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Artigos

Paulett Furacão
Quarto dos Fundos
Foto: Maísa Amaral / Divulgação

Quarto dos Fundos

Toda a tragédia que foi velejada pelos mares do Atlântico, ancorou erroneamente nas águas da ambição para construir um modelo de país que decidiu projetar um futuro de expugnação exclusiva, buscando através da escravidão das raças o seu principal atrativo. Após a bem-sucedida invasão do patriarcado europeu a poderosa fonte inesgotável de riquezas, chamada Pindorama, mais tarde rebatizada pelos invasores de Brasil, dizimou os povos originários, sequestrou as realezas africanas e perpetuou um sistema capitalista e higienista que perdura hodiernamente.

Multimídia

“É uma estratégia do PT”, afirma Luciano Simões sobre a ‘pulverização’ de candidaturas em Salvador

“É uma estratégia do PT”, afirma Luciano Simões sobre a ‘pulverização’ de candidaturas em Salvador
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (15), o presidente do União Brasil em Salvador e deputado estadual, Luciano Simões Filho, afirma que a redução no número de candidaturas na capital é “uma estratégia do PT”, que há 20 anos busca estratégias para se eleger no município. Este ano, o PT buscou uma articulação da base em torno do vice-governador e candidato emedebista, Geraldo. 

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

festa de iemanja

Festa de Iemanjá: Baianos e turistas participam da celebração no bairro do Rio Vermelho
Foto: Anderson Ramos / Bahia Notícias

Milhares de soteropolitanos e turistas se reúnem nas imediações da Colônia de Pescadores do Rio Vermelho, em Salvador, nesta sexta-feira (2) para as celebrações da Festa de Iemanjá.

 

O festejo a Rainha do Mar é um dos mais tradicionais da Bahia. Assim como ocorre em outras festas populares na capital baiana, casas de eventos e bares que ficam nos arredores das comemorações promovem festas particulares que simbolizam o "sagrado e o profano".

 

Em 2024, a tradição que é um marco do Rio Vermelho completa 101 anos. Todos os anos, milhares de pessoas vão até o local para homenagear a Rainha das Águas com flores, perfumes e outros adereços.

 

O presente principal é um dos destaques da festa. Colocado na Casa do Peso para que devotos possam colaborar com os balaios, que são levados até o mar para que possam ser despachados.

 

Foto: Anderson Ramos / Bahia Notícias

 

Foto: Anderson Ramos / Bahia Notícias

 

Foto: Anderson Ramos / Bahia Notícias

 

Foto: Anderson Ramos / Bahia Notícias

Policiamento da Festa de Iemanjá 2024 é iniciado nesta quinta-feira
Foto: Alberto Maraux / SSP-BA

O policiamento da Festa de Iemanjá 2024 será iniciado nesta quinta-feira (1º), no bairro do Rio Vermelho, em Salvador. A festa é uma das mais tradicionais do calendário cultural da Bahia e reúne milhares de devotos da orixá. 

 

Durante o festejo, a PM contará com aproximadamente 400 policiais militares nas ações ostensivas que atuarão a pé (distribuídos em patrulhas), com o apoio de bases móveis, em postos elevados de observação, pontos de abordagens, além do acompanhamento aéreo com o suporte de drones e helicópteros. A tecnologia será um suporte ao policiamento com as câmeras de reconhecimento facial distribuídas pelos locais da festa.

 

O efetivo integra a 12ª CIPM, responsável pelo policiamento do Rio Vermelho, e de unidades de apoio e reforço dos comandos regionais da capital e dos comandos especializados, a exemplo do Grupamento Aéreo (Graer), Esquadrão de Motociclistas Águia, Esquadrão de polícia Montada, os Batalhões Gêmeos e Apolo (que coíbem roubos a veículos e coletivos), os cadetes da Academia de Polícia Militar e unidades administrativas.


 

As homenagens para a rainha do mar começam hoje com a colocação dos presentes no caramanchão, que fica localizado na Vila dos Pescadores, seguem com a entrega dos presentes em alto mar pelas embarcações e nas diversas festas que ocorrem no bairro do Rio Vermelho, encerrando as comemorações na madrugada de sábado (3).

Seman promove ações de manutenção para a festa de Iemanjá
Foto: Ascom Seman

 

A Secretaria de Manutenção da Cidade (Seman) já está com equipes no bairro do Rio Vermelho, promovendo ações de manutenção nas vias de acesso e trechos do bairro que se prepara para receber, no próximo dia 2 de fevereiro, a festa de Iemanjá. O evento é um dos mais importantes e populares festejos religiosos da cidade, realizado sempre no mesmo dia, desde a década de 1920, e reúne milhares de devotos e turistas nas imediações da Praia da Paciência.  

 

De forma preventiva, as equipes realizam a limpeza dos coqueiros na orla, ruas, praças e largos da região. A Operação Tapa Buracos promove a manutenção da malha viária, proporcionando segurança no tráfego de pedestres. Há também revisão do sistema de drenagem, com limpeza manual das caixas de sarjeta (bocas de lobo), desobstrução da rede e recuperação de dispositivos, como reposição de tampas, grelhas, piquetes e balizas.  

 

Os agentes fazem, ainda, o reparo pontual de calçadas públicas em concreto e em pedra portuguesa. “Os serviços de pintura na escultura e na Casa de Iemanjá, além da construção do barracão para entrega dos presentes na Colônia de Pescadores Z1, vêm sendo tradicionalmente realizados pela Seman nos últimos anos”, completou o titular da Seman, Lázaro Jezler. 

Polícia Militar mata 4 homens suspeitos de planejar arrastão na Festa de Iemanjá
Foto: Divulgação

Quatro homens suspeitos de estarem planejando um arrastão na região do Rio Vermelho, onde ocorre a Festa de Iemanjá nesta quinta-feira (2), foram mortos por por equipes das Rondesp Especiais (Rondesp) Atlântico na localidade de Cangira, nas proximidades da Av. Vasco da Gama, no Engenho Velho da Federação.

 

Entre os suspeitos encontrados, estava um homem que era suspeito de liderar o tráfico de drogas em Cangira. De acordo com a Polícia Militar, o homem possuía um mandado de prisão em aberto por homicídio.

