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Artigos

Paulett Furacão
Quarto dos Fundos
Foto: Maísa Amaral / Divulgação

Quarto dos Fundos

Toda a tragédia que foi velejada pelos mares do Atlântico, ancorou erroneamente nas águas da ambição para construir um modelo de país que decidiu projetar um futuro de expugnação exclusiva, buscando através da escravidão das raças o seu principal atrativo. Após a bem-sucedida invasão do patriarcado europeu a poderosa fonte inesgotável de riquezas, chamada Pindorama, mais tarde rebatizada pelos invasores de Brasil, dizimou os povos originários, sequestrou as realezas africanas e perpetuou um sistema capitalista e higienista que perdura hodiernamente.

Multimídia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (17), o vereador soteropolitano André Fraga (PV), comentou sobre a falta de representação da militância ambientalista no legislativo baiano. “Houve um equívoco na forma como [o partido] se comunica”. “Toda pauta ambiental é o ‘segundo time’. Todo mundo fala muito bem, mas na hora de votar esquece. Eu acho que houve um equívoco do movimento ambientalista, de forma geral, na forma como se comunica”, afirma. 

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

conselho de etica

VÍDEO: Nikolas Ferreira e André Janones se xingam e quase trocam socos nos corredores da Câmara
Foto: Reprodução Redes Sociais

Após a sessão do Conselho de Ética da Câmara que arquivou a representação contra o deputado André Janones (Avante-MG) por prática de “rachadinha”, a confusão, que começou dentro da sala da comissão, chegou aos corredores. Os deputados Janones e Nikolas Ferreira (PL-MG) discutiram asperamente, se xingaram e quase trocaram socos. Confira:

 

 

Os dois deputados só não se atracaram porque foram contidos por assessores e agentes da Polícia Legislativa. O vídeo circula nas redes sociais a partir de uma live que foi feita nas redes sociais do coach Pablo Marçal, candidato a prefeito da cidade de São Paulo pelo PRTB.

 

Na discussão, Nikolas chamou Janones de "covarde", além de outros xingamentos, e chamou seu colega para brigar do lado de fora da Câmara. Janones rebateu dizendo que Nikolas era um "moleque golpista", além de outros xingamentos. 

 

No fim da discussão, os dois seguiram caminhos diversos. 

Adolfo Menezes sugere que líderes cobrem deputados na Comissão de Ética sobre processo de Binho Galinha
Foto: Marcio Reis / Bahia Notícias

O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Adolfo Menezes, voltou a comentar sobre a instalação da Comissão de Ética na Casa, para apurar o caso do deputado Binho Galinha, acusado de chefiar uma suposta milícia na região de Feira de Santana

 

Questionado pelo Bahia Notícias, Adolfo sugeriu que os líderes da bancada da oposição e do governo cobrem uma resposta dos parlamentares que compõem o grupo, para que uma resposta fosse passada à sociedade. 

 

“Já foi instalada [a Comissão de Ética]. Mesmo como presidente meu poder é limitado. Cabe a mim cobrar, como cobrei do líder da situação o deputado Rosemberg, do líder da oposição deputado Alan Sanches a quem cabia indicar os membros. Eles foram indicados. A minha sugestão é que agora você cobre os membros porque eu digo sempre que a gente precisa dar uma resposta à sociedade”, disse Menezes nesta quinta-feira (16), sobre o Congresso Brasileiro de Direito e Sustentabilidade. 

 

O parlamentar também voltou a cobrar resultados da comissão.  

 

“O Conselho de Ética não foi instalado para decorar então esses componentes, deputados da situação e da oposição indicados tem de dar uma resposta. É isso que eu cobro, mas como presidente é o que eu posso fazer, eu não tenho poder para obrigá-los a fazer o trabalho deles”, afirmou Adolfo. 

 

Antes, o presidente da AL-BA comentou ainda sobre os embates recorrentes que tem acontecido entre os grupos de oposição e situação na Casa Legislativa. 

 

“Faz parte, cada deputado tem uma visão, representa um grupo político, mas nós temos o respeito que é o importante. A gente não vê brigas. Salvo algumas, às vezes, algumas discussões mais quentes, mas faz parte pois se ficar frio direto não tem graça. O importante é que todos os projetos no final são aprovados e eu aproveito para parabenizar a todos os deputados Independentes dos partidos”, observou. 

 

SUSTENTABILIDADE 

Adolfo Menezes, que participa do evento de Direito e Sustentabilidade, ainda tratou sobre a importância da AL-BA e outros poderes no setor.

 

“Todos nós temos uma grande responsabilidade, principalmente nós que somos homens públicos, que representamos a população. A responsabilidade é de todos, mas nossa ainda. Como legislador e representando o povo não podemos deixar de associar o desenvolvimento com a sustentabilidade. Nós estamos vendo o que é que está acontecendo no mundo inteiro, o clima completamente desajustado cada vez maior esses eventos climáticos, como está ocorrendo agora no país, a maior tragédia segundo os especialistas que já se abateu sobre o nosso país, destruindo completamente quase todas as cidades de uma região importantíssima”, completou. 

