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A Polícia Civil, por meio de uma investigação, informou, nesta terça-feira (05), que as chacinas e homicídio contra pessoas ciganas em 2023 estão interligados. Ainda nesta terça-feira, três homens foram presos na Operação Hera, deflagrada hoje para investigação dos casos.
Segundo o delegado Yves Correia, coordenador da 1ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin), os exames balísticos apontaram a relação entre os crimes. Ao Acorda Cidade, parceiro do Bahia Notícias, ele detalhou as prisões.
“A investigação apontou, com o exame de microcomparação balística das armas, que todos tiveram ligação entre si. Houve nexo de causalidade entre eles, razão pela qual se conseguiram os mandados cautelares de busca e apreensão e mandado de prisão. Alguns foram cumpridos aqui em Feira, inclusive aqui no Conjunto Penal de Feira, outros em Alagoinhas e em outras cidades. Até o momento, já são três presos”, detalhou.
Os suspeitos detidos até o momento estarão à disposição da justiça, e devem responder pelo crime de homicídio qualificado. Segundo o delegado, ainda há outros mandados a serem cumpridos até o final da investigação.
A Operação Hera deve investigar a motivação de dois casos, sendo eles, chacina de uma família de ciganos em Jequié, em outubro; e a morte de três homens em Feira de Santana, em agosto. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), “desde o início das investigações, cinco armas foram apreendidas no cumprimento de mandados de busca – e, conforme apurado, uma delas foi utilizada na chacina. Nesta terça, as incursões contam com o apoio da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core) e do Departamento de Inteligência Policial (DIP)”.
O Ministério Público estadual (MP-BA) denunciou, nesta terça-feira (20), dois policiais militares, Emerson Severo da Silva e Neilo Carlos Souza Silva, por homicídio qualificado por motivo torpe e sem possibilitar defesa da vítima. Segundo a denúncia, a dupla é suspeita de executar o jovem cigano, Lindomar Santos Matos, em 2021, no município de Aracatu, na intenção de vingar a morte de dois policiais, no Distrito de José Gonçalves, zona rural do município de Vitória da Conquista.
A denúncia se baseia em laudos periciais que demonstram que a quantidade de disparos efetuados pelos policiais militares (eles alegaram um total de quatro tiros à distância) e o local em que a vítima foi atingida divergem com o alegado por eles. As investigações apontaram que Lindomar foi encurralado em um cômodo externo de um bar localizado na BA-142 e foi executado com dez disparos de fuzil, alguns deles efetuados à curta distância, sem qualquer chance de defesa.
A vítima, de 15 anos, estaria fugindo desde a noite anterior de uma perseguição policial à sua família, no entanto, não consta nenhum registro que o adolescente tenha cometido qualquer delito que justificasse a busca policial contra ele, que chegou a contar com quatro guarnições. A perseguição teria começado após um residente negar abrigo ao jovem cigano e chamar a polícia, evidenciando que os policiais já sabiam previamente a identidade do rapaz.
“Os denunciados tinham a intenção clara e evidente de executar a vítima, considerando a desproporção da força utilizada pelos agentes públicos contra o adolescente, os quais deveriam saber dosá-la, se realmente houvesse a intenção de apenas se defender. Ademais, estavam em superioridade numérica e portavam armas não letais capazes de imobilizar a vítima, facilitando a sua captura, sem alcançar o resultado morte”, destaca a denúncia oferecida pela 4ª Promotoria de Justiça de Brumado e pelo Grupo de Atuação Especial Operacional de Segurança Pública (Geosp).
A perícia indica que o jovem recebeu dez tiros, sendo que pelo menos dois foram pelas costas e que houve alteração da cena do crime com a retirada do corpo de Lindomar, já sem vida, para forjar uma falsa prestação de socorro em hospital da região.
