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O tenente-coronel Mauro Cid voltou a ser preso nesta sexta-feira (22). A ordem de prisão preventiva do militar foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O Supremo informou que o ex-ajudante de Jair Bolsonaro (PL) foi preso por descumprimento de medidas judiciais e por obstrução de Justiça.
Cid foi preso depois do vazamento de áudios em que ele afirma ter sido pressionado pela Polícia Federal durante depoimentos, e também faz críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do STF. As gravações foram divulgadas pela revista "Veja" nesta quinta-feira (21).
Antes de ser preso, Cid foi ouvido, no STF, por um juiz auxiliar do ministro Alexandre de Moraes sobre o conteúdo dos áudios revelados pela revista.
Segundo o STF, Cid foi encaminhado ao Instituto Médico Legal pela Polícia Federal. Além disso, agentes da PF cumpriram mandado de busca e apreensão na residência do militar.
O ex-presidente Jair Bolsonaro prestará depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira (27) no inquérito que apura suposta “importunação” a uma baleia jubarte enquanto andava de jet ski em São Sebastião, litoral norte de São Paulo, em junho de 2023.
A oitiva está marcada para às 14h30 na superintendência da PF da capital paulista. Originalmente, ela ocorreria no dia 7 de fevereiro em São Sebastião, mas acabou adiada após apoiadores do ex-presidente planejarem uma manifestação em frente à delegacia da cidade. As informações são da coluna de Igor Gadelha do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
Ao contrário do último depoimento que prestou à PF na quinta-feira (22), quando ficou em silêncio sobre a suposta articulação para um golpe de Estado após as eleições de 2022, Bolsonaro pretende prestar esclarecimentos sobre o caso das baleias.
O inquérito investiga se o ex-presidente da República se aproximou em demasia da baleia com o motor de sua moto aquática ligado. A legislação atual proíbe “molestamento intencional” dos animais, com pena de dois a cinco anos de prisão, além de multa.
Advogado e assessor de comunicação de Bolsonaro, Fabio Wajngarten também prestará depoimento à Polícia Federal no mesmo caso nesta terça. Na época do ocorrido, Wajngarten estava junto com o ex-presidente no passeio de jet ski.
O Julgamento de Daniel chega ao terceiro e último dia em que é acusado de agressão sexual contra uma mulher. Nesta quarta-feira (7), o jogador vai depor perante ao Tribunal Provincial de Barcelona, na Espanha.
O julgamento é presidido pela juíza Isabel Delgado Péres. Daniel Alves se apresentou na última segunda (5), primeiro dia de audiências. Porém, ele ainda não depôs, já que o pedido da advogada de defesa, Inés Guardiola, foi aceito. Com isso, o jogador será a última pessoa a falar. Ele deverá apresentar uma quinta versão do caso ocorrido no dia 30 de dezembro de 2022, declarando que estaria embriagado durante a madrugada em que esteve na boate Sutton, em Barcelona. A defesa sustenta que ele "não tinha plena consciência do que fez". Nesta terça (6), a esposa dele, Joana Sanz, disse que o lateral chegou em casa bêbado. Já os amigos, afirmaram em depoimento que ele havia consumido vinho, uísque e gin tônica durante a tarde, a partir das 14h30. Segundo Bruno Brasil, o atleta ainda tomou quatro taças de champanhe no interior da discoteca e que sido "o que mais bebeu". De acordo com a imprensa espanhola, alegar embriaguez é uma estratégia da defesa para atenuar a pena, em caso de condenação, e poderia ficar no máximo seis anos peso.
Além do depoimento de Daniel Alves, o último dia do julgamento também abrirá espaço para a medicina forense, com falas de psicólogos, analistas científicos e apresentação de provas biológicas, e documental, como visualização de vídeos das câmeras de segurança.
Caso seja condenado, Daniel Alves pode pegar até 12 anos de prisão, que é a pena máxima no país para crimes de casos de agressão sexual com penetração e foi pedido pela defesa da vítima. O Ministério Público espanhol recomendou nove anos de reclusão para o baiano. Outro atenuante foi o pagamento de indenização de reparação por dano causado. Em agosto do ano passado, os advogados do jogador pagaram o valor de 150 mil euros, o equivalente a R$ 800 mil, à Justiça, que seria repassado à mulher se for condenado ou devolvido em caso de absolvição. Segundo o site UOL Esporte, o pagamento foi feito com ajuda da família de Neymar.
