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Artigos

Paulett Furacão
Quarto dos Fundos
Foto: Maísa Amaral / Divulgação

Quarto dos Fundos

Toda a tragédia que foi velejada pelos mares do Atlântico, ancorou erroneamente nas águas da ambição para construir um modelo de país que decidiu projetar um futuro de expugnação exclusiva, buscando através da escravidão das raças o seu principal atrativo. Após a bem-sucedida invasão do patriarcado europeu a poderosa fonte inesgotável de riquezas, chamada Pindorama, mais tarde rebatizada pelos invasores de Brasil, dizimou os povos originários, sequestrou as realezas africanas e perpetuou um sistema capitalista e higienista que perdura hodiernamente.

Multimídia

“É uma estratégia do PT”, afirma Luciano Simões sobre a ‘pulverização’ de candidaturas em Salvador

“É uma estratégia do PT”, afirma Luciano Simões sobre a ‘pulverização’ de candidaturas em Salvador
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (15), o presidente do União Brasil em Salvador e deputado estadual, Luciano Simões Filho, afirma que a redução no número de candidaturas na capital é “uma estratégia do PT”, que há 20 anos busca estratégias para se eleger no município. Este ano, o PT buscou uma articulação da base em torno do vice-governador e candidato emedebista, Geraldo. 

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

ditadura

Justiça do Trabalho determina readmissão de bancário 59 anos depois de ser preso pela ditadura militar
Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade

Com 80 anos de idade, o bancário Osmar Ferreira se dirigiu a uma agência bancária do Bradesco, em Feira de Santana, na manhã desta quarta-feira (26), não para sacar a aposentadoria, buscar serviços ou solucionar pendências, como se espera de um cidadão nesta fase da vida.

 

Ao contrário, o idoso foi ao banco, localizado na Rua Conselheiro Franco, na esquina com a Rua Olímpio Vital, para levar um documento de readmissão, mediante decisão da Justiça do Trabalho, 59 anos depois de ter sido demitido, após ser preso injustamente no período da ditadura militar.

 

“Foi o meu primeiro emprego, quando eu tinha 17 anos. Comecei a trabalhar no dia 6 de setembro de 1960. Em 1961, fui convocado para ajudar na fundação da Associação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Feira de Santana, e isso nós conseguimos fazer. Foi feita a primeira eleição, e eu também fui eleito para fazer parte da diretoria", disse Osmar ao Acorda Cidade.

 

"Em 1963, essa associação foi transformada em sindicato, a diretoria continuou e em setembro do mesmo ano foi convocada uma nova eleição para a entidade, onde eu fui eleito suplente do presidente. Aí veio, infelizmente, 64, com um golpe militar terrível, e os sindicatos foram fechando e as associações também”, acrescentou.

 

Osmar Ferreira se recorda que no dia 2 de abril, a polícia invadiu a sede do Sindicato dos Bancários de Feira de Santana, na Praça Bernardino Bahia. Jogaram máquinas de escrever pela janela, documentos, mimeógrafos e, após deixarem um rastro de destruição, nomearam interventores. Dias depois, o bancário foi levado para a prisão.

 

“Fui preso no dia 8 de abril de 1964, por volta das 11h, dentro da agência um dia depois de ter completado 21 anos. Fui preso por um sargento do Exército e mais dois sargentos da Polícia Militar, armados com metralhadoras. A alegação é que eu era comunista, pelo fato de ser diretor sindical e líder do movimento. Fiquei 12 dias preso. Sai da prisão no dia 20 de abril de 64. Fiquei desempregado, não achava emprego em lugar nenhum e tive que me tornar caminhoneiro, igual ao meu pai”, contou.

 

Com a criação da lei que instituiu a Comissão Nacional da Verdade em 2011 pela então presidenta Dilma Rousseff, para apurar violações aos direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988, período que inclui a ditadura militar, o ex-bancário entrou com uma ação na Justiça pedindo reparação moral e indenização.

 

Segundo Osmar Ferreira, a juíza homologou um valor a ser pago pela instituição financeira de 5 milhões e 425 mil reais. No entanto, o banco recorreu, alegando que o idoso não tinha direito a receber esse dinheiro e sugeriu sua readmissão, que foi aceita pela Justiça.

 

“O banco entrou com uma petição alegando que eu não tinha direito e depois de ter sido notificado da homologação e da penhora do valor, ele não se manifestou em nada. Quando foi agora entrou com uma petição argumentando que eu não tinha direito a valor nenhum, e sim a readmissão. É um fato inédito no Brasil, e eu tenho que voltar, depois eles que me mandem embora novamente, porque foi uma determinação judicial. Não vou receber a indenização”, declarou.

 

Agora, novamente parte da categoria bancária, Osmar Ferreira diz que irá fazer o teste para a readmissão, mas que no auge dos seus 80 anos não sabe como será este retorno ao interior de uma agência.

 

“O banco não vai pagar e eu vou voltar com força total. Hoje foi entregue o documento da juíza ao banco para me readmitir. O banco agora é que vai resolver o que vai fazer comigo. Não sei se durante o exame readmissional terei condições físicas para voltar ao trabalho, aos 80 anos de idade. Não tenho esperança de receber nenhum valor.”

 

Apesar do desfecho do caso, o idoso espera que sua história sirva de exemplo para os trabalhadores em geral. “Eu espero que esse seja um exemplo para a classe bancária e a classe trabalhadora, que não devemos desistir nunca de lutar, deve lutar até conseguir a vitória final.”

 

O ex-presidente do Sindicato dos Bancários Eliezer Ferreira considerou que, embora tenha havido a readmissão, a decisão judicial trouxe mais uma conotação de cidadania, de luta pelos direitos: “Foi um cidadão injustiçado jovem, que assim que adquiriu a maior idade, o Exército o tirou do emprego, dentro da agência e o levou preso, vindo a ser demitido com essa situação. No futuro, houve a anistia e ele entrou na Justiça em busca do emprego, que infelizmente a Justiça deu uma readmissão, diferente de reintegração. Com a readmissão, ele estará voltando ao emprego agora, e a reintegração seria ele ter o emprego da época de 64 restaurado. E ele teria todos os seus direitos a receber, que no momento não vai ter, terá apenas o emprego de volta.”

Ministério dos Direitos Humanos anuncia semana pela recuperação da memória, verdade e justiça
Foto: Ricardo Stuckert / PR

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) lançou um selo, nesta sexta-feira (24), em alusão à "Semana do Nunca Mais" – período dedicado à preservação da memória, da verdade, da luta pela democracia e justiça social, no qual uma série de iniciativas marcam a retomada das agendas institucionais.

 

Com o tema "Memória Restaurada, Democracia Viva", a Semana será efetivamente iniciada na segunda-feira (27). Em Brasília, o assessor especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade do MDHC, Nilmário Miranda, participará de ato na ponte Honestino Guimarães, que faz a ligação do Setor de Clubes Sul ao pontão do Lago Sul.

 

Ao ser inaugurada em 1976, a ponte recebeu o nome do presidente militar Costa e Silva. Em 2015, a ponte chegou a ter o nome alterado e, após decisão judicial, a ponte voltou a ser chamada pelo primeiro nome. Em 2021, um projeto de lei que retoma o nome de Honestino Guimarães foi aprovado pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, mas vetado pelo governador Ibaneis Rocha. No ano passado, o veto foi derrubado e a ponte voltou a ter o nome do líder estudantil brasileiro que, em razão de sua militância no movimento estudantil, foi preso por quatro vezes – da última prisão, em 1973, Honestino nunca retornou.

 

A Semana do Nunca Mais segue até 2 de abril, período que faz referência ao ciclo da história do Brasil em que o apagamento cultural e o autoritarismo tentaram mudar o curso dos acontecimentos reais e escusos aos interesses democráticos, progressistas e em defesa da dignidade humana. No dia 31 de março de 1964, o país sofreu um golpe militar que causou violações de direitos humanos já amplamente conhecidos.

Caetano vai à Justiça após Conrado acusá-lo de receber dinheiro por exílio na ditadura
Foto: Divulgação

Caetano Veloso recorreu à Justiça após ser acusado de receber “ muito dinheiro” público em virtude do período em que ficou exilado na ditadura militar. 

 

De acordo com informações da coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, o cantor e compositor apresentou uma interpelação judicial junto ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro contra o ator, que é casado com Andréa Sorvetão.

 

A queixa de Caetano se dá após uma entrevista dada por Conrado em 5 de outubro, na qual disse que o músico baiano “recebeu dinheiro por ter sido exilado”.  “O país dava um dinheiro para eles [músicos de esquerda] como recompensa disso, durante anos e anos e anos recebendo, entendeu?", declarou o marido de Sorvetão, na ocasião.

 

Agora os advogados do músico querem que Conrado se explique sobre a afirmação e, caso ele mantenha a versão, exigem uma retratação pública.

Paulinho Boca prepara livro sobre sua trajetória e 'histórias hilárias' dos Novos Baianos
Foto: Xicu Sales/Divulgação

Paulinho Boca de Cantor não ficou parado na pandemia. Além de lançar um disco de inéditas nesta sexta-feira (20), ele aproveitou o período de quarentena para “fazer um esboço” de um livro sobre sua trajetória antes e depois dos Novos Baianos. A publicação receberá o mesmo título do novo álbum do músico, “Além da Boca”.

 

“Conto algumas histórias hilárias, que são crônicas que se chamam ‘Pérolas soltas e pérolas loucas’, em que eu conto histórias hilárias dos Novos Baianos”, revela o artista, que já adiantou ao Bahia Notícias alguns dos temas que estarão nas páginas da obra. “Nosso enfrentamento à ditadura militar nos anos 1970, quando nós começamos, como a gente se virou para driblar a ditadura e a censura. Tudo isso eu vou contar neste livro”, diz Paulinho Boca.

 

O músico contou ainda que o projeto será lançado em formato digital e que duas editoras já estão interessadas em lançar a obra, ainda sem data prevista de conclusão.

 

“O livro ainda não [tem previsão de lançamento], porque o disco dá tanto trabalho… Eu até tentei ver se lançava tudo junto, mas é melhor, sabe. Porque o foco agora é o disco, tentar fazer show e, bem baianamente do meu jeito, eu vou fazendo. Porque eu não escrevo, eu gravo as histórias e depois eu tenho que passar pra uma pessoa digitar”, explica. 

Relatos autobiográficos de Emiliano José sobre a ditadura compõem trama do seu novo livro
Foto: Reprodução / Carta Maior

Os relatos sobre os quatro anos que passou sob custódia do Estado - governado na época pelo regime militar -, das torturas sofridas e todo o percurso na clandestinidade política são alguns dos fatos que o autor baiano Emiliano José traz na autobiografia "O Cão Morde a Noite".

