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Artigos

Paulett Furacão
Quarto dos Fundos
Foto: Maísa Amaral / Divulgação

Quarto dos Fundos

Toda a tragédia que foi velejada pelos mares do Atlântico, ancorou erroneamente nas águas da ambição para construir um modelo de país que decidiu projetar um futuro de expugnação exclusiva, buscando através da escravidão das raças o seu principal atrativo. Após a bem-sucedida invasão do patriarcado europeu a poderosa fonte inesgotável de riquezas, chamada Pindorama, mais tarde rebatizada pelos invasores de Brasil, dizimou os povos originários, sequestrou as realezas africanas e perpetuou um sistema capitalista e higienista que perdura hodiernamente.

Multimídia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (17), o vereador soteropolitano André Fraga (PV), comentou sobre a falta de representação da militância ambientalista no legislativo baiano. “Houve um equívoco na forma como [o partido] se comunica”. “Toda pauta ambiental é o ‘segundo time’. Todo mundo fala muito bem, mas na hora de votar esquece. Eu acho que houve um equívoco do movimento ambientalista, de forma geral, na forma como se comunica”, afirma. 

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

conflito

Após morte de indígena, Jerônimo tenta montar mesa de negociação para encerrar conflito em Potiraguá
Foto: Rafa Caribé / Bahia Notícias

O governador Jerônimo Rodrigues disse que tenta montar uma mesa de negociação para pôr fim aos conflitos entre indígenas e proprietários de terras em Potiraguá, no Médio Sudoeste baiano. No dia 21 de janeiro, Maria de Fátima Muniz de Andrade, conhecida como Nega Pataxó, foi baleada e não resistiu aos ferimentos.  


“O governo já fez algumas ações. O Ministério dos Povos Indígenas também. E mais alguma coisa que vai acontecer nos próximos dias. Estamos tentando também uma mesa negociação com os empresários da região para que não se extrapole os limites da Constituição”, disse o governador durante conversa com a imprensa neste domingo (28), na Festa de Senhor do Bonfim de Mata de São João. 


O petista também afirmou que conta com a ajuda do governo federal para acelerar o processo de regulamentação fundiária daquela região. “Eu espero agora que a gente possa, junto com o presidente Lula e ao ministério, avançar no processo de regulação fundiária.  Saber onde é que é terra indígena, onde é que não é, e então pacificar o ambiente. A Bahia não merece isso. E nós não vamos permitir, nem de um lado, nem de outro, que a justiça seja feita com as próprias mãos”, afirmou o Jerônimo. 

Venezuela x Guiana: Floresta Amazônica e fronteiras do Brasil podem ser afetadas em caso de guerra, diz especialista; entenda
Foto: Reprodução / Agência Brasil

Uma extensão de quase 800 km é a dimensão da fronteira brasileira com a região de Essequibo que pode ser afetada caso o líder venezuelano, Nicolás Maduro, resolva iniciar uma incursão militar contra a província localizada em Guiana. Além disso, uma outra fronteira do Brasil, dessa vez com a própria Venezuela, que fica no estado de Roraima, também pode sofrer, já que, logisticamente, ela é a melhor opção para o exército de Maduro atravessar e ter a possibilidade de atacar Essequibo por terra.

 

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O conflito armado entre os países também iria gerar um aumento do fluxo migratório de refugiados venezuelanos, em Roraima, e pessoas oriundas da Guiana, também em Roraima ou no Pará, que estariam fugindo da guerra. Essa é a avaliação do Doutor em Geografia Humana e pesquisador em geopolítica da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Antônio Lobo. Ao Bahia Notícias, o especialista pontuou que um conflito territorial dessa magnitude acontecendo no coração da Floresta Amazônica, por si só, já afeta o bioma e chama a atenção do mundo, uma vez que a disputa inclui uma região que é de grande interesse mundial.

 

“O Brasil, quer queira quer não, está inserido nesse processo [de disputa], por ter fronteira com a Venezuela e ter 790 km de fronteira com a região que está em disputa: Essequibo. Uma incursão militar da Venezuela para uma tentativa de tomada da província de Essequibo afetaria o território brasileiro também, porque uma das áreas de acesso que a Venezuela teria para deslocar tropas seria pelo território brasileiro através de Roraima”, destacou Antônio Lobo, explicando que, diretamente pelo território venezuelano, a floresta é densa, montanhosa e de difícil acesso. Logo, o melhor caminho para o deslocamento de tropas seria pelo Brasil.

