Artigos
Quarto dos Fundos
Multimídia
André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia
Entrevistas
"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
eleicao em salvador
Entre os altos e baixos da bolsa de apostas sobre quem será o candidato - ou candidata - a vice na chapa encabeçada por Geraldo Júnior (MDB) para a prefeitura de Salvador, o nome da socióloga e ativista de direitos humanos Vilma Reis passou a ser cogitado de forma mais frequente nos bastidores da política baiana nas últimas semanas.
Apesar de o próprio vice-governador Geraldo Júnior já ter citado Vilma como potencial nome para ocupar o posto em sua caminhada soteropolitana, informações apuradas pelo Bahia Notícias dão conta que o movimento não deve prosperar. Em 2022, Vilma Reis foi a candidata do PT mais votada em Salvador com pouco mais de 35 mil votos. Ao todo, a militante recebeu 60.949 votos da população baiana.
Fontes ligadas ao PT baiano revelaram que o foco do partido é fazer duas suplentes assumirem temporariamente mandatos em Brasília, inclusive Vilma Reis. A movimentação seria feita com as licenças dos deputados petistas Zé Neto e Waldenor Pereira que devem disputar as prefeituras de Feira de Santana e Vitória da Conquista, respectivamente.
Os parlamentares não precisam, obrigatoriamente, se licenciar dos gabinetes na Câmara dos Deputados, mas internamente é do interesse do partido que os suplentes tenham um "gostinho" do mandato, além da formação de uma "bancada feminina". Dentro da federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV), os três primeiros suplentes são do PT: Josias Gomes, Elisangela Araújo e Vilma Reis.
O primeiro foi beneficiado com o mandato em Brasília já que o titular da cadeira é Afonso Florence, atual secretário da Casa Civil de Jerônimo Rodrigues na Bahia. Assim, com a licença dupla dos federais, a atual secretária de Políticas para as Mulheres da Bahia, Elisangela Araújo, e a militante petista Vilma Reis assumiriam os cargos na capital federal.
Caso o cenário seja concretizado, Elisangela e Vilma se juntam a Ivoneide Caetano, deputada eleita pelo PT em 2022, ampliando a bancada feminina do partido. Entre as mulheres a federação tem, ainda, a deputada Alice Portugal, eleita pelo PCdoB.
PT AGUARDA JERÔNIMO PARA INDICAÇÃO
Com o nome de Vilma praticamente descartado, a indefinição está sob compasso de espera do governador Jerônimo Rodrigues (PT). Fontes que acompanham a negociação confirmaram ao Bahia Notícias que a vaga será ocupada pelo PT e que, até o momento, Jerônimo já teria descartado entre cinco e seis nomes.
Durante as últimas semanas, o movimento para que o PT completasse a chapa foi intensificado especialmente pelo entorno do MDB e do próprio Geraldo Jr., que entende a necessidade de engajamento da militância petista para conseguir criar corpo na candidatura. A mobilização é tanta que já não são analisados nomes de outros partidos, pois foi transferido o ônus final da escolha a Jerônimo, tal qual aconteceu com a indicação do próprio vice-governador para encabeçar a chapa na capital baiana.
Houve uma espécie de namoro entre Geraldo Jr. e o PSB para que a deputada Lídice da Mata viesse a ocupar a cadeira de vice. A ex-prefeita de Salvador, todavia, teria descartado completamente a hipótese e, então, aceitado assumir como uma das coordenadoras da campanha do emedebista na corrida pelo Palácio Thomé de Souza.
Quem pretende conseguir uma cadeira nas Câmaras de Vereadores espalhadas pelo Brasil busca atrair os votos de algumas maneiras. Uma delas é a ligação com temas específicos ou a defesa de uma pauta. Em Salvador, uma das causas que movimenta os bastidores políticos é a animal.
Com nomes vinculados à proteção dos animais, a Câmara de Salvador tem a tradição de ter ao menos um nome com mandato. A casa de apostas começa a ser aquecida, onde alguns se destacam. Um dos principais nomes é a da atual vereadora Marcelle Moraes (União), ex-secretária de Sustentabilidade, Resiliência e Bem-estar e Proteção Animal (Secis).