 

"Ele nasceu de uma iniciativa minha de ir, ao dia-dia, durante quase dois anos, publicando nas redes sociais como uma novela. É uma autobiografia que pega da minha infância, até o momento da minha saída da prisão. Cobre desde 1946 a 1974, quando concluí os quatro anos de prisão". 

 

Nas mais de 400 páginas do livro, editado pela EDUFBA, memórias pessoais de um passado não tão distante vêm à tona e se cruzam com a história amigos com quem Emiliano José compartilhou momentos de luta. Alguns destes companheiros, assim como ele, também foram torturados. 

 

"Eu percorro a trajetória, mas esse percurso nunca é solitário. É com muita gente, com circunstância, com a conjuntura, com muitos companheiros que viveram comigo e às vezes mais longamente, como é o caso do Theodomiro Romeiro dos Santos", conta Emiliano, citando o caso do primeiro civil condenado à pena de morte no período republicano Brasileiro, com base na Lei de Segurança Nacional.

 

"Conto da minha infância com detalhes, da minha juventude, a chegada à luta revolucionária, da minha militância, chego à minha prisão aqui na Bahia, passo pela tortura - essa é a primeira vez que conto em detalhes como foi minha tortura - e depois eu detalho o que foi a Galeria F na penitenciária Lemos de Brito", descreve.

 


Capa do novo livro de Emiliano José | Foto: Divulgação

 

Questionado sobre como a escrita pode ter funcionado para ele como uma forma de expôr seus traumas de alguma maneira mais sutil para si mesmo, ele comenta que começou a escrever sobre o tema há cerca de 20 anos, quando, ainda no jornal A Tarde, escrevia relatos sobre a ditadura militar. "Ali eu comecei a falar sobre a tortura."

 

"Quando li [pela primeira vez], publicado no jornal, o meu relato sobre a minha tortura, levei um choque", conta o escritor. "São feridas, eu costumo dizer isso, que não fecham. Elas estão lá, no nosso corpo e na nossa alma", comenta, dizendo que estas questões se relacionam com a condição humana e suas emoções.

 

Durante a conversa, por telefone, Emiliano também lembra de autores como Rachel Rosenblum, que falam sobre regimes autoritários e rememoração de momentos traumáticos. "Talvez a minha catarse, meu enfrentamento, seja contar, falar as coisas", revela.

 

Emiliano também opina sobre atitudes que neguem ou questionem a atuação da mão armada do Estado brasileiro contra opositores do regime instaurado no país com o golpe de 1964, como a ocasião em que o presidente Jair Bolsonaro pôs em dúvida as torturas sofridas pela ex-presidente Dilma Rousseff (entenda aqui).

 

"Me sinto enojado e indignado. O sujeito [Bolsonaro] simultaneamente é um farsante - ele sabe que ocorreu - e um covarde. Aliás, essa é a marca das ditaduras, elas são constituídas de covardes. Não houve combate, eles mataram centenas e centenas de pessoas na tortura", dispara Emiliano, argumentando que há uma frustração do presidente por não ter atuado diretamente nos atos de tortura de presos políticos. "Estou no combate contra este cidadão", completa.

 


Emiliano no lançamento da biografia de Waldir Pires | Foto: Divulgação

 

Aos 74 anos, Emiliano acumula uma história repleta de livros, ocupações e outros rótulos. Ele é autor de outras 15 obras literárias, foi deputado, além de ter atuado como jornalista e professor. Agora ele carrega o título de imortal. Acolhido pela Academia de Letras da Bahia (ALB), a mesma que já prestigiou nomes como João Ubaldo Ribeiro e Rui Barbosa, ele será empossado em março como o ocupante da cadeira de número 1.

 

"O Cão Morde a Noite" será lançado em fevereiro, através de um evento virtual. O prefácio do livro é do reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), João Carlos Salles, e a apresentação é do jornalista baiano Adilson Borges. 

Caetano narra efeitos da prisão na Ditadura na sexualidade: 'apagou atração por homens'
Foto: Divulgação/Aline Fonseca

Preso durante a Ditadura Militar, o cantor e compositor Caetano Veloso disse neste sábado (6) que os 54 dias que passou encarcerado apagaram a atração que ele sentia por outros homens. O artista baiano foi uma das atrações do penúltimo dia da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) 2020, e entre os temas discutidos esteve o binarismo sexual e de gênero. As informações são de reportagem do jornal O Globo. 

 

Caetano passou 54 dias preso sob a acusação de ser um cantor “subversivo e desvirilizante”. O artista narra algumas das situações vividas no período no documentário "Narciso em Férias", gerado a partir do conteúdo do livro intitulado da mesma forma e lançado pela Companhia das Letras. 

 

Na Flip, Caetano contou que o título foi inspirado em um livro de F. Scott Fitzgerald."Fiquei numa solitária. Depois de alguns dias sem ninguém falar comigo, deitado no chão, houve uma espécie de apagamento do meu reconhecimento de mim mesmo. Senti que Narciso estava, de fato, em férias", lembrou.

 

Em outro ponto da participação na Flip, traz a reportagem, Caetano narrou alguns dos efeitos da prisão na sexualidade dele. "O espaço muito masculino da prisão militar causou outro apagão no Narciso aqui, que foi da atração sexual e sentimental por homens. Fiquei com uma rejeição sexual em relação à figura dos homens, que eu não tinha", lembrou o artista.

 

A participação de Caetano Veloso na Flip foi uma das mais aguardadas. A mesa foi chamada de “Transições”, a conversa foi gravada anteriormente e contou com a mediação do jornalista mexicano Ángel Gurría-Quintana, traz O Globo. 

Após ataques, live de Teresa Cristina volta a cair; seguidores apontam 'censura'
Foto: Divulgação

Rainha das lives durante a quarentena, Teresa Cristina cancelou algumas das suas transmissões diárias há uma semana por causa de ataques virtuais e tentativas de hackeamento de sua conta no Instagram. E na noite desta quinta-feira (22) a artista voltou a ter problemas com a plataforma. 

 

"Minha live caiu mais uma vez às 20h36. Estou até esse momento aguardando uma resposta do Instagram. Peço desculpas a todos que estavam acompanhando", escreveu a artista, após o último incidente. 

 

Diante do ocorrido, seguidores - entre anônimos e famosos - lamentaram a interrupção, cobraram uma resposta do Instagram e apontaram a existência de “censura”. "Toda vez que falam do Lula ou PT ou Haddad acontece isso. Ou as lives somem, ou as lives caem. Que inferno! Ditadura começou", disse um seguidor. “Absurdo, Tete. Censura na sua live [e no show] do Caetano. Tempo difíceis!”, criticou outra.

 

“Puxa vida! Instagram, vamos resolver isso! Tá muito feio”, comentou o pianista Jonathan Ferr. “PQP... Assim não dá... Tanta exigência, tantos critérios pra se ter uma conta verificada... Cadê segurança pros usuários, Instagram? Hoje mesmo tentaram invadir a minha também... De novo”, questionou a cantora e atriz Simone Mazzer.

 

Um outro seguidor ofereceu apoio profissional para tentar resolver o problema na Justiça. "Teresa, você deve notificar o Instagram judicialmente. Sou advogado e posso fazer pra você. Essa é uma causa social, portanto meu trabalho pra você é voluntário. Pode me chamar!", sugeriu Tiago Vila Nova.

'Narciso em Férias': Caetano lança playlist imersiva com depoimentos sobre sua prisão
Foto: Divulgação / Uns Produções

O cantor e compositor Caetano Veloso lançou, nesta sexta-feira (11), uma playlist imersiva com podcasts relatando a época em que foi preso pela ditadura militar, em 1968, e o período que se sucedeu, com seu exílio (confira aqui).

 

Os episódios estão disponíveis no Spotify e contam com fragmentos inéditos do depoimento que o artista baiano deu durante as gravações do documentário "Narciso em Férias", lançado no último dia 7 de setembro no Festival de Veneza e na Globoplay (veja aqui).

 

O material intercala a narração do santamarense e músicas que marcaram sua detenção ou que têm relação com o período. Dentre as faixas estão canções de seu repertório como "Tropicália", "Irene" e "Terra". Ainda fazem parte da seleção as músicas "Panis Et Circenses", de Os Mutantes; "Divino Maravilhoso", de Gal Costa; "Súplica", de Orlando Silva; "Assum Preto", de Luiz Gonzaga; e "Hey Jude", dos Beatles.

 

Em um dos relatos, o primeiro deles, Caetano fala sobre a apresentação que meses depois descobrira ter sido a motivação para que fosse parar na cadeia. "Prisão essa que eu descobri que aconteceu por causa de 'fake news' de um jornalista sobre um show que fiz com Gil e Os Mutantes na Boate Sucata", comenta o baiano. 

 

"O show da Sucata eu tenho muito orgulho que tenha acontecido e que eu tenha feito parte dele. Nós fazíamos, junto com Os Mutantes, canções do Tropicalismo", completa, negado que tenha desrespeitado a bandeira e o hino como apontou o regime militar.

Doc mostra Bolsonaro dizendo a ambientalista Al Gore que quer explorar Amazônia
Foto: Reprodução / YouTube

O documentário "O Fórum", que mostra os bastidores do Fórum Econônico Mundial, em Davos (2019), estreou na última quinta-feira (20) e uma cena chama a atenção: uma conversa entre o presidente Jair Bolsonaro com o ex-vice-presidente dos Estados Unidos durante o governo Clinton, Al Gore, sobre a exploração da floresta amazônica. 

 

Durante o diálogo, o estadunidense revela que estão profundamente preocupados com a situação do desmatamento da Amazônia. E prossegue: "Lamento trazer essa questão em uma reunião informal, mas é algo que me toca profundamente". 

 

Em resposta, o presidente brasileiro afirma que a floresta "não pode ser esquecida" e que, devido à quantidade de riquezas, tem a intenção em "explorá-la junto com os Estados Unidos". Então Al Gore rebate: "Eu não entendi muito o que você quis dizer". 

 

 

Al Gore é conhecido pelo trabalho em prol do meio ambiente. Em 1993, escreveu “A Terra em Balanço”, em que fala sobre o aquecimento global e, inclusive, cita a luta do seringueiro acreano Chico Mendes, assassinado em 1988.

 

É dele também o filme “Uma Verdade Inconveniente”, que em 2007 lhe rendeu o Oscar de melhor documentário. No mesmo ano, ele ganhou o Prêmio Nobel da Paz pela luta contra o aquecimento global.