PGR denuncia Brazão pelo assassinato de Marielle; Leur Lomanto Jr. nega mudança de relatora da cassação
Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados

O deputado Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ), que se encontra preso, junto com seu irmão Domingos, pelo assassinato da vereadora Marielle Franco, em março de 2018, viu sua situação se complicar nesta semana tanto na Câmara dos Deputados como na Procuradoria-Geral da República. O deputado foi oficialmente denunciado nesta quinta-feira (9) pela PGR como mandante do crime que vitimou Marielle e seu motorista, Anderson Gomes. 

 

Junto com Chiquinho Brazão, a Procuradoria-Geral da República denunciou Domingos Brazão e o delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa como mandantes do assassinato. Todos estão presos desde o fim de março passado.

 

A PGR denunciou também Robson Calixto da Fonseca, o Peixe (ex-assessor de Domingos Brazão), por envolvimento no crime. Outro denunciado pela Procuradoria foi o policial militar Ronald Alves de Paula, o Major Ronald, apontado como ex-chefe da milícia da Muzema, na Zona Oeste do Rio. A Polícia Federal prendeu Peixe nesta quinta, no Rio de Janeiro. Ronald, por participação no homicídio, já estava encarcerado em prisão federal.

 

Além de ter sido oficialmente denunciado como mandante do homicídio da vereadora Marielle e como integrante de uma organização criminosa, Chiquinho Brazão sofreu derrota também no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Nesta quarta (8), o presidente do Conselho, deputado Leur Lomanto Jr (União-BA), indeferiu pedido da defesa de Brazão para retirar a deputada Jack Rocha (PT-ES) da função de relatora do processo de cassação contra Chiquinho.

 

A defesa de Chiquinho Brazão pediu ao presidente do Conselho a troca de relatoria com alegação de que a deputada Jack Rocha seria parcial e não poderia ocupar o posto por ter emitido opiniões anteriores a respeito do crime. Em petição, os advogados de Brazão citaram uma publicação de Jack Rocha no X (antigo Twitter), em 27 de março, na qual a deputada divulgou foto em que segura um cartaz com a frase “Brazão na prisão”.

 

Ao negar o pedido da defesa de Brazão, o deputado Leur Lomanto Jr. justificou sua decisão afirmando que a referida postagem teria se dado em período anterior à sua designação como relatora do caso. Leur disse também que Jack Rocha, na ocasião, não poderia ter previsto que iria relatar o processo de cassação, além de ter o direito constitucional de se manifestar publicamente sobre qualquer assunto.

 

“A relatora designada, assim como qualquer parlamentar que figure como membro de Comissão ou, ainda, em sua atuação individual no parlamento, possui imunidade parlamentar material em razão de suas opiniões, palavras e votos, e tem assegurado regimentalmente o direito de se manifestar publicamente e emitir seus posicionamentos políticos sempre que entender conveniente”, explicou o deputado Leur Lomanto.
 

Robinho diz que Marcinho Oliveira está sendo usado “por conveniência” após indicação do governo para Comissão de Ética
Foto: Carine Andrade / Bahia Notícias

O deputado estadual Robinho (União) não poupou críticas ao colega Marcinho Oliveira, após o nome do correligionário aparecer em uma lista como indicação do líder do governo, Rosemberg Pinto (PT) para compor o recém-instalado Comissão de Ética da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), nesta terça-feira (9). 

 

A primeira pauta a ser tratada pela Comissão deve ser o caso Binho Galinha, que é o principal alvo da PF, apontado pelos federais como o líder de uma milícia que atua praticando crimes como lavagem de dinheiro do jogo do bicho, agiotagem, extorsão, receptação qualificada na região de Feira de Santana. 

 

“Eu acho que Marcinho está sendo usado. Por inocência não, por conveniência. Mas eu tenho um ditado que eu aprendi de criança, que quem fica em cima do muro toma tiro dos dois lados. Na política a gente tem que ter lado. Eu acho que ele está sendo um pouco inocente de tomar essa posição de querer ser oposição no partido e ser governo nas vantagens”, disparou Robinho. 

 

Marcinho aparece como membro suplente da lista elaborada pelo governo. É o único nome da oposição presente na relação. Além dele, constam no time de suplentes: Angelo Coronel Filho (PSD, Fabíola Mansur (PSB), Nelson Leal (PP) e Raimundinho da Jr., que apesar de ser filiado ao PL, é aliado da gestão Jerônimo Rodrigues (PT). 

 

Entre os membros titulares estão: Alex da Piatã (PSD), Antônio Henrique Júnior (PP), Euclides Fernandes (PT), Marcelino Galo (PT) e Vitor Bonfim (PV).

Bancada do governo indica nomes para Comissão de Ética da AL-BA que deve apreciar "Caso Binho Galinha"; saiba formação
Foto: Ascom / AL-BA

Os nomes dos membros que vão compor o Comissão de Ética na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) que deve apurar o Caso Binho Galinha (PRD) já estão definidos. O martelo foi batido após uma reunião, ocorrida nesta terça-feira (9), entre o líder do governo na ALBA, Rosemberg Pìnto (PT), e o líder da bancada de oposição, Alan Sanches (União).

 

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Os trabalhos do colegiado, que serão iniciados nesta quarta-feira (9), podem resultar na cassação do mandato do deputado que é o principal alvo da PF, apontado pelos federais como o líder de uma milícia que atua praticando crimes como lavagem de dinheiro do jogo do bicho, agiotagem, extorsão, receptação qualificada na região de Feira de Santana, no Centro-norte baiano. 

