e dizer que a Ancine censurou o filme. Mas eu posso. Sustento o que já disse. É uma censura diferente, mas é censura, que usa instrumentos burocráticos para dificultar produções das quais o governo discorda. Não há uma ordem transparente por parte do governo para que isso aconteça, no entanto já vimos Bolsonaro publicamente dizer que a cultura precisa de um filtro. E esse filtro seria feito pela Ancine”, afirmou o artista, em entrevista ao colunista Eduardo Sakamoto, no Uol. “Não tenho a menor dúvida de que Marighella não estreou ainda por uma questão política”, destacou Wagner Moura, acrescentando que o órgão vinculado à Secretaria Especial de Cultura “negou pedidos da produção que possibilitariam o lançamento”.


Para o ator, a decisão da Ancine não foi tecnicamente ilegal, mas não havia razão para isso. “Ou seja, essa negativa tem a ver com o contexto em que estamos vivendo”, avaliou o artista, afirmando que “a forma que o governo escolheu para censurar a cultura no Brasil foi aparelhar instituições”, já que o cinema e o teatro nacional ainda são dependentes de recursos públicos. “Quando a Ancine é aparelhada pelo bolsonarismo, qualquer pedido com relação a um filme como o Marighella será negado”, declarou.


Previsto para ser lançado no Brasil, no dia 20 de novembro de 2019, Dia da Consciência Negra, “Marighella” ficou sem data de estreia prevista, após a Ancine negar os pedidos da produtora O2 para antecipar um reembolso do Fundo Setorial do Audiovisual e o redimensionamento de orçamento, para viabilizar a distribuição da obra. Apesar de terem surgido rumores de que a O2 tivesse irregular, Wagner Mouro negou. “Há boatos de que a O2 estaria impedida de lançar Marighella porque deu um calote relativo a recursos de outro filme. Primeiro, não estou aqui para defender a O2, mas a produtora não deu calote em ninguém. Não existe nenhuma dívida financeira com relação à Ancine. O que aconteceu é que um documentário, ‘O Sentido da Vida’, ainda não ficou pronto. Qual a praxe? As produtoras pedem à agência uma prorrogação para entrega do documentário. Como a instituição está acéfala, com um vácuo interno, não houve resposta. Com isso, a empresa entrou com um mandado de segurança”, explicou o ator.  “Mas o atraso na conclusão do documentário ‘O Sentido da Vida’ ocorreu apenas em novembro de 2019, enquanto a negativa do pedido relativo ao Marighella veio em agosto. Ou seja, uma coisa não tem a ver com a outra”, acrescentou.

Diretor de filme sobre Bolsonaro critica censura ao Porta dos Fundos: 'Uma vergonha'
Foto: Divulgação

O cineasta Josias Teófilo, que dirigiu um documentário sobre Olavo de Carvalho e atualmente roda um filme sobre o presidente Jair Bolsonaro (clique aqui e saiba mais), criticou a censura do especial de Natal do Porta dos Fundos, pela Justiça do Rio de Janeiro.


À coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, ele classificou o incidente como “uma vergonha”. “Estamos vivendo em uma época terrível, em que toda semana tentam censurar uma obra de arte no Brasil", acrescentou o diretor de cinema bolsonarista.

 

Após a determinação do desembargador Benedicto Abicair, da 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, para proibir o especial, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, decidiu em caráter liminar, nesta, quinta-feira (9), autorizar a Netflix a exibir o "Especial de Natal Porta dos Fundos: A Primeira Tentação de Cristo" (clique aqui e saiba mais). 

Juiz que vetou Porta dos Fundos foi contra 'censura' de Bolsonaro em ação por homofobia
Bolsonaro foi condenado por discurso homofóbico no CQC | Foto: Divulgação

O desembargador Benedicto Abicair, que mandou suspender a veiculação do especial do Porta dos Fundos (clique aqui e saiba mais), já disse ser contra a “censura” em uma ação na qual o presidente Jair Bolsonaro, na época deputado federal, foi condenado por homofobia.


De acordo com informações do jornal O Globo, o desembargador da Sexta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) relatou o processo em novembro de 2017, quando Bolsonaro foi condenado em segunda instancia a pagar uma indenização por dano moral movido por grupos em defesa dos direitos LGBTQ+, por ter dito no “CQC” que não tem filhos gays porque eles “tiveram boa educação”.