 

GAFE NO ENCONTRO
Durante o encontro entre Jair Bolsonaro e Al Gore, uma breve conversa sobre outra parte da história recente brasileira chegou a acontecer. Em um vídeo de divulgação do documentário "O Fórum", o estadunidense aparece comentando que é um grande amigo de Alfredo Sirkis, ex-militante da resistência armada ao regime civil-militar no Brasil. Al Gore não sabia da oposição entre Bolsonaro e o ecologista brasileiro.

 

Jair, que é capitão da reserva, diz que "lá atrás" foi um "inimigo do Sirkis na luta armada" e alega que "a história recém passada dos militares foi muito mal contada".

 

FILME SOBRE BASTIDORES
Dirigido pelo alemão Marcus Vetter, "O Fórum" é um registro sobre o Fórum de Davos. Nele, o cineasta mostra detalhes dos passos de Donald Trump no encontro de líderes globais, o enfrentamento de ambientalistas e da jovem Gretha Tumberg, além da participação de Bolsonaro em meio a críticas sobre a política de preservação da Amazônia brasileira pelo governo federal. 

 

A produção está disponível nos catálogos dos serviços de streaming Apple TV+, Vivo Play, Google Play, Now e Looke. Veja o trailer:

 

Comemorando 78 anos, Caetano Veloso faz live nesta sexta e revela 'medo de errar'
Foto: Reprodução / TV Globo

Santamarense, o quinto filho de "Dona Canô" e "Seu Zezinho" completa 78 anos nesta sexta-feira (7) com uma live aberta transmitida pelo serviço de streaming Globoplay. Ele contou, em entrevista ao Encontro com Fátima Bernardes, que está com "medo de errar". O show vai acontecer à partir das 21h30 e vai contar com a participação dos filhos dos seus filhos Tom, Moreno e Zeca Veloso.

 

"A gente ensaiou pouquíssimo, mas eu sinto alegria de estar passando as canções. Eu vou cantar canções que algumas não lembrava a letra toda. Estou ansioso, mas ao mesmo tempo com medo de errar", revelou Caetano, que no início da pandemia resistiu um pouco ao formato.

 

No início da conversa com a apresentadora, o cantor e compositor fez algumas considerações sobre o seu aniversário durante o período pandêmico."Esse ano é um ano atípico porque estou parado desde fevereiro. Eu fico observando muito o que acontece comigo, com a passagem do tempo, e eu me sinto essencialmente a mesma pessoa de sempre, isso inclui uma coisa que eu sempre tive, que é curiosidade. Então, as coisas que vão mudando com o envelhecimento me interessam em observar".

 

Durante a entrevista, Caetano falou sobre o filme "Narciso em Férias", documentário selecionado para o 77º Festival de Veneza e que relembra a prisão do cantor durante a Ditadura Militar no Brasil. "Tudo é doloroso naquele episódio. Foram dois meses na cadeia, começando por solitária e terror total, quase um enlouquecimento".

'Lila em Moçambique': Neta de Prestes conta suas memórias afetivas da infância no exílio
Foto: Divulgação

Na década de 1970, enquanto o Brasil atravessava uma ditadura militar que impedia famílias inteiras de viverem em plena liberdade, do outro lado do Atlântico Moçambique alcançava a sua independência política, implementando mudanças sociais significativas. Esse é o pano de fundo de "Lila em Moçambique", livro que marca a estreia da escritora Andreia Prestes na literatura infantil.

 

Publicado pela editora Quase Oito, o livro conta a história de Lila, uma criança brasileira que viveu a infância com os pais e os irmãos em Moçambique. Nele estão as memórias afetivas da escritora, que é neta dos ativistas Luis Carlos Prestes e João Massena e nasceu no exílio de seus pais. 

 

As memórias estavam adormecidas e despertaram em 2017, quando ela decidiu visitar Moçambique, 30 anos depois do seu retorno definitivo ao Brasil. Após rever a escola onde aprendeu a escrever as primeiras palavras em português, o Mercado Municipal onde seus pais compravam frutas como a massala e a tsintsiva e o prédio “33 andares”, onde morou com a família, surgiu a necessidade de contar para as crianças algumas histórias daquele período, para que possam desde cedo, perceber que o melhor presente que se pode ter na vida é a liberdade.


“A literatura nos ajuda a entender melhor o mundo em que vivemos, a nos colocarmos no lugar do outro, termos mais empatia e viajarmos sem sair de casa. Moçambique nos ensinou muito e gostaria de passar essa experiência para quem não conhece esse país africano”, diz Andreia Prestes.

 

A obra conta com ilustrações do Camilo Martins, que refletem a alegria da cidade africana de Maputo. O lançamento estava programado para acontecer em abril, mas por conta da pandemia e da impossibilidade de realizar encontros presenciais, a autora criou um perfil no Instagram, onde conversa com outros escritores sobre memórias afetivas e como elas influenciam a criação de novas obras. Para Andreia, a literatura tem um papel importante nesse momento de isolamento social, ela possibilita o encontro com a arte, com a imaginação. 

Marighella vira personagem de quadrinhos que contam passagens da vida de ativista
Foto: Divulgação

O ativista baiano Carlos Marighella (1911-1969) virou personagem de uma história em quadrinhos lançada pela Editora Draco. Além do filme, protagonizado pelo cantor Seu Jorge, o político terá sua vida retratada em uma série de três narrativas intituladas “Marighella #Livre”. 

 

Segundo o portal Omelete, a obra de 64 páginas irá contar momentos vividos pelo ativista, como a prisão e tortura sofridas no ano de 1936, além das lutas contra o regime ditatorial no Brasil, com destaque para os anos de 1964 e 1969. 

 

“Marighella #Livre” foi desenvolvida a partir da parceria do roteirista Rogério Faria, dos desenhistas Ricardo Souza (ZéMurai) e Jefferson Costa, além do cantor Phill Zr., responsável pela capa. 

 

Confira alguns trechos da história: 

 


Fotos: Divulgação 

Atuação de Regina Duarte no governo pode inviabilizar retorno da atriz às novelas da Globo
Regina em 'Tempo de Amar', sua última novela na Globo | Foto: Divulgação

A atuação de Regina Duarte como titular da Secretaria Especial da Cultura no governo Bolsonaro, assim como a mais recente polêmica à qual esteve envolvida durante entrevista à CNN Brasil, podem inviabilizar o retorno da atriz às novelas da TV Globo.

 

Conforme levantado pela coluna Notícias da TV, assinada por Daniel Castro, no Uol, 29 autores titulares da emissora assinaram o manifesto em repúdio às declarações de Regina à CNN (clique aqui). Na ocasião, a secretária de Cultura minimizou a ditadura militar e chegou a dançar uma música que remete ao período; justificou a omissão do governo para prestar homenagens póstumas aos artistas brasileiros mortos porque segundo ela a pasta não pode “virar obituário” e ainda deu um chilique, como ela mesma classificou, ao ser confrontada pela colega Maitê Proença sobre a ausência de políticas públicas de sua gestão voltadas para apoiar os artistas durante a pandemia.

 

O manifesto, que contou com a adesão de atores, cantores, intelectuais, produtores, diretores, jornalistas e também uma série de roteiristas, teve a assinatura Alcides Nogueira, nome importante da Globo, que, segundo a publicação, costumava ser um dos mais habituais parceiros de Regina Duarte na emissora. Nas últimas cinco novelas da atriz na TV carioca, duas contaram com roteiro dele, em parceria com Geraldo Carneiro e Bia Corrêa Lago, que também endossaram o protesto.

 

Dos outros três trabalhos recentes de Regina Duarte, dois também são de autoria de escritores que rechaçam a sua postura: Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari, de “A Lei do Amor” (2016) e de Lícia Manzo, de “Sete Vidas” (2015). 

 

Na avaliação do colunista, apesar da classe artística não entrar no mérito de sua competência profissional enquanto atriz, Regina pode perder papéis por se associar a uma gestão política questionada por seus pares. A publicação destaca ainda que ela também é criticada por nomes importantes da dramaturgia, a exemplo de Fábio Assunção, que já a classificou como “fantoche”. 

 

Por outro lado, a secretária de Bolsonaro ainda não foi rechaçada por alguns medalhões do horário nobre como Gloria Perez, Aguinaldo Silva, Manoel Carlos e Gilberto Braga. O problema é que eles ou diminuíram o volume de trabalho nos últimos anos e cederam espaço para novos nomes, ou não tem mais vínculo com a Globo.


A coluna elencou os 29 autores que repudiaram as recentes declarações de Regina Duarte e sua atuação como secretária Especial da Cultura:
Alcides Nogueira e Bia Corrêa Lago (Tempo de Amar); Alessandra Poggi (Além da Ilusão); Alessandro Marson e Thereza Falcão (Novo Mundo); Cao Hamburger (Malhação); Carlos Gregório (Além do Horizonte); Daniel Adjafre (Deus Salve o Rei); Daniel Ortiz (Salve-se Quem Puder); Duca Rachid e Thelma Guedes (Órfãos da Terra); Denise Bandeira (Fogueira das Vaidades); Emanuel Jacobina (Malhação); George Moura (Onde Nascem os Fortes); Geraldo Carneiro (O Astro); Izabel de Oliveira (Verão 90); Julio Fischer e Suzana Pires (Sol Nascente); Lícia Manzo (Sete Vidas); Márcia Prates (Liberdade, Liberdade); Marcos Bernstein (Orgulho & Paixão); Maria Helena Nascimento (Rock Story); Miguel Falabella (Aquele Beijo); Paulo Halm e Rosane Svartman (Bom Sucesso); Priscila Steinman (Malhação); Vincent Villari e Maria Adelaide Amaral (A Lei do Amor) e Walcyr Carrasco (A Dona do Pedaço).

General Villas Boas elogia Regina após caso CNN: 'Demonstração de humanismo'
Foto: Marcos Corrêa / PR/Divulgação

Após Regina Duarte ser alvo de críticas por suas declarações em uma entrevista à CNN Brasil, na qual minimizou a ditadura militar e as mortes pelo novo coronavírus, além de ignorar os apelos da classe artística diante da crise provocada pela pandemia (clique aqui), Regina Duarte foi defendida pelo ex-comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas.

 

"Assisti ontem à noite a entrevista concedida pela Secretária de Cultura, Regina Duarte, à TV CNN. Por um lado, fiquei encantado com a Regina pela demonstração de humanismo, grandeza, perspicácia, inteligência, humildade, segurança, doçura e autoconfiança que nos transmitiu”, elogiou o militar, acrescentando que admirou a “habilidade com que [Regina] desvencilhou das armadilhas” dos entrevistadores. Ele disse ainda que “visivelmente” a secretária estava “desarmada” e preparada para “abordar temas relativos a sua pasta”.

