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esgoto
Um esgoto nas proximidades das torres Undae Ocean e Beach Class Ondina, condomínio de alto padrão da empresa Moura Dubeux, tem sido alvo de denúncias de banhistas e populares que passam pelo local. Isso porque o esgoto estaria sendo despejado e atingido na praia da Ondina, em Salvador.
Banhistas e populares que passam pelo local alegam que o empreendimento estaria causando mau cheiro e poluição no mar.
Em um vídeo enviado à reportagem do Bahia Notícias, é possível ver que uma grande quantidade de esgoto é jorrado na areia da praia. Na gravação, a água residual escorre da parte inferior do prédio, embaixo de um passeio, atingindo uma parte da água da praia.
No entanto, a empresa afirmou que a saída de água que apareceu no vídeo não seria do condomínio. Segundo a construtora, o sistema de esgoto do empreendimento estaria diretamente ligado à Avenida Oceânica e estaria de acordo com as normas ambientais.
“A Moura Dubeux informa que esta saída de água apresentada no vídeo não tem contribuição do empreendimento construído pela incorporadora. Todo o sistema de esgoto do empreendimento está diretamente ligado à Avenida Oceânica, cumprindo todas as aprovações ambientais”, disse a empresa.
Esgoto nas proximidades de condomínio da Moura Dubeux em Ondina preocupa banhistas e construtora nega responsabilidade
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) April 1, 2024
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Em 2022, os municípios baianos com menor proporção de moradores em domicílios com rede de esgoto, ou fossa ligada, são: Novo Horizonte, na Chapada Diamantina; Bom Jesus da Serra, no Sudoeste; Matina, no Oeste; Acajutiba, no Agreste baiano; e Baianopólis, também no Oeste.
Os três primeiros têm índices de 0,1%, enquanto que os últimos dois, em 0,2%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (23) pelo IBGE, com base no Censo de 2022. Na parte de cima, com maior proporção do serviço figuram Itapetinga (94,8%) no Sudoeste; Salvador (94,7%), Madre de Deus na RMS, (92,0%); Itororó, no Sudoeste (86,9%) e Coaraci, no Sul (86,2%).
Ainda segundo o IBGE, entre 2010 e 2022, na Bahia, a proporção de moradores em domicílios sem banheiro e sem sanitário teve queda expressiva, foram de 8,6% para 1,3%. No entanto, ainda havia quase 182,5 mil pessoas vivendo nessas condições, o que coloca o estado com o segundo maior contingente entre as unidades da federação. O estado fica abaixo apenas do Maranhão (257.148 pessoas ou 3,8% dos habitantes).
Já entre 2010 e 2022, as cidades baianas com maior redução de domicílios com esgotamento foram: Itanagra, no Agreste (de 14,4% para 7,9%), Rodelas, no Norte (de 77,5% para 71,0%) e Itapeb, na Costa do Descobrimento (de 5,1% para 1,7%.
Os maiores avanços ocorreram em Luís Eduardo Magalhães (de 1,2% para 64,5% da população com acesso) e Barreiras, no Extremo Oeste (de 15,3% para 75,4%) e Várzea Nova, no Piemonte da Diamantina (de 4,5% para 60,4%).
A Agência Reguladora de Saneamento Básico do Estado da Bahia (Agersa) está analisando proposta encaminhada pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), que pede o reajuste das tarifas de água e de esgoto em 8,35%. O procedimento é obrigatório e cabe à agência reguladora a avaliação e deliberação para conceder a mudança.
A proposta aplica o cálculo do impacto da inflação, entre maio de 2022 e maio de 2023, que ficou em 5,62%; 1,1% para compensar a perda causada após a autorização do reajuste não ter ocorrido no mês base de reajuste, que seria em maio; mais 1,62% para recuperar o que não foi concedido pela Agersa, em 2022, em relação ao índice de reajuste tarifário, que naquele ano foi de 13,35%, mas só foi autorizado o percentual de 11,73%.
O baiano Wagner Moura, que pela primeira vez assumiu a função de diretor de cinema com o longa-metragem “Marighella”, se prepara para finalmente lançar o filme no Brasil. A estreia no país foi marcada por adiamentos e enroscos com o governo federal, mas chega ao circuito nacional no dia 4 de novembro (saiba mais).
Em entrevista à Folha de S. Paulo, Wagner comentou o imbróglio que atrasou o lançamento. “Não tenho a menor dúvida de que o filme foi censurado. As negativas da Ancine para o lançamento e, depois, o arquivamento dos nossos pedidos não têm explicação. E isso veio numa época em que o Bolsonaro falava publicamente sobre filtragem na agência”, disse o baiano. “Foi bem nessa época que os nossos pedidos de lançamento foram negados e, logo na sequência, os próprios filhos do Bolsonaro foram às redes sociais comemorar a negativa da Ancine”, lembrou, avaliando como triste o fato do filme ter sido feito em 2017, mas não ter estreado ainda no país.
“É triste. Porém, hoje em dia, já está muito mais claro para os brasileiros a tragédia que é o governo Bolsonaro do que talvez em 2019, quando tentamos lançar ‘Marighella’ pela primeira vez. Talvez, hoje, haja uma maior compreensão de que isso é um produto cultural brasileiro, que o fato de ser proibido, censurado, atacado pelo governo é um absurdo”, pontuou o artista, segundo o qual a vitória de Bolsonaro às eleições à presidência foi “trágica, mas pedagógica”.
“Esse cortejo de mediocridade que vem atrás dele mostra que o Bolsonaro não é um alien, não veio de Marte. Ele é um personagem profundamente conectado ao esgoto da história brasileira, que nos mostra que o Brasil não é só um país de originalidade, de beleza, de potência, de diversidade, de biodiversidade”, avaliou o ator e diretor baiano. “O favor que o Bolsonaro nos fez foi revelar esse outro Brasil, que estava camuflado; foi nos mostrar que nós também somos um país autoritário, violento, racista, de uma elite escrota. O Brasil é um país que nem é mais uma piada internacional. Quando os estrangeiros vêm falar com a gente, eles falam com pena. Agora nós temos que enfrentar isso”, declarou.
Wagner fez ainda sua avaliação sobre a atuação de Mario Frias à frente da Secretaria Especial da Cultura. Segundo o ator, “qualquer pessoa que aceite fazer parte desse governo já é, por excelência, anticultura, anti-direitos humanos, anti-meio ambiente, antiprogressismo”. “Você olha para qualquer um deles e vê que são pessoas medíocres, recalcadas”, conclui.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.