Ainda segundo a publicação, na ocasião Abicair votou a favor de um recurso de Bolsonaro, alegando que em uma democracia não via como "censurar o direito de manifestação de quem quer que seja". Ele foi voto vencido.

Justiça ordena retirada do especial de Natal do Porta dos Fundos
Foto: Divulgação

O desembargador Benedicto Abicair, da 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, ordenou a retirada do "Especial de Natal Porta dos Fundos: A Primeira Tentação de Cristo" do ar. A decisão foi proferida nesta quarta-feira (8) através de uma liminar e classificada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio como censura. 

 

"Por todo o exposto, se me aparenta, portanto, mais adequado e benéfico, não só para a comunidade cristã, mas para a sociedade brasileira, majoritariamente cristã, até que se julgue o mérito do Agravo, recorrer-se à cautela, para acalmar ânimos, pelo que concedo a liminar na forma requerida", escreveu o magistrado.

 

De acordo com o G1, a decisão judicial atende a um pedido feito pela Associação Centro Dom Bosco de Fé e Cultura que havia sido negado em primeira instância.

 

O ministro do STF Marco Aurélio, em contato com a coluna de Bernardo Mello Franco, de O Globo, afirmou que a decisão de retirar o vídeo do ar não tem amparo na Constituição. "É uma barbaridade. Os ares democráticos não admitem a censura", afirmou.

 

Segundo o ministro, a liminar será derrubada pelos tribunais superiores.

Bolsonaro sobre cinema nacional: 'Há quanto tempo a gente não faz um bom filme, não é?' 
Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

Após definir - com um atraso de um ano – a chamada Cota de Tela, que determina uma quantidade obrigatória de exibições de produções brasileiras nos cinemas do país (clique aqui), o presidente Jair Bolsonaro comentou sobre o dispositivo e teceu críticas ao cinema nacional em uma live exibida em suas redes sociais, nesta quinta-feira (26).


"Obviamente que, fazendo bons filmes, não vamos precisar de cota mais. Há quanto tempo a gente não faz um bom filme, não é?", avaliou Bolsonaro, apontando o direcionamento da política cultural de seu governo e os planos de eliminar tal incentivo à produção nacional. "Vamos fazer filmes da história do Brasil, da nossa cultura e arte, que interessa a população como um todo e não as minorias", declarou.


No vídeo, o presidente criticou ainda o que chama de “questão da ideologia”, concentrando queixas sobretudo nas obras que retratam o período da ditadura militar. "Os filmes que estamos fazendo a partir de agora não vai ter mais a questão de ideologia, aquelas mentiras todas de histórias passadas, falando do período de 1964 a 1985. É sempre fazendo a cabeça da população como se esse pessoal da esquerda foi o mais puro, ético e moral do mundo. E o resto como se fosse o resto", afirmou, rechaçando, no entanto, a pecha de autoritarismo e imposição ideológica. Segundo ele, seu governo não está “censurando nada”, mas sim vetando o uso de recursos públicos para a produção de determinadas obras consideradas por ele inapropriadas.

 

O OUTRO LADO
As declarações do presidente vão na contramão da crítica internacional, que nos últimos anos conferiu diversos prêmios ao cinema brasileiro. Em 2016, por exemplo, "Aquarius", de Kléber Mendonça Filho, foi premiado em festivais como os de Sydney, Transatlantyk, Festival World Cinema Amsterdam, Festival Biarritz Amérique Latine, Festival de Lima, Festival de Mar del Plata, Festival de Havana e foi ainda indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes.


Este ano, “Bacurau”, também de Kleber Mendonça com Juliano Dorneles, venceu o Prêmio do Júri no Festival de Cannes e foi indicado à Palma de Ouro; venceu os festivais de Munique e Lima e teve indicação como Melhor Filme no Festival de Sydney. “A Vida Invisível”, de Karim Aïnouz, venceu a mostra “Um Certo Olhar”, no Festival de Cannes, e o Prêmio CineCoPro, no Festival de Cinema de Munique. Outro filme brasileiro que se destacou foi “Democracia em Vertigem”, de Petra Costa, que foi incluído em uma lista de documentários pré-selecionados para a disputa do Oscar 2020.

Dona Iracema tem apresentação interrompida durante evento de Natal em Conquista
Foto: Reprodução / Instagram

A banda conquistense Dona Iracema teve um show realizado nesta quarta-feira (18), na Praça 9 de Novembro, em Vitória da Conquista, interrompido por um homem que seria um comerciante de uma loja de roupas próxima ao local em que estava sendo realizada a apresentação.

