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Após a justiça do Ceará determinar que Zé Vaqueiro e seus sócios voltem a incluir o DJ Ivis na empresa que o representa, a equipe do cantor se pronunciou sobre o assunto. Em uma nota enviada à coluna do Léo Dias no Metrópoles, a assessoria afirmou ainda não ter sido notificada da decisão judicial.
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Eles informaram também que mesmo não estando mais à frente da empresa, o DJ não deixou de receber os repasses referentes aos 10% que ele possui, mesmo na época em que ele estava preso.
“Os advogados que representam a empresa Zé Vaqueiro Original Music declaram que – até o presente momento – não foram notificados acerca da referida decisão. Sobre os rendimentos, embora sem exercer qualquer atividade junto à empresa, registra-se que o DJ Ivis não deixou de receber, de maneira regular, os valores que lhe cabem no quadro societário. Vale ressaltar, ainda, que o mesmo recebeu todos os repasses até março/2023, inclusive no período em que esteve preso (de julho a outubro de 2021)”, escreveu a assessoria.
A Justiça do Ceará determinou, nesta terça-feira (2), que Zé Vaqueiro e seus sócios voltem a incluir DJ Ivis na empresa que representa o cantor. O não cumprimento da decisão acarretará em multa caso de R$ 10 mil por dia. As informações são de Leo Dias para o Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
O DJ havia sido excluído da sociedade e entrou com uma ação alegando que sua retirada foi irregular. Em 20 de abril, um juiz da primeira instância já havia dado a determinação, mas a defesa de Zé Vaqueiro e dos sócios recorreram, porém o desembargador Francisco Mauro Ferreira Liberato confirmou a decisão nesta terça.
Ivis tem 10% da sociedade na empresa que realiza as atividades musicais de Zé Vaqueiro desde a criação, em outubro de 2020. Ele foi produtor e compositor de vários sucessos do cantor, como as canções, Eu tenho Medo e Volta Comigo BB.
Em janeiro de 2023, Zé Vaqueiro e os outros sócios da empresa excluíram DJ Ivis da sociedade, alegando que ele estava trabalhando com concorrentes do cantor, e também que o caso de violência doméstica causaria dano à imagem da empresa.
DJ Ivis decidiu processar o cantor Zé Vaqueiro após o cantor de piseiro ter decidido, junto com outras empresas sócias, cortar o DJ da parceria empresarial. As informações são do colunista Léo Dias para o portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
De acordo com os autos do processo, obtidos pela coluna, a confusão teria começado quando, em 14 de outubro de 2020, foi registrada na Junta Comercial do Estado do Ceará a empresa denominada “Zé Vaqueiro Music LTDA”. A empresa de DJ Ivis, a Iverson S Araujo Gravações e Edições Musicais Eireli, tinha uma participação societária de 10%.
O representante da empresa, que era sócia majoritária, chamada J. J. S Musical Limitada – 50%, procurou pelo DJ pedindo ajuda com Zé Vaqueiro, que estava tendo conflitos com seu ex-sócio e queria levar sua carreira para um outro nível de sucesso.
Ao fechar com o DJ, Zé Vaqueiro teria estourado com o hit Letícia, cujo arranjo foi produzido por Ivis. O músico ainda teria procurado por parceiros comerciais no mercado que tornaram-se investidores e ajudaram no agenciamento da empresa Zé Vaqueiro Music LTDA.
Outros sucessos de Zé têm composição e produção de Ivis, como as músicas “Eu Tenho Medo” e “Volta Comigo BB”.
A polêmica começou quando, em 04 de janeiro de 2023, a empresa de Ivis foi notificada, na pessoa do DJ, para comparecer, no dia 25 daquele mesmo mês, em um endereço específico para tratar do exercício do chamado “Direito de Exclusão de Sócio”, previsto em uma cláusula do contrato da sociedade.
A notificação que serve como grande impulsionadora da ação tinha dois fundamentos essenciais: (1) o crime de lesão corporal do qual Ivis foi acusado e (2) o fato de o DJ ter vínculo com outros artistas, inclusive artistas que seriam supostamente concorrentes da empresa de Zé Vaqueiro.
Em sua defesa, DJ Ivis afirmou que a acusação criminal já era assunto antigo e que, em momento algum, repercutiu negativamente na imagem da empresa. Quanto à outra alegação, o músico disse se tratar de uma sustentação descabida. Isso porque vários dos outros sócios também mantêm vínculos com outros artistas.
