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O policial militar João Wagner Madureira foi afastado de suas funções na 69ª CIPM de Ilhéus. O agente foi flagrado por câmeras de segurança agredindo e efetuando os disparos que tiraram a vida de Fernanda dos Santos, de 23 anos, na madrugada do último dia 11 de janeiro.
Em nota enviada ao Bahia Notícias, a PM informou que o agente se apresentou e prestou declarações à corregedoria setorial da companhia. Depois de prestar declarações, o PM seguiu para a 7ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), foi ouvido, passou por exame pericial e foi liberado, já que o prazo para prisão em flagrante havia encerrado, segundo o delegado da unidade.
“Após instauração e posterior conclusão do inquérito policial, pela Polícia Civil, cópias serão encaminhadas à PM, a fim de dar prosseguimento nos procedimentos administrativos. O policial ficará afastado das funções enquanto a investigação do fato está em andamento”, disse a corporação.
CRÍTICA DA DEFESA
Walisson Reis, advogado consultado pela família de Fernanda, questiona a conduta do delegado responsável pelo caso, Helder Carvalhal, por ter liberado o militar. Mesmo formalmente não integrando a banca, Walisson levantou questionamentos sobre o caso. No entanto, a família teria optado por contratar um advogado de Ilhéus.
“As imagens provam que ele matou a mulher, e o delegado não comunicou ao Ministério Público sobre o fato. Ele se apresentou somente na segunda-feira, alegando legítima defesa. As imagens captadas pelo posto mostram ele já chegando agredindo a mulher e depois dá um tiro na cabeça dela e vai embora como se nada tivesse acontecido”, afirmou Walisson.
“Queremos a prisão preventiva do policial e uma investigação para apurar a conduta do delegado que não informou ao Ministério Público um caso tão grave como este”, denunciou o advogad.
Por sua vez, a Polícia Civil informou que a investigação está em andamento e, para não atrapalhar a apuração, detalhes não estão sendo divulgados. (Atualizado às 18h43)
O chefe da delegacia regional de Camocim (CE), Adriano Zeferino de Vasconcelos, disse que já havia recebido ameaças veladas do suspeito de matar quatro colegas de trabalho — três deles, enquanto dormiam. “Há quatro dias que eu estou andando de colete para cima e para baixo”, relatou ao portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
Segundo o delegado, o inspetor Antônio Alves Dourado, que está sob custódia, já se mostrava muito problemático nas delegacias por onde passou. “Ele sempre queria atuar do jeito dele, e não é assim que funciona no serviço público. Não aceitava cumprir escalas pré-programadas. Simplesmente dizia: ‘Não vou fazer'”, relembra Vasconcelos, que já tinha trabalhado com o agora assassino em outro município.
Ele ainda afirma que de umas semanas para cá, Dourado andava estranho e tentava de todas as formas criar problemas dentro da delegacia. Chegou até a se rebelar contra os colegas de trabalho, que não concordaram com ele em prejudicar o delegado. “Ele tentou de todas as formas me derrubar como delegado regional. Chegou a criar histórias tão absurdas e mirabolantes nas redes sociais, tudo para me denegrir e me atingir”, contou o delegado.
Ainda sem acreditar na tragédia ocorrida dentro da delegacia, Vasconcelos diz que o suspeito premeditou com detalhes a ação. “Não tem nada de surto. Ele preparou tudo para explodir a delegacia. Antes disso, pretendia matar alguns policiais asfixiados, e assim que amanhecesse, o alvo seria eu. O alvo principal, inclusive” , lamenta o delegado que perdeu quatro colegas no massacre.
“Ele não me matou, mas tirou a vida de policiais excepcionais, exemplares, pais de família, homens trabalhadores, do bem, alegres, que vão deixar saudades à toda comunidade da nossa região.”
Questionado se vai continuar à frente da delegacia regional de Camocim após o episódio, Adriano Vasconcelos diz que ainda não parou para pensar no futuro. “Agora é hora de confortar os familiares dos meus colegas de trabalho e manter viva e digna a memória de cada um deles que se foram”, declarou.
Camocim é um município da microrregião do Litoral de Camocim e Acaraú, localizada Noroeste Camocinense. Sua população é estimada em 63.997 habitantes, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2020.
Aos 42 anos, Chorão foi encontrado morto na madrugada desta quarta-feira (6) por seu motorista e segurança, em seu apartamento em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo. Chorão, que morava em Santos, usava o apartamento esporadicamente, geralmente após shows. Recentemente, o cantor passava por problemas pessoais, devido à separação da mulher.
Segundo o delegado, o apartamento de Chorão estava muito danificado; possivelmente os danos tenham sido feitos pelo próprio cantor, já que o corpo foi encontrado com um dedo machucado e havia marcas de sangue no local. “Não tem nada que estivesse no lugar. Ele estava machucado no dedo, arrancou parte de uma unha, o que pode explicar as marcas de sangue na parede”, disse o delegado.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.