Marcelle tem forte atuação com a temática e vai em busca do terceiro mandato. No último pleito, em 2020, a vereadora conquistou 8.673 votos, tendo o desafio de ampliar o número de votos nas eleições deste ano. Recentemente, uma das principais entregas da causa foi a inauguração do Hospital Municipal Veterinário, colocando os holofotes para a causa.
Outro nome que também irá buscar uma cadeira é Carol dos Animais (PSDB), ligada ao ex-deputado estadual e ex-vereador da capital Marcell Moraes. Ele é irmão de Marcelle e recentemente escancarou as desavenças familiares com a edil, que também devem ser transportadas para a campanha. Em 2022, quando ainda era filiada ao Solidariedade, Carol conquistou 23.529 votos por toda a Bahia quando disputou uma cadeira na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).
Segundo apuração do Bahia Notícias, ambos teriam "neutralizado" algumas pré-candidaturas menores durante o processo de filiação, na janela partidária. A retirada da disputa de nomes ligados a causa para apoiarem Carol e Marcelle reforça as chances de êxito nas urnas.
Além dos irmãos ligados à pauta, uma das pioneiras na temática é a ex-vereadora Ana Rita Tavares, que se filiou ao MDB e irá disputar uma vaga na Câmara. Informações chegadas ao BN apontaram que Rita esteve próxima da gestão municipal por um período, apesar de ter antigas filiações em partidos de oposição. Apesar disso, a postulante teria ficado "insatisfeita" com o tratamento recebido no grupo do prefeito Bruno Reis e decidiu retornar a um partido ligado à oposição de Salvador.
Outros nomes que também podem surpreender. Entre eles a protetora ligada aos felinos, Patruska Barreiro (PSDB). Com forte proximidade com o presidente da Câmara, vereador Carlos Muniz (PSDB), ela foi convidada para se juntar ao partido e também deve ter o nome à disposição nas urnas.
A montagem das chapas de vereadores pelos partidos em Salvador podem ter algumas condicionantes. Uma delas, a do MDB, pode sofrer com a eventual candidatura a prefeito do vice-governador Geraldo Jr., ou não. O partido pode "ceder" o espaço para vereadores com mandato como contrapartida para liderar a candidatura na capital em 2024 pelo grupo político do governador Jerônimo Rodrigues.
"De início, a conversa mostra a intenção de não receber ninguém com mandato. Mas, logicamente, isso não será discutido somente pela direção. Se não, me igualo ao raciocínio de fazer vereador. Nosso projeto é reeleger Jerônimo e Lula. Mas para isso temos que disputar para ganhar a prefeitura. Quando tínhamos as coligações, lá no MDB, quem fazia as coligações eram os candidatos. Cada um tem que fazer conta. Hoje não tem mais. Muitas vezes, esse pensamento de não querer vereador com mandato, é um pensamento de todos os partidos. Confirmando que Geraldo será candidato da aliança, logicamente, para ter, terá que fazer sua cota de sacrifício. O projeto é ganhar Salvador, consolidando a reeleição na Bahia e Brasil. Para um vencer, todos tem que vencer", indicou o presidente de honra do MDB da Bahia, Lúcio Vieira Lima.
A defesa para a candidatura do MDB em Salvador, segundo Vieira Lima, é que a "série histórica" não apresenta relação nas eleições. "Cada partido tem que ter bons candidatos e uma candidatura com expectativa de vitória. Quando Alice [Portugal] foi candidata, o PT fez mais vereadores que o PCdoB. Quando Pelegrino teve o mesmo número de votos que [ACM] Neto, que tinha Mário [Kertész] na disputa, pelo MDB, o MDB fez dois, o PT sete e o DEM fez quatro. A chapa é um diferencial", comentou ao BN.