 

O detalhe é que esse trajeto passaria por diversas terras indígenas, a exemplo da Reserva Raposa Serra do Sol, situada no nordeste do estado de Roraima, entre os municípios de Normandia, Pacaraima e Uiramutã, entre os rios Tacutu, Maú, Surumu, Miang e que faz fronteira com a Venezuela.

 

Regiões do Brasil que fazem fronteira com Venezuela e Essequibo | Arte: Priscila Melo / Fonte: IBGE

 

POSTURA DO BRASIL EM MEIO AO CONFLITO

Como de costume, o Brasil vem adotando uma postura pacifista que segue de acordo com a que o país exerce tradicionalmente quando o assunto é diplomacia internacional. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a oferecer o Brasil para sediar reuniões para mediar o conflito entre a Venezuela e a Guiana, na fronteira entre os dois países. O governo brasileiro considera improvável que Caracas invada Essequibo, mas existe uma preocupação que os Estados Unidos, aliados da Guiana, utilizem a crise como subterfúgio para instalar bases militares no território disputado, que integra a Floresta Amazônica e faz fronteira com o norte do Brasil.

 

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Sobre a possibilidade de invasão por terras brasileiras, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, disse que não vai permitir "em hipótese nenhuma" que a Venezuela invada a Guiana passando pelo Brasil. Durante um almoço com jornalistas promovido pela Marinha, nesta segunda-feira (11), Múcio disse que a missão das Forças Armadas é defender o território brasileiro e classificou as ameaças feitas por Maduro como uma “insensatez” e uma “manobra política”. Com portas fechadas por terra, o governo brasileiro acredita na possibilidade da Venezuela concentrar seus esforços pelo mar numa possível investida contra Guiana.

 

Assim como o ministro da Defesa, Antônio Lobo também vê as movimentações de Maduro como uma estratégia. O especialista explicou que a Venezuela se tornou uma autocracia, forma de governo autoritária em que o poder é concentrado nas mãos de um indivíduo, e que a ideia de anexar Essequibo é uma estratégia de fortalecimento político interno.

 

“Essa autocracia quer se manter no poder. É muito comum, em governos ditatoriais ou autocratas, arrumar um inimigo externo ou estimular disputas territoriais que estavam adormecidas. Isso é feito, na maioria das vezes, como estratégia de fortalecimento político interno através de uma espécie de coesão popular em torno daquela causa. Isso já aconteceu na Argentina, na década de 80, quando reivindicou mais fortemente as ilhas Malvinas, que são consideradas território inglês. Então, ‘requentar’ essa disputa por Essequibo, cai muito nesse crivo político de fortalecimento interno do governo autocrata do Nicolas Maduro”, explicou o especialista.

 

VOTAÇÃO PARA ANEXAR ESSEQUIBO À VENEZUELA

No dia 3 de dezembro, a Venezuela realizou uma votação para incorporar oficialmente Essequibo ao mapa do país. De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano, 10,5 milhões de eleitores participaram do referendo, dos quais 95,93% aceitaram conceder cidadania e documento de identidade aos mais de 120 mil guianenses que vivem no território.

 

A Corte Internacional de Haia decidiu que o governo venezuelano não pode tentar anexar Essequibo. Caracas, no entanto, já afirmou que não reconhece a autoridade da Corte. Com isso, na prática, permanece tudo igual, uma vez que Haia possui apenas autoridade diplomática. Na opinião do doutor em Geografia Humana, apesar da votação, a possibilidade real de guerra passa muito pelo fortalecimento do governo Maduro.

 

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“Eu acho que se Nicolás Maduro conseguir o seu objetivo de se fortalecer internamente, essa disputa pode esfriar um pouco e passar a funcionar no campo da conversa e da diplomacia. Mas se a situação política interna começar a ficar mais complicada para que essa autocracia possa se manter, eu acredito que o Maduro possa, juntamente com os militares, tomar medidas mais efetivas e, até mesmo, [ocorrer] uma mobilização de tropas e uma possível ocupação territorial da área de Essequibo”, afirmou Antônio Lobo.