RELEMBRE O CASO
O caso aconteceu na noite do dia 30 de dezembro de 2022, numa boate em Barcelona. A vítima foi uma jovem, de 23 anos. No momento do ocorrido, ela pediu ajuda às amigas e aos seguranças, que acionaram a polícia. A mulher fez os exames de corpo de delito. Inicialmente, Daniel Alves negou qualquer tipo de abuso, no entanto, ao se apresentar de forma espontânea à Polícia, ele acabou se contradizendo durante o depoimento e teve a prisão preventiva determinada, sem direito a fiança, no dia 20 de janeiro. Por fim, ele admitiu a relação sexual, mas de forma consensual, no banheiro do estabelecimento. A defesa do atleta chegou a entrar com três pedidos de liberdade, mas todos foram negados pela Justiça espanhola, que decidiu pelo encarceramento até o fim do julgamento.
O atacante Vinicius Junior prestou depoimento nesta quinta-feira (5) no tribunal de Madri. De acordo com a agência de notícias EFE, o brasileiro confirmou a queixa dos insultos racistas recebidos durante a partida do Real Madrid contra o Valencia, no último dia 21 de maio, pelo Campeonato Espanhol da temporada 2022/2023. Ele pretende seguir com a ação judicial.
Além de Vinicius Junior, também estiveram no tribunal o advogado dos três jovens, com idades entre 18 e 21 anos, identificados como responsáveis pelos insultos ao brasileiro. Manuel Izquierdo disse que o atacante "teve uma atitude arrogante" e que "provocação é inerente ao futebol". Representantes da Federação Espanhola, da LaLiga e do Real Madrid estavam presentes na audiência. Segundo o portal El Plural, o zagueiro brasileiro Éder Militão foi outro convocado para depor no dia 23 de novembro. A entidade que promove o Campeonato Espanhol abriu processo constatado que o atleta foi outra vítima de insultos no mesmo dia.
Através de comunicado oficial, o Valencia criticou Vinicius Junior alegando que o atleta "afirmou que todo o estádio Mestalla lhe proferiu insultos racistas". O clube exige que o atacante se retrate da declaração.
"O Valencia entende que se deve ser escrupulosamente preciso e responsável nesse tipo de manifestação. Não se pode classificar os torcedores do Valencia de racistas, e o Valencia exige que Vinicius Jr. retifique publicamente sua alegada declaração desta manhã", diz a nota.
RELEMBRE O CASO
No último dia 21 de maio, Vinicius Junior foi alvo de ataques racistas por parte da torcida do Valencia durante a derrota do Real Madrid por 1 a 0. Ele foi chamado de macaco por gritos vindos das arquibancadas do estádio Mestalla. O brasileiro chegou a apontar os autores da injúria racial e uma confusão foi formada entre os jogadores e torcedores. O camisa 20 do time merengue acabou sendo expulso, mas teve o cartão vermelho anulado pelo Comitê de Competição dias depois.
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos antidemocráticos do 8 de Janeiro começa sua série de depoimentos nesta terça-feira (20), com o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques. Ele comparece à CPI do 8/1 no papel de testemunha.
A decisão sobre quais seriam os primeiros ouvidos foi tomada na última quarta (14), durante reunião da mesa da colegiado. A sessão seguinte, em 22 de junho, será para colher o depoimento de outro convocado: George Washington de Oliveira Sousa, um dos envolvidos na tentativa de explosão de uma bomba no Aeroporto de Brasília, em dezembro do ano passado. Washington foi condenado a 9 anos e 4 meses de prisão. As informações são do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
Os convocados, na condição de testemunha, são obrigados a comparecer à comissão para prestar informações. Os investigados, no entanto, têm o direito de recusar a participação.
O homem agredido ao lado de uma mulher na parte externa de um mercado da Rede Carrefour, em Salvador, prestou depoimento à polícia na quinta-feira (11). Imagens feitas pelos agressores viralizaram nas redes sociais e causaram repercussão em todo o país.
