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Responsável pela saúde de Lauro Freitas, o secretário César Nascimento indicou ao Bahia Notícias que as acusações sobre irregularidades nas condições estruturais e no funcionamento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itinga, em Lauro de Freitas (veja mais), não procedem. Ao BN, Nascimento apontou para condições diferentes do que foi divulgado.
"As vezes tem pontos que, quando chove, vai água e cria uma área com mofo. Um pedaço de uma parede, com uma casa de 400m2, tem um pedaço com mofo, cito de exemplo. A gente vai e faz a manutenção, como foi feito", revelou.
Uma representação junto ao MP-BA foi feita pela vereadora do município, Débora Régis (PDT), em duas ocasiões. À época da primeira denúncia, a edil, que é a atual líder da oposição na Câmara de Lauro, também apontou a presença de extintores fora do prazo de validade e focos de mosquito da dengue. O secretário de saúde rebateu as acusações.
"A vereadora chegou lá quando estávamos levando materiais como armários e móveis de uma área externa. Tem um funcionário efetivo que é contra a gestão e ligou para a vereadora. Quando chegou lá, foi abordada por nossos funcionário para não entrar com celular, ela surtou e ameaçou funcionários. Abordou dizendo que tem lei orgânica, só que não autoriza ela gravar e tirar fotos, já alertado pelo Ministério Público", sinalizou.
O secretário de saúde indicou ainda que o município não foi notificado e que também irá acionar a vereadora. "Quando formos, ela será chamada a responsabilidade. Ela fez uma arbitrariedade, adentrou em uma sala vermelha sem autorização. Sem equipamentos, sem luva. A gestão está entrando com uma ação contra ela sobre esse fato", disse.
Cesar comentou que a cidade possui diversos equipamentos de saúde, que também estão em boas condições. "Temos UPAS 24h, dentro da Unime, é um hospital escola. A UPA Nelson Barros. É uma grande parceria que serve a população. A UPA 24h em Itinga, atende 350 pacientes por dia. De Lauro de Freitas e da região. De fora de nossa cidade", completou.
Veja:
Foto: Reprodução / Prefeitura de Lauro de Freitas
Foto: Reprodução / Prefeitura de Lauro de Freitas
Foto: Reprodução / Prefeitura de Lauro de Freitas
A Bahia ocupou a segunda colocação entre os estados nordestinos que tiveram os maiores valores atribuídos a multas de infrações ambientais ao longo de 2022. Durante o ano passado, os baianos totalizaram R$ 32,6 milhões em penalizações, com aplicações de 3.302 multas. Os dados foram obtidos e organizados pelo projeto Data Fixers, em parceria com a agência "Fiquem Sabendo”.
No ranking geral, a Bahia ficou em 18º lugar. O estado que teve os maiores valores atribuídos a multas de infrações ambientais foi, de forma isolada, o Pará, com aproximadamente R$ 1,6 bilhão em 2.431 multas. No Nordeste, o estado com a maior quantia foi o Maranhão, que ficou em 7º no geral, acumulando R$ 86,5 milhões em 232 infrações.
No quesito de quantidade de multas aplicadas no ano passado, a Bahia ocupou o 19º lugar levando em consideração todas as unidades federativas do Brasil. Entre os nove estados da região Nordeste, a Bahia ficou na quinta colocação. A liderança ficou com o Ceará, com 896 multas, atingindo um valor de R$ 27 milhões.
MEIO AMBIENTE E POLÍTICA
No ano passado, dos 37 deputados baianos analisados, 24 apresentaram uma performance “ruim” em questões relacionadas ao meio ambiente, de acordo com dados do Ruralômetro. A Bahia também era o estado com o maior número de deputados envolvidos em infrações ambientais, com cinco representantes, sendo eles:
- José Rocha (União);
- Arthur Maia (União);
- Raimundo Costa (Podemos);
- Charles Fernandes (PSD);
- Marcelo Nilo (Republicanos).
Além disso, o estado da Bahia era o quarto com maior número de deputados que são membros da bancada ruralista, com 16 integrantes, de acordo com site oficial da Frente Parlamentar Agropecuária (veja mais detalhes aqui).
Com a receita de R$ 50 mil proveniente de edital do governo da Bahia, além do suporte da prefeitura de Salvador na montagem de palco, som e iluminação, em Piatã, a organização do Palco do Rock busca apoio para viabilizar um show de Pitty este ano, em sua 26ª edição. O impasse se dá porque, de acordo com a produtora Sandra de Cássia, o valor do patrocínio estadual, por meio da Bahiatursa, já está comprometido para cobrir a contratação de cerca de 40 bandas e equipe técnica. Segundo ela, o governo já os “humilhou demais”.