 

POR QUE O INTERESSE DA VENEZUELA EM ESSEQUIBO?

Com aproximadamente 160 mil km², pouco maior que o Estado do Ceará, Essequibo representa 70% do território guianês. É uma região rica em minerais como ouro, cobre, diamantes e, recentemente, lá também foram descobertos enormes depósitos de petróleo e outros hidrocarbonetos. A Venezuela reivindica Essequibo há mais de 100 anos como parte de seu território.

 

Em 1811, a Venezuela se tornou independente, e a região de Essequibo passou a fazer parte do país. Só que três anos depois o Reino Unido comprou a então Guiana Inglesa por meio de um tratado com a Holanda. O problema é que o tratado de compra não definiu exatamente qual seria a linha de fronteira do país com a Venezuela. Por isso, em 1840, o Reino Unido nomeou o explorador Robert Shomburgk para definir essa fronteira, e uma linha, chamada Linha Schomburgk, foi estabelecida. Com ela, a então Guiana Inglesa passou a ter 80 mil quilômetros quadrados adicionais em relação ao território inicialmente adquirido da Holanda.

 

Em 1841, começou oficialmente a disputa pelo Essequibo com denúncias sobre uma incursão indevida do Reino Unido no território. Em 1886, uma nova versão da Linha Schomburgk foi traçada, incorporando uma nova porção de território à Guiana Inglesa. Na visão de Antônio Lobo, a alegação da Venezuela acerca da posse da região de Essequibo é correta.

 

“A disputa da Venezuela é antiga e remonta a meados do século XIX. Os holandeses num primeiro momento, depois os britânicos avançaram e passaram a ocupar e tomar posse de toda a área que está a Oeste do Rio Essequibo. A Venezuela alega, de forma correta, que toda essa região de Essequibo pertencia à antiga capitania da Venezuela, que por sua vez pertencia aos espanhóis”, destacou o especialista explicando, outro motivo que justifica o interesse de Caracas é, o aumento de popularidade e aprovação devida à proximidade das eleições venezuelanas.

 

Além disso, Antônio Lobo destaca que a riqueza de minerais, petróleo e outros hidrocarbonetos em Essequibo, é outro fator que voltou a despertar o interesse da Venezuela no território. Ele destacou que, em 2015, a ExxonMobil, empresa multinacional de petróleo e gás dos Estados Unidos, descobriu jazidas de petróleo e gás na região da Guiana e começou a explorar, fazendo a economia do país disparar no ano passado. A reserva de petróleo está a 183 km da zona costeira de Essequibo e ficou conhecida como bloco Stabroek. 

 

“Para se ter uma ideia, o PIB da Guiana foi o que mais cresceu no ano de 2022, mais de 60%. Foi o que mais cresceu no mundo devido ao processo de exploração de petróleo, sobretudo, mas também de minerais como ouro e diamante, por exemplo, na na Guiana e principalmente nessa região de Essequibo”, pontuou Antônio Lobo destacando que a descoberta de grandes jazidas de petróleo e de minerais, a exemplo de ouro e diamante nessa região, também acabou despertando o interesse maior do Estado venezuelano em retomar Essequibo, requentando assim, toda a disputa territorial que já tem mais de 100 anos.

OEA diz que referendo de Maduro é ilegal; Conselho de Segurança da ONU vai discutir conflito entre Venezuela e Guiana
Foto: Rafa Neddermeyer / Agência Brasil

Uma semana depois de a Corte Internacional de Justiça (CIJ), com sede em Haia, ter determinado que a Venezuela se abstenha de tentar interferir no atual status do território da Guiana, desta vez foi a Organização dos Estados Americanos (OEA) que tachou de “ilegítimo” o referendo consultivo convocado pelo governo Nicolás Maduro. Segundo informações da Agência Lusa, o secretário-geral OEA, Luis Almagro, classificou ainda como “ilegal” a tentativa do governo venezuelano de se apropriar de mais de 60% do território guianense.

 

Diz a Agência Lusa que o gabinete de Almagro denunciou em comunicado a “posição agressiva” do governo Maduro em relação à Guiana. O comunicado afirma que as crescentes tensões entre os dois países são uma “preocupação para a segurança regional” e ameaçam a “estabilidade e a soberania territorial” no continente.