Um jovem cigano de 21 anos foi encontrado morto, nesta quinta-feira (15), no bairro de Santa Luzia, em Guanambi, sudoeste do estado. O corpo da vítima, identificada como Reinaldo Guilherme Fernandes Dourado, apresentava marcas de tiros no rosto.
O crime foi registrado por câmeras de segurança no local. Segundo o site Achei Sudoeste, parceiro do Bahia Notícias, o autor do crime teria conversado com a vítima antes do disparo. O coordenador da 22ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin), Clécio Magalhães, informou que as investigações apontam que se trata de uma briga entre ciganos.
Em janeiro, o pai da vítima, Jerisvá Oliveira Dourado, conhecido como Léo Cigano, 47 anos, também foi assassinado. “Provavelmente possa ser um crime de mando deles. A polícia já instaurou um inquérito para apurar o caso. As investigações estão bem adiantadas. Vamos identificar o autor e solicitar a prisão”, afirmou.
A morte do jovem foi constatada por uma equipe do Samu e o 17º Batalhão de Polícia Militar (BPM) fez a preservação do local até a chegada do Departamento de Polícia Técnica (DPT). O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Guanambi para realização de necropsia.
A Polícia Civil identificou os seis suspeitos de matar seis ciganos na cidade de Jequié, em outubro de 2023. Na ocasião, uma criança de 6 anos e uma mulher grávida foram vítimas do ataque. A Justiça decretou a prisão dos suspeitos identificados pela polícia.
A arma de crime, uma pistola calibre 9 mm, foi apreendida em uma região rural de Alagoinhas.O Departamento de Polícia Técnica (DPT) realizou perícia na pistola e confirmou a utilização nos homicídios.
A polícia investiga como principal motivação do crime, desavenças entre famílias ciganas, iniciada em 2017. As apurações continuam, com o intuito de localizar e prender os foragidos.
Denúncias sobre a localização dos criminosos podem ser realizadas através do 181 - Disque Denúncia da Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA).
Participam das investigações, equipes da 9ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Jequié), com apoio da Diretoria Regional de Polícia do Interior do (Dirpin/Sudoeste/Sul), as Coordenações de Apoio Técnico à Investigação (Cati/Central/Feira/Jequié), e a 2ª Coorpin / Alagoinhas.
O Ministério Público Federal (MPF), a Defensoria Pública da União (DPU) e a Defensoria Pública do Estado da Bahia (DP-BA) pediram, em caráter emergencial, uma audiência com o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), para tratar da violência contra povos ciganos no estado. O pedido vem após a morte de seis pessoas da mesma família de ciganos no último dia 5, em Jequié, incluindo uma criança e uma mulher grávida de nove meses.
Em ofício encaminhado ao governador, os órgãos de Justiça pontuam que este é mais um trágico acontecimento de uma série de episódios de violência contra povos ciganos ocorridos no estado nos últimos anos. O documento cita como exemplo o assassinato de uma família de oito pessoas, em Vitória da Conquista, no ano de 2021, além de cinco assassinatos cometidos em um intervalo de 24 horas nos municípios de Camaçari, Dias d’Ávila e Santo Amaro, nos dias 11 e 12 de janeiro do ano passado.
Para os procuradores da República Ramiro Rockenbach Teixeira, Marcos André Carneiro Silva e Marília Siqueira da Costa, que assinam o ofício, “a violência contra os povos ciganos, com toda espécie de discriminação e discursos de ódio, atravessa o curso da própria história, tornando-os vítimas incessantes de preconceitos negativos generalizados”.
Os procuradores apontam para a necessidade da devida e ágil apuração para responsabilizar os autores dos crimes, bem como adoção de medidas efetivas para frear a violência contra esses povos. A estratégia de ação deve ser construída e aplicada em conjunto com as próprias comunidades ciganas.