O evento, que acontece entre 22 de 25 de fevereiro, com entrada gratuita, já fechou quase todas as atrações de seus quatro dias, mas aguarda uma resposta do poder público para que a roqueira baiana possa se apresentar pela primeira vez em sua programação. Segundo Sandra, os agentes de Pitty apresentaram uma proposta “muito boa”, abaixo do preço de mercado, que prevê custos de menos de R$ 100 mil por 2h de show, passagens aéreas para a equipe de 17 pessoas, hospedagem, traslado e cachê.
“O governo do estado está fora, a secretária de Cultura já mandou ofício estabelecendo o não. O único que acenou positivamente em sentar para conversar foi o secretário de Cultura do município”, relatou a organizadora do Palco do Rock, afirmando que Cláudio Tinoco se mostrou “muito simpático” e interessado em dialogar.
“Eles [o governo da Bahia] gastam milhões [no Carnaval], poxa, reserva um pouquinho pra gente! O rock só tem uma grande festa por ano, que é essa, e a gente não anda pedindo, não. São quase oito anos que a gente está aqui caladinho, mesmo que cordeirinho, recebendo R$ 50 mil, nos virando, fazendo das tripas coração, transformando o lixo em luxo”, protesta a produtora, lembrando que este ano o evento traz 10 bandas de outros estados, que receberão menos de R$ 1 mil cada, para se apresentar.
“Na hora de liberar para Carlinhos Brown, Sepultura e Angra, que não têm nada a ver com o estilo do Carnaval, e nem com o próprio Carlinhos Brown, teve a capacidade de liberar não sei quantos mil que ninguém quis saber pra divulgar. Agora, quando é o caso do Palco do Rock, qualquer dinheiro parece que é uma fortuna do mundo inteiro. E não é!”, comparou Sandra.
“Se você tiver que fazer qualquer coisinha pela gente é com Cláudio Tinoco. A gente não quer mais saber mais, porque o governo do estado já nos humilhou demais, sem nenhuma necessidade”, declarou, afirmando ainda que a gestão estadual “precisa ter sensibilidade política, mas não está tendo boa vontade”.
O Bahia Noticias entrou em contato com a Bahiatursa, superintendência que concede o recurso para que o evento aconteça. A pasta confirmou que o valor destinado ao Palco Rock será o mesmo do ano anterior, mas salientou que todos os proponentes que “procuram [a pasta] são recebidos”.
Citada pela produção do palco, a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult) também foi procurada. De acordo com a pasta, a gestão teve conhecimento da situação através da produção do Palco do Rock, que informou sobre a tentativa de captação de verbas. Com a negativa do governo estadual e a "simpatia" do secretário de Cultura do município Cláudio Tinoco, uma campanha nas redes sociais do responsável pela pasta mobilizou internautas, que fizeram comentários com a hastag #PittyNoPalcoDoRock2020.
Em nota, a Secult esclareceu que "nenhuma tratativa foi feita até o momento entre a pasta e a equipe da cantora Pitty para o Carnaval de Salvador". Ainda assim, fontes ouvidas pelo Bahia Notícias apontam que há interesse do secretário em buscar alternativas para tentar viabilizar a apresentação da cantora.
Diante da situação, a Secult salientou na resposta ao Bahia Notícias que "reconhece a importância da artista nacionalmente, especialmente para o gênero de rock, e se associa aos fãs que se mobilizam para trazer a sua apresentação para a nossa capital". “Não só no Carnaval, mas em qualquer outro momento, é sempre bom receber a soteropolitana cantora Pitty na nossa cidade”, completou Tinoco.
Depois de sofrer com furtos e depredação (clique aqui), o conjunto de esculturas de Mário Cravo Júnior instalado na antiga sede dos Correios, no bairro da Pituba, em Salvador, pode ter um melhor destino em um futuro próximo. As obras serão restauradas pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), vinculado ao Governo do Estado, e depois ganharão um novo local.
Ao Bahia Notícias, a assessoria de comunicação do Ipac confirmou que a doação já está praticamente concluída, mas que o processo precisa "passar por Brasília" para haver a liberação. Quando o conjunto estiver em posse do Estado, começará a restauração. Ainda não há previsão de quanto tempo será necessário para corrigir os problemas causados pelos atos de vandalismo.