 

O suspeito também é apontado como responsável por um homicídio ocorrido na localidade, na última semana, e por extorsão e golpes em sites e aplicativo de anúncios e vendas. De acordo com o major Valdino Sacramento, comandante da Rondesp Atlântico, eles atraiam as pessoas que anunciavam produtos na OLX para cometerem os roubos e agressões contra as vítimas.

 

Uma informação revelou que o grupo se preparava para roubos aos devotos de Iemanjá. Ao chegarem ao local da denúncia, os PMs teriam sido recebidos com disparos de arma de fogo e revidaram. Segundo os policiais, os quatro homens foram feridos, socorridos ao Hospital Geral do Estado (HGE) e não resistiram. 

 

Com o grupo, teriam sido apreendidas uma submetralhadora, três revólveres calibres 38, munição e porções de drogas. O material apreendido foi apresentado na Corregedoria Geral da Polícia Militar.

Transporte de Salvador terá operação especial para Festa de Iemanjá nesta quinta-feira
Foto: Francis Juliano / Bahia Notícias

Para garantir o atendimento de transporte durante a Festa de Iemanjá, que acontece nesta quinta-feira (2), a Secretaria de Mobilidade (Semob) preparou uma operação especial no entorno do Rio Vermelho. De acordo com o órgão, o horário de atendimento foi ampliado em oito linhas de ônibus que atendem bairros como Rio Sena, Ribeira e Cabula, entre outros.

 

As linhas 1643 – Fazenda Coutos – Pituba, 1645 - Alto de Santa Terezinha / Rio Sena – Pituba, 0728 - Nordeste – Ribeira, 1320 - Pau da Lima – Nordeste, 1386 - Nova Brasília/Jardim Nova Esperança/7 de Abril – Barra, 1231 - Sussuarana – Barra R2, 1129 - Cabula VI – Pituba e 1220 - Mata Escura – Pituba irão circular até 1h da sexta-feira (3), para atender o público da festa.

 

Devido dos bloqueios, as linhas que trafegam pelo trecho interditado terão o itinerário modificado das 22h do dia 1°/2 (quarta-feira) às 6h do dia 3/2 (sexta-feira). As linhas sentido Ondina que passam pela Rua da Paciência deverão acessar a Rua Visconde de Itaboraí, em Amaralina, retornando na Praça dos Ex-Combatentes, e seguindo pela Avenida Amaralina, Avenida Octávio Mangabeira, Rua Pernambuco, Avenida Antônio Carlos Magalhães, Viaduto João Gilberto, Avenida Juracy Magalhães Júnior, Rua Lucaia, Viaduto Rei Pelé, Avenida Anita Garibaldi, retorno no Monumento Cleriston Andrade, e Avenida Milton Santos.

 

Já as linhas que fazem o trajeto oposto, sentido Rio Vermelho pela Avenida Oceânica, irão acessar a Avenida Milton Santos e seguir pela Avenida Anita Garibaldi (ao lado do Viaduto Rei Pelé), Rua Lucaia, Avenida Juracy Magalhães Júnior, Avenida Antônio Carlos Magalhães, Rua Rio Grande do Sul, Avenida Manoel Dias da Silva, Rua Visconde de Itaboraí, Rua Oswaldo Cruz, retorno na Praça dos Ex-Combatentes e Avenida Amaralina.

 

As linhas que passam pela Rua Conselheiro Pedro Luiz sentido Rio Vermelho deverão utilizar a Rua Visconde de Itaboraí, Rua Oswaldo Cruz, retorno na Praça dos Ex-Combatentes, Avenida Amaralina, Avenida Octávio Mangabeira, Rua Pernambuco, Avenida Antônio Carlos Magalhães, Viaduto João Gilberto, Avenida Juracy Magalhães Júnior e Rua Lucaia.

 

Já as linhas que passam pela mesma via no sentido oposto, em direção à Lapa, nesta quinta-feira, vão acessar a Avenida Anita Garibaldi, utilizar o primeiro retorno, passando ao lado do Viaduto Rei Pelé, seguindo pela Rua Lucaia, Avenida Juracy Magalhães Júnior, Avenida Antônio Carlos Magalhães, Rua Rio Grande do Sul, Avenida Manoel Dias da Silva, Rua Visconde de Itaboraí, Rua Oswaldo Cruz, retornando na Praça dos Ex-Combatentes e chegando à Avenida Amaralina.

 

As linhas que passam pelo Rio Vermelho com destino ao Campo Grande, via Cardeal da Silva, deverão retornar na Praça dos Ex-Combatentes, e acessar a Avenida Amaralina, Avenida Octávio Mangabeira, Rua Pernambuco, Avenida Antônio Carlos Magalhães, Viaduto João Gilberto, Avenida Juracy Magalhães Júnior, Rua Lucaia, Viaduto Rei Pelé, Avenida Anita Garibaldi, via marginal da Avenida Anita Garibaldi, Avenida Cardeal da Silva, retorno na Drogasil, Avenida Cardeal da Silva.

 

As linhas que fazem o trajeto oposto, sentido Rio Vermelho, deverão utilizar a Rua Caetano Moura, Avenida Cardeal da Silva, retornando na Drogasil, Avenida Cardeal da Silva, Avenida Anita Garibaldi (Ladeira da TV Itapuã), Praça Lord Cochrane, Avenida Anita Garibaldi (ao lado do Viaduto Rei Pelé), Rua Lucaia, Avenida Juracy Magalhães Júnior, Avenida Antônio Carlos Magalhães, Rua Rio Grande do Sul, Avenida Manoel Dias da Silva, Rua Visconde de Itaboraí, Rua Oswaldo Cruz, retorna na Praça dos Ex-Combatentes, Avenida Amaralina, Avenida Octávio Mangabeira, Rua Pernambuco, Avenida Antônio Carlos Magalhães, Viaduto João Gilberto, Avenida Juracy Magalhães Júnior, Rua Lucaia, Viaduto Rei Pelé, Avenida Anita Garibaldi, via marginal da Avenida Anita Garibaldi, Avenida Cardeal da Silva, com retorno na Drogasil e chegando na Avenida Cardeal da Silva.