O debate ainda segue ocorrendo dentro do grupo aliado para definir o nome para a disputa. O vice-governador Geraldo Jr. (MDB) teria conseguido um aval importante para tentar se cacifar como candidato do grupo do governo Jerônimo Rodrigues à prefeitura de Salvador. O presidente nacional do MDB, deputado federal Baleia Rossi, entrou no circuito e fez chegar aos ouvidos de articuladores baianos que a legenda embarcaria no projeto e “bancaria” os custos da empreitada. No entanto, o caminho não está completamente sacramentado.
Apesar disso, o “banho-maria” em que é colocada a possível apresentação de Geraldo Jr. (MDB) como candidato único do grupo político do governador Jerônimo Rodrigues (PT) em Salvador em 2024 não é meramente obra da vagareza com que as conversas do chamado conselho político acontecem. O afastamento temporário da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, submetida a procedimento cirúrgico no coração no último dia 30, também desacelerou o processo.
Segundo fontes do Bahia Notícias, as negociações para que o MDB assuma eventualmente a dianteira da construção política soteropolitana no próximo ano depende do aval da direção nacional do PT, que planeja colocar na mesa de negociação trocas de apoio em outras capitais brasileiras - com o Nordeste em destaque. A lista de municípios que entraria no acordo não deve ser divulgada previamente, mas é esperado que haja ação recíproca em prol de candidaturas petistas que sejam consideradas mais viáveis do que o projeto de Robinson Almeida em Salvador.
Os cálculos para as eleições municipais, incluindo para o legislativo soteropolitano, seguem ocorrendo também no Avante. O partido que tem recebido a filiação de políticos, não deve ter atuais donos de mandato na legenda para a Câmara Municipal de Salvador do próximo ano.
Lideranças da legenda sinalizaram ao Bahia Notícias que o partido não deve ter "nenhum vereador de mandato" na capital baiana, em 2024, disputando a reeleição pelo Avante. O partido possui apenas uma representante na Câmara, a vereadora Débora Santana, que integra a base aliada do prefeito Bruno Reis (União). O indicativo é que a edil deve deixar o partido para a eleição do ano que vem.
Com o partido iniciando o pleito "limpo", a estratégia seria tentar atrair novos nomes para a disputa. "Sem vereadores com voto, não assustamos quem pode chegar", indicou um dos interlocutores. A legenda já estaria dialogando com alguns suplentes da capital baiana e lideranças comunitárias que teriam indicado o interesse de lançar o nome.
Reforçado com a chegada de prefeitos pelo interior, o Avante também vai ser "turbinado" no legislativo estadual. A vinda de Ronaldo Carletto para a presidência do Avante na Bahia tem movimentado os deputados estaduais. Outros parlamentares chegaram e devem continuar chegando na legenda que conta com Patrick Lopes, como o então único representante.
Além disso, a ampliação do partido na Bahia com a chegada de Ronaldo Carletto na presidência (reveja mais) pode fazer o partido ser o novo integrante do "tripé governista". De acordo com informações obtidas pelo BN com integrantes da legenda, Carletto tem o desejo de disputar o Senado.
PRÉ-CANDIDATO À PREFEITURA
De desejo a quase realidade. Esse é o cenário para o deputado federal Pastor Sargento Isidório (Avante), que se firmou como pré-candidato para a prefeitura de Salvador, em 2024. Em entrevista ao Bahia Notícias, o parlamentar comentou que o desejo veio após o ministro da Casa Civil e ex -governador da Bahia, Rui Costa (PT), despertar a possibilidade de candidatura no pastor.
O lançamento ocorreu em reunião da executiva do partido. Nas redes sociais, Isidório comemorou a escolha da legenda. “Agradeço a Deus, a executiva estadual e municipal do Avante 70 pelo lançamento da nossa pré-candidatura a prefeito de minha querida cidade Salvador, continuo soldado do povo, glória a Deus!”, escreveu.
A candidatura do PSOL em Salvador já está consolidada, dependendo apenas da definição de um nome. Mesmo integrando o conselho político dos partidos da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT), a legenda tem firmado posição na disputa. Apesar disso, ao Bahia Notícias, o deputado estadual Hilton Coelho sinalizou que o partido não deve "esperar tanto tempo" para definir o representante nas urnas.