 

Ficaram definidos que os membros titulares serão: Alex da Piatã (PSD), Antônio Henrique Júnior (PP), Euclides Fernandes (PT), Marcelino Galo (PT) e Vitor Bonfim (PV), todos pelo indicados pelo lado da bancada governista. Anteriormente, a oposição já havia indicado os deputados Sandro Régis (União), Samuel Júnior (Republicanos) e Tiago Correia (PSDB) - este último substituído por Marcinho Oliveira que, mesmo sendo membro da oposição, terminou sendo indicado pela bancada governista como suplente.

 

Além de Marcinho, os outros suplentes indicados por Rosemberg foram os nomes de Angelo Coronel Filho (PSD), Fabíola Mansur (PSB), Nelson Leal (PP) e Raimundinho da JR (PL). A oposição indicou para a suplência os deputados Robinho (União), Emerson Penalva (PDT) e Kátia Oliveira (União).

Comissão de Ética na AL-BA que pode cassar Binho Galinha deve iniciar trabalhos nesta quarta, confirma Adolfo
Foto: Max Haack/ Ag. Haack

Após a esposa do deputado estadual Binho Galinha (PRD), Maiana Cerqueira, ser presa nesta terça-feira (9) pela Polícia Federal (PF), o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) afirmou que a instalação da Comissão de Ética na Casa não pode mais ser adiada e que o colegiado “irá tomar as providências cabíveis”.

 

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O Conselho deve tratar principalmente do caso Binho Galinha, que é o principal alvo da PF, apontado pelos federais como o líder de uma milícia que atua praticando crimes como lavagem de dinheiro do jogo do bicho, agiotagem, extorsão, receptação qualificada na região de Feira de Santana, no Centro-norte baiano. 

 

De acordo com o que disse Adolfo, em sessão plenária desta terça, o martelo acerca dos nomes que vão compor o colegiado será batido após uma reunião, que deve ocorre nesta terça, entre o líder da oposição, Alan Sanches (União), e o líder do governo na AL-BA, Rosemberg Pinto (PT). Após isso, o nome dos membros será publicado no Diário Oficial da AL-BA desta quarta (10), data em que devem ser iniciados os trabalhos do Conselho de Ética.

 

Na visão de Adolfo, a AL-BA precisa “dar uma satisfação após um assunto dessa gravidade” e, sobretudo, com o surgimento de novas provas decorrentes da operação desta manhã. “Nós não somos os julgadores, mas cabe a essa casa abrir o Conselho de Ética. O líder da oposição, o deputado Alan Sanches, já havia indicado os membros. É claro que é um assunto grave. E o deputado Rosemberg, pelo líder da maioria, indicou os membros hoje, que serão publicados como determina a lei, para que a partir de amanhã, essa casa que tem a responsabilidade”, afirmou o presidente da AL-BA, destacando que os membros do Conselho de Ética atuaram de maneira independente.

Caso Binho Galinha: Samuel Junior rebate Rosemberg e diz que Conselho de Ética da AL-BA "tem papel de dar resposta"
Foto: Carine Andrade / Bahia Notícias

O deputado estadual Samuel Junior (republicanos), rebateu na tarde desta terça (12), a declaração do líder do governo na AL-BA, Rosemberg Pinto (PT), que afirmou que não é a Comissão de Ética da Assembleia que vai resolver a situação do deputado Binho Galinha (PRD), dizendo que não seria necessário ter pressa para instalação do colegiado.

 

Samuel, que é um dos titulares do Conselho de Ética, afirmou que respeita o posicionamento de qualquer colega, porém, discorda da fala do deputado Rosemberg. “A notificação aqui para a Assembleia chegou no mês de dezembro, nós já estamos em março. Lógico que veio o recesso, veio as férias em janeiro, e eu acho que o presidente Adolfo [Menezes] está fazendo um papel correto, porque acho que quem tem o papel na Assembleia dessa resposta é o Conselho de Ética”, disse. 

 

O deputado também disse que agora cabe a Rosemberg indicar os outros cinco titulares, e mais cinco suplentes, já que ontem o líder da oposição fez a indicação dos nomes dos três membros titulares e os três membros suplentes. “Eu, inclusive, fiquei como membro titular. O Conselho de Ética, de fato, deve ser instaurado, ouvir quem tiver de ouvir e dar uma resposta. Lógico, quem tem um papel investigativo é o Ministério Público, só que o Ministério Público pede que, primeiro ele faz a Ciência da Assembleia e, segundo, agora ele pede que a Assembleia dê uma satisfação ou dê uma informação, ela cobra essa resposta da Assembleia. E o que o presidente está querendo é, exatamente, que o Conselho de Ética, juntamente com a Assembleia, dê essa resposta ao Ministério Público e sempre dizendo que quem tem o poder investigativo é o Ministério Público e nós vamos, lógico, aguardar também essa manifestação dessa decisão do Ministério Público”, concluiu.

Processo contra Eduardo Bolsonaro é arquivado no Conselho de Ética da Câmara com apoio de deputadas do PT
Foto: Reprodução TV Câmara

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, presidido pelo deputado Leur Lomanto (União-BA), aprovou nesta terça-feira (12), por 12 votos a 1, o arquivamento da acusação de quebra de decoro parlamentar do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-RJ). O deputado do PL foi acusado de quase ter agredido um outro parlamentar do PT durante reunião da Comissão do Trabalho da Câmara, quando avançou em sua direção com xingamentos e ameaças.