 

Para Luis Almagro, o referendo convocado pelo presidente Nicolás Maduro, no qual mais de 90% dos que participaram votaram a favor da anexação da região do Essequibo à Venezuela, representaria um uso “antidemocrático” dos “processos democráticos” por parte do líder venezuelano.

 

“As recentes ações tomadas pelo regime na Venezuela não só colocam em perigo o desenvolvimento e a estabilidade da Guiana, mas também representam um risco mais amplo para a segurança da América Latina e do Caribe”, afirma o comunicado assinado pelo secretário-geral da OEA, organização da qual a Venezuela deixou de fazer parte desde 2017.

 

Além da OEA, o governo do México também condenou a tentativa de invasão da Guiana por parte da Venezuela, e pediu diálogo para a solução do conflito. A diplomacia mexicana manifestou seu apoio à proposta brasileira de mediação da crise no continente sulamericano por meio da Comunidade dos Estados Unidos Latino Americanos e Caribenhos (Celac).

 

Nas redes sociais, a secretaria de relações exteriores do México, Alicia Barcena, afirmou que seu país estava se somando à iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que a Celac “fomente o diálogo” entre os dois países a fim de encontrar uma solução pacífica. “Reiteramos a importância de ater-se ao direito internacional e a carta da ONU”, completou Alicia Barcena.

 

Nessa sexta-feira (8), o Conselho de Segurança na ONU realiza a primeira reunião para tratar do assunto desde que a Venezuela realizou um referendo para anexar uma parte do território da Guiana. A solicitação foi feita pela representação da Guiana junto às Nações Unidas e foi analisada pelo Equador, país que ocupa a presidência rotativa do conselho em dezembro. A reunião deve ser a portas fechadas. 

Gleisi Hoffmann abre guerra contra imprensa por críticas às declarações de Lula sobre Israel e o Hamas
Foto: Lula Marques / Agência Brasil

A deputada Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, em postagem nas suas redes no feriado de 15/11, fez duras críticas aos jornais O Globo e Estado de S.Paulo, assim como à imprensa em geral, por conta de editoriais sobre declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a respeito da postura de Israel no conflito com o Hamas. Gleisi chamou os jornais de “arrogantes” e “mesquinhos”, e acusou a imprensa de querer “censurar” as declarações do presidente sobre o conflito no Oriente Médio. 

 

“É impressionante a arrogância dos editoriais do Globo e Estadão de hoje. Querem censurar o presidente Lula, determinar as palavras que ele pode ou não pode dizer sobre o massacre da população civil em Gaza. A mesma censura que nos impõem sobre manifestações em solidariedade aos palestinos ao redor do mundo. Precisamos recorrer à mídia estrangeira para saber das marchas de centenas de milhares na Europa e até nos EUA, porque os donos da nossa imprensa não admitem que há dois lados nessa guerra, não apenas o que eles apoiam”, disse a presidente do PT.

 

Os editoriais que irritaram a presidente do PT foram publicados nas edições de O Globo e do “Estadão” nesta quarta (15). O jornal do Rio de Janeiro declarou que o presidente Lula deveria ter mais equilíbrio ao tratar do conflito entre Israel e o Hamas, e que ele teria feito um “paralelo descabido” entre a situação de ambos. 

 

“Lula tem o direito de ir receber brasileiros e palestinos que nada têm a ver com a guerra. Mas, de um líder, exige-se mais comedimento nas palavras – e, sobretudo, mais equilíbrio em um conflito que mobiliza tanta dor e paixão”, afirma o editorial de O Globo.

 

O “Estadão” pesa ainda mais a mão nas críticas. Com o título “Lula e a má-fé da esquerda”, o jornal Estado de S.Paulo diz que Lula, ao chamar de “terrorista” a reação israelense ao massacre promovido pelo Hamas, teria distorcido o cenário de guerra e confirmado o “ranço ideológico da esquerda primitiva”. 

 

O jornal de São Paulo afirma também que desde os tempos de sindicalista, Lula construiu sua mitologia reduzindo tudo a uma luta entre patrão e trabalhador, ou opressor e oprimido, considerando ainda que todos os oprimidos seriam moralmente superiores.