Em documento que a TV Bahia teve acesso, o rapaz disse que os suspeitos usaram uma barra de ferro para agredi-lo na cabeça e na perna. As imagens não mostram esse momento da ação e não foi detalhado se o jovem passou por exame de corpo de delito.
O agredido, um jovem de 19 anos, relatou ter sido abordado por sete seguranças do supermercado, todos estavam sem fardamento, portavam armas de fogo e um estaria a bordo de uma motocicleta.
Ele disse ter sido agredido na costela, pescoço, cabeça e partes íntimas com socos, tapas e chutes. Além da agressão física, o homem disse ter sido agredido verbalmente com diversos xingamentos, como é possível ouvir no áudio do vídeo.
A mulher que estava com o jovem e também foi agredida não prestou depoimento. Ele disse que o furto de leite foi realizado para alimentar a filha de um ano da mulher, pois eles estavam passando por necessidades financeiras.
O jovem também alegou ter sido ameaçado. Os seguranças teriam tirado fotos dele e da sua companheira e disseram que seriam enviadas para que policiais da região matassem eles. Após as agressões na parte externa do estabelecimento, ele disse que foi levado para dentro do mercado onde foi agredido e ameaçado de morte novamente.
Em nota enviada à emissora sobre o depoimento, o Grupo Carrefour reforçou que registrou a ocorrência de agressão e lesão corporal, desligou a liderança e a equipe de prevenção da loja, além de rescindir o contrato com a empresa responsável pela segurança da área externa do mercado.
O advogado do casal, Walisson dos Reis, reconhece que houve um erro na conduta do casal, de furtar pacotes de leite em pó, mas reafirmou que um crime de menor potencial ofensivo não pode justificar o espancamento. O defensor afirmou ainda que as imagens foram divulgadas pelos próprios seguranças, como forma de constranger e humilhar os dois.
Também de acordo com o advogado, a mulher agredida iniciou um trabalho com carteira assinada e quase foi demitida por causa da repercussão. "Queriam mandá-la embora do emprego, devido a essa repercussão. Eu falei a ela: ‘tenha calma, eu estou chegando, vamos à delegacia. Vocês vão dar o depoimento de vocês'. A gente precisa estar atento, a polícia da Bahia precisa investigar a fundo".
LEMBRE O CASO
A Polícia Civil (PC) abriu inquérito para investigar as agressões sofridas pelo casal na parte externa de um supermercado da rede Carrefour, que ainda funciona como Big Bompreço, ao lado do Shopping Salvador Norte, no bairro de São Cristóvão, em Salvador.
A PC informou que não houve registro oficial do caso na 12ª Delegacia Territorial de Itapuã, porém, a unidade tomou conhecimento do crime através dos vídeos e iniciará as apurações dos fatos.
Em nota, a Carrefour afirmou que fez uma denúncia de agressão e lesão corporal e que a denúncia foi registrada eletronicamente, com número de protocolo 2023/0000257096-0, e encaminhada à 12ª Delegacia Territorial - Itapuã.
O ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias chegou à sede da Polícia Federal, na Asa Norte, em Brasília, por volta das 8h40 da manhã desta sexta-feira (21) (leia mais aqui, aqui e aqui). A informação é do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou, na quarta-feira (19), que a Polícia Federal colha o depoimento do general a respeito de imagens veiculadas pela CNN Brasil, na qual o militar aparece circulando nas dependências do Palácio do Planalto, no dia 8 de janeiro.
Naquele dia, criminosos invadiram e destruíram as sedes dos Três Poderes: Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF).
“Na data de hoje, a imprensa veiculou gravíssimas imagens que indicam a atuação incompetente das autoridades responsáveis pela segurança interna do Palácio do Planalto, inclusive com a ilícita e conivente omissão de diversos agentes do GSI”, escreveu Moraes.
Veja o vídeo:
Segundo o novo ministro interino do, Ricardo Cappelli, esta sexta-feira também será dia de “novas reuniões no GSI”, para apurar as imagens.