 

O relator do processo, deputado Josenildo Abrantes (PDT-AP), havia inicialmente defendido a continuidade da representação contra Eduardo Bolsonaro, considerando “grave” as ofensas feitas ao deputado Marcon (PT-RS). Entretanto, após posicionamento de deputadas do PT que fazem parte do Conselho de Ética, o relator mudou sua orientação e pediu o arquivamento da ação contra Bolsonaro.

 

A deputada Jack Rocha (PT-ES) disse, na reunião do Conselho, que era preciso lutar pela “permanência da liberdade de se ter voz” no Congresso, e admitiu fazer um “gesto político” pelo arquivamento do processo contra Eduardo Bolsonaro para que os casos que envolvem deputadas de partidos de esquerda também sejam arquivados. Processos que envolvem as deputadas Sâmia Bonfim (PSol-SP), Fernanda Melchionna (PSol-RS) e Celia Xakriabá (PSol-MG) ainda estão pendentes de apreciação pelo Conselho de Ética. 

 

A deputada Ana Paula Lima (PT-SC) concordou com o posicionamento da sal colega de partido, e também votou pelo arquivamento da ação contra o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. O único parlamentar a votar contra Eduardo Bolsonaro foi o deputado Chico Alencar (PSol-RJ), que defendeu que o Conselho aprovasse ao menos uma advertência diante dos xingamentos desferidos por Bolsonaro contra o deputado Marcon.

 

Os membros do Conselho também decidiram nesta terça arquivar a representação apresentada contra a deputada Talíria Petrone (PSol-RJ). A parlamentar foi alvo de ação por ter se referido aos colegas que votaram a favor do marco temporal indígena como “assassinos”. O processo foi arquivado por nove votos a favor e cinco contra. 
 

Conselho de Ética abre processo contra sete deputados, entre eles Eduardo Bolsonaro, Ricardo Salles e Sâmia Bomfim
Foto: Gilmar Félix/Câmara dos Deputados

Em reunião realizada nesta quarta-feira (30), o Conselho de Ética da Câmara, presidida pelo deputado Leur Lomanto Júnior (União-BA), instaurou processos disciplinares contra sete parlamentares da casa. Com a abertura dos processos, Leur realizará um sorteio, nas próximas semanas, para selecionar a lista tríplice de possíveis relatores. Após a definição dos nomes, os relatores terão até dez dias úteis para elaborar o parecer preliminar.

 

Os deputados que podem vir a ter seus processos apurados pelos membros do Conselho são: Abilio Brunini (PL-MT), André Fernandes (PL-CE), Dionilso Marcon (PT-RS), Glauber Braga (PSol-RJ), Luciano Zucco (Republicanos-RS), Ricardo Salles (PL-SP) e Sâmia Bomfim (PSol-SP). Na sessão de hoje, o Conselho também arquivou a representação do PT contra o deputado federal José Medeiros (PL-MT). 

 

O deputado Abilio Brunini foi alvo de representação do Psol por suposta fala transfóbica contra a deputada Erika Hilton (PSol-SP), durante sessão da CPMI do 8 de Janeiro. Segundo a acusação, Brunini teria dito que a parlamentar estaria “oferecendo serviços” na comissão.

 

Outra representação apresentada pelo Psol denuncia o deputado Ricardo Salles (PL-SP) por violência de gênero. O partido alega que Salles, que é relator da CPI do MST, teria cometido tal violência contra a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) durante sessão da comissão. Da mesma forma, o partido também ingressou com ação contra o presidente da referida CPI, deputado Zucco (Republicanos-RS), com acusação de que fala misógina contra a deputada Sâmia em reunião da comissão.

 

O PT é autor de duas representações que foram instauradas na reunião desta quarta. Uma delas é contra o deputado federal André Fernandes (PL-CE). O partido argumenta que o parlamentar teve “postura racista e discriminatória” durante debate sobre a reforma tributária. O partido também representou contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que avançou sobre o seu colega Dionilso Marcon (PT-RS) e quase o agrediu em reunião da Comissão de Trabalho. 

 

O deputado Eduardo Bolsonaro está presente em outra representação que se tornou um processo aberto na Comissão, mas desta vez como ofendido. O partido do deputado, o PL, acusa Glauber Braga (Psol-RJ) de quebra de decoro por ter ofendido Eduardo Bolsonaro durante reunião na Comissão de Relações Exteriores.

 

Por último, foi instaurado processo contra a deputada Sâmia Bomfim, pedido pelo PL. O partido acusa a deputada de ter quebrado o decoro durante reunião da CPI do MST. O PL diz que ela abusou de suas prerrogativas constitucionais e “iniciou seus ataques gratuitamente” aos deputados do partido. 
 

Marcos do Val, no Plenário, acusa Alexandre de Moraes de quase ter causado o fim do seu casamento
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Em seu retorno ao Senado após ser alvo, na semana passada, de operação da Polícia Federal autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Marcos do Val subiu à tribuna do Plenário nesta segunda-feira (19) para se defender e fazer acusações ao ministro Alexandre de Moraes e ao ministro da Justiça, Flávio Dino. Marcos do Val, em um discurso de mais de meia hora, disse que Alexandre de Moraes, a quem chamou de “serial killer da Constituição”, autorizou a operação no dia do seu aniversário para constrangê-lo, e quase teria levado a sua esposa a pedir o divórcio.