 

“O oprimido da vez é o Hamas, em cuja defesa Lula se empenha com denodo, desprezando cruelmente a dor dos judeus massacrados em Israel – país que, afinal, para muitos esquerdistas, nem deveria existir”, conclui o “Estadão”.

 

Para a deputada Gleisi Hoffmann, os jornais estariam se aferrando a uma “discussão bizantina” sobre o emprego da palavra terrorismo. Segundo a presidente do PT, por trás das críticas da imprensa a Lula estaria uma sanção à retaliação “bárbara e desproporcional” do governo Netanyahu aos condenáveis ataques do Hamas a civis de Israel.

 

“Primitivo é impor a lei do mais forte numa região ocupada por meio da violência. Desequilíbrio é escolher entre seres humanos os que podem ser mortos e aqueles que podem matar. Descabido é proibir Lula de receber um artista como Roger Waters por causa de suas posições políticas. Lula elevou o Brasil a um protagonismo inédito na diplomacia internacional, até por expor corajosamente os limites do sistema unipolar em que vivemos. É isso que incomoda tanto os donos mesquinhos da nossa imprensa”, concluiu a deputada petista.

 

Único jornal que ainda não havia criticado as falas de Lula sobre Israel (e não foi alvo, ainda, da fúria da presidente do PT), a Folha de S.Paulo publicou nesta quinta (16) um editorial na mesma linha de O Globo e o “Estadão”. Com o título “Falsa equivalência”, a Folha é categórica ao afirmar que o presidente brasileiro agrediu Israel e mortos ao comparar a ação do Estado judeu, “passível de críticas”, ao Hamas.

 

Para o jornal paulista, ao “abrir a boca” sobre o conflito, Lula, “como de costume”, teria pronunciando mistificações e impropriedades, incompatíveis com o cargo que ocupa. 

 

“O petista encontrou tempo posteriormente até para passar vergonha científica, associando o uso de bombas à mudança climática. A falsa equivalência de Lula, que agora pode prejudicar novas repatriações, não se sustenta. Em nome de sua vaidosa busca por destaque global e exalando o DNA do PT, ele agrediu não só Israel, mas a memória dos 1200 mortos e 240 reféns vítimas do Hamas”, afirma o editorial da Folha de S.Paulo. 

 

Até o final da manhã desta quinta, a presidente nacional do PT ainda não havia se pronunciado a respeito do editorial da Folha. Em uma postagem na rede X nesta manhã, Gleisi voltou a criticar o “Estadão”, mas desta vez sobre o caso da visita da chamada “Dama do Tráfico” do Amazonas aos ministérios da Justiça e de Direitos Humanos.

 

A deputada petista disse que na cobertura deste caso, o jornal estaria fazendo o jogo da “escória bolsonarista” para desgastar o governo Lula, e novamente criticou o tipo de jornalismo praticado pelo Estado de S.Paulo.

 

“Uma pergunta fica no ar: por que o Estadão logo de cara não deu que a indicação das pessoas é de responsabilidade estadual? O objetivo era criar um auê contra o governo alimentando o bolsonarismo? Acho que o jornal ainda tá preso naquele editorial vergonhoso da escolha difícil e usa métodos sórdidos, como expôr salários de funcionários como se fosse crime ganhar salário do governo. Ultrapassado e enviesado esse jornalismo, hein?!”, afirmou Gleisi.

Governo repatria 33 brasileiros que estavam na Cisjordânia e aguarda liberação das famílias em Gaza
Foto: Representação Brasileira em Ramala/Divulgação

O Ministério das Relações Exteriores anunciou nesta quarta-feira (1º) que foram resgatados 33 brasileiros que se encontravam na Cisjordânia, e que haviam solicitado sua repatriação para o Brasil. A ação do governo federal na Cisjordânia foi articulada pelo Escritório de Representação do Brasil em Ramallah.

 

Os brasileiros estavam baseados em 11 cidades diferentes e foram transportados até a cidade de Jericó, por meio de ônibus e vans providenciados pelo Escritório de Representação. O grupo cruzou a fronteira com a Jordânia e embarcou em outro ônibus fretado pelo governo Lula, com destino a Amã, capital jordaniana.