 

“Apreciei a firmeza com que reagiu à desleal tentativa de confrontá-la com a igualmente artista Maitê Proença”, acrescentou Villas Boas, que,, por outro lado, disse estar decepcionado com o que considerou uma “atitude desrespeitosa dos entrevistadores e âncoras da emissora” e disse ter faltado “o que o general Heleno chama de ‘honestidade intelectual”.

 

“A CNN alardeia praticar o bom jornalismo, mas não creio que ele exija deselegância e falta de respeito. Questiono de qual instância alguns jornalistas retiram a autoridade de agirem como membros de um tribunal de inquisição, dispensando-se de princípios básicos de civilidade?! Parabéns Regina Duarte”, concluiu o general, questionando o papel da imprensa livre de cobrar transparência e fiscalizar o poder público. 

Anitta teme ditadura e questiona Regina: 'Só governa para quem pensa semelhante?'
Foto: Reprodução / Facebook

Após a participação polêmica de Regina Duarte em entrevista à CNN Brasil, nesta quinta-feira (7), quando minimizou a ditadura militar e se revoltou ao ser confrontada por Maitê Proença sobre as ações da Secretaria Especial de Cultura, a titular da pasta foi criticada por diversos artistas (clique aqui) e pela própria colega (saiba mais) nas redes sociais.

 

Em um comentário na última postagem publicada há dois dias no Instagram de Regina, Anitta, que recentemente venceu uma batalha contra uma MP que prejudicava a classe (clique aqui), se somou aos colegas e repercutiu as declarações da atriz. “Vejo que a senhora me segue aqui no Instagram e gostaria de dizer algo como cidadã. Assisti sua entrevista na CNN e já vi em alguns lugares que não foi combinado uma entrevista ao vivo etc e etc, mas, falando como artista que já passou por isso algumas vezes (se é que realmente foi isso), acho que haveria mil outras formas de se pronunciar sem ser grosseira com os demais. Uma pessoa que aceita assumir a secretaria de cultura está aceitando trabalhar para o povo, isso significaria escutar também os lados que pensam diferente da senhora e colocar sua posição sobre a questão”, comentou a funkeira carioca. “Se recusar a ouvir uma opinião contrária logo depois de enaltecer os tempos de ditadura me causa muito medo. Até porque eu e muitos dos meus amigos seríamos os primeiros censurados caso esse regime voltasse ao Brasil e nós continuássemos no exercício do nosso trabalho”, acrescentou a cantora.

 


Anitta comentou em publicação de Regina Duarte no Instagram | Foto: Reprodução 

 

Em seu comentário, Anitta criticou ainda a postura elitista e personalista de Regina Duarte no exercício de secretária de Cultura no governo federal. “Gostaria de dizer que a cultura no Brasil vai muito além do ballet clássico, das orquestras sinfônicas e dos livros de poesia (que também são incríveis e tem seu imenso valor). Governar apenas para os que te causam afeição não é governar para o povo”, destacou a artista, questionando se não seria mais “inteligente” responder com “calma e sabedoria” o que tem sido feito pela classe artística diante da crise na pandemia do novo coronavírus. “Aliás, o que tem sido feito?”, ironizou Anitta.

 

“Todas as prefeituras do Brasil possuem verbas de entretenimento para o povo. Agora, que não estão sendo utilizadas, pra onde está indo esse dinheiro? A senhora não poderia tentar fazer com que ele estivesse indo para os trabalhadores da indústria que estão sofrendo com o momento? Por mais que a senhora não tenha medo do vírus, não deveria trabalhar também para os que têm e estão levando a situação a sério? Seu cargo só governa para quem pensa semelhante à senhora? E as famílias que perderam parentes com a doença? Como se sentiriam ouvindo um depoimento de quem faz pouco caso do momento? Onde está a empatia? Meu intuito aqui não é insultar e sim questionar”, concluiu a cantora.

Artistas criticam fiasco de Regina Duarte na CNN e Zé de Abreu provoca: 'Eu avisei'
Foto: Reprodução / CNN

Após o fiasco de Regina Duarte na noite desta quinta-feira (7), em entrevista à CNN que acabou em “chilique”, como ela mesma classificou (clique aqui e saiba detalhes), diversos artistas comentaram o incidente envolvendo sua representante junto ao governo federal. Na ocasião, ela minimizou as mortes na Ditadura Militar - com direito a "dancinha" -, afirmou que não homenageou nomes como Moraes Moreira e Aldir Blanc publicamente porque a Secretaria Especial de Cultura não podia virar um obituário e ficou revoltada após a exibição de um vídeo de Maitê Proença, no qual a colega cobrava ações da pasta. 

 

Ex-colega e atual desafeto da secretária Especial da Cultura, José de Abreu não deixou passar em branco: “Eu Avisei! Hoje o país conheceu a Namoradinha Fascista do Brasil! Bravo, Regina Duarte! Agora ninguém mais duvida de mim. Nem seu patrão genocida (ele não gostou, tá P da vida com a baixaria na TV dele!)”, escreveu o ator, que recentemente se envolveu em um entrevero com a artista, tendo dito que ela não é uma mulher, mas sim uma fascista. “O jornalista chamando a atenção da fascista sobre as mortes na ditadura é de uma tristeza imensa!”, completou Zé.

 

Bruno Gagliasso também expressou o descontentamento pelas declarações da secretária de Cultura do governo Bolsonaro. “Essa senhora está a serviço de quem? Tratando torturados e mortos na ditadura como vidas que se perdem em mortes naturais? A quem ela pensa representar além desse governo de monstros? Regina Duarte, que vergonha de você”, disse o artista.

 

A cantora Zélia Duncan também  fez sua crítica à performance de Regina na CNN e apontou o despreparo da atriz para desempenhar o cargo público de maior relevância para o setor cultural do país. “A secretária de Cultura reapareceu nervosinha e áspera, como seu chefe faz, boa aluna, não? Como se ninguém tivesse direito de cobrar. Cargo público, quem paga é a população, eles esquecem desse detalhe. Nos devem satisfações sim!”, afirmou Zélia.

 

O ex-colega de TV Globo, Tonico Pereira, comentou em vídeo a entrevista da atriz. "Fui assistir a entrevista da Regina Duarte. Eu já pensava comigo que ia ser péssimo. Meu Deus, ela conseguiu me surpreender mesmo. Foi muito pior do que eu pensava", disse ele. 

 

Confira as manifestações da classe artísticas à postura de Regina Duarte:

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Não dá pra desculpar não, Regina. Não dá pra desculpar o seu deboche com torturados pelo Estado, sua naturalização da barbárie. Não dá pra desculpar sua arrogância ao dar de ombros às minorias, esquecendo-se que a senhora é parte do governo e tem a obrigação de trabalhar para todos, não apenas sua pretensa maioria. Não dá pra desculpar seu silêncio, sua falta de projetos, a forma como você trata os trabalhadores do audiovisual brasileiro. Não dá pra desculpar sua falta de diálogo com a categoria, a sua estupidez com jornalistas e ex-colegas de trabalho. Não dá pra desculpar a preferência que a senhora tem por ditadores, genocidas, irresponsáveis, gente sem compromisso com a verdade e com a vida. Não dá pra desculpar os 9.146 corpos que estão enterrados com uma pá de descaso do seu governo. Não dá pra desculpar todos esses caixões que a senhora desenterra e carrega nas costas junto com seu governo e com sua ideologia monstruosa. Não dá pra te desculpar, Regina. Não dá pra desculpar.

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'Fico feliz que paute vários jornais', diz Leda Nagle após vídeo de Eduardo sobre AI-5
Imagem: Youtube Leda Nagle

Fora das TVs desde que deixou o programa "Sem Censura", da TV Cultura, a jornalista Leda Nagle ficou surpresa com a repercussão de seu canal após a publicação de uma entrevista com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Foi para ela que o parlamentar disse que "se a esquerda radicalizar", poderá haver uma resposta "via um novo AI-5" (veja aqui).

 

O Ato Institucional nº 5 remonta ao período mais rigoroso da ditadura militar. Baixado em 13 de dezembro de 1968 durante o governo do general Costa e Silva, a medida culminou no fechamento imediato do Congresso Nacional, suspendeu direitos políticos e a garantia de habeas corpus em casos de crimes políticos, além de ter aumentado a ocorrência de atos de tortura, assassinatos e sequestros por parte das forças da ditadura.

 

À coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, ela disse que estava na aula de informática quando o seu telefone começou a tocar e não parou mais diante da circulação do vídeo. "Viu só? Um canalzinho de Youtube. Fico feliz que paute vários jornais", destacou. "Faz entender que estou viva". acrescentou a jornalista.

 

Leda acredita que a força da declaração de Eduardo se deve ao fato de ele estar em posição de poder na Câmara dos Deputados, sendo ainda filho do presidente da República. A declaração dele foi rechaçada por diversas autoridades, como os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), membros do Supremo Tribunal Federal (STF) e entidades da sociedade civil.

 

Após ser também criticado pelo pai, o presidente Jair Bolsonaro, Eduardo voltou atrás em sua fala. Em um novo vídeo, ele se desculpou e disse que não há possibilidade de retorno do AI-5 (saiba mais aqui).

Caixa Cultural cancela peça com críticas à ditadura e diretor denuncia censura
Foto: Divulgação

Administrada pelo governo federal, a Caixa Cultural Recife cancelou apresentações do espetáculo infantojuvenil “Abrazo”, que estavam programadas para acontecer nos dois próximos fins de semana, no local. 


Montada pelo grupo Clowns de Shakespeare, de Natal (RN), a peça em questão leva ao palco uma história que se passa em um país onde são proibidas demonstrações de afeto e expõe, de forma sutil, temas como ditadura, censura e repressão.


Após o cancelamento, o diretor do espetáculo, Marcelo França, protestou através de um vídeo divulgado em suas redes sociais e acusou a Caixa Cultural de promover a censura. "Uma censura travestida com argumentos jurídicos. Vivemos um momento de barbárie no país, onde a verba pública para pesquisa e educação são cortadas, onde livros são censurados, onde artistas estão sendo perseguidos e tendo suas obras censuradas. Não nos calarão! Enquanto houver espaço para falar, estaremos aqui denunciando", disse França. 


Ao Uol, o espaço cultural negou as acusações. "A Caixa informa que por descumprimento contratual cancelou o espetáculo Abrazo, com apresentações programadas no espaço cultural do banco. O contrato com o Clowns de Shakespeare foi rescindido, conforme comunicado ao grupo nesta data", diz a nota oficial enviada ao site.


