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crianca com autismo
Um homem foi preso em Jacobina, no Piemonte da Diamantina, ao ser flagrado estuprando o enteado, de 11 anos e com espectro de autismo. O crime foi descoberto após a mãe da vítima ligar para o Conselho Tutelar, que foi até o local e flagrou o crime.
Segundo a TV São Francisco, o fato ocorreu no final da tarde desta quinta-feira (18). A família da criança já era acompanhada pelo Conselho Tutelar devido a denúncias de maus-tratos contra o garoto e um irmão dele. Ainda segundo informações, o padrasto atendeu a ligação telefônica feita pelo Conselho Tutelar para o celular da mãe das crianças.
Após falar com o órgão, o homem esqueceu de desligar o telefone e iniciou a violência sexual, o que permitiu os conselheiros a gravar as falas do acusado e os gritos da vítima. O órgão levou o áudio para a polícia que foi até o imóvel e prendeu o acusado. A criança passou por exame de corpo de delito nesta quinta-feira (19).
Devido ao caso, o garoto e o irmão voltaram a ficar sob tutela do Conselho Tutelar. O crime e uma possível negligência da mãe das crianças são investigados pela delegacia de Jacobina.
A mãe de uma criança com autismo disse ter sido orientada a não matricular o filho em uma escola em Salvador. Segundo Nadja Carvalho, mãe do garoto, profissionais do Colégio Sesi Caminho de Areia orientou que ela e o pai da criança de 16 anos não matriculassem o filho no próximo ano letivo na instituição de ensino.
De acordo com o relato de Nadja ao Bahia Notícias, a situação se iniciou quando a direção do colégio chamou ela e o marido para uma reunião na instituição no último 15 de setembro. Ao chegarem na escola, eles teriam recebido a sugestão de que seria melhor “encerrar os estudos” de Amir Carvalho, por conta da complexidade do ensino médio que o garoto iria iniciar em 2024.
“Nós tivemos uma reunião no dia 15 e a professora começou a elencar algumas questões como que Amir teve uma regressão de alguns pontos, falou de questões que competem ao autismo. Ela falou que no ano que vem é ensino médio e que seria muito mais rigoroso, pois tem a questão da profissionalização e ele teria que decidir”.
“Neste momento perguntei o que a escola iria sugerir e a diretora me disse que era para terminarmos os estudos dele ali, ou seja, ele não estudaria mais. Falaram para a gente procurar outra instituição em que pudesse fazer outras coisas ao invés de estar na escola. Isso aí para mim e meu marido soou como um constrangimento para gente tirar ele da escola”, explicou Carvalho.
Nadja disse que apesar do desempenho do filho, por conta do autismo, se chateou com a instituição já que o ambiente escolar estaria auxiliando no desenvolvimento da criança.
“Ficamos chateados, pois Amir gosta da escola. Eu sei que ele não acompanha porque ele é uma criança autista, mas ele precisa socializar e estar nesse ambiente pelo menos enquanto ele tem uma idade condizente a conviver com os jovens da idade dele, mesmo na condição de autismo. Isso é o que causou a questão da gente ter ido à internet e ter colocado aquele relato. A escola não está fora da lei, mas essa sugestão foi algo que nos causou constrangimento e por isso que eu falei, pois tem outras mães que passam por essa situação e não tem estímulo nenhum”, apontou.
Em nota, o colégio informou que “houve algum tipo de ruído na comunicação com a família durante uma das reuniões pedagógicas regulares do ano letivo em curso”. A instituição apontou ainda que a “Direção da Escola SESI se colocou à disposição para realizar uma reunião com a família do estudante, e chegou a agendar um encontro, mas este foi desmarcado pela mãe de Amir”.
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