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Artigos

Paulett Furacão
Quarto dos Fundos
Foto: Maísa Amaral / Divulgação

Quarto dos Fundos

Toda a tragédia que foi velejada pelos mares do Atlântico, ancorou erroneamente nas águas da ambição para construir um modelo de país que decidiu projetar um futuro de expugnação exclusiva, buscando através da escravidão das raças o seu principal atrativo. Após a bem-sucedida invasão do patriarcado europeu a poderosa fonte inesgotável de riquezas, chamada Pindorama, mais tarde rebatizada pelos invasores de Brasil, dizimou os povos originários, sequestrou as realezas africanas e perpetuou um sistema capitalista e higienista que perdura hodiernamente.

Multimídia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (17), o vereador soteropolitano André Fraga (PV), comentou sobre a falta de representação da militância ambientalista no legislativo baiano. “Houve um equívoco na forma como [o partido] se comunica”. “Toda pauta ambiental é o ‘segundo time’. Todo mundo fala muito bem, mas na hora de votar esquece. Eu acho que houve um equívoco do movimento ambientalista, de forma geral, na forma como se comunica”, afirma. 

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

festas juninas

Em atuação conjunta, MPT-BA age para combater comércio e produção de fogos de artifício clandestinos
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O combate ao comércio ilegal e à produção clandestina de fogos de artifício é o foco da operação conjunta capitaneada pelo Ministério Público do Trabalho da Bahia (MPT-BA) que está sendo realizada durante toda esta semana no estado.

 

O projeto Pavio Curto segue durante os próximos dias em diversos pontos do estado. Nesta terça-feira (11) foram vistoriadas barracas de venda do produto no município de Feira de Santana. O objetivo é evitar que artefatos produzidos de formal ilegal, que muitas vezes usam mão de obra análoga à de escravos, trabalho infantil e descumprem as normas de saúde e segurança, cheguem ao consumidor, o que também traz riscos de acidentes por falta de certificação.

 

Além do MPT-BA, participam da ação o Exército, as polícias Rodoviária Federal, Civil e Militar, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea-BA), Conselho Regional dos Químicos (CRQ-BA) e Superintendência Regional do Trabalho (SRT-BA). Cada órgão tem uma atribuição específica em relação ao comércio e à produção de fogos e a ação conjunta ajuda a obter resultados mais efetivos com menos recursos envolvidos. Até o fim desta semana outros locais de produção e venda serão vistoriados.

 

Para Ilan Fonseca, procurador do MPT-BA e coordenador do projeto Pavio Curto, voltado a fiscalizar de forma conjunta e coordenada a venda e a produção de fogos para prevenir acidentes e riscos de adoecimento, o objetivo  é “fiscalizar o comércio de fogos clandestinos, sem notas fiscais, pois representam um grande risco à segurança da população”. Ele lembra que esses artefatos contêm “elementos químicos que podem causar danos, mas a explosão pode ser maior do que se imagina por ser um fogo de artifício que é produzido sem o acompanhamento de um responsável técnico.”

 

O procurador informou que estão sendo feitas apreensões de mercadorias ilegais, além de serem checadas outras situações como a existência de registro em carteira de trabalho dos empregados e as condições dos ambientes de trabalho. Outro item importante é o auto de vistoria do Corpo de Bombeiros, exigido em todo estabelecimento que negocie fogos de artifício. A equipe do projeto Pavio Curto também está buscando formas de combater a venda desses produtos em vias públicas, o que expõe toda a população a riscos de explosões e incêndios.

MPT-BA cobra de prefeituras contratação de catadores em grandes festas juninas
Foto: MPT-BA

O Ministério Público do Trabalho da Bahia (MPT-BA) está acompanhando de perto pelo menos 31 municípios baianos que programaram grandes festas juninas com o objetivo de garantir que eles estruturem um sistema de coleta e reciclagem dos resíduos sólidos. O objetivo do órgão é estimular a contratação de cooperativas ou associações de catadores de recicláveis para dar destino correto a latas e garrafas plásticas e de vidro geradas em grande volume durante esse tipo de evento. Além de tudo, a atividade pode gerar renda para muitas pessoas.

 

“Temos conseguido bons resultados em eventos como o Carnaval de Salvador e a Micareta de Feira de Santana, com o poder público articulando a política pública de promoção do trabalho digno e da responsabilidade ambiental, e queremos cada vez mais replicar essa experiência em todos os grandes eventos da Bahia”, explicou  a procuradora Adriana Campelo, que atua na promoção do trabalho digno de catadores de recicláveis. Ela destaca que já foram encaminhadas 21 recomendações diretamente aos gestores municipais e agendadas audiências com prefeitos de quatro cidades. Outras três foram notificadas a apresentar informações sobre reciclagem nas festas programadas.

 

Também esta semana acaba o prazo dado pelo MPT-BA para que o governo estadual preste as informações solicitadas em relação à estrutura montada no Parque de Exposições de Salvador, onde acontecerão 14 dias de festas juninas promovidas pela Sufotur, superintendência estadual responsável pela organização do evento. Também nos municípios, o governo estadual poderá dispor de estrutura de apoio para cooperativas, embora o protagonismo seja do município, organizador dos eventos.

