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Um pedido de indiciamento contra o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) é protocolado pelo relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), o deputado Ricardo Salles (PL-SP). As informações são do Jornal O Globo.
Dois dos principais nomes mencionados por ex-integrantes do MST como os possíveis líderes em invasões de propriedades no sul da Bahia são funcionários do deputado.
Ricardo Salles pediu ainda no documento final da comissão, o indiciamento do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias, do líder da Frente Nacional de Luta José Rainha e do diretor-superintendente do Iterra de Alagoas, Jaime Messias Silva.
Os detalhes do relatório, formado por 60 páginas, foram revelados nesta segunda-feira (18) O final dos trabalhos do colegiado está previsto para esta quinta-feira (21). Diante de trocas na composição da CPI, parlamentares bolsonaristas avaliam que o relatório de Salles pode ser rejeitado.
Por isso, deputados da base governista articulam um documento paralelo, no qual pretendem abordar as invasões a domicílios durante diligências da comissão em assentamentos.
O relatório paralelo ainda tratará de potenciais episódios de violência de gênero na condução dos trabalhos, praticados por Salles e pelo presidente da CPI, Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), contra a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP).
Na semana passada, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), decidiu prorrogar até 21 de setembro os trabalhos da CPI do MST.
A ex-militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Vanuza dos Santos de Souza, ex-assentada do Acampamento São João, localizado em Prado, município do Extremo-Sul da Bahia, disse ter sido expulsa da própria casa em um assentamento e acusa o deputado federal baiano Valmir Assunção (PT) de ser o mandante da ação. A denúncia foi feita, na terça-feira (8), durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura os atos do MST.
Durante sua fala, Vanuza demonstrou emoção e afirmou diversas vezes que não gostaria de estar ali, mas que estava pela “honestidade” e que não queria “difamar o movimento”. Ele ainda contou que por anos votava no Partido dos Trabalhadores (PT) por acreditar, não por pedido do MST.
“Anos e anos fazendo campanha para o Valmir Assunção” diz Vanuza. De acordo com ela, o deputado teria entregado o lote a ela no assentamento há 16 anos. Chorando, a depoente conta que foi expulsa de casa durante a madrugada e mostra vídeo de uma casa, que seria dela, com todos móveis, janelas e até telhado quebrados.
Logo após o depoimento, o membro do MST Cássio Souza Santa, filho de Vanuza, publicou um vídeo desmentindo a versão dita pela mãe na CPI. "Infelizmente, minha mãe foi cooptada", disse.
Em suas redes sociais, Assunção negou as acusações de Vanuza e disse que a CPI é "um palanque bolsonarista que não ajuda em nada a reforma agrária".
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"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
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