Após a divulgação dos vídeos, Gonçalves Dias pediu demissão do cargo, na noite de quarta-feira (19). É a primeira baixa no alto escalão do governo Lula, pouco tempo depois de completar 100 dias. Nas gravações é possível ver, além de Gonçalves Dias, militares do GSI, que são responsáveis pela segurança de autoridades e do Planalto, guiando os invasores para portas de saída, em clima ameno.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou que conversou pessoalmente com o ex-chefe da Receita Federal, Júlio César Vieira Gomes, sobre as joias sauditas que foram retidas no Aeroporto de Guarulhos em outubro de 2021. As informações foram publicadas pela TV Globo, que teve acesso aos depoimentos.
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"O declarante [Bolsonaro] solicitou ao ajudante de ordens, coronel Cid, que obtivesse informações acerca de tais fatos; que o ajudante de ordens oficiou a Receita Federal para obter informações; que neste ínterim o declarante estabeleceu contato com o então chefe da Receita Federal, Júlio, cujo sobrenome não se recorda, e salvo engano, determinou que estabelecesse contato direto com o ajudante de ordem; que as conversas foram pessoalmente, pelo o que se recorda", diz um dos trechos.
Segundo a TV Globo, Bolsonaro se contradisse sobre ter tentado resgatar as joias, avaliadas em R$ 16,5 milhões, no fim de seu mandato. Primeiro, o ex-presidente diz que "a intenção de que as joias fossem retiradas na Alfândega antes do declarante viajar para os Estados Unidos era para não deixar qualquer pendência para o próximo governo e evitar um vexame diplomático" e que esse 'vexame' seria "em razão de aparentar descaso com o presente de uma nação amiga, permitindo seu leilão".
Depois, ao ser questionado sobre "o motivo pelo qual Mauro Cid, Julio Cesar e José de Assis se empenharam tanto para tentar retirar as joias pela Alfândega no dia 29/12/2022, inclusive com ligação pessoal do Julio Cesar para o integrante da Ajudância de Ordens que foi retirar as joias (Jairo), mesmo sabendo que não estava pronta a documentação necessária, o declarante afirma não ter ideia de tal possível empenho. Que, em razão do tumulto que foram seus últimos dias de governo, sequer teve cabeça para se preocupar com o assunto em questão."
O ex-presidente também informou que foi avisado sobre a existência das joias sauditas entre o final de novembro e começo de dezembro de 2022. Ele disse não se lembrar quem o avisou sobre os itens, mas que é possível que tenha sido alguém ligado ao Ministério de Minas e Energia.
Pivô de uma campanha online conhecida como #FreeBritney, promovida por fãs, Britney Spears vai depor no julgamento sobre a tutela do pai, Jamie Spears, sobre sua vida e negócios. De acordo com o G1, a informação foi divulgada pelo advogado da artista, nesta terça-feira (27).
Segundo a publicação, um juiz de Los Angeles agendou a audiência para o dia 23 de junho, após um pedido da defesa da cantora. Apesar dos apelos dos fãs que acreditam que o controle do pai - em vigor desde 2008 - deve acabar, Britney raramente fala de forma direta sobre o tema, mas agora romperá o silêncio.
No ano passado, a artista já havia recorrido à Justiça para retomar o controle de sua finanças (relembre), na ocasião, o advogado da cantora afirmou que ela tinha “medo” do pai. Em fevereiro, um juiz decidiu que Jamie Spears e Bessemer Trust supervisionariam juntos a carreira da estrela pop, negando o pedido do pai para manter o poder exclusivo. O caso, no entanto, segue em andamento.
O interesse no imbróglio jurídico e familiar da cantora cresceu com o lançamento do documentário "Framing Britney Spears", lançado em fevereiro. A produção narra a história da artista, mostrando o colapso pelo qual ela passou, resultando na tutela legal do pai sobre sua vida e finanças.
O diretor financeiro a administrativo da Universal Music Brasil, Afridsman Muzzy Neto, foi ouvido na Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), nesta quarta-feira (16). De acordo com informações do jornal O Globo, ele representa a gravadora diante da operação Tempo Perdido, que na semana passada apreendeu gravações da Legião Urbana em um depósito no Rio de Janeiro (saiba mais aqui e aqui). Coordenada pelo delegado Maurício Demétrio, a operação recolheu 91 fitas com suposto material inédito de Renato Russo, e por isso, serão entregues ao filho e herdeiro do artista, Giuliano Manfredini.