 

Já as linhas provenientes do Campo Grande com destino a Itapuã e que passam pelo Rio Vermelho devem seguir pela Rua Caetano Moura, Avenida Cardeal da Silva, retorno na Drogasil, Avenida Cardeal da Silva, Avenida Anita Garibaldi (Ladeira da TV Itapoan), Praça Lord Cochrane, Avenida Anita Garibaldi (ao lado do Viaduto Rei Pelé), Rua Lucaia, Avenida Juracy Magalhães Júnior, Avenida Antônio Carlos Magalhães, Rua Rio Grande do Sul, Avenida Manoel Dias da Silva, Rua Visconde de Itaboraí, Rua Oswaldo Cruz, retorno na Praça dos Ex-Combatentes e Avenida Amaralina.

 

As linhas 1230 – Sussuarana x Barra R1 e a 1340 – Estação Pirajá x Barra 1 deverão seguir pela Avenida Oceânica, Avenida Milton Santos, retornando no Zoológico, Avenida Milton Santos e Avenida Oceânica. Ambas as linhas devem retornar pelo itinerário de Barra R2 e Barra 2. Além disso, deverá constar na bandeira Estação Pirajá – Comércio/Ondina. Já as linhas 1231 – Sussuarana – Barra R 2 e a 1341 – Estação Pirajá x Barra 2 deverão acessar a Avenida Manoel Dias da Silva, Rua Visconde de Itaboraí, Rua Oswaldo Cruz, retorno na Praça dos Ex-Combatentes, e Avenida Amaralina. As linhas retornam no itinerário de Barra R 1 e Barra 1 e na bandeira deverá constar Estação Pirajá – Rio Vermelho.

A partir de fotos raras, pesquisador cria 'guia de uma cidade que não existe mais'
Foto: Acervo

Com formação em jornalismo, o carioca Rafael Cosme diz nunca ter exercido o ofício, mas há cerca de três anos conta histórias através de retratos de tempos remotos, no projeto “O Passado é Um Ponto de Luz”. “Eu fico o dia inteiro, basicamente, caçando histórias do passado, pautas de outros tempos”, reflete. O músico e pesquisador revela que a iniciativa surgiu a partir de um trabalho de pesquisa e do garimpo de fotografias em brechós, feiras de antiguidades e depósitos, para o livro “Sonho Rio”, obra sobre o Rio de Janeiro antigo, classificado como uma espécie de “guia de uma cidade que não existe mais”, que ele terminou de escrever recentemente.   

 

“Fui reunindo as fotos e em algum momento eu vi que tinha um acervo muito rico de fotografia amadora. E aí a minha motivação, na verdade, é que comecei a entender que muitos fotógrafos não profissionais deixaram obras muito bonitas também, eles simplesmente não tiveram projeção e oportunidade de divulgar seus trabalhos. Então comecei a entender que existe muita beleza na fotografia amadora”, lembra o carioca, que já reuniu mais de 3 mil fotos. “Elas ficam acumulando poeira por décadas e o meu trabalho é justamente buscar esses acervos com obras legais de pessoas que não tinham exatamente uma pretensão artística e dar luz a elas, revelar essas obras”, explica.

 

Parte desse vasto material pode ser conferido no Instagram de Rafael Cosme, que conta com registros do Rio entre as décadas de 1950 e 1990, a exemplo de fotos inéditas de Milton Nascimento, datadas de 1968. “Apesar de muito sério, o projeto começou a ser apresentado de maneira muito despretensiosa, para os meus amigos mais próximos, pelo Instagram. De repente, ele tomou uma proporção muito grande, porque muita gente começou a me seguir”, explica o carioca, que diz ter planos de “levar o projeto pra outros lugares”. 

 

 

Foi dentro de “O Passado é Um Ponto de Luz” que chegaram a público, nesta semana, fotografias raras da Festa de Iemanjá datadas da década de 1970. Uma das imagens, inclusive, mostra um homem que, segundo Rafael, “muito possivelmente” é Pierre Verger, fotógrafo francês radicado na Bahia.

 

A descoberta deste material se deu porque, já habituado ao garimpo em sua terra natal, Rafael teve o interesse de investigar fotografias antigas em Salvador, considerada por ele sua cidade favorita no Brasil. “Esse acervo especificamente eu encontrei faz dois anos, numa loja no Santo Antônio Além do Carmo, que é o Brechó do Cabral”, conta o pesquisador, lembrando que o os negativos e slides sequer estavam expostos, mas sim guardados no sótão, porque acreditava-se que ninguém se interessaria por eles.

 

“Eu saí daquela loja com uma bolsa enorme de negativos de um fotógrafo que eles também não sabiam de quem se tratava. Voltei pra casa com essa bolsa sem saber exatamente a origem e o material. Estava tudo muito bem organizado, com datas e descrições dos eventos. E quando eu digitalizo isso me deparo com um acervo enorme de festas, cultos e terreiros de Salvador”, relembra.

 


Imagem da Festa de Iemanjá com a possível presença de Pierre Verger, em destaque | Foto: Acervo 

 

Do que foi encontrado na capital baiana, Rafael considera que catalogou cerca de 300 registros, tanto em preto e branco, como coloridos, datados dos anos 1960 e 1970, com imagens da Bahia e também de uma viagem à África. “Essa série do Dois de Fevereiro é a primeira de muitas que eu vou publicar, porque tem muita coisa nesse acervo”, prevê o pesquisador, que tem em mãos registros antigos da Lavagem do Bonfim e também fotografias de terreiros. 

 

Ainda no início do trabalho de reconhecimento do acervo, a autoria das fotos encontradas na capital baiana segue sendo um mistério. “Não havia nenhum registro ou identificação do autor nos envelopes”, conta Rafael Cosme, que atualmente pretende contactar profissionais locais para ajudá-lo a identificar e mapear os registros, com o objetivo de entender o contexto das fotografias. 