O que a defesa de DJ Ivis alegou é que o contrato é claro ao estabelecer que a exclusão de um sócio, por deliberação dos demais, só pode se dar quando um dos fatos previstos no próprio documento acontecer e for comprovado. O instrumento, ao qual esta coluna teve acesso, prevê apenas quatro hipóteses que legitimam a exclusão. Acontece que os motivos apresentados por Zé Vaqueiro e pelos demais sócios não se adequam a nenhuma das possibilidades.
Diante de todo esse imbróglio, Ivis pediu ao juízo que seja deferida uma liminar para suspender os efeitos do que foi decidido na Assembleia de Reunião dos Sócios, realizada em 25 de janeiro deste ano, e que culminou em sua exclusão da empresa. Ele solicitou também que volte a receber os dividendos da empresa, bem como os valores que deixou de ter desde que foi tomada a decisão de sua exclusão. Foi dada à causa o valor de R$ 5 mil.
No último dia 4, o juiz Claudio Augusto Marques de Sales se pronunciou sobre o caso, solicitando que o advogado de DJ Ivis proceda a uma “Emenda da Inicial”, uma espécie de correção da peça inaugural do caso. Isso porque o valor da causa, de R$ 5 mil, seria incompatível com o conteúdo dos autos, isto é, o bem em jogo e a demanda apresentada remontam a um valor muito superior ao que foi dado à causa.
O novo valor deve ser o referente à cota do autor dentro da sociedade. O prazo para emenda é de 15 dias após a intimação.
DJ Ivis publicou um longo desabafo em seu perfil no Instagram nesta quarta-feira (22), revelando que foi humilhado ao tentar sair da sociedade que tinha com a produtora Vybe, do cantor Xand Avião.
Sem citar a produtora, o DJ contou que desde 2021, quando foi preso por agredir a ex-mulher, muitas coisas aconteceram no meio artístico do qual ele fez parte.
“Chega um momento que as pessoas começam a me perguntar o que tá acontecendo e eu sempre me calei, tentei empurrar com a barriga (...) As pessoas pensavam que eu tinha vários inimigos, e esse inimigos até então estavam comigo. Sou grato a alguns que tentaram fazer alguma coisa por mim, só que hoje não adiantou de nada, porque essas pessoas tentam me prejudicar ou fazer algum mal”, iniciou o DJ.
Durante o relato, Ivis conta que, quando saiu da prisão, foi procurado por antigos parceiros, mas decidiu que não trabalharia com ninguém para ter tempo de colocar a cabeça no lugar. Porém, de acordo com ele, tudo ficou organizado mesmo durante sua prisão.
“Nesse período que eu me afastei, deixei tudo organizado, músicas para artistas, para antiga [empresa] sociedade (...). Até então existia essa sociedade, todo mundo tendo sucesso, ganhando… O primeiro álbum que fiz com a sociedade teve um contrato milionário com a gravadora”, lembrou.
Passado o período de pausa após-detenção, Ivis começou a trabalhar com um cantor e, mais uma vez sem citar nomes, disse que o artista recebeu ligações que o difamaram.
“Comecei a voltar a produzir, e um artista em potencial gravou uma música, eu comecei a trabalhar com ele, e uma pessoa dessa produtora entrou em contato com esse artista acabando comigo, dizendo que eu estava colocando uma pessoa na justiça cobrando milhões”.
Ivis explica que se justificou para o artista e disse que conseguiu que a pessoa pedisse desculpas.
“Eu percebi que as pessoas que eu mais ajudei queriam o mal para mim. Para conseguir fazer o desligamento da empresa que eu fazia parte, eu fui tão humilhado, perderam carteira de trabalho, fui gritado, fui humilhado que nem um animal para ter algum direito meu e sair de lá”, afirmou.
O DJ contou que foi convocado para uma entrevista neste ano e que os advogados lhe apresentaram procurações, e lhe foi cerceada a defesa. Além disso, o fato de trabalhar com Wesley Safadão também foi posto em questão.
“Mesmo que eu não fosse para essa reunião, me excluíram. Eu sempre dei resultados, dei grana e também ganhei. Eles disseram que pelo o que aconteceu na minha vida em 2021, não daria mais certo. Por que em 2021 ninguém fez nada? Em 2022 ninguém tinha argumento para nada e agora em 2023 estão falando isso?”, questionou Ivis.
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