 

O show foi contratado pela prefeitura municipal pela comemoração do Natal na cidade através de um edital. A atitude do comerciante teria acontecido por causa das letras contestadoras.

 

"Foi um intervalo pequeno, quando o responsável pela mesa de som deixou o equipamento e o indivíduo se dirigiu até lá e desligou", contou um integrante da Dona Iracema, que preferiu não ser identificado.

 

A Dona Iracema é uma banda independente que já participou de festivais em todo o país. O integrante do grupo disse que os membros vão se reunir para decidir quais providências serão tomadas acerca do que ocorreu. Nas redes sociais, a banda acusou o comerciante de censura.

 

A reportagem entrou em contato com a prefeitura de Vitória da Conquista, mas não obteve resposta até o fechamento desta nota. O comerciante apontado como o autor também foi procurado, mas não se encontrava na loja. 

 

Confira o vídeo do momento do ocorrido:
 

Cancelado pela Ancine, 'A Vida Invisível' será exibido gratuitamente na Cinelândia
Foto: Divulgação

Após ter uma sessão cancelada pela Agência Nacional do Cinema (Ancine) (clique aqui), o longa-metragem “A Vida Invisível”, dirigido por Karim Aïnouz e selecionado para representar o Brasil na disputa do Oscar (clique aqui), será exibido gratuitamente, nesta quinta-feira (12). 


De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, o público poderá conferir uma sessão aberta do filme às 19h, na Cinelândia, no Rio de Janeiro. A exibição, organizada por servidores da Ancine descontentes com o veto, será seguida de um bate-papo com produtor, Rodrigo Teixeira, e Gregorio Duvivier, que integra o elenco. 


Na terça-feira (11), o ator havia adiantado que os funcionários se movimentavam para realizar a sessão e levantou uma versão sobre a motivação do veto. “Motivo alegado: a nova diretoria me odeia e acha que Rodrigo Teixeira [produtor do filme] é ‘comunista’”, disse, em suas redes sociais (clique aqui). 


Mencionado, Teixeira comentou o incidente. Para ele, “quem representa a cultura no governo brasileiro enlouqueceu completamente”. “Sou completamente contra qualquer tipo de censura. Acho um absurdo”, avaliou.


Funcionários da Ancine também formalizaram um documento  (clique aqui) para solicitar explicações sobre o cancelamento da exibição do filme e a retirada de cartazes da sede do órgão (clique aqui).

Duvivier diz que Ancine censurou filme por diretora odiá-lo e achar produtor 'comunista'
Gregório Duvivier interpreta Antenor no filme | Foto: Divulgação

Parte do elenco de “A Vida Invisível”, o ator Gregório Duvivier disse ter confirmado a acusação de funcionários da Agência Nacional do Cinema (Ancine), de que a Secretaria de Gestão Interna do órgão proibiu a exibição do filme em evento para os servidores (clique aqui).


“Acabo de confirmar: exibição gratuita d’A Vida Invisível foi cancelada pela Ancine”, declarou o artista, por meio de suas redes sociais. “Motivo alegado: a nova diretoria me odeia e acha que Rodrigo Teixeira [produtor do filme] é ‘comunista’”, acrescentou. Duvivier disse ainda que funcionários descontentes com a censura planejam projetar o filme na rua.


Com direção de Karim Aïnouz, “A Vida Invisível” foi selecionado para representar o Brasil na disputa pelo Oscar de Melhor Longa-metragem Internacional (clique aqui). O elenco do longa conta com Fernanda Montenegro, que foi xingada por Roberto Alvim, hoje secretário especial da Cultura e então diretor da Funarte (clique aqui). 

Deborah Secco e Bruna Surfistinha integram evento com obras censuradas por Bolsonaro
Foto: Guilherme Jacobs/Gshow

Deborah Secco e Raquel Pacheco, que é conhecida como Bruna Surfistinha, participam de um bate-papo no festival Verão sem Censura, evento promovido pela prefeitura de São Paulo, com obras censuradas pelo governo federal.


De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, o debate acontece após a exibição do filme “Bruna Surfistinha” em um telão montado na Praça das Artes, em São Paulo, no dia 18 de janeiro. 


