Artigos
Quarto dos Fundos
Multimídia
“É uma estratégia do PT”, afirma Luciano Simões sobre a ‘pulverização’ de candidaturas em Salvador
Entrevistas
"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
demissoes
“Ao invés de contratar mais pessoas para poder oferecer um serviço de mais qualidade, a empresa está demitindo, sem critério, desrespeitando os acordos trabalhistas”. Foi o que disse o deputado estadual Robinson Almeida (PT) sobre uma suposta demissão em “massa” e o não cumprimento do acordo coletivo da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) com o Sindicato dos Eletricitários da Bahia (Sinergia).
LEIA TAMBÉM:
A declaração foi dada durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), nesta terça-feira (12). Segundo o parlamentar, entre janeiro e fevereiro foram demitidos 60 trabalhadores, número três vezes superior ao registrado no mesmo período dos últimos cinco anos, quando 20 trabalhadores teriam sido desligados da companhia de eletricidade.
“É uma atitude inadequada da Coelba, num momento em que a sociedade exige um melhor serviço prestado por essa empresa, ela piora o serviço que já é ruim. É muito comum à falta de energia em todos os municípios baianos, aqui na capital mesmo nós assistimos a uma instabilidade no fornecimento de energia em pleno carnaval na Barra, com um apagão por 2 horas”, criticou o parlamentar.
De acordo com ele, O clima na Coelba é de insegurança, pressão e ameaças de demissão, o que estaria afetando até a saúde mental dos trabalhadores. Ainda de acordo com Robinson, o Sindicato dos Eletricitários da Bahia noticiou o Ministério Público do Trabalho para que a empresa seja notificada a esclarecer os fatos, respeitar o acordo coletivo e interromper as demissões injustificadas.
“Há um acordo coletivo com o sindicato que precisa ser respeitado”, apontou o parlamentar, que coordena a subcomissão na Assembleia Legislativa responsável por acompanhar a Execução do Contrato de Concessão da Coelba e Demandas e Investimentos Represados pela companhia.
Privatizada em 1997, a concessão da Coelba vence em 2027. A companhia tem até agosto deste ano para pedir a renovação. A União tem até fevereiro de 2026 para se manifestar, do contrário a exploração do serviço de eletricidade na Bahia será renovado automaticamente em favor da concessionária. O Bahia Notícias entrou em contato com a Coelba para saber seu posicionamento acerca das acusações do deputado Robinson, mas não recebeu resposta até o fechamento desta reportagem.
COELBA NA BERLINDA
Mais cedo, na Comissão de Infraestrutura na AL-BA, por sugestão de Robinson, foi aprovada a realização de três audiências públicas relacionados à Coelba, que trataram da universalização da energia na zona rural, com a continuidade do Programa Luz para Todos; dos gargalos econômicos causados pela ausência de infraestrutura energética e da situação dos trabalhadores com vínculo com a Coelba. As discussões estão previstas para acontecer nos meses de abril, maio e junho.
A onda de demissões que atingiu a Rede Bahia na terça-feira (20) não desligou somente o comentarista esportivo Gustavo Castellucci do quadro de funcionários da filial da Globo no estado.
Ao menos mais quatro profissionais foram demitidos da emissora. A gerente comercial, Daniela Martins, tinha mais de 25 anos na empresa e atuava no setor de multimeios da Rede Bahia (TV, rádio e Internet), além da CBN, Bahia FM e Jovem Pan. Já Leila Guimarães era a responsável pela produção de eventos e tinha mais de 10 anos de casa. Ela produziu o Festival de Verão e o Festival de Inverno. Os cortes também atingiram Flaviny Najara Santos Ribeiro, editora de texto, que estava na função há mais de 5 anos.
As saídas aconteceram na esteira da demissão de Marcos Russo na última semana. Ele atuava como editor-chefe do Jornal da Manhã na emissora. O telejornal continua sem comando desde a sua saída.
A petroquímica Unigel ameaça demissões em massa nas unidades de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), e em Laranjeiras, no interior de Sergipe. Segundo o BP Money, parceiro do Bahia Notícias, a empresa cobrou uma posição da Petrobras até esta segunda-feira (31). O caso se refere aos preços do gás natural, usado para a fabricação de ureia, fornecido pela estatal.
No início de julho passado, a Unigel anunciou a retomada da produção de ureia automotiva na fábrica de fertilizantes nitrogenados no Polo Petroquímico de Camaçari. Ainda segundo informações, em mensagens enviadas à Petrobras, a Unigel afirmou que as demissões já começariam nesta segunda, caso a Petrobras não anunciasse um acordo.
A proposta teria sido levada ao conhecimento da estatal no dia 28 de junho. “Caso não haja esta decisão, seremos forçados a realizar as demissões já na segunda-feira (31), prazo limite para não incidir em multa demissional”, diz um trecho do comunicado.