 

Esta nova etapa da Operação Voltando em Paz está trazendo de volta para o Brasil 12 homens, 10 mulheres e 11 crianças. Todos esses 33 brasileiros serão reunidos no Aeroporto Internacional Queen Alia, de onde sairá um avião da FAB deslocado para lá pela presidência. A decolagem está prevista ainda para esta quarta. Com esse novo grupo, o total de brasileiros repatriados da região do conflito em voos da FAB chega a 1.446. 

 

O governo brasileiro, apesar de festejar a retirada de brasileiros na Cisjordânia, segue negociando para repatriar outras 34 pessoas que estão na Faixa de Gaza. Sitiados em meio ao confronto entre Israel e Hamas, esses brasileiros enfrentam a escassez de recursos para sua subsistência e se veem ameaçados por bombas que caem em regiões próximas de seus abrigos, enquanto aguardam autorização para cruzar a fronteira entre Gaza e o Egito.

 

Nesta quarta, a fronteira foi aberta pela primeira vez desde o início do conflito para a saída de palestinos feridos e de um grupo de cerca de 450 estrangeiros. Os brasileiros, entretanto, não foram autorizados a sair. O embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, afirmou estar ciente do desespero das famílias que se encontram na Faixa de Gaza e disse estar trabalhando pela liberação, já que “haverá outras listas” para repatriação. 

Guerra entre Israel e Hamas já deixou mais de 3 mil mortos, afirmam autoridades
Foto: Reprodução

O conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas chegou ao sétimo dia e ultrapassou a marca de 3 mil óbitos. Em guerra desde sábado (7), quando os radicais do Hamas invadiram Israel, matando e sequestrando civis, o número de mortos e feridos vem crescendo em larga escala, com ampla crise humanitária.

 

Nesta sexta-feira (13), o Ministério da Saúde palestino confirmou que 1.799 pessoas morreram na Faixa de Gaza nesse período. Já as Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram 1,3 mil mortes. A soma é de 3.099, além de 11 óbitos confirmados na Cisjordânia. As informações ssão do portal Metrópoles, Parceiro do Bahia Notícias.

 

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Segundo informações do jornal norte-americano The New York Times, militares israelenses atacaram a Cisjordânia após palestinos participarem de um protesto contra o governo de Israel e em solidariedade a Gaza. Há ainda cerca de 10 mil feridos, sendo 6.388 devido a bombardeios israelenses em retaliação ao ataque do grupo radical islâmico Hamas.


EVACUAÇÃO DA FAIXA DE GAZA
A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou ordem de evacuação enviada pelas Forças de Defesa israelenses. De acordo com o comunicado, todos os habitantes do norte da Faixa de Gaza devem abandonar a região e seguir para o sul nas próximas 24 horas.


Segundo a entidade, militares alertam que “toda a população de Gaza ao norte de Wadi Gaza [rio que divide a região em sul e norte]” deve ir para o sul. O texto foi enviado para cidadãos abrigados em instalações da ONU. A Cidade de Gaza, capital da ocupação, fica no norte.

Chegou em Brasília durante a madrugada o primeiro voo da FAB com brasileiros repatriados de Israel
Foto: Divulgação Itamaraty

Pousou em Brasília, às 4h07 da madrugada, depois de quase 14 horas de voo desde o aeroporto internacional de Tel Aviv, o primeiro avião da FAB com brasileiros repatriados de Israel. O KC-30 da Força Aérea Brasileira trouxe neste primeiro voo um total de 211 pessoas que manifestaram desejo de retornar ao Brasil para escapar dos conflitos entre Israel e o grupo extremista Hamas. 

 

Este foi o primeiro de diversos voos que serão realizados nesta semana para trazer ao Brasil cerca de mil pessoas que estavam em Israel quando o conflito começou, e que ficaram sem condições de retornar. Segundo o tenente-brigadeiro Marcelo Damasceno, comandante da Aeronáutica, esta é a maior operação de repatriação de brasileiros na história.

 

A ministra substituta de Relações Exteriores, embaixadora Maria Laura da Rocha, e o ministro da Defesa, José Múcio, além do comandante da Aeronáutica, recepcionaram os 211 brasileiros que chegaram no primeiro voo da FAB. Do total, 107 passageiros desembarcaram em Brasília e 104 seguiram para o Rio de Janeiro em outros dois aviões da FAB.