"A Universal Music prestou esclarecimentos na investigação, da qual não é parte, pois foi surpreendida com Mandado de Busca e Apreensão de gravações do Grupo Legião Urbana, material este de exclusiva titularidade da gravadora EMI, cujo catálogo foi adquirido pela Universal Music. O material apreendido estava custodiado em local adequado e com capacidade para assegurar sua boa guarda e manutenção. Para além da surpresa, destaca sua preocupação quanto ao local para aonde o referido material foi levado considerando que condições precárias de guarda poderão causar danos irreparáveis às fitas originais contendo gravações do Grupo Legião Urbana, produzidas e pertencentes ao catalogo da prestigiosa EMI, depositaria de grande parte da história musical deste país”, declarou a gravadora, em nota, após o depoimento.
O ex-motorista Fabrício Queiroz, um dos principais implicados no escândalo envolvendo rachadinhas e funcionários fantasmas no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, foi orientado pelo presidente Jair Bolsonaro a faltar um depoimento no Ministério Público do Rio.
De acordo com informações da coluna de Guilherme Amado, na revista Época, a informação está no livro “Tormenta - O governo Bolsonaro: crises, intrigas e segredos”, de autoria da jornalista Thaís Oyama, que tem lançamento previsto para a próxima segunda-feira (20).
Na obra, a repórter conta que os advogados de Bolsonaro e Queiroz combinaram de o ex-motorista comparecer ao interrogatório em dezembro de 2018 e dizer que não poderia falar até que sua defesa tivesse acesso ao processo. Por ordem de Bolsonaro, ele destacaria ainda que a família do presidente recém-eleito não tinha relação com o caso. Ainda segundo publicação, a iniciativa tinha como objetivo evitar que Queiroz não levasse fama de fujão e também blindar a imagem de Jair e Flávio Bolsonaro.
O plano teria sido abortado dois dias antes do depoimento, por ordem do próprio Bolsonaro, que foi convencido por um advogado amigo de que a estratégia mais eficiente para abafar a história seria levar o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF). De fato, o caso foi ao STF, onde a defesa de Flávio conseguiu uma liminar de Dias Toffoli para paralisar por um tempo as investigações.
Chamado como testemunha de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no processo em que ele é acusado de ter recebido vantagens indevidas no sítio de Atibaia, o jornalista e escritor Fernando Morais teve seu depoimento interrompido pelo juiz Sérgio Moro, sob alegação de que estaria fazendo “propaganda”. Morais contou que desde 2011 acompanhava todas as viagens de Lula, para escrever um livro sobre o petista, e que de fato o ex-presidente realizou as palestras que são investigadas pelo Ministério Público Federal (MPF) sob suspeita de terem sido usadas como forma de transferência de propina. "Depois que ele deixou a Presidência da República, eu fui contratado por duas editoras, uma brasileira e uma norte-americana, Companhia da Letras no Brasil, e a Penguin, nos EUA, para escrever um livro, que não é uma biografia. O projeto original, o contrato original que eu fiz com a Penguin e com a Companhia, era de escrever a partir da prisão dele em 1980 até o fim do mandato dele em 2010. O livro terminaria aí. No entanto, como eu grudei no calcanhar dele, se o senhor me permite a expressão vulgar, nos últimos sete anos, eu achei que seria um desperdício profissional eu ter tido o privilégio de conviver com ele durante toda essa crise que estamos vivendo até hoje, desde o golpe contra a presidente Dilma Rousseff até agora, então propus as meus editores que eu fizesse o livro em dois tomos”, relatou FernandoMorais, que em seguida foi questionado pelo advogado de Lula, Cristiano Zanin, sobre a realização das palestras.
