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edvana carvalho
Na concentração para a saída do bloco Ilê Aiyê, no Curuzu, na noite deste sábado (10), a atriz soteropolitana Edvana Carvalho falou sobre a satisfação em prestigiar os 50 anos do bloco, que está sendo homenageado no Carnaval deste ano.
“O que seria de nós se não fossem os blocos afros, os afoxés e as religiões de matrizes africanas, principalmente o Candomblé?”, evidenciou a artista, completando que “todos nós devemos gratidão e respeito aos 50 anos do Ilê”.
Foto: André Carvalho / Bahia Notícias
Em entrevista ao Bahia Notícias, Edvana explicou que as personagens que interpreta no teatro e na televisão retratam conflitos de mulheres com as quais ela conviveu durante a infância e que um dos princípios do Bando de Teatro Olodum, na qual ela deve a sua formação artística, é “levar a história dos seus aos palcos”.
A atriz de 55 anos brilhou ao interpretar a personagem Inácia na primeira fase do Remake da novela Renascer, no ar na Rede Globo. Ela também interpretou Lúcia, no filme Ó Paí, Ó. Edvana Carvalho participou das temporadas de 2019 e 2020 da novela Malhação e fez outros trabalhos de destaque no cinema.
Confira a entrevista:
???? Eduarda Pinto / Bahia Notícias pic.twitter.com/9VBaRFd7Vs
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) February 10, 2024
Depois de passar pelo Vila Velha (clique aqui), Edvana Carvalho estreia nova temporada do espetáculo “Aos 50 - Quem me Aguenta?”, no dia 16 de janeiro, na Sala do Coro do Teatro Castro Alves. A montagem fica em cartaz até o dia 26 de janeiro, de quinta-feira a domingo.
Dirigida por Marcelo Praddo e com texto assinado pela própria atriz baiana, a peça é inspirada no formato do Ted Talk e apresenta conversas curtas e engraçadas sobre situações vividas pela artista ao longo da vida, provocando reflexões sobre o envelhecimento e a maturidade. "Acredito que a idade me fez perceber que eu precisava escrever sobre mim, sobre minha voz rasgada, cortada, inflamada, afiada, felina", afirma Edvana. "Estou vivendo outra fase na minha vida, que também é de total empoderamento. Já me tornei avó, gosto de dizer que me tornei vovóguete!"acrescenta, de forma bem humorada.
SERVIÇO
O QUÊ: "Aos 50 - Quem me aguenta?"
QUANDO: 16 a 26 de janeiro. Quinta a domingo, às 20h
ONDE: Sala do Coro do Teatro Castro Alves – Salvador (BA)
VALOR: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)
“Mulher preta inteligente, bonita, gostosa em cena. A autora de seu próprio texto”: é desta forma que a atriz baiana Edvana Carvalho quer que, não só o público, mas também o mundo a enxergue. Em cartaz no Cabaré dos Novos, no Teatro Vila Velha, com o espetáculo “Aos 50 – Quem me aguenta?”, até o dia 22 de dezembro, ela conversou com o Bahia Notícias sobre o envelhecimento e a maturidade, matérias-primas para a montagem de sua autoria (clique aqui e saiba mais).
A partir de seu próprio cotidiano, a artista de 51 anos construiu o enredo do solo, estrelado por ela mesma. “Eu escrevi inicialmente duas crônicas para já ter na manga caso alguém me convidasse para um Sarau, ou algum evento. E a partir disso comecei a escrever sobre a vantagem de se chegar aos 50. Eu brinco muito com isso, com os tipos de namorados que aparecem querendo um relacionamento, fui escrevendo sobre a questão hormonal, que já vamos vendo as mudanças...”, conta a artista.
Apesar das risadas e do bom humor, Edvana busca levar ao palco uma visão realista e não romantizada deste processo. “Rapaz, envelhecer é muito ruim, não é legal, não. Essa coisa de dizer ‘ah, é ótimo!’. Mentira! O bom é ter 20 anos, não é não, pai? Você não sente uma dor na coluna, nada! Você curte cinco, seis dias de carnaval e não volta nem em casa, que nada… Mas assim, é melhor estar vivo do que estar morto, não é? “, provoca a atriz, que costuma brincar com os truques bastante usados atualmente para tentar burlar as marcas do tempo. “Quando eu vejo as pessoas da revista na rua e vejo o tamanho da transformação, eu fico pensando: ‘oh, cansou de ser bonita!’”, ironiza a artista que já tem uma neta, ama o novo status, mas prefere ser chamada de “vovóguete”.