 

A atuação do MPT-BA tem o objetivo de implementar a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), em especial, em relação à contratação de cooperativas ou associações de catadores de materiais recicláveis para os serviços de logística reversa. Em muitos casos, os municípios negociam para que empresas patrocinadoras desses eventos arquem com os custos de logística e estruturas de apoio à atividade dos catadores.

 

Dentre as cidades que terão audiências sobre reciclagem nas festas juninas com procuradores do MPT-BA estão Ilhéus, Itabuna, Juazeiro e Santo Antônio de Jesus. As recomendações expedidas, onde o órgão delimita políticas públicas mínimas a serem implementadas pelas gestões municipais, já foram encaminhadas a diversos gestores, dentre os quais Salvador, Camaçari, Candeias, Guanambi e Jequié.

Marcelo Werner exalta uso do sistema de reconhecimento facial no São João
Foto: Jorge Cordeiro / SSP-BA

O titular da SSP, Marcelo Werner, comemorou nesta terça-feira (27) o uso das câmeras de reconhecimento facial no esquema de segurança montado para os festejos juninos. Segundo ele, a tecnologia serve como uma bússola para o contingente que atua no policiamento ostensivo.

 

"A gente vem trabalhando muito com a inteligência, com investimento no efetivo, na estrutura física e na tecnologia", citou o secretário ao falar sobre os investimentos feitos no setor pelo governo estadual.

 

Até o sábado (24), cerca de 18 pessoas foram presas em flagrante ao serem identificadas pelo sistema de câmeras inteligentes ao acessarem os circuitos das festas em municípios baianos.

 

"As câmeras de reconhecimento facial vêem justamente com esse viés, para que a gente use a tecnologia ao nosso favor", celebrou Werner. "Os policiais precisam estar ali no dia a dia, acompanhando, buscando aquela pessoa, mas as cameras dão o direcionamento", finalizou.

São João de Jequié começa nesta quinta com shows de Eduardo Costa e Adelmário Coelho
Foto: Reprodução / Blog do Marcos Frahm

O São João de Jequié, no Médio Rio de Contas, será aberto oficialmente na noite desta quinta-feira (22). Segundo o Blog do Marcos Frahm, parceiro do Bahia Notícias, as apresentações ocorrem na Praça da Bandeira, circuito oficial do evento. Na primeira noite um dos shows aguardados é o do “sertanejo” Eduardo Costa.

 

Ainda subirão no palco nesta primeira noite Adelmário Coelho, Rosy Banda e Trio Forró + Eu. Apesar da abertura oficial ocorrer nesta quinta, os festejos começaram no dia 14 de Junho, com a Vila Junina na Praça Ruy Barbosa. No espaço, artistas locais e regionais seguem em apresentações paralelas ao palco principal até o próximo domingo (25).

 

De acordo com o prefeito Zé Cocá (PP), os festejos devem movimentar a economia da cidade, como bares, restaurantes, hotéis e pousadas. Cocá assegura que a rede hoteleira tem 100 % de ocupação.

Prefeitura baiana não fará São João por conta de decreto de emergência
Foto: Reprodução / Jacobina Notícias

A prefeitura de Jacobina, no Piemonte da Diamantina, usou as redes sociais para comunicar que não fará festa junina neste ano. Em nota, a gestão municipal informou que o fato se deve ao decreto de emergência, devido às chuvas do início do ano e ainda em vigor, que foi prorrogado até julho.

 

Com isso, um evento que ocorreria no dia 24 de junho não será realizado pela gestão. No entanto, a prefeitura disse que vai apoiar ações de inciativa privada caso haja a realização de festas do gênero.

 

“Qualquer evento realizado por iniciativa privada terá todo e qualquer apoio por parte da Prefeitura e órgãos municipais, a exemplo do SMTT, dentre outros”, diz a nota. 

São João de Cruz das Almas espera superar números de visitantes e de comércio do ano passado
Foto: Divulgação / Prefeitura de Cruz das Almas

O São João de Cruz das Almas, no Recôncavo, marcado para 21 a 25 de junho, espera atrair mais de 500 mil visitantes, número atingido no ano passado. Os dados são da prefeitura da cidade. Na festa deste ano, a gestão também prevê que o comércio local fature mais de 40% em relação a 2022.

 

Em termos de mão de obra temporária, a estimativa é que se contrate mais de 6,2 mil empregos do gênero. No ano passado, foram 6,2 mil contratações informais e 528 contratações formais, segundo a Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Econômico.

 

Ainda segundo a prefeitura, a definição das atrações observou a preservação da identidade cultural da cidade, uma vez que a festa vai reunir artistas já consagrados no cenário nacional.