Em julho deste ano o presidente Jair Bolsonaro propôs a criação de um filtro no apoio do governo para vetar obras consideradas por ele inapropriadas. “Não posso admitir que façam filmes como o da Bruna Surfistinha”, disse ele à época (clique aqui e saiba mais).

Comissão de Cultura da Câmara quer debater censura na cultura e na ciência com Maia
'Lembro de você todo dia', peça suspensa pela Caixa | Foto: Julio Leão

A Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados pretende requisitar uma reunião com o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O objetivo do encontro é debater o que eles consideram tentativas de censura do governo à cultura e à ciência.

 

Segundo informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, o grupo quer discutir a suspensão de espetáculos em órgãos ligados ao governo e também as denúncias de censura no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), questionado pelo governo federal no ápice das queimadas na Amazônia.

Justiça determina que governo retome edital da Ancine voltado para produções LGBTQs
'Afronte' foi uma das produções prejudicadas com cancelamento | Foto: Divulgação

A Justiça Federal no Rio de Janeiro determinou, nesta segunda-feira (7), a suspensão dos efeitos de uma portaria editada pelo Ministério da Cidadania que suspendia um edital da Agência Nacional do Cinema (Ancine) com apoio a produções de temática LGBTQ.


De acordo com informações do G1, a juíza Laura Bastos Carvalho, da 11ª Vara Federal, defendeu que a demora para a conclusão do concurso poderá trazer prejuízos aos cofres públicos. Em sua decisão, ela afirma ainda que as alegações do Ministério da Cidadania para suspender o edital dão indícios de que "pode estar sendo praticada" a discriminação apontada pelo Ministério Público Federal (MPF), que havia ajuizado uma ação civil pública na qual acusa o ministro Osmar Terra de improbidade administrativa e aponta a existência de discriminação do governo Bolsonaro contra projetos de temática LGBTQ (clique aqui).  


Segundo a publicação, ao conceder liminar, a juíza federal citou também que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já transferiu ao Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) R$ 525 mil referentes à gestão financeira do contrato. 

'Sistema nenhum vai nos calar', diz Fernanda Montenegro ao lançar biografia
Foto: Reinaldo Silva/Gshow

A atriz Fernanda Montenegro foi ovacionada pela plateia do Theatro Municipal de São Paulo, neste domingo (6), durante o “Festival Mário de Andrade – A Virada do Livro”, onde ela lançou sua biografia, “Prólogo, ato, epílogo”, escrita com jornalista e biógrafa Marta Góes.


“Sistema nenhum vai nos calar. Este é um livro sobre uma mulher de teatro e, de repente, passou a ser um ato de resistência. Estamos unidos aqui, hoje, em torno da liberdade de expressão”, afirmou a artista, que faz 90 anos no dia 16 de outubro e recentemente foi chamada de “mentirosa” e “sórdida” pelo diretor do Centro de Artes Cênicas da Funarte, Roberto Alvim (clique aqui).


De acordo com informações do Gshow, ao subir no palco, a atriz foi aplaudida de pé e recebeu o amigo e diretor do Teatro Oficina, diretor do Teatro Oficina, que fez uma homenagem surpresa ao lado do ator Pascoal da Conceição. “Essa mulher é um fenômeno da história do teatro vivo. É a deusa do teatro, bruxa, divina e diabólica”, brincou o diretor, em referência à capa de revista que impulsionou os insultos de Alvim contra Fernanda Montenegro.


Segundo a artista, a motivação para a criação do livro, escrito a partir de 18 encontros com Marta, ao longo de cerca de um ano, foi deixar sua história para os netos. “Eu pensei: os nossos filhos sabem de metade da nossa vida, mas, quando os netos vêm, as coisas começam a cair no esquecimento. Quero que meus netos levem, de tudo isso, a resistência”, afirmou.

Ex-ministro da Cultura, Calero vai à Justiça contra transferência da Ancine para Brasília
Foto: José Cruz/Agência Brasil

O ex-ministro da Cultura e atual deputado federal Marcelo Calero (Cidadania – RJ) entrou com uma ação popular na Justiça Federal do Rio de Janeiro, para tentar impedir a transferência da sede da Agência Nacional do Cinema (Ancine) para Brasília (clique aqui).


De acordo com informações da coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, na ação ele solicita uma liminar de urgência contra o presidente Jair Bolsonaro e a União, para que o governo se abstenha de "praticar qualquer ato de transferência e controle de conteúdo" na agência. 


