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Em torno de 18 cidades baianas são consideradas com alto potencial de centro logístico. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (20), durante o evento Pensar a Bahia, pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). A pasta apresentava estudos complementares ao Plano Estratégico Ferroviário da Bahia.
A análise tomou como base indicadores de fluxos, cargas e diversidade de estabelecimentos logísticos. As cidades elencadas são: Alagoinhas, Barreiras, Brumado, Camaçari, Candeias, Dias D’Ávila, Eunápolis, Feira de Santana, Ilhéus/Itabuna, Jequié, Juazeiro, Lauro de Freitas, Luís Eduardo Magalhães, Mucuri, Salvador, Simões Filho, Teixeira de Freitas e Vitória da Conquista.
“São locais que já têm atividade logística expressiva, bem acima da média do estado, e geralmente correspondem a entroncamentos rodoviários e/ou porto-aeroviários, são locus privilegiados que, sendo alvo de fomento ao desenvolvimento logístico, têm chance de alcançar maiores desdobramentos”, disse o especialista da Fundação Dom Cabral (FDC), responsável pelo estudo, Ramon César.
O plano estratégico, elaborado no ano passado, ainda sugere diversas alterações na malha ferroviária baiana, como a implantação do conceito de carga geral, criação de novos ramais e a unificação da bitola – atualmente é de um metro, para o padrão nacional que é de 1,60 m – entre outras recomendações.
O estudo ainda complementa o Plano com uma proposta de acesso ao Porto de Salvador e propõe tipologias de plataformas logísticas e modelos de governança para os clusters identificados nos municípios.
O estudo também apresenta a análise logística atual de grandes produtos da pauta de importação e exportação, a exemplo da soja, milho, containers e fertilizantes. Como exemplo, mostra que o algodão produzido em Luís Eduardo Magalhães tem 95% de sua carga escoada pelo Porto de Santos e apenas 4% por Salvador.
Os especialistas apontaram ainda a existência de poucas linhas regulares para a China e o leste asiático saindo diretamente da Bahia. O material poderá ser consultado em breve no site da SEI.
O Produto Interno Bruto (PIB) baiano do último trimestre de 2023 fechou com alta de 2,6% ante mesmo período do ano anterior. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (7) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
Nos últimos três meses de 2023, o estado totalizou R$ 99,6 bilhões em atividade econômica, sendo R$ 83,7 bilhões referentes ao valor adicionado de mercadorias e serviços, e R$ 15,9 bilhões em impostos sobre produtos líquidos de subsídios. Serviços alcançaram R$ 57,9 bilhões, Indústria R$ 22,5 bi e Agropecuária, R$ 3,3 bilhões.
Na comparação com os últimos três meses de 2022, o PIB da Bahia teve expansão em todos os setores: agropecuária, com taxa de 6,6%, indústria com alta de 5% e serviços, com 1,3%. O crescimento do setor agropecuário foi determinado pela produção de algodão, mandioca, milho e soja. A expansão de 5% do setor industrial foi determinada pela indústria de transformação (+5,5%), da geração, distribuição e consumo de energia elétrica, gás e água (+9,4%) e da indústria extrativa (+2,4%). Enquanto a construção civil teve uma queda de 0,2%.
Apesar de não ter apresentado o mesmo desempenho dos demais setores em 2023, serviços também fechou o ano com saldo positivo (+1,3%). Enquanto as atividades outros serviços (+5,1%); comércio (+0,6%) e imobiliárias (+2,6%) cresceram de janeiro a dezembro, a administração pública – importante atividade para a economia baiana – e transportes exibiram resultados negativos com -1,9% e -2,6%, respectivamente.
BALANÇO DE 2023
No ano de 2023 a economia baiana registrou crescimento de 1,1% ante 2022. Segundo a SEI, o setor agropecuário puxou a elevação do PIB em 2023, com crescimento acumulado de 5,2%. O setor de serviços, que tem maior peso, teve expansão de 1,9%. Aqui, a maior variação foi observada em outros serviços (+6,1%), com destaque para as atividades profissionais e a atividade educação e saúde. Atividades imobiliárias também cresceram 2,5% no ano. Já o setor industrial apresentou queda de 1,7% no ano.
QUEDA NA INDÚSTRIA
O resultado negativo se deve às quedas das indústrias de transformação (-2,9%), extrativas (-8,5%) e construção civil (-0,7%); somente o segmento de geração, distribuição e consumo de energia elétrica, gás e água registrou desempenho positivo dentro desse setor (+4,7%).
O que esperar da economia baiana em 2024? A pergunta inadiável também passa por saber qual setor deve se destacar e qual deve sofrer. Outra questão é: a indústria baiana vai vingar? O setor baiano tem mostrado mais baixa do que a indústria brasileira durante anos. O semiárido baiano pode ser viável? Esta é outra indagação.
Para responder a essas e outras questões, o Bahia Notícias conversou com Luíz Mário Vieira, analista de conjuntura da SEI [Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia]. Segundo o também mestre em economia, falta ainda ao estado o fortalecimento do cooperativismo, relegado quase apenas à agricultura familiar.
