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O segundo dia do 10º Congresso da União dos Estudantes da Bahia (10° CONUEB), que acontece na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), em Ilhéus, contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues (PT). O evento, que tem como tema central “80 anos da UEB: uma história de luta, resistência e amor pela Bahia”, reúne cerca de 800 estudantes de universidades e institutos de educação superior de todo o estado, durante três dias.
O governador destacou a importância desses encontros para debater o papel dos estudantes para a comunidade universitária e as contribuições da UEB neste sentido. "A alegria é muito grande por ver o movimento estudantil garantindo a resistência e a luta. A pauta é garantir universidade pública, educação pública de qualidade, a permanência da política de assistência estudantil e o primeiro emprego”, afirmou Jerônimo Rodrigues.
Nivaldo Millet, coordenador-geral de Políticas para a Juventude do Estado da Bahia, destacou o trabalho realizado em parceria com a Secretaria da Educação, na construção de políticas públicas para a juventude. "Tendo em vista que as principais pautas e reivindicações do movimento estudantil estão atreladas à permanência dos estudantes, nossa prioridade é a ampliação de políticas e programas que nós temos, como o Mais Futuro, da ampliação dos investimentos na Fapesb, para que a gente possa aumentar o volume de pesquisa produzida pelos estudantes, além do reforço na oferta de cursos, pensando nas características de cada território.
O presidente da União dos Estudantes da Bahia (UEB), Pedro Lucas, falou sobre a relevância do congresso, que celebra os 80 anos de fundação da entidade, que representa os estudantes baianos desde 1943. Ele também falou sobre as lutas da UEB, no intuito de fortalecer o acesso à educação mais inclusiva e igualitária, defender a democracia e a soberania nacional.
"O congresso da UEB é o momento do reencontro dos estudantes, da reoxigenação do movimento estudantil, pautando nossas lutas que falam sobre assistência estudantil. A gente conseguiu aprovar há 10 anos a Lei de Cotas, que possibilitou o enegrecimento da universidade. Agora nossa luta é para que essas estudantes permaneçam na universidade”, afirmou Pedro Lucas.
O congresso é um retrato da diversidade cultural e regional, e conta com representantes de diversas universidades e institutos, públicos e privados, de diferentes regiões do estado.
O evento também homenageia Dinaelza Santana Coqueiro, ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), morta na guerrilha do Araguaia em 1974. Ela foi uma das principais lideranças estudantis do país e uma militante pela liberdade e pela justiça social.
O congresso é promovido pela UEB e pela Uesc, com o apoio da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), CTB e a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre). O vice-Reitor Maurício Santana Moreau também esteve presente, como reitor em exercício. O evento segue até domingo (3), com palestras, mesas-redondas, oficinas, plenárias e atividades culturais. No último dia também será empossada a nova diretoria da UEB, que o governador se comprometeu em receber em agenda no gabinete em Salvador.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, participou do 59º congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), nesta quarta-feira (12), em Brasília, e foi vaiado durante o discurso. As informações são do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
Estudantes ligados à Juventude Faísca Revolucionária e ao Movimento Revolucionário de Trabalhadores (MRT) protestaram contra o posicionamento do ministro no julgamento do piso da enfermagem e o chamavam de “articulador do golpe” contra Dilma Rousseff (PT).
Nas faixas estendidas pelos grupos, haviam frases contra Barroso e a favor do piso: “Barroso: inimigo da enfermagem e articulador do golpe de 2016. Que vergonha, direção da UNE”.
As vaias, os tambores e baterias cobriram a fala do ministro. No pouco que se pôde ouvir e entender, Barroso disse que o direito de manifestação é sagrado e que as vaias deviam ser respeitadas. No entanto, disse que aqueles que vaiavam estavam “reproduzindo o bolsonarismo”. “Aqueles que gritam, que não colocam argumentos na mesa, isso é o bolsonarismo”, afirmou o ministro.
Barroso comparou a “resistência” dos estudantes à censura da Ditadura Militar (1964-1985) e disse que também venceria esse desafio. “Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”, afirmou apontando para aqueles que o vaiavam.
No final de sua fala, o ministro também disse que democracia se constrói com o fortalecimento das instituições e a luta contra a pobreza.
Barroso é vaiado em Congresso da UNE e compara atitude dos estudantes ao bolsonarismo
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) July 13, 2023
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Em nota, a presidente da UNE, Bruna Brelaz, disse que repudia a “atitude antidemocrática de grupos minoritários” contra o ministro. Também afirmou que as energias deveriam ser guardadas contra o inimigo em comum.
Leia a íntegra abaixo:
“A presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE) repudia a atitude antidemocrática de grupos minoritários, que na abertura do 59º Congresso da entidade desrespeitou a fala dos familiares de Honestino Guimarães e do ministro do STF Luís Roberto Barroso. Em um ato em memória aos 50 anos do desaparecimento de Honestino Guimarães e de defesa da Democracia estas atitudes são lamentáveis.
“A UNE é uma instituição quase centenária, que em toda sua história se propôs a reunir amplos setores sociais em defesa da democracia, da educação e do Brasil. Procuramos neste momento reafirmar esse compromisso, ao receber pela primeira vez desde a redemocratização um ministro do STF em nosso congresso, onde colocamos a nossa defesa pela prisão de todos aqueles que atentaram ao estado democrático recentemente, principalmente, o que foi o principal arquiteto deste ataque, o Bolsonaro.”
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.