A companhia, por sua vez, questionou a justificativa da Caixa Cultural. "Nenhum esclarecimento adicional nos foi dado, o que nos moveu a solicitar da Caixa o parecer jurídico e a decisão administrativa relativos a essa rescisão, com detalhamento para que possamos analisar e nos posicionar apropriadamente sobre o caso. Até o momento estamos perplexos diante dessa atitude, uma vez que não reconhecemos qualquer indício de infração que pudesse ter sido eventualmente cometida, pois cumprimos com tudo que estava contratualmente previsto", rebateu o grupo, que obteve o patrocínio por meio de um edital.

David Miranda denuncia censura em mostra LGBTI+ no Centro Cultural da Câmara 
Foto: Michel Jesus / Câmara dos Deputados

“Só podemos chamar de censura”, afirmou o deputado David Miranda (Psol-RJ), sobre a proibição do uso da palavra “ditatura” em um painel exposto no Centro Cultural da Câmara dos Deputados. 


De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, a obra em questão integrava uma homenagem aos 50 anos de Stonewall, um marco na luta LGBTI+. 


Em entrevista à publicação, o deputado atribuiu o veto à diretora do espaço, Isabel Flecha de Lima. David disse ainda que ela teria proibido também o uso da frase “tempos obscuros e de mentiras que vivemos”. 


Procurada, Flecha de Lima afirmou que a Casa “evita que polêmicas políticas e juízo de valor façam parte de exposições promovidas pelo Centro Cultural”.

Chico Buarque, Maria Ribeiro e Jean Wyllys assinam carta contra comemoração da ditadura
Foto: Divulgação

O cantor e compositor Chico Buarque, a atriz Maria Ribeiro, o argentino Nobel da Paz Adolfo Peres Esquivel e o ex-deputado Jean Wyllys assinaram uma carta em apoio a uma ação movida por vítimas da ditadura militar para que o Supremo Tribunal Federal (STF) proíba a comemoração do golpe de 1964 nos quarteis, sugerida por Jair Bolsonaro (PSL). 


De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, o documento é assinado por cerca de cem nomes, que repudiam o incentivo do presidente à comemoração da ditadura. “Um governo constitucional não festeja golpe ou tortura”, diz a carta.

Estilista faz protesto contra Bolsonaro em desfile na Alemanha
Foto: Reprodução / Facebook

Brasileira radicada na Alemanha há cerca de 10 anos, a estilista Aline Celi incluiu protestos contra Jair Bolsonaro em um desfile de sua grife na Berlin Fashion Week, nesta segunda-feira (14). Na passarela, modelos seguravam cartazes com frases emblemáticas do presidente eleito traduzidas para o inglês, dentre as quais "o erro da ditadura foi torturar e não matar" e "ela não merece ser estuprada porque é muito feia".


A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, também foi alvo do protesto, lembrada pela controversa declaração de que "meninos usam azul e meninas usam rosa".  "Isso é para lembrar que, mesmo eu não morando no Brasil, eu faço parte dessa cultura e para mostrar que, mesmo estando do outro lado do mundo, não concordo com o que está acontecendo no Brasil", destacou Celi, em entrevista à DW. A estilista brasileira já é conhecida por incluir em seus desfiles crítica social e política. "Moda não é superficial, moda não é só glamour. Com moda também podemos passar uma mensagem, moda também é política, moda também é economia", afirmou.

Preso na ditadura, Geraldo Azevedo critica Mourão: ‘Era um dos torturadores’
Foto: Reprodução / Instagram

Durante sua participação no Festival EcoArte Itaitu, em Jacobina, no último sábado (21), o cantor e compositor pernambucano Geraldo Azevedo se manifestou politicamente contra Jair Bolsonaro (PSL) e seu vice, general Hamilton Mourão. “Olha, é uma coisa indignante, cara. Eu fui preso duas vezes na ditadura, fui torturado, você não sabe o que é tortura, não. Esse Mourão era um dos torturadores lá”, declarou o artista. 


“Eu fico impressionado do povo brasileiro não prestar atenção nas evoluções humanas. Olha, eu não sei se isso aqui vai entrar em algum choque com a prefeitura, coisa e tal, mas é o meu sentimento de indignação em relação com o que pode acontecer com o Brasil”, acrescentou o músico, ganhando aplausos da plateia. “E essa alegria toda que está tendo aqui vai se perder, vocês estão sabendo disso. O Brasil vai ficar muito ruim se esse cara ganhar”, finalizou Geraldo Azevedo, emendando com a canção “Sétimo Céu”, que tem versos como “Pois quem tem amor/ Pode rir ou chorar”.

 

Confira o discurso de Geraldo Azevedo:

Filme sobre cativeiro em que Mujica ficou detido na ditadura estreia nesta quinta
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Coprodução entre Uruguai, Argentina, Espanha e França, "Uma Noite de 12 Anos" estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (12). O filme retrata a ditadura militar uruguaia, com a reconstituição do cativeiro onde o ex-presidente do país, Pepe Mujica, Mauricio Rosencof e Eleuterio Fernández Huldobro ficaram detidos.

 

Dirigentes do movimento guerrilheiro de Libertação Nacional Tupamaros, eles foram mantidos reféns por 12 anos a partir de setembro de 1973. Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, as prisões eram poços ou celas minúsculas que, aliadas ao confinamento e aos maus-tratos, tinha o objetivo de quebrar a resistência psicológica dos guerrilheiros. Não funcionou.

 

Os três resistiram à fome e à falta de comunicação e se tornaram referências dentro da coalizão de esquerda Frente Ampla após deixar o cativeiro em 1985. Rosencof virou escritor e dramaturgo, Huldobro foi senador da República e Mujica, como todos sabem, presidiu o país de 2010 a 2015.

Com essa trama, o filme é o representante uruguaio nos prêmios Oscar e Goya.

'De todos os erros, o PT foi o meu melhor', diz Pedro Cardoso
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O ator Pedro Cardoso, que há três anos vive em Portugal e agora está no Brasil para apresentar três espetáculos, comentou a situação política e social do país em entrevista à Folha de S. Paulo. “Estou muito assustado com a instabilidade da confiança na democracia que se instalou no Brasil a partir da revelação da amplidão do roubo que a classe política e uma parte da elite econômica produzem no país”, disse ele à coluna de Mônica Bergamo, acrescentando que a democracia brasileira não é eficiente para evitar que o poder seja “tomado de assalto”. Ele, entretanto, diz que a democracia é o caminho que deve ser seguido. “Essa falha provoca a ilusão de que algum regime ditatorial pode consertar as coisas. O que conserta é o incremento da democracia, e não a instalação de alguma ditadura”, afirmou.

 

Pedro falou ainda sobre sua história com o Partido dos Trabalhadores.  “Votei no PT a vida toda. Não tenho nenhuma ilusão. O PT cometeu crimes terríveis contra a democracia. Entretanto, também acho que o ódio ao PT como o único mal do Brasil não é o ódio ao PT. É um ódio à brasilidade, que o PT, ainda que simbolicamente, representa”, defendeu o ator. “Acho que, de todos os erros, o PT foi o meu melhor erro. Olha as opções que eu tinha”, ponderou o artista, que é primo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com quem diz ter uma relação fraternal. “Conversamos sobre qualquer coisa. Ele compreende muito bem as razões de alguém votar no Lula. Como eu compreendo as razões de alguém votar nele. Não há conflito”, explicou Pedro Cardoso, sobre o convívio com FHC.

 

O ator comentou ainda o governo Temer, que considera “uma calamidade absoluta” e questiona a responsabilidade da ascensão do emedebista à presidência. “A culpa é de quem? Em grande parte é do PT! Que botou lá o Temer. E a outra parte é das pessoas que lutaram para tirar a Dilma. Não tem mocinhos nessa história. Só bandidos. Mocinho, só o povo”, defendeu Pedro Cardoso, que falou ainda sobre o papel da operação Lava Jato no contexto social hoje no país. “Ela é portadora de uma verdade e ao mesmo tempo uma manipulação política. Acho que muitas pessoas envolvidas têm mais alegria em condenar o PT do que em condenar o PSDB”, disse o ator sobre a operação. “Os dois partidos mais organizados ideologicamente no Brasil, o PT e o PSDB, têm suas lideranças envolvidas em casos de corrupção. Não podemos passar por isso como se fosse uma coisa acidental. Isso é o Brasil. E o Brasil tem que lutar para deixar de ser isso”, acrescentou.

‘A humanidade é um projeto que não deu certo’, diz Nasi ao criticar intolerância e Bolsonaro
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O apelido de Marcos Valadão, o Nasi do IRA!, trouxe problemas para o cantor nos idos dos anos 1970. À época, a alcunha era escrita com a letra “z”, e, por isso, confundida com o movimento nazista, embora nada tivesse a ver com ele. Na verdade os amigos o denominaram assim em referência ao nariz do artista. Em entrevista ao Bahia Notícias ele contou como lidou com a questão e criticou o extremismo presente no país, tanto no passado, como atualmente.  “No início do sucesso do IRA! eu tive problemas, tanto com a extrema esquerda, como com a extrema direita. Skinheads me perseguindo, tentando me assediar, e também pessoas que entendiam isso [o nome Nazi] de forma errada. Hoje quando surge esse assunto, eu trato com um tremendo bom humor, dizendo o seguinte: ‘olha, seu eu sou nazista, eu devo ser um tipo interessante de nazista. Um nazista que é filiado a um partido de esquerda  [Nasi é filiado ao Partido Comunista do Brasil - PCdoB], que é filho de orixá e canta blues. Então o nazismo deve ter mudado muito né’ (risos)”, contou o músico, destacando que atualmente tais comportamentos de manada ganharam gigantes proporções, por meio da tecnologia.  “Sabe o que é isso? Infelizmente hoje as redes sociais são plataformas para qualquer imbecil falar qualquer idiotice”, afirmou, referindo-se ao fato de hoje alguns grupos classificarem o nazismo como um movimento de esquerda. “O que eu acho que algumas pessoas estão querendo dizer é sobre o extremismo, porque às vezes alguns extremos levam a isso, e historicamente, como aluno de história, a gente não pode esquecer que o Hitler usou de um partido trabalhista quando começou, nas cervejarias de Munique. Uma coisa não tem nada a ver com outra, mas a gente vive um caldeirão de ódio tão grande em nossa sociedade”, explicou o músico, que cursou História na graduação. 