Também segundo a publicação, Calero pede ainda a intervenção do Ministério Público Federal no Caso. Após a ação, a Justiça deu um prazo de 20 dias para a União se pronunciar sobre a transferência da Ancine para Brasília.


Marcelo Calero deixou o cargo de ministro da Cultura, no governo de Michel Temer, após denunciar a pressão do baiano Geddel Vieira Lima, titular da Secretária de Governo, à época, para que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) liberasse a construção de um edifício no qual tinha um imóvel, em Salvador (clique aqui e saiba mais).

Após Itamaraty censurar filme de Chico, Ancine veta apoio a longas sobre gays e negros
'Greta' é um dos longas que perdeu apoio | Foto: Divulgação

Depois do Itamaraty censurar a exibição de um documentário sobre Chico Buarque no Festival de Cine de Brasil 2019, em Montevideo, no Uruguai (clique aqui e saiba mais), a Agência Nacional do Cinema (Ancine) interferiu para impossibilitar a participação de outros dois filmes brasileiros em um festival internacional.


De acordo com informações da coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, três semanas após aprovar apoio financeiro para as obras "Greta" e “Negrum3” serem exibidas no Festival Internacional de Cinema Queer a agência voltou atrás e rescindiu o termo de permissão. Antes do veto, cada um dos filmes receberia uma ajuda de custo de R$ 4,6 mil para participar do evento realizado a partir desta sexta-feira, em Lisboa, Portugal.


Segundo o colunista, as obras “tem tudo o que Jair Bolsonaro manifestamente não gosta de ver nas telas: negritude e homossexualidade”. De acordo com a sinopse oficial, o filme-ensaio “Negrum3” “propõe um mergulho na caminhada de jovens negros da cidade de São Paulo” e aborda temas como “negritude, viadagem e aspirações espaciais dos filhos da diáspora”.


Já “Greta”, estrelado por Marco Nanini, tem como protagonista um enfermeiro homossexual que é grande fã de Greta Garbo.

Itamaraty nega censura a filme de Chico Buarque
Foto: Zeca Guimarães / Divulgação

O Itamaraty negou que tenha censurado o documentário "Chico: Artista Brasileiro" do Festival de Cine de Brasil 2019. O evento acontece em Montevidéu, no Uruguai, entre os dias 3 e 9 de outubro. A Embaixada Brasileira é uma das patrocinadoras.

 

De acordo com o blog do colunista Ancelmo Gois, nesta sexta-feira (14), a sala Alfa/Beta, onde seriam feitas as exibições do filme na capital uruguaia, recebeu uma ligação supostamente ligada à embaixada pedindo que não fosse exibida a mostra (lembre aqui).

 

Segundo o jornal O Globo, o Itamaraty, no entanto, afirmou que a produtora do festival Inffinito entrou em contato com a embaixada do Brasil em Montevidéu para pedir uma carta de apoio. Além disso, o órgão afirmou que a emprasa entrou com pedido de captação de verba na Ancine e teve sua proposta aprovada.  

Embaixada brasileira censura filme sobre Chico Buarque no Uruguai
Foto: Divulgação

Escalado para a programação do Festival de Cine de Brasil 2019, em Montevideo, no Uruguai, o longa-metragem "Chico: Artista Brasileiro", sobre Chico Buarque, foi censurado pela Embaixada Brasileira, que é uma das patrocinadoras do evento. A informação é da coluna de Ancelmo Gois. 


Dirigido por Miguel Faria Junior, o filme vetado pelo Itamaraty estrearia em outubro no país vizinho e narra os últimos 50 anos da trajetória do músico brasileiro e desafeto do presidente Jair Bolsonaro (PSL).


Por meio de carta, a JBM Producciones, responsável pelo festival, explicou o ocorrido ao diretor do filme: 

 

“Quero informar como vão as coisas a caminho da estreia, finalmente, de ‘Chico’ no Uruguai. Junto a nossa associada ENEC, que além de distribuidores são exibidores, tínhamos planejado estrear o filme no Festival de Cine de Brasil 2019, que acontece em outubro, e, entre outros, é patrocinado pela Embaixada do Brasil em Montevideo. 


