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fernando sastre de andrade filho
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou que o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, que está preso preventivamente por bater o seu Porsche em alta velocidade e causar a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, 52, pague dois salários mínimos (R$ 2,8 mil) por mês à família da vítima.
De acordo com informações do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, a decisão da Justiça paulista acatou parcialmente um pedido liminar da família de Ornaldo, que entrou com ação para receber R$ 5 milhões de indenização e solicitou que o dono do Porsche pagasse cinco salários por mês enquanto o processo não tiver sentença.
A liminar da família também contava com aval do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Na manifestação, no entanto, o promotor Fernando Bolque foi favorável ao pagamento de um valor inferior ao solicitado, de três salários, uma vez que a família não havia demonstrado que Ornaldo recebia a remuneração maior como motorista de aplicativo.
Na ação, a família solicita que o pagamento seja feito à viúva de Ornaldo e a uma das filhas dele, que é menor de idade, de 13 anos. Os depósitos devem ser feitos até o processo ter uma decisão final.
O empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, se apresentou à 5º delegacia seccional de polícia nesta segunda-feira (6), em São Paulo. Ele está preso pela morte de um motorista de aplicativo no acidente que provocou com seu Porsche, no dia 31 de março, na zona leste da capital. Fernando Filho é acusado de dirigir embriagado e em alta velocidade.
O mandado de prisão preventiva foi expedido nesta sexta-feira (3) pelo desembargador João Augusto Garcia, da 5ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). O magistrado acolheu um recurso do Ministério Público (MPSP), apresentado no dia anterior. As informações são do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
A defesa do empresário já entrou com um habeas corpus nesta segunda-feira. A juíza Daniela Teixeira decidiu levar o julgamento do HC para a Quinta Turma do STJ, que deve analisar o caso na tarde desta terça-feira (7/5).
Anteriormente, juízes de primeira instância haviam recusado três pedidos de prisão contra Fernando Filho – duas delas preventiva e outra temporária (por 30 dias). Ao mandar o empresário para a cadeia, o desembargador também revogou as outras medidas cautelares que haviam sido impostas, como a proibição de se aproximar de testemunhas, mas manteve a fiança de R$ 500 mil.
HOMICÍDIO
Fernando Filho é réu por homicídio qualificado e lesão corporal gravíssima. O motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, 52, que dirigia um Renault Sandero, morreu logo após a colisão na Avenida Salim Farah Maluf, na Tatuapé, zona leste de São Paulo, no dia 31 de março (confira aqui o vídeo do acidente).
A outra vítima é o estudante Marcus Vinicius Machado Rocha, 22 anos, que estava de carona no Porsche. Ele fraturou quatro costelas, precisou ser hospitalizado e perdeu o baço. Ele voltou a ser internado no último dia 28 de abril e teve alta nesta segunda-feira (6).
Fernando Sastre de Andrade Filho, motorista do Porsche acusado de matar o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana em um acidente de trânsito, ofereceu um salário mínimo (R$ 1.412) por mês à família da vítima, mas não especificou o período que duraria a ajuda financeira. Em petição apresentada nesta quinta-feira (11), a defesa do acusado diz estar "sensível ao momento" e afirma que ficou sabendo, por meio da mídia, que a família de Ornaldo passa por dificuldades financeiras.
Os defensores também dizem que, em outra oportunidade, tentaram contato verbal com os advogados da família da vítima a fim de oferecer "as assistências necessárias", mas receberam a resposta de que "não era o momento", de acordo com o g1.
Nesta sexta-feira (12), o motorista do Porsche apresentou à Justiça um comprovante de depósito em conta judicial no valor de R$ 500 mil a título de fiança.
Segundo o juiz da 1ª Vara do Júri da capital, o valor é proporcional e adequado, "tendo em vista sua condição socioeconômica e necessidade de garantir eventual reparação de danos à vítima sobrevivente e aos familiares da vítima fatal".