 

“A operação planejada, arquitetada e minuciosamente pensada para acontecer no dia do meu aniversário foi realiza sob a cobertura de um forte aparato policial, equipado como uma operação contra criminosos de alta periculosidade. Com o uso de fuzis, inclusive, adentraram em minha residência com objetivos não muito claros, além do constrangimento do senador da República e dos policiais que estavam cumprindo a ordem. Ver a Polícia Federal, um delegado, que é um subordinado direto do ministro da Justiça, fazendo e assinando uma decisão como essa, totalmente arbitrária, contra um senador da República, por estar fazendo o seu papel de fiscalizar o Executivo e o Judiciário, a família, claro, foi penalizada. Quase que, naquele dia, no meu aniversário, a minha esposa saiu de casa. Ela pediu o divórcio na quinta-feira. Eu falei para ela que não seguirei mais sozinho”, disse Marcos do Val.

 

No seu pronunciamento, o senador capixaba fez um longo relato do que ele considera serem os principais motivos que levaram o STF a autorizar a operação, entre eles, o fato de tentar convocar a depor na CPMI do 8 de janeiro o ministro Alexandre de Moraes e o ministro Flávio Dino. Do Val também pediu ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que assegure a inviolabilidade das prerrogativas constitucionais de todos os senadores.

 

“Faço aqui um alerta: ao levar o meu computador pessoal e o celular do Senado Federal, abriu-se um precedente institucional; ou seja, todos os senadores que mantiveram algum contato comigo, desde o início do meu mandato, de alguma maneira também passaram a estar expostos. Mas tenho a certeza de que o Senado, sob o comando do Presidente Rodrigo Pacheco, irá assegurar a inviolabilidade das prerrogativas constitucionais de todos os Senadores e, além disso, creio que irá igualmente defender o Senado Federal. Afinal, cercearam e amordaçaram um senador da República sem os trâmites legais”, afirmou.

 

Ao mesmo tempo em que tentava se defender no Plenário, o senador Marcos do Val via avançar no Conselho de Ética do Senado a representação apresentada contra ele pelos senadores Randolfe Rodrigues (Sem Partido-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL). O presidente do Conselho, Jayme Campos, solicitou à Advocacia Geral do Senado uma análise jurídica sobre a admissibilidade da petição. 

 

A representação protocolada na última sexta-feira (16) por Randolfe Rodrigues e Renan Calheiros solicita a cassação do mandato do senador Marcos do Val. Os senadores citam a operação da Polícia Federal contra do Val, e mencionam outros fatores que justificariam uma eventual quebra de decoro por parte do senador, como o fato de ter divulgado, em suas redes sociais, documentos sigilosos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). 

 

Randolfe e Calheiros citam ainda a reunião entre Marcos do Val, Daniel Silveira e o então presidente Jair Bolsonaro, em que teria sido discutida uma tentativa de grampear o ministro Alexandre de Moraes, além da criação de diversas versões para justificar a divulgação dessas informações. 

 

“O senador Marcos do Val parece desprezar a Constituição Federal, tornando-a uma simples folha de papel, a ser manejada de acordo com o seu bel-prazer e de acordo com seus interesses puramente egoísticos e patrimonialistas, os quais são sabidamente golpistas. Afinal, qual seria o interesse do senador Marcos do Val em afastar o ministro Alexandre de Moraes dos inquéritos que apuram os gravíssimos e aviltantes atos antidemocráticos e os atos de espalhamento de fake news? Será que pretende proteger alguém, garantindo uma impunidade absurda e uma carta em branco para a prática delituosa?”, questionaram os dois senadores na representação.

Leur abre processos disciplinares no Conselho de Ética contra seis deputadas de partidos de esquerda
Foto: Pablo Valadares/Agência Câmara

Em uma sessão marcada por contundentes protestos de deputadas e deputados de partidos de esquerda, o presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, deputado Leur Lomanto (União-BA), instaurou seis novos processos disciplinares contra parlamentares. As representações, enviadas ao Conselho pela Mesa Diretora da Câmara, foram todas assinadas pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que pediu abertura de processo contra as deputadas Célia Xakriabá (Psol-MG), Sâmia Bomfim (Psol-SP), Talíria Petrone (Psol-RJ), Erika Kokay (PT-DF), Fernanda Melchionna (Psol-RS) e Juliana Cardoso (PT-SP).

 

Nas representações, o presidente do PL argumenta que as deputadas quebraram o decoro parlamentar durante a votação, em 24/5, do PL 490/2007, que estabelece o marco temporal para demarcação de terras indígenas. Segundo diz o texto assinado por Valdemar Costa Neto, as deputadas que sofreram representação teriam proferido ofensas contra os parlamentares que votaram a favor do projeto, especificamente o deputado Zé Trovão (PL-SC), autor do requerimento de urgência para votação no Plenário. As deputadas, segundo o PL, teriam chamado de “assassinos dos povos indígenas” os parlamentares favoráveis ao PL do marco temporal.