Esta manhã recebi com surpresa uma mensagem do exibidor dizendo que lhe ligaram da embaixada para ‘pedir’ que NÃO seja exibido o filme de Chico neste festival. Se é lógico devido à situação política no Brasil, no Uruguai é muito grave que se censure a exibição de um filme, sendo que neste caso a JMB Filmes do Uruguai é distribuidora e esse ato afeta nossos interesses.


Acrescento mais abaixo cópia da mensagem oficial de ENEC (sócios-proprietários da sala ALFA/BETA) me comunicando e um arquigo anexo de áudio de chamada de uma senhora, supomos que do Brasil, que avisa à sala da decisão da embaixada do Brasil no Uruguai.”

Caixa Cultural cancela peça com críticas à ditadura e diretor denuncia censura
Foto: Divulgação

Administrada pelo governo federal, a Caixa Cultural Recife cancelou apresentações do espetáculo infantojuvenil “Abrazo”, que estavam programadas para acontecer nos dois próximos fins de semana, no local. 


Montada pelo grupo Clowns de Shakespeare, de Natal (RN), a peça em questão leva ao palco uma história que se passa em um país onde são proibidas demonstrações de afeto e expõe, de forma sutil, temas como ditadura, censura e repressão.


Após o cancelamento, o diretor do espetáculo, Marcelo França, protestou através de um vídeo divulgado em suas redes sociais e acusou a Caixa Cultural de promover a censura. "Uma censura travestida com argumentos jurídicos. Vivemos um momento de barbárie no país, onde a verba pública para pesquisa e educação são cortadas, onde livros são censurados, onde artistas estão sendo perseguidos e tendo suas obras censuradas. Não nos calarão! Enquanto houver espaço para falar, estaremos aqui denunciando", disse França. 


Ao Uol, o espaço cultural negou as acusações. "A Caixa informa que por descumprimento contratual cancelou o espetáculo Abrazo, com apresentações programadas no espaço cultural do banco. O contrato com o Clowns de Shakespeare foi rescindido, conforme comunicado ao grupo nesta data", diz a nota oficial enviada ao site.


A companhia, por sua vez, questionou a justificativa da Caixa Cultural. "Nenhum esclarecimento adicional nos foi dado, o que nos moveu a solicitar da Caixa o parecer jurídico e a decisão administrativa relativos a essa rescisão, com detalhamento para que possamos analisar e nos posicionar apropriadamente sobre o caso. Até o momento estamos perplexos diante dessa atitude, uma vez que não reconhecemos qualquer indício de infração que pudesse ter sido eventualmente cometida, pois cumprimos com tudo que estava contratualmente previsto", rebateu o grupo, que obteve o patrocínio por meio de um edital.

Após ação de Crivella, parlamentares lançam frente contra censura e a favor da leitura
Foto: Divulgação

Deputados e senadores preparam uma ação conjunta contra a censura e com o objetivo de “estimular a leitura desde as primeiras gerações e o acesso a livros”.


Cerca de 200 congressistas vão lançar, nesta terça-feira (10), na Câmara dos Deputados, a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Livro, após o prefeito do Rio de Janeiro e pastor evangélico, Marcello Crivela (PRB), tentar censurar uma HQ com um beijo entre dois homens e outras publicações consideradas por ele “obscenas”, durante a Bienal do Livro (clique aqui e saiba mais).


A iniciativa será presidida pelo senador Jean Paul Prates (PT-RN) e pela deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS). A vice-presidência será do deputado Waldenor Pereira (PT-BA) e da senadora Leila Barros (PSB-DF).


“Lutar pela valorização e investimento em bibliotecas públicas, comunitárias e escolares, repensar a baixa prioridade que o nosso país vem dando às políticas de incentivo ao livro e à leitura é urgente, ainda mais diante desse cenário em que o atual governo trata a produção de conhecimento como inimiga, corta verbas da educação e da cultura e propaga a desinformação”, avalia Melchionna.

Caetano elogia vídeo de Felipe Neto sobre censura de Crivella e destaca consciência social
Foto: Reprodução / Instagram

Em uma publicação em suas redes sociais, Caetano Veloso elogiou um vídeo de Felipe Neto, no qual o jovem youtuber critica a tentativa de censura do prefeito do Rio de Janeiro e bispo evangélico, Marcelo Crivella, que criticou uma revista exposta na Bienal do Livro e em seguida enviou 15 fiscais para verificar se o evento exibia "material impróprio"  (clique aqui e saiba mais).  