A doação acontece cerca de uma semana após a família do artista plástico baiano se reunir com representantes do Ipac e do governo federal, para discutir a destinação das obras (clique aqui e saiba mais). Ainda não se sabe, no entanto, onde as esculturas serão abrigadas após o processo de restauração. Segundo o Ipac, quando o processo estiver concluído, o órgão vai definir o novo local de instalação. Apesar de não haver definição sobre a questão, uma das sugestões propostas é a exibição em um museu.
Nesta segunda-feira (21), o governador Rui Costa (PT) mostrou desconhecer o processo envolvendo os órgãos estadual e federal, para a salvaguarda das obras de Mário Cravo Jr. Perguntando sobre o tema, ele disse não ser atribuição de sua gestão. “Se está na sede dos Correios, imagino que seja propriedade dos Correios, que é uma empresa pública federal e se assim for, eu não posso fazer nada”, declarou o governador. “O Estado não pode desapropriar, nem tomar terreno, nem prédio, nem obra de arte, nada que seja de empresa pública federal. A lei não me permite fazer esse tipo de intervenção. Então cabe aí sim a vocês da imprensa procurar a direção dos Correios na Bahia ou em Brasília e perguntar o que é que eles pretendem fazer com o patrimônio dos Correios, não só as obras de arte, mas o prédio, ou qualquer patrimônio dos Correios. Não cabe ao governo do estado ficar especulando sobre o ativo, sobre o patrimônio de uma empresa pública federal”, acrescentou.
Encomendado pelos Correios na década de 1980, o conjunto escultórico de autoria de Mário Cravo Junior é constituído de três esculturas em latão e cobre martelado e soldado, representando os orixás Oxalá, Exu e Iemanjá.
Diante da proximidade do primeiro turno das eleições, que acontece no próximo dia 7, a Academia de Letras da Bahia (ALB) lançou uma carta aberta aos candidatos ao governo do Estado. Os acadêmicos pedem que os postulantes ao Palácio de Ondina firmem o compromisso público para a realização de medidas em favor de áreas, como Literatura, Patrimônio Cultural e Ambiental e Difusão Cultural.
Entre as sugestões aprovadas em reunião realizada na última terça-feira (18), sob coordenação da presidente da instituição Evelina Hoisel, a Academia requer que o próximo governo estadual invista pelo menos 5% do seu orçamento em cultura e sugere a criação de um Centro de Referência da Cultura Baiana para documentar, analisar, preservar e divulgar a cultura material e imaterial da Bahia. Confira abaixo as sugestões completas descritas na carta:
PARTICIPAÇÃO, PLANEJAMENTO E GESTÃO DA CULTURA
a) Investir pelo menos 5% do orçamento do Estado em cultura; b) Fortalecer o Fundo de Cultura do Estado, articulando diversas esferas públicas e privadas, com participação da sociedade nas decisões de seus investimentos; c) Consolidar o funcionamento do Conselho de Cultura da Bahia com maior participação das associações culturais e universidades públicas do Estado; d) Elaborar, de forma participativa e propositiva, o Plano de Cultura articulado com os demais planos territoriais e setoriais de desenvolvimento do Estado; e) Garantir a continuidade administrativa dos Planos de Cultura; f) Rever os critérios de apoio financeiro às associações culturais da sociedade baiana, buscando um melhor equilíbrio entre as mesmas; g) Criar um Centro de Referência da Cultura Baiana para documentar, analisar, preservar e divulgar a cultura material e imaterial da Bahia: arte, artesanato, literatura, teatro, dança de roda, capoeira, cinema, música, culinária etc.
LEITURA E LITERATURA
a) Dotar todos os municípios baianos de bibliotecas e recuperar as existentes, em especial a Biblioteca do Estado, no Barris; b) Criar uma biblioteca digital dos autores baianos, do passado e do presente, como apoio ao ensino fundamental e secundário; c) Incluir autores baianos nos livros-textos adotados nas escolas públicas do Estado; d) Recuperar os arquivos baianos, especialmente os do Estado da Bahia, de Cachoeira e de Rio de Contas e dotar dos meios para seu pleno funcionamento; e) Financiar a publicação de livros de caráter pedagógico e cultural por instituições públicas e privadas com conselhos editoriais; f) Reabertura da livraria dedicada à divulgação do livro baiano.