 

Nasi citou como exemplo do que considera extremismo o comportamento de setores da sociedade, após a morte da ativista e vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco. “O brutal assassinato dela foi palanque para alguns imbecis até culparem ela mesmo pelo assassinato. Então, se a humanidade chega nesse ponto... Se as redes sociais, que deveriam servir para informar, para abrir o debate, para clarear a mente das pessoas, diminuir as intolerância, viraram palanque para intolerante”, avalia o cantor, criticando um ator político que ganhou destaque no país por suas declarações polêmicas, a negação dos direitos humanos e um enorme engajamento na internet. “Quando você imaginaria que um fenômeno bizarro, como o Bolsonaro, poderia tomar tanta dimensão no país? Porque, infelizmente, a humanidade é um projeto que não deu certo. Por isso as pessoas de bem têm que se posicionar. Porque geralmente as pessoas que estão do lado negro da força estão com as armas em riste, e isso é um retrato”, disparou o cantor, para quem as “pessoas de bem” e que pregam a tolerância religiosa devem se manifestar para conter os discursos extremistas. “A gente vê o que está acontecendo, eu sei que ai no Nordeste e no Rio de Janeiro vários sacerdotes estão sendo assassinados, ou estão sendo aviltados... Isso é uma coisa terrível que faz parte de todo esse movimento facistóide que está inserido fortemente em redes sociais. Você pode ver inclusive como o Bolsonaro é bem assessorado em termos de redes sociais. Isso é um perigo muito grande. O Brasil vive um momento muito delicado, e, repito, as pessoas de bem têm que estar muito atentas e participativas”, reforça o cantor, que diante desta realidade, afirma que é possível fazer um paralelo entre a ditadura militar de 1964 e o atual momento no Brasil. 

 

“Vou citar um somente na minha área. Quando nós começamos nossa carreira, por volta de 1974, qualquer composição inédita você precisava passar pelo crivo da censura federal, ou seja, botar sua música dentro da Polícia Federal, e ela tinha que ser aprovada para você poder executá-la em qualquer barzinho da vida. Não só o IRA! teve música censurada, mas o Camisa de Vênus teve, Voluntários da Paz, que era uma outra banda que eu tinha, enfim. E hoje a gente vive nessa perseguição artística muito grande. A gente vê aí exposições”, comparou o músico, afirmando que embora a censura e a ditadura não estejam implantadas de forma oficial, elas existem. “Primeiro, há um movimento muito grande de cunho social, ou mesmo de intolerância muito grande, que acaba levando uma universidade ou um museu a abandonar um determinado projeto, exposição ou manifestação artística. Então eu vejo um paralelo muito grande. Pode não parecer institucional, mas o efeito está muito próximo de ser o mesmo”, analisa o artista, que desembarca em Salvador nesta sexta-feira (23), com o show IRA! Folk, em cartaz na Sala Principal do Teatro Castro Alves. 

Maduro lança versão de ‘Despacito’ para promover Constituinte na Venezuela
Foto: Reprodução / YouTube

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, lançou, no último domingo (23), uma versão da música “Despacito” para promover a eleição da Assembleia Constituinte, e reescrever a constituição do país. A paródia foi exibida no programa semanal “Los Domingos com Maduro”, diante do presidente e uma plateia de apoiadores. “Vamos ver se é aprovada e também viraliza”, brincou Maduro.  Parodiando o hit dos porto-riquenhos Luis Fonsi e Daddy Yankee, a campanha busca motivar os venezuelanos a apoiar a Constituinte, marcada para o dia 30 de julho, e que é fortemente combatida pelos opositores e parte da população. “Querido irmão, aqui estou cantando / tenho uma grande mensagem para ti / convoquei a Constituinte / que só quer unir o país / Despacito, abra bem seus olhos e olhe sua gente / estenda a mão hoje, amanhã e sempre / que são teus irmãos os que estão à frente/ despacito, exerça seu voto em vez das balas / vá com suas ideias sempre em paz e calma / e que a esperança brilhe na sua alma”, dizem alguns versos da música. A Venezuela vive grave crise política e econômica, com mais de 100 pessoas mortas e forte repressão, por causa dos protestos contra o governo de Nicolás Maduro. Para a oposição, a Assembleia Constituinte convocada pelo presidente é uma medida para se perpetuar no poder.  

 

Confira a versão de "Despacito" do governo de Maduro:

Após rebater Doria, Paola Carosella comenta repercussão de comentário sobre greve
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A chef argentina Paola Carosella se manifestou nesta sexta-feira (28), após a repercussão de um comentário feito por ela em suas redes sociais, a respeito da greve. “Cheguei a conclusão que, as pessoas vão ler o que querem ler, independentemente do que eu escreva. Os fanáticos ficarão mais fanáticos e os haters terão mais motivos para me odiar. Não importa o assunto”, escreveu a jurada do MasterChef Brasil, relatando o que deu origem a uma série de interpretações. “Tudo começou com um comentário que fiz ontem no Twitter a um usuário que escreveu: ‘Mas é óbvio. Qualquer cidadão brasileiro que falte o trabalho por opção pessoal, não pode receber por esse dia’. Esse usuário estava comentando sobre um post do jornal Estado de São Paulo a respeito da decisão do Prefeito da cidade de São Paulo de cortar o ponto dos trabalhadores que aderissem a greve de hoje (28/4). Fiquei pensando, um tanto surpresa, será que o direito a greve não existe no Brasil? Será que é Constitucional? E se é um direito, pode então ser descontado o dia de quem usufrui desse direito?”, explicou. Ela contou que em seguida pesquisou na Constituição brasileira e postou o artigo que garante o direito à greve.  “Curiosa, ingênua, copiei este artigo e postei na mesma rede social, pois me surpreendeu que, se era um direito constitucional, não poderia ser considerado falta ao trabalho”, comentou.


Ela disse ainda que diversos veículos deram suas visões, destacando a Veja São Paulo, que chegou a dizer que seus restaurantes iriam aderir à greve. “Algumas pessoas acharam que eu sou radicalmente de esquerda, comunista, outras me insultaram e me mandaram de volta ao ‘meu país’. Outras, me acusaram de tentar ‘corrigir’ o Sr. Prefeito, coisa que jamais foi a minha intenção. Entre algumas outras grosserias e ameaças”, lembrou, relatando sua trajetória no país. “Nasci na Argentina, sou residente brasileira desde 2001, com todas as documentações necessárias e após ter feito um grande investimento no país, o que me deu o visto de ‘Investidor Estrangeiro’. Sou mãe de uma brasileira, que será uma mulher deste país. Uma mulher, espero eu, livre, com ideias fortes, independente e realizadora. Livre para ir e vir e para se manifestar, se assim ela achar que é importante, na reinvindicação do que ela considere, sempre dentro da lei e com respeito a Constituição e aos outros cidadãos”, afirmou, lembrando ainda a ditadura na Argentina e a forma como sua mãe foi sequestrada duas vezes “apenas por estudar direito, o que nessa época era ‘coisa de comunista’”. Ela lembrou ainda que um dos maiores ensinamentos de sua mãe foi seguir e conhecer a lei, para saber de seus direitos. “A minha única intenção ao postar o Art. 9 da Constituição foi a de lembrar, me lembrar, que as leis existem e que elas não são apenas pequenas letrinhas em cadernos de escrita confusa apenas reservados a alguns que se interessam por elas, que as leis são as regras do jogo que jogamos todo dia”, destacou.


Ao final, Paola revelou que nem ela e nem seus restaurantes aderiram à greve, mas que decidiu, junto ao sócio, por fechar os negócios para evitar transtornos dos funcionários com a falta de transporte. “Isso não quer dizer aderir à greve. Se os nossos funcionários decidem ou não aderir a greve, é um direito deles”, disse. “Se eu sou ou não a favor da greve? Bom, como várias pessoas falaram, pouco importa o que eu acho. O que sou e sempre serei é a favor da liberdade, de todas as suas formas, e a única forma de liberdade que conheço é aquela que acontece quando existe uma ordem clara, quando existe a lei e a mesma é respeitada, para todos por igual, independente da cor, do credo ou do partido político do momento”, conclui. (clique aqui e confira a postagem completa).

Leonardo Bricio traz a Salvador neste fim de semana peça sobre golpe militar no Brasil
Foto: Divulgação / Aline Macedo
O espetáculo “Nem Mesmo Todo o Oceano”, protagonizado pelo ator Leonardo Bricio, estreia nesta quinta-feira (3) e segue em cartaz até o domingo (6), na Caixa Cultural Salvador. Pela primeira vez na capital baiana, a montagem aborda o golpe militar no Brasil e a repressão. No palco, seis atores se intercalam na interpretação de diversos personagens para contar a história fictícia de um médico recém-formado, desde sua infância pobre no interior de Minas Gerais, até a sua luta pela sobrevivência, frustrações e perversão espiritual no Rio de Janeiro. “Na peça, fatos reais se misturam à ficção, nos trazendo imediata identificação de uma das mais agravantes e dolorosas épocas do nosso país, a era da inocência perdida”, comenta a diretora Inez Viana. O elenco conta ainda com os atores Iano Salomão, Jefferson Schroeder, Junior Dantas, Luis Antonio Fortes e Zé Wendell. “Nem Mesmo todo o Oceano” é uma adaptação do romance homônimo do escritor e dramaturgo Alcione Araújo. 
 
Serviço
O QUÊ: Espetáculo “Nem Mesmo Todo o Oceano”
QUANDO: 3 a 6 de novembro. Quinta-feira a sábado, às 20h e domingo, às 19h 
ONDE: Caixa Cultural Salvador - Rua Carlos Gomes, 57, Centro
VALOR: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)
Com foco na perspectiva do opressor, monólogo 'Major Oliveira' estreia no Teatro Vila Velha
Foto: Uendel Galter / Divulgação
Com a história de um major abandonado no asilo após a instalação da Comissão da Verdade no Brasil, o monólogo "Major Oliveira", escrito por Daniel Arcades, estreia no Teatro Vila Velha. O espetáculo é estrelado por Antonio Fábio, que também assina a direção junto com Arcades. A temporada entra em cartaz nesta quarta (10), com sessões sempre às quartas e quintas, às 20h, até o dia 1º de setembro.

A trama da peça se desenrola quando, ao perceber que não tem mais controle por seu corpo, sua família e a política do país, o Major decide perturbar a paz daqueles que o visitam na manhã de domingo onde o espetáculo se passa. O confinamento no asilo também leva a personagem a refletir sobre suas convicções morais, filosóficas e religiosas.

Para o dramaturgo Arcades, "Major Oliveira é um espetáculo para estampar a face do opressor e contar uma história de derrota, como pouco vemos nesses casos. Estamos acostumados a ver indivíduos como o Major apenas em situação de poder. Partimos da falência destas pessoas, queremos saber o que eles sentem quando não conseguem mais oprimir". Antonio Fábio, que dá vida ao protagonista, explica a composição do personagem, que reúne diversos preconceitos. "Todas as características de um sujeito com uma formação ditatorial estão lá: ele é misógino, racista, homofóbico e tudo que se possa pensar sobre preconceito. Mas é preciso conhecer essa face, inclusive, para poder se brigar com ela", pontuou o ator. À venda na bilheteria do teatro, os ingressos para o monólogo custam R$ 20 e R$ 10.