Em nota, o MPF afirma que desde o ano passado vem cobrando das autoridades federais e estaduais na Bahia providências para garantir condições de segurança para os povos ciganos no estado, bem como para populações indígenas e comunidades tradicionais. Essas medidas foram discutidas em reunião do Fórum em Defesa das Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais na Bahia, realizada em maio deste ano na sede do MPF na Bahia, com a presença de órgãos dos governos federal e estadual.
Entre as ações propostas estão:
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Criar uma força de segurança especializada apta a monitorar situações de conflito;
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Definir um plano de atuação articulado entre os governos estadual e federal, pelos próximos quatro anos, para atender as demandas prioritárias dessas populações;
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Implantar uma unidade de investigação especializada para tratar de casos relacionados a povos e comunidades tradicionais;
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Aperfeiçoar o atendimento a esses povos na Bahia, para oitivas e registro de ocorrências.
O coordenador da Polícia Civil em Jequié, delegado Roberto Leal, confirma a possibilidade de correlação entre a chacina de Jequié e mortes de ciganos em Feira de Santana. Em vídeo divulgado, nesta sexta-feira (06), pelo jornalista Marcos Frahm, parceiro do Bahia Notícias, o delegado afirma que nenhuma hipótese é descartada durante a investigação.
“Desde o início nós estabelecemos aqui que todas as linhas seriam investigadas, desde o crime passional, a um crime patrimonial, de latrocínio e também um crime de vingança. Justamente pelo histórico do que aconteceu nos últimos dias em relação a pessoas que foram assassinadas vinculadas a famílias ciganas.”, declarou o coordenador da investigação.
O caso citado pelo delegado diz respeito à chacina ocorrida em Feira de Santana, que deixou 4 mortos e 2 feridos, no dia 14 de agosto. Segundo a linha de investigação, o episódio em Feira pode ter sido um assassinato encomendado.
Segundo ele, a polícia também apura o fato de que, ao contrário dos hábitos nômades dos ciganos, a família assassinada já era residente fixa do município há algum tempo. Em relação às imagens coletadas por câmeras de segurança na região, Leal explica que “Nesse momento as imagens coletadas não ajudaram nas investigações que estão sendo realizadas, por isso que partimos para outras espécies de investigação, inclusive a oitiva de pessoas vinculadas à família”.
Ao final do vídeo, Roberto Leal complementa que a Polícia Civil está trabalhando na elucidação do crime.
O secretário de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Marcelo Werner, informou que uma das linhas de investigação sobre a chacina que matou seis membros de uma família de ciganos, nesta quinta-feira (5), em Jequié, no Sudoeste baiano, é a possibilidade de uma desavença entre famílias.
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Ainda de acordo com o secretário, testemunhas foram ouvidas e medidas judiciais em busca da autoria já foram solicitadas. A declaração foi dada após o encontro entre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e o governador Jerônimo Rodrigues (PT), nesta quinta-feira, para anunciar o plano para a Segurança Pública da Bahia, que prevê investimentos em áreas sociais para adolescentes e jovens entre 15 e 24 anos.
“Uma das linhas de investigação é justamente sobre desavenças entre família. De imediato a Polícia Civil e a Polícia Técnica começaram a realizar as investigações. Então, essas investigações já iniciaram, não só com o exame do lado do local, mas também ouvindo testemunhas, solicitando medidas judiciais em busca da autoria. É importante que a gente avalie e tome as medidas de imediato em relação ao crime, porque aumenta a probabilidade de se chegar à autoria do delito”, afirmou o secretário.
Marcelo Werner destacou ainda que a SSP vem fortalecendo os canais de comunicação, inclusive com indígenas, para conseguir elucidar os crimes com o apoio da Força Integrada, Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), caso necessário.
“Nós conseguimos uma redução [de crimes sem elucidação] agora, até setembro, com o recorte atual de 3,9%. É uma diminuição. É lógico que ainda tem muito trabalho a ser feito e esse trabalho a gente vem fortalecendo através desses gestos de integração, inteligência e dos investimentos em nosso policial e em técnicas investigatórias”, informou o secretário de segurança pública, destacando também que o governo vem atuando para diminuir o índice de mortalidade policial.