Em depoimento à polícia, um amigo do condutor do Porsche, Marcus Vinicius Machado Rocha, que estava no banco do passageiro e ficou gravemente ferido, confirmou que ele ingeriu bebida alcoólica. Fernando Sastre, a namorada dele, e mais um casal de amigos consumiram oito drinques de uísque com licor, além de uma caipirinha, antes do acidente que matou o motorista de aplicativo na Zona Leste de São Paulo, no final de março.
O grupo gastou mais de R$ 600 em comidas e bebidas em um restaurante, de acordo com o que consta na comanda de consumo à qual a TV Globo teve acesso. O drinque que mais pediram é feito com uísque, licor, xarope de limão e angostura. Depois, foram para uma casa de pôquer e, na saída, ocorreu a batida. A polícia analisa a comanda e vídeos para saber se Fernando bebeu nos estabelecimentos.
O g1 e a TV Globo apuraram que um delegado e um investigador que foram ao quarto em que Marcus estava confirmaram que o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, que dirigia o carro de luxo, tomou bebida alcoólica e acelerou antes de bater na traseira do Sandero de Ornaldo.
A polícia já pediu duas vezes a prisão de Fernando à Justiça, que negou os pedidos. Além do pagamento da multa, ele foi obrigado pela Justiça a entregar o passaporte à Polícia Federal (PF) e teve a carteira de motorista suspensa provisoriamente.
Marcus Vinicius Machado Rocha, amigo do motorista do Porsche que provocou um acidente e matou um motorista de aplicativo na Zona Leste de São Paulo, foi ouvido na tarde desta quinta-feira (11) pela Polícia Civil no Hospital São Luiz Anália Franco, onde está internado.
Segundo José Roberto Lourenço, advogado de Marcus, ele contou aos policiais que Fernando Sastre tinha ingerido bebida alcoólica antes do acidente. O depoimento durou cerca de 30 minutos, de acordo com reportagem do g1.
Marcus estava dentro do veículo e foi gravemente ferido. Ele passou por cirurgias e deve ter alta nos próximos dias.
Policiais foram ao hospital para saber do estudante de medicina se o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, que dirigia o carro de luxo, bebeu e estava em alta velocidade quando bateu na traseira do Sandero de Ornaldo da Silva Viana, que morreu.
A batida ocorreu em 31 de março na Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, e foi gravada por câmeras de segurança (confira aqui).
Ornaldo era motorista de aplicativo, não resistiu e morreu num outro hospital. Ele tinha 52 anos. Fernando, de 24 anos, teria cortado a boca, mas não foi hospitalizado. Marcus, de 22, estava no banco do carona do Porsche e fraturou quatro costelas.
Por causa das lesões, Marcus foi entubado e ficou em coma induzido na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ele passou por duas cirurgias: para retirada do baço e colocação de drenos nos pulmões. Após uma semana, acordou da sedação e recobrou a consciência.
O 30º Distrito Policial (DP) investiga as causas e eventuais responsabilidades pelo que ocorreu. Testemunhas contaram à investigação que Fernando bebeu "alguns drinks", tinha sinais de embriaguez, transitava bem acima do limite de 50 km/h para a via e havia garrafas dentro do Porsche.
Uma das pessoas ouvidas pela investigação foi a namorada de Marcus, que é acompanhada pelos mesmos advogados do estudante.
Fernando foi indiciado pela polícia por homicídio por dolo eventual (assumiu o risco de matar Ornaldo), lesão corporal (machucou Marcus) e fuga do local do acidente (não prestou socorro às vítimas). A investigação já pediu duas vezes a prisão dele à Justiça, que negou os pedidos.
O empresário responde aos crimes em liberdade, mas foi obrigado pela Justiça a entregar o passaporte à Polícia Federal (PF) e pagar uma fiança de R$ 500 mil. Além disso, teve a carteira de motorista suspensa provisoriamente.
O motorista do Porsche já foi interrogado na delegacia. Na ocasião, negou ter ingerido bebida alcoólica e fugido.