“Se sabe que o cooperativismo foi o grande diferencial em outros estados, como os do Sul do país. Lá é algo muito forte. Eles lutam pela defesa dos interesses deles. E aqui é uma coisa bem isolada, ficando mais na agricultura familiar”, declarou. Clique aqui e confira a entrevista completa na Coluna Municípios.
Entre 2021 e 2022, houve crescimento real de 7,3% das atividades características do turismo. Os dados preliminares foram divulgados nesta terça-feira (19) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI). O resultado mostra participação de 3,2% do turismo na economia baiana e valor total de R$ 11,2 bilhões.
Além dos dados de 2022, a SEI apresenta os resultados consolidados de 2021 para as Regiões Turísticas do estado. As informações são relativas à participação das Atividades Características do Turismo (ACT) no Valor Adicionado do estado (VA) - variável que compõe o cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e representa a riqueza produzida por cada atividade econômica.
Ano passado, a atividade de maior participação para o turismo baiano foi Alojamento e alimentação, respondendo por 54,6% do valor adicionado das ACT. Em relação a 2021, a atividade perde participação na composição das ACT em função da menor dinâmica no segmento de alimentação.
A atividade de Transportes, armazenagem e correio, segunda mais importante para o setor de turismo, aumentou a participação passando de 29,8% em 2021 para 32,2% em 2022. Esse movimento foi determinado pelo crescimento da movimentação de passageiros.
Outra atividade de destaque e que obteve ganho em participação foi Artes, cultura, esporte e recreação e outras atividades de serviços. Em 2022, a atividade representou 6,8% do turismo baiano, enquanto em 2021 a participação era de 5,7%.
RESULTADOS POR REGIÕES TURÍSTICAS
Os resultados de 2021 mostram que a região turística da Costa do Descobrimento é a que possui a maior dependência das Atividades Características do Turismo – 11,1% em 2020 e 16,9% em 2021. Ou seja, quase 1/7 do valor adicionado dessa região é gerado a partir das ACT. Outra região com destaque da ACT no Valor Adicionado é a Baía de Todos os Santos, a qual tem participação de 5,8% registrando aumento de 1,3 p.p entre 2020 e 2021.
Na sequência das regiões com maior dependência da atividade turística aparecem Costa do Cacau que passa de 3,4% em 2020 para 5,4% em 2021 e Costa do Dendê que sai de 3,2% em 2020 para 4,1% 2021.
Já quando analisamos a participação de cada região turística no valor adicionado das ACT em 2021, o destaque ficou para a região da Baía de Todos os Santos, que responde por 43,0% de todo valor adicionado das ACT, seguido das regiões turísticas de Costa dos Coqueiros com 10,3%, Costa do Descobrimento com 7,2% e Caminhos do Sertão com 7,1%.
A Bahia teve uma queda de 5,2% nas exportações no primeiro trimestre deste ano. O dado foi divulgado nesta quarta-feira (12) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan). O valor alcançado foi de 2,47 bilhões de dólares. Segundo a pasta, o volume embarcado, por sua vez, teve crescimento de 8,8% no mesmo período (3,57 milhões de toneladas), mas foi superado pela redução nos preços, que chegou a 13%, determinando o resultado negativo no período.
A SEI também registrou queda nas importações baianas no primeiro trimestre de 2023. Uma baixa de 10,8%, atingindo 2,53 bilhões de dólares. A secretaria considera que a desaceleração da economia mundial e a mudança em direção ao protecionismo econômico têm resultado em uma tendência de preços menos aquecidos principalmente para commodities energéticas, como petróleo e minerais.
A expectativa de virada, acrescenta a autarquia, passa pela retomada da economia chinesa e pelos cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que reúne países exportadores da commoditie, elevando as cotações do produto a médio prazo. Também com o escoamento da safra de grãos, a partir de abril, há possibilidade de reversão já no próximo trimestre do atual cenário desfavorável.
No que diz respeito ao mês de março, as exportações registraram 944,6 milhões de dólares negociados, queda de 11,1%. O número foi puxado pela indústria de transformação, que respondeu pela maior retração no mês (-16%), pressionadas por uma redução expressiva nos embarques (-15,6%), nos preços (-25,7%) e, por conseguinte, nas receitas dos derivados de petróleo (-37,3%).
Este último setor ainda assim lidera a pauta no trimestre. “Apesar de o registro das exportações de petróleo ser tradicionalmente volátil, a queda nos preços vem ocorrendo nos últimos três meses do ano, resultado de bases mais altas de comparação e tendência, até então, de queda nas cotações do petróleo em razão da esperada desaceleração da economia global”, informa a autarquia.
As exportações da agropecuária vêm a seguir com uma redução de 14,4% em março. As vendas de soja e derivados, carro chefe do setor, lideraram a pauta no mês, mesmo com uma queda de 5% nas receitas e de 6% no volume embarcado.
A SEI informou que o único setor a ter resultado positivo no mês foi a indústria extrativa, uma alta de 41,8%, graças ao crescimento nas vendas de ouro em 145%.
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Margareth Menezes
"Cultura não é supérfluo".
Disse a ministra da Cultura, Margareth Menezes após o ministro Fernando Haddad anunciar um corte histórico de R$ 25 bilhões em despesas do Governo.