PATRIMÔNIO CULTURAL E AMBIENTAL
a) Adotar políticas culturais e ambientais que valorizem as dimensões material e imaterial do nosso patrimônio como parte do programa de desenvolvimento socioeconômico do Estado; b) Dotar recursos para a recuperação dos parques e sítios arqueológicos, históricos, culturais e naturais do Estado, em especial a requalificação dos centros antigos de nossas cidades; c) Instalar sistema de detecção e combate ao fogo adequado a seus acervos em todos os museus, arquivos e bibliotecas do Estado; d) Preservar territórios tradicionais da cultura dos povos historicamente marginalizados.
FORMAÇÃO, CRIAÇÃO E DIFUSÃO CULTURAL
a) Implantar escolas-parques de educação integral, na capital e no interior, como as idealizadas por Anísio Teixeira, visando a iniciação artística de jovens baianos; b) Criar prêmios literários e bolsas para a realização de estudos sobre temas de interesse baiano; c) Instalar um laboratório de criação de vídeos e games para jovens baianos; d) Realizar concursos para residências artísticas anuais na Bahia; e) Criar e divulgar um calendário artístico-cultural baiano com as festas populares e a realização de festivais, salões de arte, espetáculos teatrais e musicais, na capital e no interior. (Atualizada às 10h24)
O São João deste ano poderá ter uma atração com cara de Carnaval em diversos municípios da Bahia. Em entrevista ao Bahia Notícias, o secretário de Turismo José Alves revelou que, entre os planos da Setur para o São João deste ano, está incluído um “sanfonão” para promover a festa. Segundo o secretário, a novidade consiste no conhecido “pranchão” do Carnaval – espécie de trio elétrico rebaixado, mais próximo do público –caracterizado de sanfona, para combinar com a celebração junina. O pranchão é um trio elétrico amplo e aberto, que traz a possibilidade de maior integração com o público. A ideia surgiu com o grupo Alavontê para o Carnaval de 2015 e, desde então, tem feito parte da folia nas ruas de Salvador, sendo utilizado não só pelos seus criadores, como também por outros artistas. O secretário não divulgou os artistas e bandas que utilizarão o veículo durante a festa, nem os municípios que farão parte do circuito, mas afirmou que o mesmo "sanfonão" vai percorrer diversos locais. “O mesmo carro vai rodar vários municípios. A gente ainda está definindo quais, mas pelo menos de uma dezena até duas dezenas, depende do tempo”, adiantou Alves. Se a ideia funcionar e for bem aceita pelo público, a expectativa do governo é “exportar” o sanfonão para outros estados. “A gente vai poder também levar pra fora do estado se der muito certo. No segundo semestre nós vamos falar mais disso aí”, promete.
Serão abertas no dia 2 de março e encerradas em 1º de dezembro de 2018, as inscrições de projetos culturais no Programa Estadual de Incentivo ao Patrocínio Cultural (Fazcultura). A resolução, assinada pela secretária de Cultura e presidente da Comissão Gerenciadora, Arany Santana, foi publicada no Diário Oficial do Estado, nesta terça-feira (20), incluindo também as instruções gerais para o processo de apresentação, inscrição e avaliação de propostas.
Confira o texto publicado no Diário Oficial:
“RESOLVE,
Art. 1º Abrir as inscrições de projetos culturais no Programa Estadual de Incentivo ao Patrocínio Cultural - FAZCULTURA, referente ao exercício de 2018, a partir de 02 de março de 2018, até 01 de dezembro de 2018.
Art. 2º Propostas inscritas em 2017 que não tenham completado um ano de inscrição, estarão submetidas ao prazo para apresentação de Carta de Intenção de Patrocínio estabelecidos no item 2.8.1, alínea c, da Resolução 015/2015.
Parágrafo Único - O não cumprimento no disposto neste artigo ensejará o cancelamento das respectivas propostas, podendo os proponentes reapresentá-las para nova análise.
Art. 3º Os arquivos físicos e magnéticos de propostas canceladas estarão à disposição dos proponentes por até 180 (cento e oitenta) dias, findo os quais serão descartados, conforme art. 14 do Decreto 12.901, de 13 de maio de 2011, alterado pelo Decreto N° 14.444, de 25 de abril de 2013.
Art. 4º Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.
Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário”
Um grupo de apoiadores segue empenhado em revitalizar o Cine Teatro Éden, no município de Ipiaú, no sul baiano. Após divulgar carta aberta ao governador Rui Costa, solicitando uma reunião com o gestor estadual para discutir a inclusão do projeto na Chamada Pública da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Cinema da Cidade (clique aqui e saiba mais), a organização “Por Um Novo Cine Éden” diz estar redobrando os esforços para tal propósito. “O edital é até dia 5 de julho, mas estamos intensificando essa semana. Soube que Rui Costa já sabe do edital e deve inscrever, mas talvez não coloque Ipiaú como possibilidade, pois querem cidades acima de 100 mil habitantes”, revelou o cineasta ipiauense Edson Bastos, idealizador do movimento. Na última semana, o Bahia Notícias entrou em contato com a assessoria de comunicação do Governo da Bahia, mas não teve a confirmação de que Rui, de fato, tomou conhecimento da mobilização. Por outro lado, em mensagem direta enviada ao organizador da campanha, a equipe do Governo sugere que a proposta não será acolhida. “Aqui no Governo, por termos inúmeros municípios solicitantes, decidimos contemplar aqueles com, pelo menos, 100 mil habitantes, mas estamos de olho em Ipiaú!”, escreveu a assessoria.
Apesar disto, ao saber da suposta visita de Rui Costa ao município, nesta sexta-feira (30), o movimento “Por Um Novo Cine Éden” espalhou faixas pela cidade, com o objetivo de sensibilizar o governador.
Mobilização segue intensa para revitalizar o Cine Teatro Éden | Foto: Arquivo Pessoal
Fundado em 1927 e com a fachada tombada como Patrimônio Histórico Cultural da cidade desde 1991, o Cine Teatro Éden hoje encontra-se desativado. O equipamento cultural fechou as portas no início dos anos 1980, dando lugar a uma loja de móveis e eletrodomésticos, que também veio a encerrar suas atividades. Outrora com capacidade de público de 500 pessoas, Cine Éden recebeu festivais de música, apresentações teatrais e grandes eventos, com a presença de artistas relevantes, como Raul Seixas, Dominguinhos, Wanderley Cardoso e Jerry Adriani. Após a mobilização dos artistas e sociedade civil, a prefeitura de Ipiaú foi sensibilizada e assinou uma carta de intenções para desapropriar e revitalizar o imóvel (clique aqui).
O ator baiano Lázaro Ramos se juntou ao grupo de artistas e intelectuais que encampa uma mobilização para revitalizar o Cine Teatro Éden, em Ipiaú (clique aqui e saiba mais). Em uma foto enviada aos manifestantes, ele aparece segurando um celular com a foto do espaço cultural e a hashtag da campanha #PorUmNovoCineEden. Após o grupo se reunir com a prefeita Maria das Graças Mendonça e entregar uma carta de compromisso para garantir a desapropriação do prédio, o caso vem sendo analisado pelo setor jurídico da prefeitura municipal (clique aqui e entenda).
Após a mobilização de artistas locais para a revitalização do Cine Teatro Éden, em Ipiaú, a prefeitura acenou positivamente sobre o apoio governamental à causa (clique aqui e saiba mais detalhes). Na última sexta-feira (7), o cineasta Edson Bastos, representante do movimento “Por Um Novo Cine Éden”, reuniu-se com a prefeita Maria das Graças Mendonça para tratar do tema. Na ocasião, o artista entregou um documento com o objetivo de assegurar a desapropriação do imóvel (clique aqui para ler a carta). “Entreguei uma carta de compromisso na qual há a garantia inicial de tornar o terreno de utilidade pública, para garantir que, pelo menos, o dono não venda para a Igreja Universal ou Supermercado, como o mesmo estava informando que havia interesse”, revelou Edson Bastos ao Bahia Notícias. Ele explicou ainda que conversou com o proprietário, que teria demonstrado interesse em vender o prédio para a prefeitura. “O próximo passo, após a utilidade pública, é colocar prefeitura e proprietário para dialogarem e definirem um valor. Vamos realizar esse encontro. Mas antes, aguardo a carta de compromisso dela”, disse o cineasta.
Parte interna do imóvel | Foto: Reprodução / Facebook
Vanda Andrade Pinheiro, chefe de gabinete da prefeita de Ipiaú, por sua vez, afirmou que a gestora municipal recebeu um documento do grupo da cultura, pedindo apoio da prefeitura para esse movimento, e que o material “está sendo analisado pelo jurídico”. Ela reafirmou ainda que “a prefeitura tem interesse em apoiar esta revitalização” e que aguarda o parecer técnico para se posicionar. Além de buscar apoio junto ao Executivo municipal, Bastos informou que agendará, na Câmara de Vereadores, a utilização do plenário no dia 25 de abril para falar sobre o procedimento da revitalização do espaço cultural e o papel dos legisladores neste processo.