 

“É notório que a motivação para os ataques extrapolou os limites da imunidade parlamentar consoante aos debates da Casa, haja vista que o contexto fatídico se deu após a votação, no momento em que o deputado Zé Trovão proferia agradecimentos a seus pares. A imputação de suposto genocídio e assassinato fere gravemente a honra e reputação não apenas do deputado Zé Trovão, alvo primeiro dos impropérios destilados pelas representadas, mas de outros parlamentares que votaram em desacordo com o que acreditam as representadas”, diz o texto das representações do PL. 

 

Após críticas de deputados sobre eventual pressa no envio, pela Mesa Diretora, das representações contra as parlamentares de partidos de esquerda, em detrimento de outros pedidos de processos disciplinares que estariam aguardando há mais tempo, o presidente do Conselho, Leur Lomanto, disse que não tem controle sobre a ordem de envio das representações para o colegiado. Leur, entretanto, se comprometeu a buscar informações com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre representações apresentadas pelo Psol que não foram ainda encaminhadas ao Conselho. 

 

“As representações que chegam aqui são imediatamente pautadas, independente de ser deste ou daquele partido, de ser sobre homem ou mulher, e exemplifico algumas delas. O deputado Eduardo Bolsonaro, o deputado Nikolas, todas já foram abertas, com relatores designados, então por parte do presidente do Conselho de Ética não vai ter nenhum tipo de diferenciação”, afirmou Leur Lomanto.

 

Ao final da reunião, o presidente do Conselho informou o nome dos relatores dos processos instaurados no dia 30 de maio contra seis deputados. São eles: 

 

  •  Ricardo Maia (MDB-BA) vai relatar processo contra Márcio Jerry (PCdoB-MA), acusado de importunação sexual contra a deputada Julia Zanatta (PL-SC) durante audiência com o ministro da Justiça, Flávio Dino; 
  • Alexandre Leite (União-SP) relatará processo contra Nikolas Ferreira (PL-MG), que usou uma peruca loira na tribuna da Câmara em discurso no Dia Internacional da Mulher; 
  • Albuquerque (Republicanos-RR) foi escolhido relator do processo contra José Medeiros (PL-MT), acusado de intimidar a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) e de xingar e agredir o deputado Miguel Ângelo (PT-MG) durante sessão do Dia Internacional da Mulher; 
  • Gabriel Mota (Republicanos-RR) relatará representação contra a deputada Juliana Cardoso (PT-SP), por chamar de “assassinos” os parlamentares favoráveis ao projeto do marco temporal de terras indígenas; 
  • Rafael Simoes (União-MG) será o relator do processo contra a deputada Talíria Petrone (Psol-RJ), por ter acusado o relator da CPI do MST, deputado Ricardo Salles (PL-SP), de fraudar mapas e ter relação com o garimpo;
  • Josenildo (PDT-AP) vai relatar representação contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por desentendimento e ameaças ao deputado Marcon (PT-RS), em reunião da Comissão de Trabalho.
Conselho de Ética abre processos contra o senador flagrado com dinheiro na cueca e outros quatro
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Dois meses e meio depois de ter se reunido para eleger o senador Jayme Campos como seu presidente, o Conselho de Ética do Senado voltou a realizar sessão, nesta quarta-feira (14), e os membros do colegiado decidiram abrir procedimentos disciplinares contra cinco senadores. Serão investigados pelo Conselhos os senadores Chico Rodrigues (PSB-RR), Styvenson Valentim (Podemos-RN), Jorge Kajuru (PSB-GO), Cid Gomes (PDT-CE) e Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP). Na mesma reunião, foram arquivadas representações contra os senadores Davi Alcolumbre, Jayme Campos, Flavio Bolsonaro, Humberto Costa, Damares Alves, além do ex-senador Paulo Rocha.

 

O processo contra o senador Chico Rodrigues será relatado por Renan Calheiros (MDB-AL). Rodrigues foi flagrado com dinheiro na cueca durante uma operação da Polícia Federal, em 2020, na cidade de Boa Vista (RR). A operação apurou um esquema de desvio de recursos públicos para o combate ao coronavírus no Estado de Roraima. Já o senador Styvenson Valentim será julgado no Conselho por “ironizar” incidente ocorrido em 2021 com a então deputada federal Joice Hasselmann (PSDB-SP). Na época, a deputada publicou vídeo nas redes sociais e alegou ter acordado com marcas de sangue no chão e sofrido agressões. O senador Dr. Hiran (PP-RR) será o relator desse processo.

 

Contra o senador Jorge Kajuru foram abertos dois procedimentos disciplinares. O primeiro deles foi movido pelo senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ), que acusa o senador por Goiás de divulgar gravação com o então presidente Jair Bolsonaro, em 2021, na qual ele critica a decisão do STF que permitiu a instalação da CPI da Covid e xinga o senador Randolfe Rodrigues. A senadora Zenaide Maia (PSB-RN) foi sorteada para relatar esse processo. O segundo procedimento, que será relatado pelo senador Otto Alencar (PSD-BA), envolve acusações de que Kajuru teria divulgado informações falsas sobre parlamentares do Estado de Goiás. 

 

Já o senador Randolfe Rodrigues será alvo de processo apresentado em 2021 pelo então deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), hoje preso no Rio de Janeiro. Randolfe foi acusado por Silveira de “atentar contra a instituição Presidência da República”, por ter concedido entrevistas nas quais afirmou que o então presidente Jair Bolsonaro seria “ladrão de vacina” e do “dinheiro do povo”. No sorteio, o senador Omar Aziz (PSD-AM) foi escolhido para relatar o caso.