SERVIÇO:
O quê:
Espetáculo teatral “Major Oliveira”
Quando: 10, 11, 24, 25 e 31 de agosto e 1º de setembro, às 20h
Onde: Teatro Vila Velha - Av. Sete de Setembro, s/n - Passeio Público, Salvador - BA, 40080-005 Telefone: (71) 3083-4600
Quando: 10, 11,24,25, 31 de agosto e 01 de setembro (quartas e quintas) às 20h
Valor: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
Presos desde junho, rapper Luaty Beirão e outros ativistas angolanos são condenados
Foto: Divulgação / Anistia Internacional Portugal /Ricardo Rodrigues da Silva
O rapper Luaty Beirão e outros 16 ativistas angolanos, presos desde junho do último ano sob acusação de golpe contra o presidente José Eduardo dos Santos, foram condenados por "atos preparatórios de rebelião e associação de malfeitores", nesta segunda (28). Beirão, condenado a 5 anos e 6 meses de prisão, se destacou no caso por chamar atenção de personalidades no mundo inteiro com sua greve de fome (leia mais aqui). Os advogados de defesa do rapper anunciaram que vão recorrer da decisão.
 
Domingos da Cruz, acadêmico angolano condenado a 8 anos e 6 meses, é autor do livro "Ferramentas para destruir o ditador e evitar nova ditadura: filosofia política de libertação para Angola" - o presidente da Angola está no poder desde 1979. Os ativistas foram detidos quando participavam de um grupo de estudos sobre a obra de Cruz e "Da Ditadura à democracia", do cientista político americano Gene Sharp, pesquisador influente nos movimentos de resistência não violenta em vários países. A condenação, assim como a prisão dos ativistas, gerou protesto em Angola e Portugal. Nesta noite (28), uma vigília em apoio aos presos será realizada em Lisboa.
Jornalista e poeta, Carlos Sarno lança livro sobre a cena política brasileira
Foto: Reprodução/ Engenho Novo
O poeta, jornalista e ex-integrante da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares, Carlos Sarno, 69, lança "Vinte poemas desesperados e uma canção de amor", nesta segunda-feira (1º). Fruto de dois anos de trabalho, o livro, editado pela Versal, retrata a cena política brasileira. O posfácio do livro é escrito por Theodomiro Romeiro dos Santos, primeiro brasileiro condenado à morte no período republicano. 
 
Na oportunidade, Sarno também presenteia os leitores com o livro "Ebó", também editado pela Versal. A publicação reúne 91 poemas com indagações filosóficas, acertos de contas com o passado e amores.
 
Durante a ditadura militar, Sarno militou na mesma organização que a presidente Dilma Rousseff. Com a redemocratização, ele se envolveu na área de publicidade e atuou como estrategista político. Coordenou campanhas de prefeitos, governadores e senadores em todo o Brasil, sempre mantendo uma ligação estreita com a realidade social e política do país.
Projeto resgata músicas censuradas na ditadura militar; uma delas é de Djavan
Foto: Reprodução
Um projeto realizado desde o início do ano e envolve 12 pesquisadores do Arquivo Nacional pretende organizar e digitalizar todo o acervo musical censurado durante a ditadura militar brasileira. As canções estão perdidas entre 77 mil documentos do Serviço de Censura e Diversões Públicas, arquivados pela Polícia Federal de 1968 a 1988. O trabalho já recuperou letras de Djavan, Aldir Blanc e Jorge Mautner. O projeto é custeado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). A partir do ano que vem, todo material identificado será tornado público para facilitar a realização de pesquisas acadêmicas, documentários e biografias. Os técnicos já encontraram as justificativas para censura da música “Antes e Depois” de Aldir Blanc, por ser considerada de “conteúdo erótico”. A música “Papoulas e Arco-íris”, de Mautner, foi censurada por conteúdo “alienado, extraterrestre”. O coordenador do projeto, Marcus Alves, diz que todas as histórias já conhecidas sobre músicas censuradas integram o acervo, “que é de extrema importância para a história do país”. Um dos casos, envolve a letra de “Cálice”, de Chico Buarque de Holanda, que assinava como Julinho da Adelaide, para burlar os órgãos censores. Um dos alvos da censura foi Djavan, que estava em início de carreira em 1974. Ele havia gravado 60 músicas para mostrar ao produtor Aloysio de Oliveira. O produtor escolheu 12 para integrar o álbum “A voz, o violão, a música de Djavan”. Das 60, 48 músicas ficaram de fora, entre elas, a favorita do autor, chamada “Negro”, única de sua carreira que abordaria explicitamente o racismo. O artista havia sido preso em uma passagem por São Paulo, justamente por ser negro. Nesta última quinta-feira (8), o cantor teve acesso novamente a letra. Em entrevista ao jornal O Globo, Djavan disse que nem sabia que havia sido censurado. A letra passou por três pareceres de censores diferentes. Um veto foi por trazer a tona o “problema racial”, mas dois a aprovaram. Entretanto, canção nunca voltou ao autor. Outras letras do cantor, como “Joana”, “Para comigo fazer”, “Como posso saber” e “Desgruda” também foram encontradas pelo projeto e já estão nas mãos do cantor.
‘Ainda bem que não tem data’, diz Jô Soares após pichação que pedia sua morte
Foto: Reprodução
No Programa do Jô desta quarta-feira (24), o apresentador comentou o episódio das pichações em frente a sua casa, com a frase “Morra Jô Soares”, após entrevista com a presidente Dilma Rousseff. “Eu não posso deixar em branco, não posso deixar de comentar a frase que deixaram na calçada do meu prédio: 'Morra Jô Soares'. Eu ainda falei: 'ainda bem que não tem data'. Aquilo só fez assustar, realmente, as crianças do bairro”, disse Jô, que também agradeceu pelas manifestações de solidariedade recebidas após a ameaça, em especial o apoio do amigo Fernando Morais “que foi vítima também desse ódio fascista que repercute pelas redes sociais. Olha a frase que usaram contra ele: 'não aparece ninguém pra matar esse homem?'”. 

Sobre o acontecimento, o humorista chegou a comparar aos tempos da ditadura, lembrando de um episódio, quando retornou à casa e encontrou as paredes sujas de ‘sangue’.  “Olha, isso me lembra um pouco dos tempos da ditadura. Uma vez eu morava em uma vila e, quando cheguei em casa, as luzes estavam cortadas, apagadas, e ai as paredes da casa banhadas de sangue. Quer dizer, era de tinta vermelha, mas como se fosse sangue. E tinha uma bonequinha, que era do meu sogro, uma estátua de mármore, uma menina com umas flores, banhada também de sangue, e escrito na parede CCC, que era a sigla do Comando de Caça aos Comunistas. As luzes cortadas e eu juro que fiquei com medo de entrar em casa”, contou o apresentador, que considera o comportamento “um fascismo total”.
 
Jô negou ainda os boatos de que teria reforçado sua segurança após as ameaças. “Eu não posso reforçar uma coisa que eu não tenho. Eu não ando com segurança. E espero que nem tenha porquê, porque a gente também não está ainda vivendo num clima de Estado Islâmico, né? Tá uma coisa terrível, e, por favor, essas pessoas que têm esse tipo de pensamento, reavaliem por tudo aquilo que o pais já passou e que não pode virar o chamado ovo da serpente”, concluiu.
Salvador recebe Mostra Marcas da Memória, com filmes sobre Ditadura na América Latina
'Eu Me Lembro' é um dos filmes exibidos na Mostra
A Mostra Marcas da Memória chega a Salvador nos dias 24, 25 e 26 de novembro, no Espaço Itaú de Cinema – Glauber Rocha, com a exibição gratuita, sempre às 18h, de três filmes que abordam a Ditadura Civil Militar na América Latina. O público poderá conferir as obras “500 – Os Bebês Roubados Pela Ditadura Argentina”, com direção de Alexandre Valenti; “Militares da Democracia”, dirigido por Sílvio Tendler e “Eu me lembro”, de Luiz Fernando Lobo. Promovida pela Associação Brasileira de Anistiados Políticos, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça e  o Instituto Cultura em Movimento (ICEM), além da capital baiana, a mostra acontece simultaneamente  em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Brasília e Porto Alegre.
Mostra de filmes sobre ditadura no Brasil acontece no cinema da Ufba
Cena do filme 'Os Dias com Ele'
Na semana em que o golpe que instaurou a ditadura civil-militar no Brasil completa 50 anos, o Circuito Saladearte realiza uma mostra de filmes para recordar o episódio. O "Cinememória 64" acontece de 27 de março a 2 de abril e exibe na mostra principal sete filmes, alguns deles inéditos. O evento será realizado na Saladearte Cinema da Ufba, sempre às 18h30, com ingressos a R$ 10 e R$ 5. Estudantes, professores e funcionários da Universidade Federal da Bahia (Ufba) pagam R$ 4 por sessão.
 
A programação reúne ainda "Sessão Bate-papo com Diretor", "Sessão Especial" e "Sessão Homenagem". Promovido pelo Circuito Saladearte, o "Cinememória 64" faz parte da programação do III Fórum do Pensamento Crítico, realizado pela Fundação Pedro Calmon (FPC/Secult-BA). O fórum aborda como temática o "Autoritarismo e Democracia no Brasil e na Bahia: 1964-2014", reunindo na programação palestras, mostra de filmes, exposição de fotos, lançamentos de livros e shows, de 24 a 28 de março. 
 
Entre os convidados para a mostra, estão Flávio Frederico e Mariana Pamplona, diretor e roteirista de 'Em Busca de Iara' (2013), e Henrique Dantas, diretor de 'Sinais de Cinza - A Peleja de Olney Contra o Dragão da Maldade' (2013), filmes inéditos no cinema. Eles mediarão um bate-papo com o público após a exibição dos filmes, nos dias 27 e 31 de março, respectivamente.
 
Outro encontro ocorre no dia 1º de abril, marco do golpe civil-militar, após a exibição do filme 'Verdade 12.528' (2013). Estão confirmados para o diálogo o jornalista e presidente da Comissão Milton Santos de Memória e Verdade da Ufba, Othon Jambeiro, e o deputado estadual e presidente da Comissão Especial da Verdade da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelino Galo.
 
Cinememória 64 - Mostra de filmes sobre a ditadura civil-militar
QUANDO: De 27 de março (quinta-feira) a 2 de abril (quarta-feira), sempre às 18h30
ONDE: Saladearte Cinema da Ufba (Vale do Canela)
QUANTO: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Estudantes, professores e funcionários da Ufba pagam R$ 4 por sessão.
 
