Artigos
Quarto dos Fundos
Multimídia
“É uma estratégia do PT”, afirma Luciano Simões sobre a ‘pulverização’ de candidaturas em Salvador
Entrevistas
"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
etiopia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou nesta sexta-feira (16), sua primeira visita oficial à Etiópia. Pela manhã, participou de uma cerimônia de deposição de flores em um monumento na capital etíope, Adis Abeba. Na sequência, teve reuniões bilaterais com o primeiro-ministro Abiy Ahmed. No fim de semana, ele participa como convidado especial da 37ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana.
Durante a reunião entre as equipes de governo, o primeiro-ministro Abiy Ahmed confirmou que virá ao Brasil para participar como convidado da Cúpula do G20, que acontece em novembro, no Rio de Janeiro. Outros assuntos tratados foram a necessidade de uma modernização no sistema de governança global e um convite para a Etiópia integrar a Aliança Global Contra a Fome, um dos focos da Presidência brasileira à frente do G20. Na parte da tarde, o presidente Lula participou do evento “Financiamento climático para a agricultura e segurança alimentar: Implementação da Declaração de Nairóbi e resultados da COP28”.
A visita integra o processo de relançamento da política externa do Governo Federal para países africanos. A Etiópia é o segundo país mais populoso da África, com 125 milhões de habitantes, e a quinta maior economia do continente, com crescimento de mais de 6% em 2023. Além disso, a nação se integrou ao BRICS no início deste ano e a União Africana, que tem sede em Adis Abeba, se tornou membro permanente do G20.
RELAÇÕES BILATERAIS
As relações diplomáticas entre Brasil e Etiópia foram estabelecidas em 1951. Os dois países já tiveram iniciativas em conjunto voltadas para técnicas de produção agrícola em regiões semiáridas; compartilhamento de experiências em biocombustíveis; irrigação agrícola em pequena escala; alimentação escolar; saneamento básico e manejo sustentável de florestas. Hoje, há cinco projetos de cooperação em andamento nas áreas agrícola e de segurança alimentar.
No comércio bilateral, o fluxo de negócios entre os dois países em 2023 foi de US$ 23,8 milhões, quase tudo em exportação de produtos brasileiros, especialmente combustíveis, máquinas agrícolas e produtos industrializados. Para ampliar isso, o Brasil mandou em dezembro de 2023 uma missão empresarial para a Etiópia, que contou com a presença de representantes do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério da Agricultura e Pecuária, da ApexBrasil e representantes da iniciativa privada brasileira.
A viagem do presidente Lula é acompanhada de uma comitiva de ministros, com a missão de estreitar parcerias e acordos com países africanos. Segundo o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), a visita é uma oportunidade de trabalhar ao mesmo tempo com 54 países presentes para a Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana.
“Estamos falando de um continente que hoje tem cerca de 3 trilhões de PIB. A Etiópia, por exemplo, acumula grande crescimento dentro do planeta pós-pandemia. E também há aqui países mais desenvolvidos, menos desenvolvidos e que, desde o início, trabalham com o presidente Lula a importância da Aliança Global Contra a Fome e contra a Pobreza”, disse o ministro.
Segundo ele, um dos objetivos é convidar integrantes da União Africana para reuniões preparatórias em várias regiões do Brasil para definir nos termos mais consistentes a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. “Eles têm o lema de que a África, que conhece a África, pode apresentar solução para os problemas da África. A África tem boas experiências que se somam às experiências do Brasil e do mundo, na perspectiva de ao mesmo tempo dar conta desses dois temas”, disse Dias.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará nesta semana a sua primeira viagem internacional em 2024. Lula desembarcará na próxima quarta-feira (14), no Cairo, capital do Egito, onde terá diversos compromissos, e também visitará a Etiópia, a partir da sexta (16).
Esta é a segunda visita do presidente Lula à África neste seu terceiro mandato presidencial. Em 2023, ele foi à África do Sul, a Angola e a São Tomé e Príncipe, além de fazer uma rápida visita a Cabo Verde. Somente no ano passado, Lula fez 15 viagens internacionais, e passou por mais de 20 países.
A agenda do presidente Lula na cidade do Cairo deve se iniciar com uma reunião bilateral, ainda pela manhã, com o presidente egípcio, Abdul Fatah Khalil Al-Sisi. Na sequência, Lula e o chefe de estado do Egito devem almoçar juntos no palácio presidencial, acompanhados de ministros dos dois países.
Depois do almoço, o presidente Lula deve fazer uma visita à Liga Árabe, organização criada em 1945 com objetivo de reforçar os laços e resolver disputas entre países árabes. A expectativa é de que o governo egípcio aprove em breve novos abatedouros e frigoríficos no Brasil para exportação de carne bovina.
Em 2023, o país africano abriu mercado para diversos produtos brasileiros, como peixes e derivados, carne de aves, algodão e gelatina e colágeno. Também deve ser discutida nos encontros bilaterais a abertura de uma rota aérea entre os dois países, ligando São Paulo ao Cairo.
Na sexta, o presidente brasileiro viajará para a Etiópia, onde participará como convidado de honra da Cúpula da União Africana. Em Adis Abeba, Lula também deverá se reunir com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, a quem chamou de amigo, e com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, em 17 ou 18 de fevereiro.
A Etiópia se tornou membro oficial do G20 em 2024 com apoio do Brasil. O país é a sede da Cúpula da União Africana, e o encontro que começará na sexta-feira contará com a participação de dezenas de chefes de Estado e governo. Além da Cúpula, o presidente Lula tem convites para diversas reuniões bilaterais, que ainda não estão definidas.
Após o retorno da África, Lula deve visitar, na última semana fevereiro, a Guiana, que sediará a cúpula anual do Mercado Comum e Comunidade do Caribe (Caricom), grupo regional criado em 1973 e que reúne 15 países caribenhos. Após as duas viagens internacionais, Lula deverá concentrar suas atenções na agenda doméstica e viajar pelo país para anunciar ações do governo federal.
A 15ª Cúpula do Brics, que termina nesta quinta-feira (24), em Joanesburgo, na África do Sul, anunciou a entrada de seis países no bloco. Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã agora fazem parte do grupo.
Eles se unem aos atuais membros: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A entrada de novos países era um dos principais objetivos da reunião, que começou na última terça (22). As informações são do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
“Agora, o PIB do Brics eleva-se para 36% do PIB global em paridade de poder de compra e 46% da população mundial”, comemorou o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em discurso no fim do evento. “O Brics continuará aberto a novos candidatos e, para isso, aprovamos também critérios e procedimentos para futuras adesões”, pontuou o mandatário.
A entrada dos novos membros começa a valer a partir de 1º de janeiro de 2024, com a necessidade de os novatos cumprirem uma série de exigências. Mas a própria adesão foi feita a partir de concessões feitas pelos integrantes originais. O Brasil, por exemplo, tinha restrições a países com sistema ditatorial. Abriu mão, porém, com o reforço de uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU.
Em seu discurso, Lula fez questão de citar a Argentina, mostrando o comprometimento feito com o governo vizinho desde o início de sua gestão.
“Por fim, dedico uma mensagem especial ao querido Alberto Fernández, presidente da Argentina e grande amigo do Brasil e do mundo em desenvolvimento. Continuaremos avançando lado a lado com nossos irmãos argentinos em mais um foro internacional”, apontou Lula.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.