Na entrevista ao BN, além de contar alguns causos divertidos, Edvana falou ainda sobre episódios de racismo pelos quais passou; comentou sobre os últimos trabalhos na TV Globo, em "Malhação" e "Pega Pega"; e revelou algumas informações de bastidores da série “Irmãos Freitas”, na qual ela interpreta a mãe do pugilista baiano Popó. A atriz destacou ainda a importância do Bando de Teatro Olodum em sua formação como artista, pessoa e ativista negra, e revelou que pela primeira vez será protagonista de um longa-metragem. “Se tudo não parar nesse país, como pelo visto está encaminhando pra parar, eu acho que no fim de 2020 deve sair”, conta Edvana sobre o filme “Receba”, com roteiro e direção de dois baianos, Rodrigo Luna e Pedro Perazzo. “Apesar de ser gravado em Salvador, a história não tem nada das coisas mais folclóricas de Salvador. É um filme que pode ser rodado no Japão ou em Nova York. É meio de ação, meio policial, eu estou sempre fugindo de bandidos que querem me pegar e eu também não sou tão boa coisa. Mas eu sou meio heroína no filme”, explica. Clique aqui e leia a entrevista na coluna Cultura.
A atriz baiana Edvana Carvalho apresenta seu primeiro trabalho solo “Aos 50 – Quem me aguenta?” a partir desta sexta-feira (6) até o dia 22 de dezembro, no Teatro Vila Velha, no Cabaré dos Novos. No espetáculo, ela fala com humor sobre relacionamento, sexo, maternidade e maturidade da mulher negra.
Em entrevista ao Bahia Notícias, Edvana, que assina o texto da montagem, disse que a inspiração para o roteiro surgiu dela própria e do que já viveu. “Eu escrevi inicialmente duas crônicas para já ter na manga caso alguém me convidasse para um Sarau, ou algum evento. E a partir disso comecei a escrever sobre a vantagem de se chegar aos 50. Eu brinco muito com isso, com os tipos de namorados que aparecem querendo um relacionamento, fui escrevendo sobre a questão hormonal, que já vamos vendo as mudanças...”.
“Ontem eu ouvi uma pessoa falando assim: ‘eu acho que mulher já nasce madura, não tem essa coisa de entrar na maturidade’. Eu achei bem interessante isso, mas a sociedade 'etariza' a maturidade. Então você chega aos 50 e é como se você estivesse entrando naquela maturidade e tem muitos tabus a respeito disso. No texto eu comecei a brincar também com a questão do ninho vazio. Porque eu tenho uma filha, Luana, de 27 anos, que está morando na Alemanha. Então eu falo sobre isso, falo também de sala de aula, de saber lidar com isso, que é um estresse, mas ao mesmo tempo é tão lindo você fazer parte da vida de outros seres humanos. Você está ali ajudando a formação deles, mas ao mesmo tempo é muito duro o processo de como a educação é feita no país”.
A atriz ainda destacou que achou importante encontrar outra maneira para falar sobre racismo. “Eu não tenho mais 20 anos, não tenho vontade de ficar apontando o dedo na sua cara e dizendo: ‘seu racista, isso tá errado, isso tá certo’. Então procurei falar sobre isso de uma forma poética, artística, para levar ao palco. Eu entendi que quando as pessoas podem ouvir de uma forma um pouco mais amorosa, elas param para refletir mais do que se forem acusadas”.
Sobre realizar um espetáculo solo, Edvana confessou estar nervosa e tensa, porém muito feliz por tudo que está por trás da peça. “Eu finalmente estou fazendo o que eu quero e tô tendo a ajuda de muitas pessoas. Apesar do não ter patrocínio, tem muita gente apoiando. Queremos chamar público para a bilheteria conseguir pagar pelo menos uma parte das nossas dívidas, porque teatro é muito caro!”.
Normalmente, as pessoas encaram de diferentes maneiras a passagem do tempo. Questionada sobre como ela enxerga essa passagem, Edvana Carvalho disse que envelhecer é muito ruim: “Mas é melhor estar vivo do que estar morto, né?!”, brincou a atriz. “Acho complicado as mudanças radicais no corpo, mas eu respeito essas mudanças. Um dos textos da peça, que se chama 'mutação', fala exatamente sobre isso, sobre essas questões de botar botox, tirar isso, botar aquilo. Tem até uma frase que eu digo: 'quando eu vejo as pessoas nas revistas e na rua eu vejo o tamanho da transformação, eu fico pensando: oh, cansou de ser bonita'. E eu acho que as pessoas estão mesmo cansando de serem bonitas, estão se transformando cada vez mais”.
SERVIÇO
O QUÊ: “Aos 50 – Quem me aguenta?”
QUANDO: 06 a 22 de dezembro, sexta e sábado, às 20h; domingo, às 19h
ONDE: Teatro Vila Velha, Cabaré dos Novos, Dois de Julho
VALOR: R$ 40 inteira e R$ 20 meia (Ingresso Rápido e bilheteria do teatro)
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