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O futebol está de luto. O meia-atacante Dendê morreu nesta sexta-feira (14) aos 71 anos em Alagoinhas. Ex-jogador do Vitória, Flamengo e Atlético de Alagoinhas, onde se tornou ídolo, ele foi vítima de problemas cardíacos e tinha diabetes, que acabou gerando complicações na vista.
Nascido em Alagoinhas no dia 26 de maio de 1953, José Alberto Vasconcelos da Silva, que depois passou a ser conhecido como Dendê, foi revelado no Atlético de Alagoinhas no início dos anos 70, defendeu o Bahia, Vitória, Catuense e Leônico, além de vestir a camisa do Flamengo atuando ao lado de nomes como Zico, Geraldo, Vanderlei Luxemburgo, Luizinho Lemos, Caio Cambalhota, entre outros. Ele encerrou a carreira em 1987 jogando pelo Lagarto, de Sergipe.
Após pendurar as chuteiras, Dendê fixou residência na sua cidade natal, Alagoinhas, onde deu aulas em escolinhas de futebol.
Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal
A chamada "guerra do dendê", que acontece no Pará, entre empresas de produção de óleo de palma e moradores locais, já coloca em risco o abastecimento do produto na Bahia. Desde o dia 18 de agosto, policiais da Força Nacional de Segurança Pública têm atuado na região onde é produzida a maior parte do insumo que abastece o mercado baiano.
A presidente da Associação Nacional das Baianas de Acarajé (Abam), Rita Santos, afirmou ao Correio que “a Bahia não tem produção capaz de abastecer o mercado local, então estamos à mercê do Pará”, e se preocupa com as consequências deste conflito para o mercado de quitutes baianos.
Os conflitos territoriais ocorrem nos municípios de Acará, Tomé-Açu e Tailândia, onde estão empresas produtoras de óleo de palma, outro nome utilizado para o azeite de dendê. As principais empresas envolvidas, BBF (Brasil Biofuels) e Agropalma, estão sendo acusadas pelos moradores locais de ocuparem terras indígenas e de contaminarem o meio ambiente com descarte de resíduos químicos da produção.
O confronto, que já persiste desde 2010, deixou quatro indígenas mortos em agosto e a partir do último dia 18 de agosto, tem a intervenção Força Nacional de Segurança Pública no local, a pedido do Ministério Público Federal (MPF). Em nota, o Ministério de Justiça e Segurança Pública disse que a atuação foi autorizada por um período de 30 dias.
Na Bahia, os impactos econômicos da “guerra do dendê” preocupam as baianas de acarajé que dependem do ingrediente para o sustento de milhares de famílias. "Não tem como Salvador, que é uma cidade que tem cheiro de dendê, ficar sem dendê. Não tem cabimento a gente ficar com medo de desabastecimento por conta de problemas que acontecem em outros estados. Só de pensar nisso, depois de viver todos os prejuízos que a pandemia causou às baianas de acarajé, já é horrível. O tabuleiro é sustento de toda a família", afirmou a baiana de acarajé Alessandra Braga, ao Correio. Em dezembro do ano passado, com a baixa na produção local, ela relata que o balde de 18 litros saltou de R$75 para R$170.
Em resposta à situação, Rita, presidente da Abam, procurou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), considerando o fato de que o acarajé é patrimônio cultural do Brasil e afirma que recorrerá ao Ministério da Agricultura. Em nota, a superintendência do Iphan na Bahia reconheceu a relevância do tema, mas ressaltou as limitações do instituto em relação ao problema, afirmando que está à disposição para “auxiliar em possíveis articulações e aproximações entre a Abam e Ministérios e Secretarias que podem pensar tecnicamente e politicamente estratégias para estimular o plantio do dendê e outras formas de circulação no mercado nacional”.
Feira de Santana será o palco da terceira edição do DospesMoke Festival, entre os dias28 de abril a 02 de maio. O evento, que já recebeu grandes atrações, como a banda Brujeria (EUA/México), será realizado em ambiente virtual, com espaços gratuitos de formação, focados na reflexão sobre novos rumos da cena, além de shows, transmitidos diretamente de um palco montado na segunda maior cidade da Bahia.
“O DopesMoke vem se estabelecendo como um importante representante dessa cadeia de festivais de música na Bahia e no Brasil, sendo uma alternativa para expandir um mercado que se demonstra excepcionalmente fértil”, comenta Alan Magalhães, um dos produtores do festival. “Esses eventos quase sempre estavam estritamente direcionados à capital e à região metropolitana”, destaca.
Nesta edição, toda a programação será de bandas baianas, da capital e do interior do estado. “Desse modo, o festival cria um terreno de possibilidades de fortalecimento de diferentes agentes da cena musical e viabiliza a realização de projetos entre artistas que, sem esse pretexto, jamais seriam capazes de firmar parcerias”, explica o também produtor Joilson Santos.
Confira a programação:
A banda Tabuleiro Musiquim faz o show de estreia de seu novo disco, “Mano”, neste sábado (8), a partir das 22h, no Dendê, situado no Rio Vermelho, em Salvador. O segundo álbum do grupo, lançado na última sexta-feira (31), foi produzido e dirigido pelo vocalista Silvio de Carvalho e conta com 10 faixas, a maioria delas autorais. “A gente gosta desse lance de somar caminhos e possibilidades. Viajamos no ijexá e samba reggae misturando-se ao rock, por exemplo. Temos esses timbres de guitarra meio espaciais, super processados, querendo modernidade e, ao mesmo tempo, mantendo um pé nos anos 70. As nossas referências e influências são inúmeras, mas ainda celebramos as clássicas: Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Ben Jor e por aí vai”, diz o artista.
SERVIÇO
O QUÊ: Tabuleiro Musiquim - “Mano”
QUANDO: Sábado, 8 de setembro, às 22h
ONDE: Dendê | Rua Fonte do Boi, Rio Vermelho – Salvador (BA)
VALOR: R$ 10
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Gilmar Mendes
"Eu diria que nós estamos ‘metidos em muita coisa’ exatamente em face dessa conflagração que marca a sociedade brasileira, mas não só neste momento não tão glorioso das democracias no Ocidente".
Disse o ministro do STF Gilmar Mendes ao comentar as recentes decisões tomadas pela Corte.