Uma das vítimas da chacina de ciganos ocorrida na madrugada desta quinta-feira (5) em Jequié, no Médio Rio de Contas, Sudoeste baiano, estava prestes a dar à luz. A jovem, de 22 anos, identificada como Natiele Andrade de Cabral, estava com nove meses de gestação. Outra vítima do crime é uma criança, de cinco anos, identificada como Laiane Andrade Barreto.
O crime também vitimou o idoso Lindivoval de Almeida Cabral, de 66 anos. As outras vítimas foram identificadas como Elismar Cabral Barreto, de 23 anos; Sulivan Cabral Barreto, de 35; e Maiane Cabral Gomes, de 45.
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Segundo a Polícia Militar, agentes do 19° Batalhão foram informados de disparos de fogo no bairro Amaralina e se dirigiram ao local, constatando as mortes. Parentes das vítimas informaram que os mortos pertenciam a uma família de ciganos.
O local foi isolado e o Departamento de Polícia Técnica (DPT) passou a fazer a perícia. Os crimes são investigados pela 9ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin), que já começou a ouvir testemunhas.
Seis membros de uma família de ciganos foram mortos a tiros em Jequié, no Médio Rio de Contas, Sudoeste baiano, na madrugada desta quinta-feira (5). Entre as vítimas estão uma criança, de quatro anos, e três mulheres, uma delas gestante.
Segundo informações do Blog Júnior Mascote, os acusados invadiram a casa onde as vítimas estavam, situado no loteamento Amaralina, e atiraram várias vezes. As vítimas foram a óbito no local. Até o momento não se sabe o motivo das mortes, e nenhum suspeito foi localizado.
A criança morta foi identificada como Lainy Cabral Barreto, que estudava na rede municipal de Jequié. Em nota, a prefeitura manifestou pesar e solidarizou com a família das vítimas. "A prefeitura, junto com toda a equipe da Escola Municipal Dr. Carlos Aguiar Ribeiro, presta condolências e sentimentos de solidariedade à família, amigos, colegas de sala e professores", diz trecho do post publicado.
Policiais civis da Delegacia de Homicídio de Feira de Santana suspeitam que a chacina contra os ciganos na última segunda-feira (14) pode ter sido encomendada. Ao Acorda Cidade, parceiro do Bahia Notícias, o titular da especializada, Rodolfo Faro, disse que é possível que os atiradores tinham sido contratados para cometer os crimes.
O delegado informou que outra dificuldade na apuração é que familiares dos ciganos não demonstram interesse em colaborar. Outro ponto é que eles moram em outras cidades. A partir de câmeras de segurança, os policiais já identificou o carro usado pelos atiradores bem como o número deles. Nas imagens, três homens encapuzados e portando artigos de policiais chegaram na frente do restaurante em um veículo Onix.
Dois deles saem, entram no estabelecimento e atiram contra o suposto alvo. Os disparos também atingem outras pessoas. Mesmo com a suspeita de que os atiradores foram atacar Jofre Souza dos Santos, de 49 anos, o delegado não descarta que havia outros alvos.
Além de Jofre, morreram: Amilton Valadares dos Santos, de 51 anos, Agnaldo de Oliveira Souza Júnior, de 35; e Altamir de Oliveira Souza, de 27. Outras duas também foram atingidas e seguem hospitalizadas.
A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios, identificou o carro utilizado para execução dos quatro ciganos identificados como Altamir de Oliveira Souza de 27 anos, Agnaldo de Oliveira Souza Junior de 35 anos, Jofre Souza dos Santos de 49 anos, e Amilton Valadares dos Santos de 51 anos que almoçavam com a família no centro de Feira de Santana na segunda-feira (14).