 

RIQUEZA DO PASSADO, MIRANDO O FUTURO

Além de se debruçar neste material que já tem em mãos, Rafael Cosme pretende dar continuidade aos planos “interrompidos pela pandemia” e divulgar mais todo o acervo. “Ano passado eu ia fazer uma exposição em julho aqui no Rio, mas obviamente foi cancelada. Mas eu tenho planos de fazer exposições com essas fotos, de levar esse material para galerias, dar um tratamento de arte mais sério a ele e tirar ele da rede, apesar de ser um bom lugar”, planeja.

 

O pesquisador conta ainda que tem o desejo de replicar a experiência do garimpo feito na capital baiana em outras cidades. “Um projeto que eu tenho para esse ano é viajar pelo Brasil, como fiz em Salvador, em busca desses acervos fotográficos, rodar pelas cidades pequenas do Nordeste”, revela. “Toda cidade pequena tinha algum fotógrafo na praça que registrava uma geração inteira, e eu vou atrás disso”, pontua.

 

Dentro dessas andanças, ele diz que planeja também realizar na Bahia o que fez em sua terra natal. “O meu plano é, assim que as coisas se acalmarem, ir pra Salvador e transportar esse projeto do Rio para aí também. Quero criar raízes e buscar mais acervos pelo Recôncavo, por exemplo. Quero passar um tempo em Cachoeira e buscar acervos de lá, e, com certeza, está no meu radar expor essas fotos aí”, garante. “Porque, na verdade, elas pertecem aos brasileiros, mas, acima de tudo, pertencem aos baianos”, destaca.

 

Outra ambição de Rafael é conseguir, ainda em 2021, publicar um novo livro, com as fotos do projeto “O Passado é Um Ponto de Luz”.

Do culto à Mãe D'Água à patrimonialização, Festa de Iemanjá celebra cultura ancestral
Foto: Jamile Amine / Bahia Notícias

Com a participação de baianos e turistas, gente de todas a cores e credos, além dos contrastes da liturgia e devoção das oferendas em contraponto ao descompromisso do profano expresso por como shows musicais e latinhas de cerveja, hoje a Festa de Iemanjá é um dos mais importantes eventos calendarizados realizados em Salvador. Ela, no entanto, remonta a uma tradição ancestral africana que cruzou o Atlântico e chegou ao Brasil através da diáspora e que, ao longo do tempo, foi reformulada.


“Se você vai para a África, Iemanjá é cultuada no período de colheita do inhame e tem uma ligação direta com a alimentação que envolve a cidade toda. Então, é muito próximo ao que a gente vê no 2 de Fevereiro. Não é o inhame, mas é o mar. Ela é o mar. Para além de qualquer coisa, vão estar relacionados os marisqueiros, pescadores, vendedoras. Existe um circuito de pessoas que está preservado”, explica Luciana de Castro N. Novaes, ialorixá, professora, historiadora, mestre em Estudos Étnicos e Africanos pela Ufba e em Arqueologia pela UFS, além mergulhadora científica de águas profundas, doutora em Ambientes Aquáticos e doutoranda em Antropologia. 


Luciana lembra que, na capital baiana, o evento oficial está registrado na década de 1920, a partir da colônia de pescadores do Rio Vermelho, por intermédio da ialorixá Julia Bugan, com o objetivo de pedir por fartura nas redes. “Havia uma queixa de que não havia peixes, que reduziu essa quantidade, e aí uma mulher misteriosa aparece dentro desse contexto para indicar essa criação para a Mãe D’Água. O termo Iemanjá neste momento ainda não existe, mesmo que exista a nível pessoal. A forma que essas pessoas vão entender isso ainda é como Mãe Iara, Mãe D’Água, esses são os dois principais nomes”, lembra a pesquisadora, destacando que a festa soteropolitana nasceu e ganhou contornos específicos, frutos das tradições africanas. “O princípio de culto às águas é universal, é global, está em todas as culturas, mas a nossa relação com o culto às águas está genuinamente ligada ao panteão africano”, afirma Luciana. “Dentro dos meus estudos, Iara nunca existiu entre as sociedades indígenas. Iara é uma corruptela nominal que desdobra do termo Ipupiara, que é um monstro marinho. Os Tupinambás aqui do litoral da Bahia não tinham uma relação positiva com o mar. O mar, a praia, era um espaço, vamos dizer assim, selvagem, um espaço que não era domesticado. Eles moravam após os cordões de areia das nossas dunas. Então, essa relação com o mar em específico está diretamente ligada à diáspora africana e a um culto já milenar às águas, tanto na África Ocidental, quando na África Central, de onde vieram os maiores fluxos linguísticos para produzir civilização nesse território americano”, detalha.


A historiadora conta ainda que o Rio Vermelho não foi o único local da cidade no qual existia o culto à Mãe D’Água, e que isso ocorria em diversos pontos da Baia de Todos-os-Santos. “Você vai ver pequenas grutas ainda em Ondina; eu vi uma notícia tenho que confirmar se é isso mesmo, sobre uma perto do MAM; tem uma perto da Ribeira, ou seja, havia uma construção específica, que era a gruta de pedras na beira do mar, em que havia esse culto”, revela Luciana. “Isso é inédito. É um objeto de pesquisa que eu venho namorando há alguns anos. O que eu consegui até agora concluir é que essas casinhas de pedra marcam uma transformação, que é, de fato, o controle dessa manifestação religiosa na esfera pública como um marcador de tradição africana. Então, oficialmente, o presente a Iemanjá surge na década de 1920, entretanto, minhas pesquisas dentro desse mundo aquático estão mostrando, desde o final do século XIX, principalmente nas primeiras décadas do século XX, pela figura de Artur Ramos, que havia já uma devoção às águas na praia da Boa Viagem. O que ele comenta é que no posterior à festa, meninos iam para os arrecifes, os corais, para coletar de tudo um pouco. Pentes, espelhos, bordados, tecidos e cartas. Essas cartas é que me fazem compreender que existe mais que uma correlação do que uma ruptura entre esses momentos que vão ser ao longo do século XX”, acrescenta.