A obra em questão é a história em quadrinhos “Vingadores - A Cruzada das Crianças”, que em uma de suas páginas mostra um beijo entre um casal de homens. “Amor não é pornografia. Amor não deve ser censurado. Afeto não pode ser proibido para menores”, diz o youtuber em seu vídeo. “Tudo isso aconteceu porque o Crivella viu esse beijo em uma única página de uma HQ dos Vingadores. Nunca incomodou ao prefeito que as HQs tenham histórias de violencia, sangue, guerra, tiro, porrada, bomba, isso não importa. Só o que importa, só o que incomoda é o amor entre pessoas do mesmo sexo”, acrescentou Felipe Neto. 


Caetano ficou empolgado com a fala do youtuber. “Bom pra caramba! Esse daí, cara, Felipe Neto, muito bom! É muito bom, porque é o tipo de consciência do que é uma sociedade. É incrível isso”, pontuou o cantor e compositor baiano. “A gente tá vendo isso acontecer, a sociedade brasileira, nas suas entranhas, mostrando que tem consciência de que é uma sociedade e que responsabilidade deve ter cada indivíduo, quando sabe que, de fato, pertence a uma sociedade. Existe a sociedade brasileira, é isso que Felipe Neto está dizendo!”, conclui o artista. 

 

Após a repercussão do ato de Crivella, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro publicou uma decisão liminar, na sexta-feira (6), que impede a prefeitura carioca de apreender livros na Bienal e cassar o alvará do evento (clique aqui).

Prefeitura do Rio faz vistoria na Bienal do Livro para identificar 'material pornográfico'
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Após o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, criticar a HQ "Vingadores a cruzada das crianças", exposta na Bienal do Livro, e sugerir a censura à obra por conter imagens com beijos entre gays (clique aqui e saiba mais), a Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEOP) realizou uma operação no evento, na tarde desta sexta-feira (6).

 

De acordo com informações do jornal O Globo, 15 funcionários foram enviados ao local para fazer "uma vistoria em busca de material pornográfico". À Folha de S. Paulo, agentes prefeitura disseram que foram orientados a recolher títulos com temática LGBT ou que possam gerar polêmicas.


Questionado pela imprensa, o subsecretário operacional da SEOP, Wolney Dias, afirmou que “a prefeitura tem poder de polícia para isso”. “Se o material não estiver seguindo as recomendações, ele será recolhido. Estamos seguindo a orientação da procuradoria da prefeitura. Eu não entendo que haja censura. Se for material pornográfico, oferecido sem as normas, será recolhido”, disse.

Segundo o jornal, a movimentação dos agentes da SEOP causou problemas de movimentação no evento. Mesmo diante da tentativa de censura, a HQ que desencadeou o imbróglio entre Crivella e a Bienal teve seus exemplares esgotados em poucos minutos (clique aqui).


A iniciativa do prefeito do Rio gerou muitas críticas:
 

Após Crivella tentar censurar HQ com beijo entre gays, edição esgota na Bienal do Livro
Foto: Divulgação

A tentativa do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, de censurar a HQ "Vingadores a cruzada das crianças", na Bienal do Livro (clique aqui e saiba mais), foi totalmente frustrada. 


De acordo com a coluna de Lauro Jardim, a obra que o político e bispo da Igreja Universal orientou que fosse recolhida ou “embalada em plástico preto lacrado” esgotou em todos os stands do evento. Ainda segundo a publicação, em apenas 39 minutos todos os exemplares do livro foram vendidos. 


Segundo o colunista, diante do sucesso de vendas, a organização da Bienal bancará a permissão para comercializar outra “fornada” da HQ, caso os donos dos stands queiram.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Quem acompanhou a Faroeste viu o que um pseudo cônsul pode fazer. Na história de Porto Seguro, tem dois verdadeiros. Imagine o que ainda não vai render. E olha que a história nem chegou em Salvador. Mas a vida segue também fora do Judiciário. Por exemplo: o Soberano está cada vez menor, enquanto o Ferragamo está cada vez mais investindo em um perfil "pau pra toda obra" (lá ele!). Mas se o Dois de Julho não foi lá tão bonito, tem coisa ainda mais triste fora do cortejo. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Luciano Simões

Luciano Simões
Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".

 

Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis. 

Podcast

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira
O deputado estadual Luciano Simões Filho (União) é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira (15). O podcast é transmitido ao vivo a partir das 16h no YouTube do Bahia Notícias.

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