"É muito importante que o PSOL tenha candidatura, que é afirmado, desde o posicionamento nacional até em Salvador. A relação que Salvador deve ter com a metropolitana e o recôncavo. Vamos fazer isso com certeza. Temos nomes cogitados, acredito que não devemos esperar tanto tempo, já que outros nomes estão ocupando a cena", apontou o parlamentar.
A legenda deve ter ao seu lado no pleito o PCB, UP e PSTU. "Queremos tomar uma decisão conjunta com eles. Pode ser do PSOL ou não. Mas é importante que a esquerda socialista tenha um nome", completou.
Recentemente, o PSOL já iniciou a articulação para lançar a candidatura própria para as eleições de 2024. No páreo do partido, os nomes de Kleber Rosa, que foi candidato ao governo da Bahia em 2022, e Tâmara Azevedo, que disputou o Senado na eleição do ano passado, são os mais fortes. Contudo, de acordo com informações obtidas pelo Bahia Notícias, a disposição estaria causando divergências em diferentes alas do PSOL.
A solução para a equação da montagem da chapa petista para a disputa da prefeitura em Salvador pode passar pelo lançamento de "novos quadros" na eleição. Informações obtidas pelo Bahia Notícias dão conta que um cenário com a manutenção de José Trindade no PSB, encabeçando a chapa, e o PT indicando o vice tem ganhado força no grupo. A questão seria o nome indicado ao posto.
A "missão" seria dada ao atual presidente do PT na Bahia, Éden Valadares. Integrantes da sigla indicaram ao BN, em condição de anonimato, que, apesar de externar a ausência de vontade em disputar um cargo político, Éden já teria cedido. "Missão é missão", sinalizou um dos aliados ao reforçar a tese. O ajuste proporcionaria o entendimento de reforçar um aliado, no caso o PSB, pacificaria o grupo com a indicação de Trindade e promove Éden como um novo nome para o pleito de 2026, renovando os quadros petistas.
Outro ponto que pesaria seria o desejo dos cardeais petistas na Bahia em realizar uma renovação na legenda. Anteriormente, Éden já foi "colocado" para assumir a presidência do partido na Bahia, também como uma missão dada pelo senador Jaques Wagner. Ativo nos bastidores e nas articulações, Éden sempre ocupou espaços na retaguarda petista. "Os mais antigos" da legenda têm sinalizado para uma preocupação com a oxigenação dos quadros, se fazendo necessário promover nomes que atuam nos bastidores, como players eleitorais.
Um dos exemplos apontados seria o de Adolpho Loyola, atual chefe de gabinete do governador Jerônimo Rodrigues (PT). "Low profile", Adolpho tem uma longa história atuando nos bastidores do grupo, porém também foi alçado ao posto de secretário para atuar sob os holofotes da política. "Todos têm uma missão", comentou outro integrante do partido ao BN.
Os debates já devem se intensificar até agosto, quando Jerônimo irá promover o encontro do Conselho Político para iniciar as discussões políticas. O grupo político também já tem sido contactado de forma bilateral, pensando em finalizar pendências com os aliados. O encontro estava sendo aguardado desde o início de junho.
Em meio a disputa nos bastidores do grupo petista na Bahia pela indicação do nome para encabeçar as eleições em Salvador, um nome tem sido citado com recorrência: o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT). Sob condição de anonimato, alguns deles confirmaram que o nome de Rui na disputa reforçaria de forma substancial as possibilidades de êxito do grupo.
Ao Bahia Notícias, um deles chegou a citar que a inclusão de Rui na disputa pela prefeitura da capital seria o "cenário perfeito" para o grupo político. Entre as vantagens seria a entrada, de fato, do PT no pleito, com a força de uma figura robusta na disputa, além de uma possibilidade maior de vitória. Outro ponto elencado seria a de "fortalecimento" da bancada de vereadores, que deve passar por dificuldade nas urnas por conta da federação com o PV e PCdoB.
Rui já vem reforçando, desde a época que ainda era governador da Bahia, que não possui o desejo de disputar a prefeitura da capital. Apesar disso, nos bastidores, se aponta que o atual ministro da Casa Civil do governo Lula teria um "grande desejo" de pleitear a cadeira máxima no Palácio Thomé de Souza. Mesmo com a possibilidade, Rui já teria apontado a aliados que a saída do ministério estaria fora de cogitação.