Sumido desde que bateu na traseira de um carro e matou um motorista de aplicativo, na madrugada do último domingo (31), Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, nasceu em uma família de empresários que atuam no mercado imobiliário e de materiais de construção civil. Ele dirigia um Porsche, avaliado em mais de R$ 1 milhão, na hora do acidente.
Segundo a Polícia Civil informou ao Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, Fernando Filho teria participação em quatro empresas da sua família. Dessa lista, o nome dele só aparece no quadro de sócios da incorporadora Sastre Empreendimentos Imobiliários, registrado na Receita Federal (RF), juntamente com o pai, um tio e outro parente.
Fundado em outubro de 2020, o empreendimento é sediado na capital paulista e teve investimento inicial declarado de R$ 430 mil. O grupo atua na construção de edifícios, além da compra, venda, aluguel e loteamento de imóveis.
O setor imobiliário é a principal área de atuação do pai do jovem, o empresário Fernando Sastre de Andrade, que também é sócio da Irmãos Andrade Construtora (2012) e da Sastre Engenharia e Urbanismo (2018).
Com foco em apartamentos de até dois dormitórios, segundo mostram os anúncios divulgados no site do grupo, os prédios construídos por essas empresas ficam principalmente na zona leste da capital paulista.
FAMÍLIA
O negócio mais antigo da família, no entanto, é a F. Andrade – uma distribuidora de ferro e aço para a construção civil, fundada pelo pai do jovem em 1993. A empresa afirma ser fornecedora de grandes bancos, supermercados e redes de fast food.
Era no nome da distribuidora F. Andrade que estava registrado o Porsche 911 Carrera GTS, modelo 2023, envolvido no acidente que matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, 52 anos. O carro de luxo, no entanto, era conduzido por Fernando Filho.
Na Receita Federal, o nome Fernando Sastre de Andrade Filho aparece, ainda, como o único sócio da FF Andrade Serviços Administrativos, empresa que atua com serviços de escritório e apoio administrativo.
Com capital social de R$ 100 mil, o empreendimento foi aberto em novembro de 2018 – época em que Fernando Filho tinha apenas 18 anos. O endereço atribuído a esse CNPJ é o mesmo de outras empresas da família.
ACIDENTE
As circunstâncias do acidente são investigadas pela Polícia Civil. Segundo testemunhas, eram cerca de 2h20 quando Fernando Filho tentou fazer uma ultrapassagem, em alta velocidade, e bateu no carro de Ornaldo. O Porsche ficou com a dianteira destruída por causa do acidente. A traseira do Renault Sandero também foi destroçada.
Foto: Divulgação / Polícia Civil -SP
Ornaldo foi levado para o Hospital Municipal do Tatuapé, onde chegou com quadro de parada cardiorrespiratória. A equipe médica tentou reanimá-lo, sem sucesso. Ele morreu por causa de “traumatismos múltiplos”.
Um passageiro que estava no carro do empresário, identificado como Marcus Vinícius, foi levado para outro hospital. Seu estado de saúde não foi informado. Só Ornaldo estava no outro veículo.
FUGA
A mãe do empresário, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, de 45 anos, foi até o local do acidente e teria afirmado à PM que iria levar o filho ao Hospital São Luiz Ibirapuera, “devido ao leve ferimento” sofrido por ele na boca.
Os policiais militares foram à unidade de saúde indicada pela mulher, com o intuito de realizar o teste do bafômetro. Na recepção, porém, foram informados que Fernando não havia dado entrada em “qualquer hospital” da rede São Luiz.
O empresário, a mãe e o advogado dele foram procurados pelos policiais, via telefone, mas, segundo registros oficiais, “as ligações não foram atendidas”. O caso foi registrado, por ora, como homicídio culposo (sem intenção de matar), lesão corporal e fuga de local de acidente.
Da mesma forma que a polícia, o Metrópoles não conseguiu entrar em contato com o suspeito ou a sua defesa. O espaço segue aberto para manifestações.
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