A empresa ainda diz que reativou em julho, “com grande sacrifício”, a produção na Bahia a pedido do Ministério de Meio Ambiente “para que o Brasil não ficasse desabastecido de ARLA-2 (produto fundamental e de uso obrigatórios em todos os motores a diesel), evitando o colapso no transporte de carga no Brasil”.
A jornalista Giuliana Morrone também entrou na extensa lista de profissionais dispensados pela Globo nesta quarta-feira (5). Em seu perfil no Instagram, ela confirmou a demissão e agradeceu aos 34 anos de casa.
“Estou aqui celebrando e agradecendo por tudo o que vivi. A vida, para mim, é feita de paixão. Sempre tive paixão pelo jornalismo e por onde eu exerci até agora a minha profissão”, iniciou Morrone.
“Novo ciclo? Já disse que comigo não é assim. Mas pode esperar novos desafios, aprendizados, novas experiências, sempre buscando respostas, sempre buscando a verdade e com paixão”, continuou a jornalista.
Rosto conhecido da emissora, ela já esteve à frente do Jornal Nacional e se destacou pela cobertura política. Giuliana também foi correspondente da Globo nos Estados Unidos entre 2008 e 2018.
Os coordenadores gerais de Gestão Interna, Roberto Carlos Braz, e Raimundo Chaves, do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra, entregaram seus cargos na Fundação Cultural Palmares nesta quinta-feira (11).
Essa é a terceira baixa na gestão do órgão, já que o diretor de Fomento da Cultura Afro-Brasileira da Palmares, Ebnézer Nogueira, também entregou sua carta de demissão da cadeira que ocupava (clique aqui).
De acordo com a coluna de Mônica Bergamo, na Folha, o documento que comunica a demissão dos três evidencia que a "decisão extremada" - como definiram o pedido de saída - ocorre após "inúmeras tentativas de interlocução com a presidência, acerca da gestão do órgão, que envolve os compromissos acordados no ato da posse".
"Como diretores e coordenadores dos departamentos que compõem a instituição, fomos voto vencido mesmo sendo a maioria em decisões cruciais ao bom andamento de projetos, ações de mudança de sede e demais políticas públicas que poderiam ser entregues à população até este momento", diz o texto.
Eles dizem ainda que tiveram suas decisões "indeferidas ou ignoradas" e que presenciaram com recorrência "pessoas que não tinham prerrogativa de voto, por não compor a diretoria e mesmo assim participavam de reuniões e interferiam nas decisões, causando ingerência de forma generalizada".
Conforme alega o comunicado, as pessoas mencionadas, no entanto, "não assumem os riscos da condução das ações dos departamentos e se isentam das suas consequências".
"Seja por má fé ou falta de conhecimento de nossas áreas, assistimos estarrecidos ao Senhor Presidente ser conduzido ao erro por servidores de longa data e que trabalharam fielmente nas antigas gestões desta Fundação".
"Coerentes com nossos princípios morais e políticos, tomamos uma difícil decisão de desligamento de nossos cargos por não encontrarmos mais viabilidade de diálogo entre os diretores o Presidente", finalizam.
Apesar de ter dito reiteradas vezes que Regina Duarte teria total liberdade para gerir a Secretaria Especial da Cultura, o presidente Jair Bolsonaro sinalizou que deve limitar a “carta branca” dada à atriz.
Segundo a jornalista Vera Magalhães, no BR Político, depois de indicar na cerimônia de posse que pode usar seu “poder de veto” sobre as nomeações feitas por Regina, Bolsonaro pediu aos apoiadores, no Facebook, os nomes de olavistas demitidos pela artista.
Após um seguidor acusar a atriz de estar "esquerdizando a pasta da Cultura", o presidente escreveu: "Quero os nomes se possível. Um abraço!". Segundo o site, Bolsonaro recebeu centenas de respostas. Dentre os nomes elencados pelos bolsonaristas estão Camilo Calandreli, Reynaldo Campana, Gislaine Targa, Raquel Brugnera, Ednagela Santos e Ricardo Freire.
Conforme o levantado pela coluna de Mônica Bergamo, por conta das demissões e da pouca disposição de Regina atender às pautas políticas do presidente, aliados já apontam que ela é uma bomba prestes a explodir (clique aqui). O próprio Olavo de Carvalho disse que foi uma “cagada” ter apoiado a escolha da artista para assumir a Cultura.
Segundo Vera Magalhães, Bolsonaro deve inclusive reverter a nomeação de Marcos Teixeira Campos como presidente da Funarte, após perfis bolsolavistas nas redes sociais apontarem que ele seria ligado ao PSOL.
![](https://www.bahianoticias.com.br/ckfinder/userfiles/images/juca.jpg)
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.