 


Historiadora e arqueóloga, Luciana de Castro recua no tempo para explicar a origem do evento | Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias

 

RIO VERMELHO E O 2 DE FEVEREIRO
A consolidação do 2 de fevereiro como data e do Rio Vermelho como palco do que conhecemos como Festa de Iemanjá se deram por uma confluência de fatores, um deles o fato de neste período ocorrerem no bairro as festividades para Nossa Senhora de Santana. “No Rio Vermelho ganhou essa proporção, essa popularização, primeiro porque a gente está na parte litorânea fora da Baía de Todos-os-Santos, ou seja, já faz parte de um processo de extensão da cidade. A gente também tem que pensar que a festa surge através de pessoas, e a colônia de pescadores naquela região era algo forte, algo potente. A gente tinha ali a Casa de Peso, que hoje não existe mais e ficava perto da igreja de Nossa Senhora de Santana, havia um circuito complexo de trabalho, compra, venda. Fora que Nossa Senhora de Santana sempre foi muito popular, e foi uma freguesia também poderosa dentro desse contexto do final do século XIX”, explica a pesquisadora, destacando a conjuntura que favoreceu os contornos da festa. “Nesse sentido, o que acontece é que você transforma algo que é um princípio da vida humana, que é essa oferta, essa gratidão, conversação, em uma tradição. O que é uma tradição? Hora, dia, lugar, signos, é um conjunto. Então, a tendência é, de fato, difundir quando você tem algo organizado, seja uma festa ou uma ideia, um pensamento. Qualquer coisa, quando está muito redondo, acontece”, pontua.


Apesar da coincidência da data da festa com o momento em que se celebrava uma santa do cristianismo – hoje a festa de Nossa Senhora de Santana acontece em 26 de julho -, Luciana de Castro destaca que, entre 1920 e 1930, a Festa de Iemanjá adquiriu uma autonomia direta ao culto à orixá. “Você vê que o nome Festa de Iemanjá carrega uma nomenclatura iorubá que está dentro de um nome. É a única festa que não é sincrética. Não é a Festa de Nossa Senhora da Conceição da Praia, que você cultua Iemanjá, Oxum, Nanã. Não é o dia das mães ou o réveillon, que tem uma nomenclatura francesa. É a única festa que carrega na sua identificação pra quem é. Você vai lá não porque vai cultuar Nossa Senhora da Conceição, você vai para cultuar Iemanjá”, conclui.

 

EMBRANQUECIMENTO E APAGAMENTO DA HISTÓRIA
No ano passado a cidade vivenciou um momento controverso, após a prefeitura utilizar peças publicitárias nas quais a nomenclatura “Festa de Iemanjá” foi substituída por apenas “2 de Fevereiro”. Na ocasião, o Ministério Público estadual (MP-BA) recomendou que a administração municipal excluísse ou alterasse a propaganda (clique aqui). A promotora de Justiça Lívia Vaz defendeu que a manifestação é denominada como tal por conta de sua origem associada ao candomblé, e que, portanto, o desvirtuamento ofende a integridade dos legados cultural e identitário dos povos de terreiros de religiões afro-brasieiras. “Cabe ao poder público, portanto, preservar e garantir a integridade, respeitabilidade e a permanência dos valores da tradicional manifestação cultural e religiosa”, afirmou a promotora.


Diante da pressão, o poder público não só reverteu a propaganda, como a Justiça deu o pontapé inicial para que ela fosse reconhecida como Patrimônio Cultural de Salvador (clique aqui e saiba mais). “Precisava haver uma abertura de um processo que garantisse a patrimonialização da festa. Então, assim foi feito. Não foi por mim, mas outras pessoas importantes também se sentiram incomodadas com esse processo de desidentificação, de embranquecimento”, comentou a historiadora Luciana da Costa. “Você pode colocar seu palco, fazer sua festa, mas você não pode destituir este dia no calendário para nomear outra coisa”, acrescenta.

 


Propaganda da prefeitura reacendeu discussão sobre embranquecimento e desidentificação | Foto: Divulgação

 

APROPRIAÇÃO CULTURAL

Apesar de casos como o apagamento da identidade por meio de ações como a omissão de Iemanjá no nome do evento, Luciana destaca que nem tudo é apropriação cultural, mas grande parte das atitudes são fundamentadas pelo racismo estrutural da sociedade, expressas muitas vezes pelo desconhecimento e ignorância. “As pessoas que estão ali na Festa de Iemanjá, duvido muito que aquelas que pegam a fila, que vão deixar o presente ou colocar uma rosa estão em processo de apropriação cultural. Porque naquele momento ela está em uma relação íntima, pessoal, e não pública de massa, aparência ou estética. Ela está ligada aos seus desejos internos. Necessariamente, ela pode não estar em processo de apropriação cultural, mas ser racista”, avalia a historiadora. “O que eu penso sobre apropriação cultural é, por exemplo, transformar o 2 de Fevereiro, que é uma festa historicamente marcada pela liturgia, pelo religioso, como um festival musical. A apropriação cultural em festas públicas está para além das pessoas e alcança as empresas, que transformam isso dentro de uma lógica mercadológica e que negam”, explica a pesquisadora, definindo a apropriação cultural como “quando você transforma símbolos, signos e significados de uma outra cultura, dentro de uma interpretação que só atende a você, branco, e critérios não históricos”.


Citando o exemplo de mulheres que não são do Axé, mas se vestem de Iemanjá, ela pontuou que este é um momento de se observar. “Dentro desse específico ponto, é um momento de se pensar a apropriação cultural, porque quando se vende a festa, não se vende mais a festa. As redes sociais, o senso comum, o boca a boca vende como mais uma festa de largo, como mais uma lavagem, que é de fato a característica que da década de 1940 pra cá veio sendo construída”, avalia, destacando que a Festa de Iemanjá não pode ser entendida como propriedade de uma única religião, mas que é importante observá-la como festa pública com valor de patrimônio. Tendo isto em vista, ela explica que não existe um protocolo ou um “beabá” de como a pessoa se comportar para não ser racista, já que esta não é uma questão somente comportamental, mas também de consciência. “Pode ir de branco, colorido, pode ir de tudo, porque ali não é uma festa sagrada de caráter religioso particular, para uma religião específica, mas sim com contornos patrimoniais”, diz Luciana. “A gente percebe aquela pessoa que usa conta, a guia, o colar, porque é da religião, ou até simpatizante, ou aquele indivíduo que utiliza este dia para se fantasiar ou se integrar à multidão. No sentimento comunal, de partilha, já que a gente vive em ilhas dentro da cidade. Então as festas de largo e as lavagens têm esse principio da reunião da cidade. Você vai ver representantes de todos os bairros” afirma, lembrando que quem garante a manutenção da tradição, de fato, são as pessoas do Axé, os negros e pessoas com consciência étnico-racial. “A gente tem que parar de taxar o outro. Você não sabe o que está passando na cabeça daquela criança. Ela pode estar lá toda de sereia, de tudo, mas na cabeça dela é uma forma amorosa de relação. Agora, quando você abrir a boca, saiba falar, pra sua máscara não cair”, pondera.
 