 

Segundo informou o Itamaraty, os passageiros estão sendo selecionados inicialmente com base em casos prioritários dentre os que expressaram interesse na repatriação após preencherem formulário disponibilizado no site do Ministério das Relações Exteriores. Pelo menos 2,7 mil brasileiros já demonstraram interessados em deixar a região e voltar ao Brasil. A maioria é de turistas que visitavam Tel Aviv e Jerusalém quando, no último sábado (7), o Hamas deflagrou um ataque contra o território israelense a partir da Faixa de Gaza, em conflito que já deixou mais de mil mortos.

 

A ministra substituta das Relações Exteriores, Maria Laura da Rocha, disse que o objetivo do governo brasileiro é “trazer todos de volta”. Uma segunda etapa da operação está sendo planejada, após a conclusão desses primeiros cinco voos. 

 

O Itamaraty também está monitorando a situação de cerca de 50 brasileiros que vivem na Faixa de Gaza, e já prepara uma operação de retirada daqueles que desejam deixar a região, em coordenação com a Embaixada do Brasil no Cairo, no Egito. O comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Marcelo Damasceno, afirmou que a FAB está mapeando os aeroportos no Norte e Nordeste para realizar a operação de resgate.
 

Ashton Kutcher quer demissão de Angus T. Jones de 'Two and a Half Men', diz site
O polêmico vídeo do ator Angus T. Jones, que interpreta há nove anos o jovem Jake Harper, filho do personagem Alan (Jon Cryer), tem sido motivo de discórdia entre os atores e a produção. Angus apareceu recentemente em um vídeo falando sobre o "Two and a Half Men" e pedindo para que as pessoas "parassem de assistir e encher suas cabeças com sujeira".
 
Segundo informou o site “Showbiz Spy”, nesta quarta (26), Ashton Kutcher não gostou nada das declarações feitas pelo colega de elenco e, por isso, não quer mais o colega na série. "Angus é uma criança mimada e quero ele fora do show", teria dito Ashton aos produtores.
 
Uma fonte contou ao site que os produtores também não gostaram das declarações, mas Angus tem implorado para não ser demitido. A audiência não diminuiu após a polêmica.
Rita Lee faz acordo de R$ 40 mil com policiais em Aracaju
A cantora Rita Lee deverá pagar R$ 40 mil ao Fundo Judiciário da cidade de Barra dos Coqueiros, em Sergipe, após acordo feito com 35 policiais que a denunciaram por apologia ao crime/criminoso e por desacato. Durante um show na praia de Atalaia Nova, região metropolitana de Aracaju, em janeiro, Rita Lee se desentendeu com os policias presentes no local, por conta da agressividade com que eles trataram alguns fãs que fumavam maconha. Além do prejuízo, a cantora não poderá  se ausentar por mais de 30 dias da região onde mora (em São Paulo) sem uma autorização judicial, pelo período de dois anos. Inicialmente, a proposta  feita pelo promotor de Justiça substituto, Ricardo Machado Oliveira, determinava que o valor final de multa seria de  R$ 115 mil em favor do Fundo Municipal para Criança e Adolescente da Barra dos Coqueiros, mas o total foi reduzido mediante acordo com a cantora. Cada militar também entrou com uma ação especifica que cobra uma indenização no valor de R$ 24.880. Assista ao vídeo em que a cantora entra em conflito com os policiais em Aracaju.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Quem acompanhou a Faroeste viu o que um pseudo cônsul pode fazer. Na história de Porto Seguro, tem dois verdadeiros. Imagine o que ainda não vai render. E olha que a história nem chegou em Salvador. Mas a vida segue também fora do Judiciário. Por exemplo: o Soberano está cada vez menor, enquanto o Ferragamo está cada vez mais investindo em um perfil "pau pra toda obra" (lá ele!). Mas se o Dois de Julho não foi lá tão bonito, tem coisa ainda mais triste fora do cortejo. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Luciano Simões

Luciano Simões
Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".

 

Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis. 

Podcast

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira
O deputado estadual Luciano Simões Filho (União) é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira (15). O podcast é transmitido ao vivo a partir das 16h no YouTube do Bahia Notícias.

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