Artistas de Ipiaú, no sul da Bahia, organizam uma campanha com o objetivo de revitalizar o Cine Teatro Éden, cuja fachada é tombada como Patrimônio Histórico Cultural da cidade desde 1991. O espaço, que foi aberto em 1927 e abrigou apresentações de nomes como Orlando Silva, Nelson Gonçalves, Ângela Maria, Wanderley Cardoso, Jerry Adriane e Raulzito e seus Panteras, fechou as portas no início dos anos 1980, dando lugar a uma loja de móveis e eletrodomésticos. Segundo os organizadores da campanha “#PorUmNovoCineEden”, na década de 80 houve esforços da prefeitura para comprar o espaço, mas “o proprietário pediu pelo prédio a exorbitante quantia de R$ 300 milhões”. Hoje, com o imóvel vazio, artistas e sociedade civil pleiteiam a reestruturação do espaço cultural.
Dentre os caminhos para garantir a revitalização, o movimento aponta duas possibilidades: através de parceria entre a Ancine e a prefeitura ou governo estadual, ou por meio de emenda parlamentar de algum deputado federal. À frente da mobilização, o cineasta ipiauense Edson Bastos conta que já conseguiu a adesão de Jean Wyllys (PSOL). “Entrei em contato com ele pelo Facebook. Expliquei o movimento e a intenção. E de imediato ele respondeu. Na sequência a assessoria jurídica entrou em contato para mostra como pode ser feita a revitalização através de apoio dos parlamentares”, conta. A adesão do deputado, no entanto, não garante sozinha a reforma do espaço, por isto a mobilização pretende sensibilizar o poder público. “Esse movimento existe há anos, desde que o cinema foi fechado. Mas agora, assim que eu liguei para a prefeitura e falei da possibilidade da reestruturação, eles agendaram a reunião. Vou dialogar com a prefeitura na sexta-feira (7). Com o governo do Estado ainda não conseguimos agendar. O imóvel é tombado, o primeiro passo é desapropriá-lo. A conversa com a prefeitura vai ser nesse sentido”, explica Bastos, que é idealizador do Festival de Cinema Baiano (Feciba). Os interessados podem acompanhar o movimento por meio da página no Facebook (acesse aqui).
Além da entrega da Carta de Princípios, os conselheiros de cultura do Brasil aproveitarão o momento para trocar experiências sobre os desafios encontrados na gestão dos conselhos estaduais, além de realizar um balanço a respeito das atividades desenvolvidas pelo ConECta. A vice-presidente do encontro, Loma Pereira, espera consolidar a instituição como referência na luta pela realização de ações benéficas ao setor cultural, sendo um importante canal de diálogo com os gestores e o Fórum dos Secretários de Cultura. “O ConECta é de sensível relevância à cultura brasileira, sobretudo nesse momento em que o Brasil trabalha conjuntamente para fazer valer os Planos e Sistemas Estaduais e Nacional de Cultura. Graças às mobilizações regionais, pudemos compartilhar informações importantes sobre a cultura de cada estado e o modelo de gestão de cada conselho”, pontua Loma.
Com quase metade do número de participantes presentes na primeira reunião da classe, realizada na quarta-feira passada (19), também no Espaço Xisto, o encontro também permitiu a discussão de questões sobre o repasse dos recursos do Fundo de Cultura da Bahia (FCBA) e solicitações que serão feitas à SecultBA, a exemplo da relação dos projetos apoiados pelo FCBA desde 2005 e de projetos que assinaram o Termo de Acordo e Compromisso (TAC), mas ainda não receberam recursos. Houve espaço também para a articulação dos próximos passos do movimento. Uma nova reunião está agendada para a próxima quarta-feira (2), no auditório da Biblioteca dos Barris, às 9h. Na ocasião, será discutido quais os pontos principais a serem colocados na Sessão Ordinária que ocorrerá na sede do Conselho Estadual de Cultura, no Campo Grande, no dia 9 de outubro, às 14h. Serão convidados para o debate representantes das secretarias da Cultura (SecultBA) e Fazenda (Sefaz), Assembleia Legislativa e do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Diversões do Estado da Bahia (Sated).
Imagem da primeira etapa da obra | Foto: Divulgação
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.