Luciana destaca caráter íntimo no ato de participar de homenagem a Iemanjá Foto: Jamile Amine / Bahia Notícias

 

RACISMO INSTITUCIONAL 
Outro ponto importante destacado pela antropóloga é o racismo institucional, manifestado através campanhas, que podem até ser bem intencionadas, mas que não dão conta de explicar a amplitude da tradição e acabam incentivando o preconceito. Um exemplo disto é a mobilização para o uso de oferendas ecológicas, sem que haja a preocupação em deixar claro para a população que a Festa de Iemanjá nasce justamente pelo culto à água e está pautada também na preocupação com o meio ambiente. “A problemática está muito no nível da esfera das políticas públicas, porque, por exemplo, existe, concordo, faço na minha casa o pensamento de um presente ecológico. A tendência é essa, mundial, global, a preocupação com o meio ambiente. Só que a festa é, na verdade, uma valoração aos ambientes aquáticos, entretanto, há uma política pública voltada massificamente para se pensar no que vai se entregar à divindade Iemanjá. No entanto, eu não vejo medidas, durante o ano todo, que afetem outra comunidade que não a afro-baiana”, questiona a pesquisadora. “Não existe uma preocupação com o esgoto, com o sistema pluvial, não tem preocupação nenhuma em como reduzir a quantidade de material poluído no mar. Então, mais uma vez eu consigo visualizar isso como uma prática de racismo institucional, em que você condena uma determinada parcela da população, única vez no ano, para simplesmente falar de toda uma problemática industrial e empresarial”, conclui.

MiniStereo Público e convidados farão shows gratuitos na Festa de Iemanjá
Foto: Divulgação

Em comemoração ao Dia de Iemanjá, no próximo domingo (2), Ministereo Público, BNegão, U-Roy (Jamaica), Russo Passapusso, Lys Ventura, Magrão e Marina Peralta vão participar de um evento na varanda do Bombar, no Rio Vermelho. As apresentações terão início às 12h e a festa é totalmente gratuita.

 

O Sound System tomará conta da festa com MiniStereo Público - especializado em dub, ragga e dancehall. Russo Passapusso, vocalista do Baiana System, promete levar sua batida para todo o público com sucessos como “Lucro” e “Playsom”. Misturando rap, rock e hip hop em hits como “Injustiça”, o cantor e compositor brasileiro BNegão é também uma das atrações da noite.

 

A cargo de Magrão e Lys Ventura, os shows continuam com eletronic dance & black music, enquanto Marina Peralta (“Agradece”) e U-Roy (“The Originator”), comandam o ritmo. 


SERVIÇO
O QUÊ: MiniStereo Público convida BNegão, Magrão, Russo Passapusso, Lys Ventura, Marina Peralta e U-Roy.
QUANDO: 2 de fevereiro
ONDE: Rua Canavieira - Rio Vermelho
VALOR: Gratuito

Paulo Padang, Roger N’ Roll e Free Lion se apresentam neste domingo no Yemanjá Blue
Foto: Divulgação

Situado no Rio Vermelho, o Blue Praia Bar realiza o Yemanjá Blue, neste domingo, 2 de fevereiro, com música, gastronomia e performances artísticas. O evento, que tem como proposta celebrar a festa de Iemanjá, contempla 10h de música, tendo no line-up nomes como Paulo Padang, Roger N’ Roll, Free Lion. A festa tem ainda participação de Pali, Zimba Selektor, Telefunksoul, Gabi Nilo e Rafa Mattei.


O evento começa com uma caminhada até a Casa de Iemanjá, para aqueles que querem fazer as suas oferendas, com concentração às 7h. Às 11h, será servida uma feijoada. Os ingressos, que incluem acesso à festa e à feijoada, custam R$ 120 e estão à venda no site Sympla.

 

SERVIÇO
O QUÊ:
Yemanjá Blue
QUANDO: Domingo, 2 de fevereiro, a partir das 7h
ONDE: Blue Praia Bar – Rio Vermelho – Salvador (BA)
VALOR: R$ 120 (acesso + feijoada completa)

Festa de Iemanjá: Manifestação popular pode virar Patrimônio Imaterial de Salvador
Foto: Francis Juliano / Bahia Notícias

A Festa de Iemanjá, manifestação popular realizada tradicionalmente no bairro do Rio Vermelho, pode se tornar Patrimônio Imaterial de Salvador. A iniciativa de salvaguardar o evento histórico partiu de um pedido da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção do Estado da Bahia (OAB-BA) e foi encaminhado para a Fundação Gregório de Mattos (FGM). 

 

De acordo com o colunista Ronaldo Jacobina, do portal Correio, as ações propostas pelo órgão jurídico tiveram forte apoio de trabalhadores integrantes da colônia de pescadores do Rio Vermelho. 

 

Realizada sempre no dia 2 de fevereiro na capital baiana, a Festa de Iemanjá será inscrita no Livro do Registro Especial dos Eventos e Celebrações da Fundação Gregório de Mattos. O processo n° 1002/2019, por meio da Notificação Pública de abertura, foi publicado no Diário Oficial do Município desta terça-feira (19). O documento foi assinado pelo presidente da FGM, Fernando Guerreiro. 

MicroTrio de Ivan Huol e a Geleia Solar animam a Tropos na Festa de Iemanjá
Foto: Ligia Rizerio / Divulgação

O MicroTrio de Ivan Huol e a Geleia Solar, banda base da JAM no MAM, serão as atrações da Festa de Iemanjá na Tropos, no Rio Vermelho. A JAM na Tropos acontece a partir das 13h, com a promessa de “misturar os solos sofisticados do jazz à sonoridade ímpar da guitarra baiana”. 