 

Por último, foi aberto procedimento administrativo contra o senador Cid Gomes, a pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O relator desse caso, senador Davi Alcolumbre (União-AP), vai avaliar a denúncia de que Cid Gomes teria comparado o deputado Arthur Lira com o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Cid disse publicamente, em 2019, que Lira seria “uma pessoa com prática toda voltada para chantagem”, e agora terá que responder no Conselho sobre essa declaração. 

 

O dado curioso é que entre os cinco senadores que são alvo de processo disciplinar, dois deles são membros eleitos para compor o Conselho de Ética: Jorge Kajuru e Randolfe Rodrigues.

Leur abre primeiros processos no Conselho de Ética e diz que excessos serão investigados
Foto: Reprodução/ TV Câmara

O deputado Leur Lomanto Jr. (União-BA) presidiu nesta terça-feira (30) a primeira sessão administrativa do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, e, na ocasião, os primeiros sete processos disciplinares enviados pela Mesa Diretora já foram instaurados. O Conselho começará a julgar representações contra os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Carla Zambelli (PL- SP), Talíria Petrone (PSOL-RJ), Juliana Cardoso (PT-SP), José Medeiros (PL-MT) e Marco Jerry (PCdoB).

 

Além de dar prosseguimento aos processos disciplinares, o presidente do Conselho de Ética sorteou as listas tríplices de possíveis relatores para cada representação. De acordo com as normas do colegiado, os relatores serão agora escolhidos pelo deputado Leur Lomanto e apresentados em uma próxima sessão do Conselho. Em seguida, os relatores terão dez dias úteis para apresentar parecer e decidir se darão prosseguimento aos processos ou se pedirão arquivamento das representações.   

 

O presidente do Conselho de Ética, deputado Leur Lomanto Júnior, destacou na reunião que o objetivo do colegiado é conter os excessos e pacificar as relações entre os deputados. O deputado baiano disse ainda que é preciso que os parlamentares saibam que existe um Conselho de Ética, e que ele vai atuar de forma firme quando excessos forem cometidos. 

 

“O ambiente que desejamos para o parlamento brasileiro é um ambiente pacífico, em que os debates transcorram de forma ética e respeitosa. Eu tenho dialogado bastante com os líderes, procurando orientar na defesa de um ambiente pacificado, em que todos exerçam o seu direito de se expressar, de debater, de discursar, mas com equilíbrio e bom senso. Eu sei que muitas vezes os debates terminam com o sangue subindo à cabeça, e as pessoas ultrapassam determinados limites. Mas é importante que os deputados e a sociedade saibam que existe um Conselho de Ética. E que o Conselho de Ética quando for provocado, vai atuar”, disse o deputado Leur Lomanto.

Leur diz que Conselho de Ética aguarda chegada de representações para iniciar processos contra deputados
Foto: Billy Boss / Câmara dos Deputados

Deputado Leur Lomanto Jr. (União-BA) disse ao Bahia Notícias, nesta quarta-feira (17), que está aguardando a chegada, no Conselho de Ética, das representações contra deputados para decidir os relatores e dar prosseguimento aos trabalhos. Desde o começo do ano já foram mais de 15 as representações apresentadas contra parlamentares. 

 

“Estamos esperando a chegada das representações que serão enviadas pela Mesa Diretora, para só então iniciarmos efetivamente os trabalhos da Comissão. Assim que a Mesa enviar todas as representações, vamos definir os relatores de cada uma delas e dar sequência à tramitação dos processos disciplinares”, disse o deputado, que não especificou uma data para a retomada dos trabalhos do Conselho de Ética. 

 

Das 15 representações apresentadas desde o início da legislatura, nove se referem às ações de deputados relacionadas com os atos de vandalismo em Brasília no dia 8 de janeiro. Os deputados estão sendo processados no Conselho por “suposta convocação em redes sociais para participação em atos antidemocráticos”. Entre as outras representações, duas têm como alvo o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), por conta de seu discurso classificado como transfóbico no Plenário no Dia Internacional da Mulher. 

 

“Os deputados podem esperar de mim, à frente do Conselho, uma condução que vai primar pela ética, pela tranquilidade, pelo equilíbrio, buscando o respeito entre todos”, concluiu o deputado baiano.

Baiano Leur Lomanto Junior assume Conselho de Ética em dia de nova confusão na Câmara
Foto: Divulgação

O deputado federal Leur Lomanto Jr., do União Brasil na Bahia, foi eleito por unanimidade na tarde desta quarta-feira (19) como novo presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, para um mandato de dois anos. Leur Lomanto foi indicado pelo líder do seu partido, deputado Elmar Nascimento (BA), e teve seu nome chancelado pelo presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL).

 

O Conselho de Ética, órgão da Câmara encarregado da aplicação de penalidades nos casos de descumprimento das normas relativas ao decoro parlamentar, reinicia seus trabalhos em 2023 já com 14 casos aguardando avaliação dos 21 deputados titulares do colegiado. O presidente da Câmara, Arthur Lira, já havia antecipado na semana passada que o Conselho seria instalado e que imediatamente iria avaliar os diversos casos de trocas de ofensas entre parlamentares, ameaças, xingamentos e quebra de decoro na Tribuna. “Eu entendo que esse processo de polarização exacerbada só vai parar com as punições adequadas, que eu não tenho dúvida que virão”, disse Lira.