Em entrevista ao Acorda Cidade, o coordenador da 1ª Coorpin Feira de Santana, o delegado Yves Correia, informou que os investigadores já descobriram qual veículo foi utilizado no crime.
“A Delegacia de Homicídios está a frente fazendo esta investigação, já sabemos qual veículo foi utilizado, as equipes estão tentando localizar, o veículo estava com uma placa clonada, mas mesmo assim, as buscas continuam”, disse o delegado.
Segundo o delegado, a principal vítima, residente de Madre de Deus, estava em Feira de Santana para se apresentar ao Poder Judiciário na tentativa de reverter uma prisão preventiva. A polícia investiga se o crime foi emboscada ou se o homem estava sendo perseguido. Ainda segundo o coordenador da 1° Coorpin foram ouvidas três pessoas oficialmente. Informalmente foram ouvidas cerca de 50 pessoas pelos investigadores.
Yves Correia relatou que os familiares estavam muito nervosos no momento do crime, mas a princípio, a motivação da morte pode ter sido por vingança.
“Os familiares estavam muito nervosos, estavam gritando, mas não queriam falar nada. Eu estive no local juntamente com a equipe da Polícia Civil, mas a gente sabe também que muitos familiares e testemunhas ficam com medo. Lá no momento, por exemplo, um dos familiares informou que esta não era a primeira vez que isso acontecia. Existem várias linhas de investigação, a gente não pode descartar nenhuma, mas a Delegacia de Homicídios está trabalhando em uma possível vingança, uma vez que a principal vítima vinha sendo ameaçada”, pontuou.
Câmeras de segurança devem apontar os autores dos disparos que mataram quatro ciganos em um restaurante no Centro de Feira de Santana nesta segunda-feira (14). A chacina de ciganos ocorreu por volta do meio-dia na localidade conhecida de "Mão Inglesa". Até o início da manhã desta terça-feira (15), nenhum dos acusados foi localizado.
Pelo menos dois atiradores encapuzados entraram no local e atiraram contra as vítimas. Segundo a TV Subaé, três das vítimas morreram no local e outro após ser socorrido para o Hospital Clériston Andrade. Outras duas pessoas ficaram feridas. A esposa de um dos mortos e um homem que almoçava no local.
Os dois não correm nenhum risco. O grupo atingido faz parte de uma família de ciganos oriunda de Madre Deus, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios de Feira de Santana.
Subiu para quatro o número de pessoas baleadas e mortas após grupo de homens encapuzados efetuarem disparos contra as vítimas, um grupo de ciganos que estavam almoçando em um restaurante no centro de Feira de Santana no começo da tarde desta segunda-feira (14). Uma quinta pessoa foi atingida na perna.
Segundo informações do Acorda Cidade, um grupo de quatro homens encapuzados entraram no restaurante e atiraram contra o grupo. Seis viaturas da polícia estão no local, além de unidades no Serviço Móvel de Urgência e Emergência, a área foi isolada. De acordo informações do major Jorge Freitas, comandante da 64ª Companhia Independente da Polícia Militar, três pessoas morreram no local e a quarta vítima veio a óbito no Hospital Geral Clériston Andrade, onde se encontra a mulher baleada na perna que não corre risco de morte.
“Por volta do meio-dia, houve o chamado pelo 190, e foram informados disparos de arma de fogo aqui na mão inglesa, aqui próximo do centro da cidade. De imediato foi deslocado o nosso Peto, a nossa guarnição chegou aqui e constatou que havia indivíduos que foram baleados durante uma ação criminosa dentro de um restaurante. Três óbitos foram confirmados ainda no local e um quarto indivíduo foi socorrido pelo Samu até o Hospital Geral Clériston Andrade, mas o óbito também já foi confirmado. Uma mulher que estava no grupo foi baleada na perna, esta não corre risco, a princípio era um grupo de oito pessoas, quatro homens, três mulheres e um adolescente de origem cigana, vieram da cidade de Madre de Deus a negócios aqui em Feira de Santana, e quando estavam almoçando aqui neste restaurante foram surpreendidos por um grupo de quatro homens armados que chegaram já atirando”, relatou o major.