Formado por Cinho Damatta (voz e violão), Ivan Bastos (baixo e vocal), Ivan Huol (bateria e voz) e Sérgio Albuquerque (guitarra baiana), o MicroTrio de Ivan Huol abrirá a festa, com um repertório de canções autorais, além de sucessos de nomes como Moraes Moreira, Armandinho, Dodô e Osmar, Gerônimo, A Cor do Som e Luiz Caldas. Logo depois a Geleia Solar assume o palco, com interpretações de standards do jazz misturados às influências rítmicas baianas.

 

SERVIÇO
O QUÊ:
JAM na Tropos –  MicroTrio e Geleia Solar na Festa de Iemanjá
QUANDO: Sábado, 2 de fevereiro, às 13h
ONDE: Tropos – Rio Vermelho – Salvador (BA)
VALOR: R$ 20

Festa de Iemanjá será tema de escola de samba no Carnaval do Rio de Janeiro em 2019
Foto: Jamile Amine / Bahia Notícias

Uma das manifestações culturais mais tradicionais de Salvador, a Festa de Iemanjá será retratada por uma escola de samba no Carnaval do Rio de Janeiro em 2019. A ideia do presidente do Grêmio Recreativo Escola de Samba Renascer de Jacarepaguá era homenagear a Bahia, mas para fugir do senso comum foi decidido pelo tema “Dois de Fevereiro no Rio Vermelho”. “A gente ficou naquela pesquisa, só que Bahia aqui no Rio de Janeiro já foi falado diversas vezes. A gente tem um compositor muito influente aqui no Carnaval e ele deu a ideia de abordar esse tema sobre a Festa de Iemanjá. Aí a gente abraçou a ideia e desenvolveu esse enredo”, contou o carnavalesco Raphael Torres, se referindo a Cláudio Russo, autor do samba, em parceria com Moacyr Luz. “As pessoas receberam esse enredo muito bem, graças a Deus não teve nenhum tipo de crítica. O nosso medo era justamente falar de Bahia e falar o geral, como já foi falado aqui várias vezes, e ficar na mesmice. Então a gente tentou fazer algo que nunca foi falado aqui”, acrescentou Torres.

 


O carnavalesco explicou que o mote da escola não é especificamente as religiões de matriz africana, mas sim trabalhar temas culturais de relevância no Brasil, muitas vezes voltados para a negritude. “Ano passado falamos sobre Villa Lobos [Heitor Villa Lobos] e no ano retrasado falamos de Carolina de Jesus, que é uma escritora negra, e João Candido [líder da Revolta da Chibata, conhecido como "Almirante negro"]. Então são enredos culturais. E esse ano também vamos fazer um enredo cultural que fale da negritude”, disse Torres, que este mês desembarcará em Salvador pela quinta vez, agora com o objetivo de dar continuidade à pesquisa de campo para a realização do desfile. Na ocasião, ele visitará não só o bairro do Rio Vermelho, palco da Festa de Iemanjá, mas também o Dique do Tororó, local que será citado no enredo da Renascer de Jacarepaguá, e que virou atração turística da capital baiana por abrigar uma série de estátuas de orixás confeccionadas pelo escultor baiano Tatti Moreno. O samba-enredo será lançado no dia 4 de setembro deste ano e a escola desfilará apenas em 2 de março de 2019, mas os trabalhos estão a todo vapor. “Na verdade a gente já entregou a sinopse para o compositor e agora a gente está desenhando já as fantasias e começando o barracão, em questão de estrutura. Estamos ajeitando para quando estiver mais pra frente a gente iniciar já com tudo preparado para fazer um grande desfile”, revelou o carnavalesco. 


A Renascer de Jacarepaguá busca agora parceria com instituições baianas para promover um intercâmbio cultural. “A assessora de imprensa, além de estar captando recurso para ajudar a gente a fazer nosso desfile, com certeza vai convidar alguém aí da Bahia pra poder desfilar com a gente”, contou Raphael Torrer. “E não só especificamente da Bahia, mas pessoas ligadas a esse tipo de festa como o Dois de Fevereiro. Então vai ter sim convite, só que ainda não foi formulado porque a gente está em época de preparar todo o projeto, pra depois, quando tiver samba, aí sim começar”, acrescentou.

Novo ‘Ó Paí, Ó’ começará a ser gravado durante Festa de Iemanjá em Salvador
Foto: Divulgação

Programadas para janeiro de 2017, mas atrasadas por conta da crise política e econômica no país (clique aqui e saiba mais), as gravações da segunda edição do filme “Ó Paí, Ó” terão início na Festa de Iemanjá, dia 2 de fevereiro, em Salvador. De acordo com informações da coluna assinada por Ronaldo Jacobina, no Correio, o longa-metragem de Monique Gardenberg contará com o mesmo elenco do primeiro filme, lançado em 2008, que inclui nomes como Lázaro Ramos, Dira Paes, Érico Brás, Tânia Toko e Lyu Arisson. Fica de fora da produção apenas Wagner Moura, que já tinha firmado outros compromissos. O novo longa, que ainda não tem data de lançamento prevista, gira em torno das peripécias dos protagonistas, que se esforçam para entregar uma grande oferenda a Iemanjá, com o objetivo de alcançar a graça da casa própria. Ainda segundo a publicação, após a filmagem das primeiras cenas o elenco se reunirá para ajustar o texto final, seguindo a proposta do Bando de Teatro Olodum, de modo a realizar uma criação coletiva. Depois disso, os atores começam os ensaios e retomam as gravações no Pelourinho.