 

Após sua eleição unânime - já dentro do esperado -, o deputado Leur Lomanto Junior agradeceu a confiança do presidente Arthur Lira e do líder Elmar Nascimento e destacou que cabe a todos os membros do Conselho de Ética zelar pela boa imagem da Câmara dos Deputados. Leur Lomanto disse que a missão do Conselho é ainda mais desafiadora devido ao conturbado momento político vivido pelo País. 

 

“Vivemos momentos conturbado no nosso país, pois saímos de uma eleição extremamente polarizada, e isso se reflete não só nos debates pelo Brasil, mas principalmente aqui dentro da Câmara. Temos pela frente o desafio de zelar pela boa imagem da Câmara, e portanto, vamos tratar todos os processos que aqui chegaram de forma serena, tranquila, dando oportunidade a todos os deputados de exercerem a sua ampla defesa. E temos também a missão de sermos um colegiado não apenas meramente punitivo, mas também uma comissão que possa aconselhar, conversar, dialogar com todos. O que não podemos permitir é que as coisas continuem como estão”, disse o deputado Leur Lomanto. 

 

Desde o mês de fevereiro já foram protocolados no Conselho de Ética da Câmara 14 pedidos de abertura de processo disciplinar contra deputados federais. Do total, dez processos são contra parlamentares do Partido Liberal (PL). Os deputados representados no Conselho são os seguintes: André Fernandes (PL-CE); Abilio Brunini (PL-MT); José Medeiros (PL-MT); Silvia Waiãpi (PL-AP); Nikolas Ferreira (PL-MG); Júlia Zanatta (PL-SC); Eduardo Bolsonaro (PL-SP); Carlos Jordy (PL-RJ); Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP); Cabo Gilberto Silva (PL-PB); Clarissa Tércio (PP-PE); Maurício Marcon (Podemos-RS); Otoni de Paula (MDB-RJ) e Márcio Jerry (PCdoB-MA).

 

“Meu perfil na política é o de equilíbrio e serenidade, de diálogo, e assim esperamos contribuir para manter a paz na Câmara. Os parlamentares foram eleitos para defender os interesses do povo brasileiro, para fazer aqui dentro debates equilibrados, maduros, que muitas vezes podem ser duros, mas jamais podemos permitir que esses debates resvalem para o xingamento, para as agressões, até mesmo físicas, que tivemos já a oportunidade de presenciar na Câmara. Vamos ter missões difíceis, mas esperamos que tenhamos menos trabalho, porque quanto menos trabalho no Conselho de Ética, é sinal de que as coisas estão andando bem na Câmara dos Deputados”, concluiu Leur. 

 

Enquanto o Conselho de Ética elegia o seu novo presidente e também os vice-presidentes, em outra comissão ao lado, a de Trabalho, durante uma sessão, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) partiu para cima do deputado Dionilso Marcon (PT-RS) com xingamentos e ameaças. A discussão ocorreu por causa de falas do deputado Marcon citando o atentado a faca sofrido por Jair Bolsonaro (PL) na eleição de 2018, em Juiz de Fora (MG). “Te enfio a mão na cara e perco o mandato, mas com dignidade, seu f.d.p", disse Eduardo Bolsonaro, que fez pesados xingamentos ao seu colega. Certamente mais um caso que irá parar no Conselho de Ética.

Câmara dos Deputados instala Conselho de Ética e deputado baiano deve ficar com presidência
Foto: Reprodução / Camaraleg

A Câmara dos Deputados irá instalar o Conselho de Ética da nova legislatura, nesta quarta-feira (19). De acordo com informações obtidas pelo Bahia Notícias, o deputado federal Leur Lomanto Jr. (União) deve ser eleito como novo presidente. 

 

Lideranças de Brasília procuradas pelo BN apontaram que um acordo já foi ajustado para a presidência ficar com o União Brasil. O nome que teria sido definido pela bancada seria justamente do parlamentar baiano. Leur deve chegar à presidência com muito trabalho. 

 

O conselho já possui 14 pedidos de investigação contra parlamentares por quebra de decoro parlamentar. Ao todo, 10 representações são contra deputados do PL, parlamentares do PCdoB, Podemos, MDB e PP também foram representados. O PL será o partido com mais deputados titulares na comissão, 4 ao todo, seguido pelo PT, com 3 parlamentares.

 

A presidência deve ficar com a Bahia, já que o deputado Paulo Azi (União) ocupou o espaço durante os últimos dois anos. Na época, ele foi candidato único no pleito (veja mais).

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Quem acompanhou a Faroeste viu o que um pseudo cônsul pode fazer. Na história de Porto Seguro, tem dois verdadeiros. Imagine o que ainda não vai render. E olha que a história nem chegou em Salvador. Mas a vida segue também fora do Judiciário. Por exemplo: o Soberano está cada vez menor, enquanto o Ferragamo está cada vez mais investindo em um perfil "pau pra toda obra" (lá ele!). Mas se o Dois de Julho não foi lá tão bonito, tem coisa ainda mais triste fora do cortejo. Saiba mais!
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Luciano Simões
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"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".

 

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O deputado estadual Luciano Simões Filho (União) é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira (15). O podcast é transmitido ao vivo a partir das 16h no YouTube do Bahia Notícias.

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