Com o aumento do desejo do PT em ter um candidato "puro sangue", vinculado ao partido, lideranças do grupo já sinalizaram que, "outras cartas" estariam na mesa para o pleito. Entre elas estão o deputado estadual Robinson Almeida, que desponta como um nome possível dentro do PT, em um contexto que envolve disputas dentro da federação do partido com PCdoB e PV (veja aqui).
Além dele, José Trindade (PSB), presidente da Conder, tem se articulado dentro da base de apoio. Apesar de alguns nomes já estarem se colocando para a vaga, o indicativo de integrantes do PSB é que o partido pode se beneficiar de alguns entraves do grupo e conseguir indicar o nome de Trindade para a disputa.
Com a aproximação do ano eleitoral, um "xadrez político" já começou a ser jogado na base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) para a disputa da prefeitura de Salvador. Apesar de alguns nomes já estarem se colocando para a vaga, o indicativo de integrantes do PSB é que o partido pode se beneficiar de alguns entraves.
Mesmo em compasso de espera do governador Jerônimo Rodrigues (reveja aqui), os partidos da federação, PT, PV e PCdoB, além do PSB tem se articulado para estabelecer a melhor estratégia, incluindo as possibilidades para vice. As arrumações na capital baiana já têm sido estabelecidas pelas lideranças dos partidos.
Com o PCdoB apontando a pré-candidatura de Olívia Santana e o PT indicando a possibilidade de ter um nome na disputa, ambos terão que "pacificar" a relação para o pleito. Saindo um nome da federação, abre-se a possibilidade para o PSB. De acordo com lideranças da legenda, o partido tem "grande chance" de indicar um nome para chapa, sendo até um nome para vice.
Os bastidores do partido presidido pela deputada federal Lídice da Mata (PSB) têm estado aquecidos, com a possibilidade da indicação dela própria na disputa, do vereador Sílvio Humberto e do presidente da Conder José Trindade. Outro ponto indicado por algumas lideranças da legenda é que, caso o PT insista na filiação de um nome do partido (veja mais) como cabeça de chapa, o partido teria a “prioridade" em colocar um nome na vice.
O advento da federação nas eleições deve gerar um "embate" interno que pode beneficiar o PSB na indicação de um nome. A avaliação de interlocutores do partido é que, com o impedimento de lançamento de candidaturas da mesma federação, o partido conseguiria, mesmo perdendo filiados, conseguir o espaço em uma eventual chapa majoritária no pleito da capital baiana.
O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), tem apontado que não irá tratar de política em 2023. Porém, ao Bahia Notícias, Reis revelou que possui ao menos oito partidos com o apoio "apalavrado" para as eleições de 2024, incluindo o Republicanos.
"Todos me conhecem, fui formado na política. Fui deputado duas vezes, vice-prefeito. Nas experiências administrativas você tem que mergulhar, acompanhar, estudar, estar perto. Prefeito então (...) foram as respostas que a cidade exige. Vai ter a hora de fazer política. Vamos deixar essas definições após o Carnaval do ano que vem. Tem um grupo de partidos. O União, o PP, o PSDB, o Republicanos, PDT, PTB, PMN, DC. Tem outros que estamos conversando, e lá na frente aqueles que quiserem vir somar, se decidirem que temos o melhor projeto. Eu nem decidi se sou candidato. Não posso antecipar discussão de vice, quais partidos vão me apoiar", comentou Bruno Reis.
O Republicanos têm sido uma das legendas que tem requisitado uma abertura no debate com relação a formação da chapa nas próximas eleições. Recentemente, o presidente estadual do partido, deputado federal Márcio Marinho, sinalizou ao BN que pretende disponibilizar um nome para o pleito (reveja aqui).