Confira o vídeo do depoimento:
“Eu imaginei que essa pergunta pudesse ser feita pelo senhor ou pelo juiz Sergio Moro. Hoje de manhã eu descobri que fui a 18 países com o presidente Lula. Eu assinalei aqui, por causa da pressa, vim correndo para cá: África do Sul, Alemanha, Angola, Cuba, Espanha, Etiópia, França, Índia, Inglaterra, México, Moçambique e Portugal. Eu ficava sempre no mesmo hotel, ou se era uma casa reservada para ele pelos anfitriões eu ficava sempre junto com ele”, relatou o jornalista. “Uma particularidade, não sei se interessa para o julgamento do Dr Moro, é que em nenhum momento ele disse para mim: ‘Olha, na hora que eu tiver que tratar de um assunto particular, eu te aviso e você sai’. Isso é muito comum, não seria uma indelicadeza da parte dele. Eu já fiz outros perfis, inclusive de um presidente em exercício, o presidente Collor, e o combinado foi isso: na hora que ele quisesse tratar de assuntos reservados, alguém me tiraria do gabinete, da casa, ou de onde ele estivesse”, disse ele a Moro, destacando que assistiu a todas as palestras e que elas foram gravadas e fotografadas. “Então eu posso dizer que nessas viagens eu o acompanhei 24h por dia. Só não dormia com ele. Nos momentos que ele estava acordado, fosse em avião, fosse em jantar, fosse com chefes de Estado – e em muitos casos ele foi recebido por chefes de Eestado dos países que estava visitando – ou fosse com personalidades. Eu me lembro, por exemplo, que nós estávamos na Inglaterra [e] ele foi fazer um...” disse Fernando Morais, que foi interrompido quando relatou um encontro com Bono Vox, em Londres, e que o cantor elogiou Lula ao dizer que depois de Mandela, apenas o ex-presidente do Brasil poderia unir ricos e pobres, brancos e negros e gordos e magros. Moro então afirmou que a questão não tem relevância para o julgamento. “Acho que o processo não deve ser usado para esse tipo de propaganda”, acrescentou o juiz, dizendo que questões "meritórias" devem ser divulgadas fora do processo. “Propaganda?”, o escritor tentou retrucar e pediu a palavra, mas Moro não o deixou falar. A defesa argumentou então que o depoimento era uma forma de reunir provas de que as palestras realmente foram feitas e que os encontros eram transparentes. Outra vez com a palavra, após pergunta de Zanin, Fernando Morais disse que repudiava a comparação com propaganda e que suas viagens eram pagas pela editora. O jornalista disse ainda não ter razão para fazer publicidade de quem quer que seja, e que não iria “jogar fora” a carreira de 50 anos para fazer propaganda de um ex-presidente.
Rodrigo Hilbert foi intimado a depor na 14ª Delegacia de Polícia, no bairro do Leblon, no Rio de Janeiro. De acordo com informações publicadas na coluna de Ancelmo Gois, no jornal O Globo, nesta terça-feira (20), o motivo da intimação é o episódio no qual o apresentador matou um filhote de ovelha durante o programa “Tempero de Família” (GNT), em março do ano passado (clique aqui e relembre a polêmica). Ainda segundo o colunista, uma ONG que atua no âmbito dos direitos dos animais prestou queixa na delegacia de São Joaquim (SC), onde foi gravado o programa, mas, como Hilbert vive no Rio, a polícia pediu que ele prestasse depoimento na cidade onde mora. Na ocasião da polêmica, o apresentador chegou a pedir desculpas ao público e à sociedade. “Venho de uma família grande, igual a muitas outras nesse Brasil, que tem como tradição plantar e criar o próprio alimento que consome. Foi com esse espírito que a nova temporada do ‘Tempero de família’ se ergueu, com o objetivo de documentar a vida desses pequenos produtores, que cultivam e criam para o autoconsumo. Não tínhamos a intenção de incitar qualquer violência contra animais, mas apenas de registrar o dia-a-dia desses trabalhadores que lutam para criar e alimentar suas famílias. No entanto, por também respeitar aqueles que se manifestaram contra as cenas exibidas no programa, retiraremos as imagens em questão do episódio”, disse Rodrigo Hilbert à época do incidente.
De acordo com uma das advogadas que conduziu o interrogatório de Cosby, Constand chorou durante seu testemunho.
Veja o vídeo:
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.