Freitas informou ainda não há uma definição do que tenha motivado o crime, mas, a princípio, uma das vítimas possuía mandado de prisão em aberto sob a acusação de homicídio supostamente em Santo Amaro.
“A Polícia Civil vai investigar, mas a única informação que nós obtivemos e foi passada inclusive para o coordenador regional da Polícia Civil, que se faz aqui presente, é que uma das vítimas possuía um mandado de prisão preventiva por uma acusação de homicídio, salvo engano no município de Santo Amaro anos atrás, talvez assim um ponto de partida para que a Polícia Civil, a partir de agora, inicie as suas investigações”, informou. (Atualizado 15h46)
O inquérito que apura a morte da cigana Hyara Flor Santos Alves indicou que a morte da adolescente ocorreu após um tiro acidental desferido pelo irmão do companheiro, um garoto de nove anos. A informação foi divulgada na manhã desta sexta-feira (11). O fato ocorreu no dia 6 de julho em Guaratinga, na Costa do Descobrimento. A jovem chegou a ser levada para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
Segundo a Polícia Civil da cidade, os dois brincavam na ocasião em que a adolescente foi atingida. O inquérito também indiciou a sogra de Hyara Flor por homicídio culposo e porte ilegal de arma de fogo, considerando que a pistola utilizada no crime pertencia a ela. Já o tio da vítima foi indiciado por disparo de arma de fogo, referente a tiros deflagrados contra a residência do casal de adolescentes.
No caso do marido da jovem, também de 14 anos, ele foi ouvido por meio de vídeo conferência pela juíza da comarca de Guaratinga. A permanência dele na internação socioeducativa ficará a cargo do Ministério Público e do Poder Judiciário.
A Polícia Civil informou ainda que no curso das apurações foram analisados laudos periciais, oitivas de 16 pessoas, entre elas, duas crianças que prestaram depoimento especial com a presença de promotor de Justiça da Promotoria da Infância e da Juventude do Ministério Público da Bahia (MP-BA).
O inquérito também analisou imagens de câmera de vigilância do endereço do fato, documentos e mensagens de celular e redes sociais, além de apurações em campo. O trabalho foi feito pela delegacia de Guaratinga, com o apoio da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Eunápolis). (Atualizado às 9h24)
Mais um fio foi desenrolado no caso da morte da adolescente cigana Hyara Flor Santos Alves, de 14 anos. É que dias antes do ocorrido vazaram fotos íntimas da sogra da jovem e do tio dela, que tinham uma relação extraconjugal. A informação foi confirmada ao Bahia Notícias nesta terça-feira (25) pela advogada Janaína Panhossi conforme, segundo ela, relato dos familiares da vítima.
Os pais de Hyara sustentam que a adolescente foi morta como vingança arquitetada pelo pai do adolescente, identificado como Júnior Alves, que não aceitava a relação extraconjugal da esposa com um tio da jovem. Até esta terça-feira (25), o adolescente, os pais e irmãos seguem sem paradeiro conhecido. Não há informações sobre como ocorreu o vazamento das fotos íntimas.
O crime que vitimou Hyara Flor ocorreu no dia 6 de julho em Guarantinga, na Costa do Descobrimento, região de Porto Seguro. Ela foi atingida por um disparo, chegou a ser levada para um hospital, mas não resistiu.
Os jovens, ambos de 14 anos, são de uma comunidade cigana e se casaram em maio passado, conforme as tradições do grupo.
SERVIÇO
O QUÊ: Exposição “Ciganos”
QUANDO: De 2 de janeiro a 12 de fevereiro
ONDE: Foyer do Teatro Castro Alves
QUANTO: Gratuito
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.