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Nesta segunda-feira (24), o presidente Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro postaram fotos que movimentaram as redes sociais e causaram uma boa dose de polêmica. Se de um lado a foto do presidente atual remetia a uma imagem religiosa, por outro, a que foi postada pelo presidente anterior seguia na linha da crítica inflamada contra o governo.
A foto postada nas redes da Presidência da República mostra o presidente Lula após pendurar no seu gabinete no Palácio do Planalto uma estátua de Jesus Cristo crucificado, que esteve lá nos primeiros mandatos e foi retirada quando foi iniciado o governo Dilma Rousseff. A estátua foi alvo de intensa busca da força-tarefa da Operação Lava Jato, após o procurador Deltan Dallagnol acreditar em uma reportagem na internet que dizia que Lula havia roubado a peça do Palácio do Planalto após deixar o governo.
Somente depois de a força-tarefa localizar a escultura no Banco do Brasil em São Paulo, o procurador Dallagnol descobriu que a peça não fazia parte do patrimônio público. A escultura foi presente pessoal ao então presidente Lula dado por José Alberto de Camargo, diretor da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), que a comprou de Dom Mauro Morelli, então bispo de Duque de Caxias. Antes de entrar no gabinete de Lula pela primeira vez, em 2003, a imagem chegou a ser enviada para restauração no Centro de Conservação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Em janeiro de 2011, com o início do mandato de Dilma Rousseff, a escultura foi retirada do gabinete presidencial e levada a São Paulo, junto com outras peças valiosas do acervo de Lula. A operação de busca da peça comandada por Deltan Dallagnol se deu porque o procurador acreditava erroneamente que o crucifixo havia sido esculpido por Aleijadinho e pertencia à União.
Do seu lado, o ex-presidente Jair Bolsonaro postou uma foto em sua conta no Twitter para criticar os recentes decretos assinados pelo presidente Lula para tornar mais rígido o controle de armas de fogo no País. Na postagem, Bolsonaro relembrou foto tirada no ano de 2004, onde aparece colocando uma faixa em frente ao Memorial JK, em Brasília, com os dizeres "entregue sua arma, os vagabundos agradecem".
Ao longo do seu mandato entre 2019 e 2022, Jair Bolsonaro manteve a flexibilização do acesso a armas pelos cidadãos como uma das suas principais pautas. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o número de registros CACs saltou de 117,5 mil em 2018 para 783,4 mil em 2022. O ex-presidente argumentava que a aquisição dos armamentos era importante para a legítima defesa dos civis.
No dia da assinatura dos decretos de Lula com novas regras para aquisição de armas, o ex-presidente afirmou, em suas redes sociais, na defesa das suas iniciativas em relação a armamentos, citou dados do recente Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023, divulgado na semana passada. Bolsonaro disse que as mortes violentas intencionais no país caíram 2,4% em 2022 na comparação com 2021 e atingiram o menor patamar da série histórica. Ele também destacou que em 2021, o Brasil registrou a menor taxa de homicídios em dez anos.
“Trabalho massivo das Forças Auxiliares de Segurança somado com nossa gestão focando em mais distribuição de recursos a estados e municípios, além da facilitação SEGUINDO A LEI, para aquisição de armas de fogo aos cidadãos brasileiros”, disse Jair Bolsonaro, em defesa da sua política de flexibilização da aquisição de armas no Brasil.
O ator Nelson Freitas, que neste domingo (27) desembarca em Salvador para realizar um sonho de criança - se apresentar no Teatro Castro Alves -, esteve recentemente com um baiano de peso. “Estive com Caetano Veloso ontem, é muito inspirador, Jesus de Nazaré das Farinhas! Que coisa gostosa! O bicho é quieto, sabe? Mas quando ele desanda, menino, aí, meu pai, é um deleite pra nós”, disse Nelson, em entrevista ao Bahia Notícias. O encontro aconteceu na casa do baiano e de sua companheira Paula Lavigne, residência que se tornou um ponto de encontro de artistas e personalidades para a discussão do momento político pelo qual passa o país. Na noite desta segunda-feira (21) não foi diferente: a reunião teve como tema de discussão a reforma política proposta pela Câmara dos Deputados e contou com a presença do Procurador da República Deltan Dallagnol, figura que ganhou notoriedade ao coordenar a força-tarefa da Operação Lava-Jato no Paraná. “Acho esse momento muito profícuo para a gente começar a entender um pouco e ter voz ativa mesmo”, comentou Nelson Freitas, contando que conhece Dallagnol há muitos, através de Cristina - também Procuradora da República -, com quem é casado há 17 anos. “Nós estivemos lá discutindo essa reforma política, que é um tapa na cara da sociedade brasileira. Quer dizer, tapa na cara eu acho que a gente já hoje está até acostumado, porque é tanto pontapé, soco no olho e cascudão, que todo dia é um novo. Então essa reforma política é mais uma artimanha que eles estão tramando pra permanecer no poder”, avalia o ator, que se mostra otimista ao ver o envolvimento da população com os temas políticos e, por sua relação familiar, diz acompanhar há cerca de duas décadas o sofrimento da Justiça para tentar resolver os problemas do país, até em momentos em que as pessoas nem sabiam o papel de um Procurador.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Wilson Witzel
"O presidente Jair Bolsonaro deve ter se confundido e não foi a primeira vez que mencionou conversas que nunca tivemos, seja por confusão mental, diante de suas inúmeras preocupações, seja por acreditar que eu faria o que hoje se está verificando com a Abin e a Polícia Federal. No meu governo, a Polícia Civil e a Militar sempre tiveram total independência".
Disse o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, ao negar que manteve qualquer tipo de relação, seja profissional ou pessoal, com o juiz Flávio Itabaiana, responsável pelo caso de Flavio Bolsonaro (PL), e jamais ofereceu qualquer tipo de auxílio a qualquer pessoa durante seu governo, após vazementos de áudios atribuidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).