Apesar disso, Bruno reforçou que tem convicção na trajetória política e na estratégia de atuação em Salvador. "Quando você tem um sucesso administrativo, a gestão é bem avaliada, consegue deixar as pessoas felizes, vem o resultado político. Todo dia atendo, deputado, vereador, presidente de partido. Na hora de conversar sobre o arranjo, é lá em 2024", completou em entrevista ao BN.
"Quando eu falo, até brinco e canto, vocês acham que eu não estou falando sério. É de forma muito séria mesmo. Esse ano, ano ímpar, não tem eleição. Já temos eleições a cada dois anos, isso exige muita energia, tempo e dedicação. O gestor público que tem a missão de governar, como tenho, precisa saber o tempo das coisas. Hora de dar cada passo. A política tem seu momento, tem marcos. Vai chegar 2 de abril a data das filiações, das convenções em 5 de agosto e a eleição 3 de outubro. Você não muda e nem vai antecipar. Já as dificuldades que as pessoas enfrentam é todo dia", indicou Bruno Reis.
Assista:
Candidato do PTB à Presidência da República em 2022, padre Kelmon deve desembarcar em Brasília no próximo dia 19 de junho para, segundo aliados, começar a articular sua entrada de vez na política.
A intenção do religioso é conversar, na capital federal, com lideranças partidárias e frentes parlamentares. Aliados de Kelmon tentam, inclusive, articular um encontro dele com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de acordo com o Metrópoles.
Nos bastidores, integrantes do PTB próximos ao padre citam duas possibilidades de candidatura para ela. Uma seria disputar a Prefeitura de Salvador em 2024. Outra seria concorrer a uma vaga no Legislativo.
Padre Kelmon obteve exatos 81.129 votos nas eleições do ano passado, quando substituiu Roberto Jefferson como candidato do PTB ao Palácio do Planalto. A participação do religioso nas eleições ficou especialmente marcada por sua presença nos debates presidenciais, quando atuou como escada para Jair Bolsonaro atacar adversários e foi chamado de "candidato padre", após a também candidata, senadora Soraya Thronieck (União) se esquecer do nome de Kelmon.
Os avanços na tentativa do PSDB em incluir o Podemos na Federação que formou com o Cidadania no ano passado deve repercutir na Bahia, principalmente em Salvador. Na Câmara de Vereadores da capital, os sete edis já iniciaram a montagem das estratégias eleitorais para 2024.
Interlocutores dos vereadores que compõem o bloco indicaram ao Bahia Notícias que eles devem ter que passar por um "gargalo" para conseguir renovar o mandato com a configuração atual. Entre os nomes estão: Cris Correia (PSDB), Daniel Alves (PSDB), Téo Sena (PSDB), Joceval Rodrigues (Cidadania), Ricardo Almeida (Podemos), Sidninho (Podemos) e Toinho Carolino (Podemos).
O "engarrafamento" pode indicar a saída de alguns vereadores do bloco para conseguir viabilizar a eleição. A avaliação de lideranças ligadas aos mandatos é que apenas Ricardo Almeida, que teve 10.026 votos, e Cris Correia, com 7.166 sufrágios, teriam uma situação "mais tranquila". Já Sidninho que teve 6.997 votos, Téo Senna com 6.751 votos, Joceval Rodrigues com 5.723 votos, Daniel Alves com 5.647 e Toinho Carolino com 4.844 têm situação incerta.
A FEDERAÇÃO E SEUS BENEFÍCIOS
Apesar da maior dificuldade para conseguir o mandato, a chegada do Podemos também ampliará a forma da disputa. Caso a integração do Podemos à Federação PSDB/Cidadania seja confirmada, o grupo passará a contar com 38 deputados no Congresso Nacional. O movimento irá ampliar também o valor da verba eleitoral e tempo de TV.
A distribuição leva em conta a quantidade de deputados federais eleitos, desconsideradas as trocas de legendas que tenham ocorrido; as eventuais retotalização de eleições para a Câmara dos Deputados que tenham sido feitas por decisão da Justiça Eleitoral e os efeitos das fusões e incorporações de partidos que tenham ocorrido nesse período.
E o tempo de rádio e TV também leva em conta o número de parlamentares, onde os partidos poderão exibir peças de propaganda que difundem os ideais partidários.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.