Programação
 
27 de março (quinta-feira) – Sessão Bate-papo: exibição de 'Em busca de Iara' + bate-papo com o diretor Flavio Frederico e a roteirista Mariana Pamplona
 
28 de março (sexta-feira) – Exibição do filme 'Os Dias com Ele'
 
29 de março (sábado) – Exibição do filme 'O Prólogo'
 
30 de março (domingo) – Sessão Homenagem: exibição do filme 'Cabra Marcado para Morrer'
 
31 de março (segunda-feira) – Sessão Especial: Exibição do filme 'Sinais de Cinza, A Peleja de Olney Contra o Dragão da Maldade', com a presença do diretor Henrique Dantas.
 
1º de abril – Sessão Bate-papo: exibição do filme 'Verdade 12.528' + bate-papo com Othon Jambeiro e Marcelino Galo sobre a Comissão da Verdade na Bahia.
 
2 de abril – Exibição do filme 'Uma Longa Viagem'
Vencedora do Shell de teatro critica patrocinadora por apoio a ditadura
Foto: Ag News
A atriz Fernanda Azevedo venceu o prêmio de melhor atriz da 26ª edição do Prêmio Shell com a peça "Morro como um país - cenas sobre a violência de estado". Durante o discurso, a atriz aproveitou para criticar a principal patrocinadora do evento por ter apoiado a ditadura na Nigéria. "Como esse prêmio tem patrocínio da Shell, eu gostaria de ler quatro linhas sobre essa empresa. O texto é de Eduardo Galeano [autor do livro 'As Veias Abertas da América Latina']. No início de 1995, o gerente geral da Shell na Nigéria explicou assim o apoio de sua empresa à ditadura militar nesse país: 'Para uma empresa comercial, que se propõe a realizar investimentos, é necessário um ambiente de estabilidade. As ditaduras oferecem isso", disse. Após a cerimônia, ela explicou que o discurso foi pensado por todos da companhia. "A gente tem que discutir as ditaduras de uma forma mais abrangente porque as ditaduras não são só militares, são civis e militares. E contam com o apoio de parte da população e das empresas. É uma questão de coerência com o nosso trabalho. Apesar de toda a alegria pelo reconhecimento e pelo prêmio que recebemos", garantiu a atriz. A Shell afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o desabafo não diminui o reconhecimento ao teatro. "A Shell parabeniza a atriz pelo prêmio recebido na noite de ontem e respeita a liberdade de expressão. O comentário dela não diminui o efetivo reconhecimento que a Shell vem distribuindo através dos 26 anos do Prêmio Shell de Teatro", divulgou a empresa.
Geraldo Vandré volta aos palcos em show de Joan Baez
Foto: Jotabê Medeiros / Estadão
O ídolo da MPB Geraldo Vandré fez uma rara aparição durante o show da cantora americana Joan Baez no Teatro Bradesco, em São Paulo, no último fim de semana. O artista subiu no palco e ouviu o público cantar o hino da resistência em oposição à ditadura "Pra não dizer que não falei das flores". "Eu vou convidar para subir ao palco um mito. Ele não gosta disso, prefere ser somente um homem. Ele virá aqui, mas não vai cantar, vai ficar do meu lado", disse Joan, ovacionada pela plateia. Obrigado a se exilar em 1968 por conta da censura do governo, o artista não grava um disco desde 1971. Joan Baez é ex-namorada de Bob Dylan e uma das principais cantoras do folk americano.
 
Veja o vídeo do momento:
 

Fórum do Pensamento Crítico promove debates sobre ditadura e democracia no TCA
Com uma programação que unirá palestras, mostra de filmes, exposição de fotos, lançamentos de livros e show, a terceira edição do Fórum do Pensamento Crítico 2014, que tem como tema "Autoritarismo e Democracia no Brasil e na  Bahia: 1964-2014" trará renomados pensadores do país para promover reflexões e discussões acerca dos 50 anos do golpe militar que implantou uma ditadura no Brasil. O evento será realizado de 24 a 28 de março, no Teatro Castro Alves (TCA), com acesso gratuito. Na abertura, segunda-feira (24), às 19h, a mesa de debate será composta pelo atual vereador de Salvador, Waldir Pires, os professores Paulo Abrão (PUC-RS) e Juarez Guimarães (UFMG), o sociólogo Clodomir Moraes e por Eliana Rolemberg, anistiada política e diretora executiva da Coordenadoria Ecumênica de Serviços (CESE).

Na terça (25), às 19h, estará presente no TCA a Caravana da Anistia, com a proposta de sensibilizar para o tema político e se apropriar da história brasileira através dos relatos de quem lutou pela democracia.

Está programada também a "Mostra Cine Memória 64" na Sala de Arte da Ufba, no Vale do Canela (de 27 de março a 3 de abril), além de uma Sessão Especial na Assembléia Legislativa de devolução dos mandatos cassados pela Ditadura Militar (dia 31de março, às 10h) e uma Ato Político no Forte do Barbalho, um dos locais de tortura durante o regime militar (dia 1º de abril, 10h). Entre os dias 2 e 4 de abril, o Complexo Cultural dos Barris recebe uma série de atividades gratuitas como palestras, oficinas e debates com professores e estudantes de escolas públicas.
 
Para encerrar a programação, a banda Baiana System realiza show temático no Teatro Castro Alves (TCA) na sexta-feira (28),  às 21h. Foram selecionadas canções de protesto, que marcaram a luta de artistas pela redemocratização do país. O show custará R$10  (inteira) e R$5 (meia). Os participantes do Fórum receberão voucher que poderão trocar por ingresso gratuitamente. 
 
Conferencistas: Waldir Pires, Eliana Rolemberg, Paulo Abrão, Paul Singer, Franklin Martins, Nilmário Miranda, José Sergio Gabrielli, Ana Fernandes, Joviniano Neto, Muniz Ferreira, Vinício Artur de Lima, Ana Arruda Callado, Bob Fernandes, Luiz Dulci, João Pedro Stédile, Emiliano José, entre outros. Programação completa com os temas, dias, horários e composições de cada mesa em: www.fpc.ba.gov.br/forum 
Música de Roberto Carlos foi usada em sessão de tortura na ditadura do Chile
Foto: AFP
A música “Eu quero apenas”, do cantor Roberto Carlos, foi utilizada em sessões de tortura durante o período da ditadura de Augusto Pinochet, no Chile. A afirmação é da professora da Universidade de Manchester, Katia Chornik, que entrevistou pessoas presas no período. Também foram citadas canções como "My Sweet Lord", de George Harrison, "Venceremos", "Libre", de Nino Bravo, e diversas canções de Julio Iglesias. O estudo levou mais que uma década e foi divulgado no dia em que o golpe de Estado completa 40 anos. “São músicas que os presos que entrevistei mencionaram, nomes de canções que apareceram mais de uma vez. Mas temos que pensar que o numero de pessoas detidas chega a 40 mil. Foram mais de mil locais e eu me concentro em nove”, afirmou Katia em entrevista à agência AFP.
Grupo carioca encena espetáculo censurado sobre ditadura
O espetáculo "A Prova de Fogo" será encenado nos dias 3 e 4 de agosto no Teatro Martim Gonçalves, da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBA). O texto de 1968 foi censurado por anos e narra os embates sofridos pelos estudantes contra a repressão e os conflitos ideológicos entre um líder estudantil e seus opositores dentro do próprio movimento, durante a ocupação do prédio de Filosofia da USP, às vésperas do AI-5. 
 
Escrito em 1968, o texto é considerado como uma das melhores estreias de autores de teatro no Brasil. Dirigido por Vera Fajardo, o espetáculo é fruto do curso de interpretação realizado pelo Centro Cultural Casa da Gávea, no Rio de Janeiro. O trabalho foi idealizado pelo ator Paulo Betti e contou ainda com as participações de Rafael Ponzi, Cristina Pereira e da própria diretora.  Após duas temporadas no Rio de Janeiro, a montagem contemplada pelo edital “Marcas da Memória”, patrocinado pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, irá passar por mais cinco capitas brasileiras, com apresentações em São Paulo, Porto Alegre, Fortaleza, Salvador e Brasília.
 
Serviço
O QUÊ: Espetáculo 'A Prova de Fogo'
ONDE: Teatro Martim Gonçalves (UFBA)
QUANDO: 3 e 4 de agosto; duas sessões por dia, às 18h e 20h
QUANTO: Entrada franca
Novo documentário sobre Marighella estreia em agosto
Isa Grinspum Ferraz, diretora do filme e sobrinha de Carlos Marighella
O trailer do documentário sobre a vida de Carlos Marighella dirigido por sua sobrinha, Isa Grinspum Ferraz, foi divulgado esta semana. O filme retrata a trajetória de Marighella como líder da esquerda brasileira, desde sua juventude na Bahia, avança para as prisões durante a Era Vargas até chegar ao período de grande repressão brasileira, durante a ditadura militar. Época em que era considerado inimigo número um do Estado. O filme, exibido na Mostra Internacional de São Paulo e no Festival do Rio em 2011, estreia nos cinemas no dia 10 de agosto. Com uma hora e 40 minutos de duração, o longa é narrado pelo ator Lázaro Ramos e possui música composta por Mano Bown para trilha sonora.
Confira o Trailer:


 

 

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Descobri que a Ceasa tem dono e que ninguém toma. Mas algo que ainda me surpreende é pesquisa. Imagina perder tanta noite de sono pra não crescer nem mais do que a margem de erro? Mas nem por isso o Ferragamo tem o que comemorar. O que perdeu de cabelo, ganhou de pança. Mas na política tudo que vai, volta. Que o digam os nem-nem de Serrinha: nem amigos, nem inimigos. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Wilson Witzel

Wilson Witzel
Foto: Marcos Correa/Presidência da República

"O presidente Jair Bolsonaro deve ter se confundido e não foi a primeira vez que mencionou conversas que nunca tivemos, seja por confusão mental, diante de suas inúmeras preocupações, seja por acreditar que eu faria o que hoje se está verificando com a Abin e a Polícia Federal. No meu governo, a Polícia Civil e a Militar sempre tiveram total independência". 


Disse o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, ao negar que manteve qualquer tipo de relação, seja profissional ou pessoal, com o juiz Flávio Itabaiana, responsável pelo caso de Flavio Bolsonaro (PL), e jamais ofereceu qualquer tipo de auxílio a qualquer pessoa durante seu governo, após vazementos de áudios atribuidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Podcast

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira

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O deputado estadual Luciano Simões Filho (União) é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira (15). O podcast é transmitido ao vivo a partir das 16h no YouTube do Bahia Notícias.

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