Ação performática reúne mais de 50 mulheres em procissão na Festa de Iemanjá
Olga Lamas e Raiça Bomfim são idealizadoras da ação | Foto: Divulgação
Com a participação de mais de 50 mulheres, a Lavagem, ação performática idealizada pelas artistas Olga Lamas e Raiça Bomfim, percorrerá a praia do Rio Vermelho a partir das 6h desta quinta-feira, dois de fevereiro. A procissão integra a programação do Festival Oferendas, produzido pelo Lálá Multiespaço na Festa de Iemanjá. Com diferentes idades, áreas profissionais e experiências , as dezenas de mulheres participantes desfilarão em cortejo para evocar seus desejos e memórias pelas ruas do bairro. 
Jorge Portugal leva flores à Iemanjá e faz seu pedido: ‘Juca Ferreira, prefeito de Salvador’
Foto: Jefferson Peixoto / AG Haack / Bahia Notícias
O secretário de Cultura da Bahia, Jorge Portugal, chegou cedo ao Rio Vermelho neste 2 de fevereiro, para saudar Iemanjá e dar continuidade a uma tradição que segue criança. “Desde que eu era menininho, indo pra Salvador, que eu venho trazer flores pra ela, ininterruptamente”, lembra o santo-amarense, que este ano depositou um balaio de flores à rainha do mar. “Eu hoje tenho muito mais a agradecer, do que a pedir, mas dentre os meus pedidos posso revelar um. Juca Ferreira, prefeito de Salvador. E eu acho que ela [Iemanjá] gostou, porque as flores foram lá pra baixo, pro mar”, contou o secretário, que é amigo pessoal há 40 anos do ministro da Cultura e aspirante ao executivo municipal. “Eu estou emprestando a minha mínima força, porque afinal de contas ele é conhecido, ele é filho da cidade. Ele é adorado por vários segmentos, acho que seria uma gestão altamente criativa. É a cara do que a cidade quer”, disse Portugal, destacando ainda o conhecimento de Juca como qualidade para ser o prefeito da capital baiana. “Ele tem muito a contribuir para Salvador, não só pela visão geral de ministro da Cultura, como uma visão específica de alguém nascido em Salvador, que conhece profundamente a cultura baiana e a cultura da cidade”, concluiu Jorge Portugal.
Feira da Cidade vai esta semana para o Rio Vermelho e fica até a Festa de Iemanjá
Foto: Instagram Feira da Cidade | Reprodução
Durante o mês de fevereiro, a Feira da Cidade faz parte das festas tradicionais da cidade. A feira fará parte da festa de Iemanjá, no Rio Vermelho, acontecendo no bairro desde o dia 31 (sábado) até o dia 2 (segunda-feira), em uma versão estendida do projeto. Nessa edição, a semifinalista baiana do programa britânico Master Chef Luciana Berry e o apresentador  Jimmy McManis, o Ogro Jimmy do programa Mais Você da Rede Globo, estarão presentes, assim como os DJs Mauro Telefunksoul e Santz. Já nos dias 7 (sábado) e 8(domingo), a feira acontece na Barra, tendo o segundo dia incluído na programação do Furdunço, festa de Pré-Carnaval organizada pela prefeitura. Durante a festa de Carnaval, a feira estará presente nos dias 14 e 15 (sábado e domingo) no fim do circuito Dodô, em Ondina. 
Bellintani descarta exclusividade de cervejarias em festas populares e confirma Carnaval na Copa
Foto: Bahia Notícias
A restrição de venda de bebidas pela marca patrocinadora não será repetida na Festa de Iemanjá (veja aqui), nem em outras festas populares. "Tínhamos de começar a entender a operação para cuidar disso no Carnaval, foi um teste. As festas populares não estão na pauta para outros anos com zonas de restrição; são festas que tem simbolismo muito grande na cidade e que não agregam substancialmente em patrocínio", afirmou o secretário municipal de Desenvolvimento, Cultura e Turismo, Guilherme Bellintani. Em entrevista ao Correio, o secretário garantiu ainda a realização do Carnaval durante a Copa do Mundo. "Vamos fazer. Serão dois dias, sábado e domingo, provavelmente na primeira quinzena de junho, e nestes dias não haverá nem jogo aqui em Salvador, nem jogo do Brasil", explicou. Estudos têm sido feitos em três locais, a fim de verificar a segurança, viabilidade, trânsito e evacuação:  Jardim de Alah – onde será instalado o Fanfest da FIFA –, Jaguaribe ou Comércio. "A ideia é que os turistas que estarão no país venham para cá pelo Carnaval. Não é em qualquer lugar que se vê um trio elétrico", afirmou Bellintani. O formato do carnaval fora de época seguirá o modelo tradicional com blocos de cordas, camarotes e arquibancadas. 
Evangélicos tentam converter pagãos durante festa de Iemanjá
Fieis da Igreja Batista Caminho das Árvores | Foto: Max Haack/ Ag. Haack / BN
Bem em frente à Paróquia de Sant’Ana, no popular Largo da Dinha, membros da Igreja Batista Caminho das Árvores também marcaram presença no Dia de Iemanjá, na manhã desta quinta-feira (2), no Rio Vermelho. Munidos de uma faixa enorme com um trecho do livro de Isaías e panfletos para serem distribuídos com dizeres bíblicos, os devotos buscaram convencer os pagãos a se converterem ao cristianismo, em plena festa da Rainha do Mar. “O problema não é a religião, mas é que esse Deus que as pessoas estão cultuando não pode salvar ninguém. Só quem salva é Jesus. Se Iemanjá pudesse salvar alguém, nós não precisávamos estar aqui”, esclareceu José dos Campos, membro da igreja. Questionado sobre a eficácia da missão, ele garante que muita gente se converte. “Inclusive hoje mesmo teve o caso de  uma ‘desviada’ que estava com uma blusa curtíssima mas prometeu que vai voltar para o evangelho”, acreditou. 

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Descobri que a Ceasa tem dono e que ninguém toma. Mas algo que ainda me surpreende é pesquisa. Imagina perder tanta noite de sono pra não crescer nem mais do que a margem de erro? Mas nem por isso o Ferragamo tem o que comemorar. O que perdeu de cabelo, ganhou de pança. Mas na política tudo que vai, volta. Que o digam os nem-nem de Serrinha: nem amigos, nem inimigos. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Luciano Simões

Luciano Simões
Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".

 

Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis. 

Podcast

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira
O deputado estadual Luciano Simões Filho (União) é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira (15). O podcast é transmitido ao vivo a partir das 16h no YouTube do Bahia Notícias.

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