 

Em nota, a gestão afirmou que o investimento direcionado para a festa junina “respeita o limite de gastos anteriormente definidos no orçamento municipal, votado e aprovado pela Câmara de Vereadores de Cruz das Almas. A prefeitura também respeita a transparência do gasto do dinheiro público, publicizando todos os valores dos contratos celebrados entre a Administração Municipal e os artistas”, afirmou.

 

Ainda sobre contratações, a prefeitura declarou que foram feitas obedecendo o critério de preço praticado pelos artistas em outros municípios brasileiros neste ano. 

Procon da Bahia inicia hoje fiscalização de comércio de fogos de artifício e artefatos das festas juninas
Foto: Divulgacao / Procon-BA

O Procon-BA inicia nesta terça-feira (13), às 10h, no Shopping dos Fogos, Paralela, a fiscalização da comercialização de fogos de artifício e outros artefatos do período das festas de São João. A proposta da operação, nomeada de “Em Chamas”, é impedir práticas abusivas e prevenir a venda de produtos inadequados ao consumo, evitando danos e prejuízos à integridade física dos consumidores. Hoje, o Procon-Ba (Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor da Bahia) se integra à iniciativa deflagrada na segunda-feira (5), em parceria com a Polícia Civil e o Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade (Ibametro).

 

“A ação do Procon tem como objetivo verificar condições de segurança dos produtos que são comercializados e coibir práticas abusivas contra os consumidores. Por outro lado, essa operação também contribui para responsabilizar toda a cadeia de produção e comercialização de fogos de artifício pelos riscos potenciais desse contexto de comércio. Afinal, é papel do Estado prevenir ameaças e conter danos à integridade e à vida da população”, afirma o secretário Felipe Freitas, titular da Justiça e Direitos Humanos - SJDH, pasta à qual o Procon-Ba é vinculado.

 

Na operação, que também é realizada em grandes eventos populares do Estado, o Procon-Ba fiscaliza a documentação específica para a comercialização dos produtos e o ordenamento dos pontos de venda. As equipes verificam ainda, a precificação dos produtos, prazo de validade e a existência do Código de Defesa do Consumidor (CDC) nos locais de venda. De acordo com o diretor de fiscalização do órgão, Iratan Vilas Boas, a ação tem o objetivo de garantir aos consumidores baianos mais proteção e segurança nas compras dos fogos e artefatos, como também educar fornecedores acerca de boas práticas na relação de consumo e oferta de serviços.

 

Vilas Boas reforça que a operação ‘Em Chamas 2023’ tem o objetivo de coibir e retirar do mercado de consumo os fogos de artifício impróprios ao consumo e que podem trazer riscos à saúde e à segurança dos consumidores. "O Procon-BA cumprirá o seu papel fiscalizatório para evitar acidentes e coibir práticas que possam prejudicar os consumidores que estão se preparando para aproveitar os festejos juninos”, explica o diretor.

 

Participam também da ação a Delegacia do Consumidor (Decon), o Departamento de Polícia Técnica (DPT), o Corpo de Bombeiros Militar (CBM-BA), o Exército Brasileiro, o Procon de Lauro de Freitas, a Diretoria de Ações de Proteção e Defesa do Consumidor (Codecon) e o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA).

MP-BA prorroga prazo para Estado e municípios enviarem informações sobre gastos públicos com festas juninas
Foto: Reprodução

O prazo para o Estado e os municípios enviarem ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) as informações solicitadas sobre os gastos públicos com festas juninas, que se encerrava no último dia 26, foi prorrogado até o final da próxima sexta-feira (2). A prorrogação foi comunicada ao Estado, à União dos Municípios da Bahia (UPB) e à União das Controladorias Internas do Estado da Bahia (Ucib), por meio de ofícios encaminhados na manhã de hoje (29), solicitando colaboração para a difusão do pedido de informações pelos municípios.

 

Segundo o coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Proteção à Moralidade Administrativa (Caopam) do MP-BA, promotor de Justiça Frank Ferrari, houve solicitações de prorrogação de prazo pelos municípios, “demonstrando que eles estão se empenhando para colaborar com a construção do painel eletrônico”. A prorrogação também considerou informação do presidente da Ucib, Maike Oliveira, de que dezenas de controladores internos não tomaram conhecimento tempestivo da solicitação, o que dificultou o encaminhamento das informações no prazo.

 

Até o momento, 22 municípios encaminharam as informações ao MP-BA. São eles: Lençóis, Jucuruçu, Itabuna, Santo Estevão, Rio do Pires, Paramirim, Caturama, Senhor do Bonfim, Caem, Morro do Chapéu, Itapitanga, Jequié, Caculé, Ipiaú, Mulungu do Morro, Mundo Novo, Xique-Xique, Ibirataia, Barra, Itagibá, Cansanção e Ilhéus. Para o promotor Frank Ferrari, a expectativa é que outros municípios encaminhem os dados até a sexta-feira, demonstrando o comprometimento com a transparência dos gastos públicos.

Municípios baianos têm até hoje para informar ao MP gastos públicos com festas juninas
Foto: Reprodução/Pax Bahia

Encerra nesta sexta-feira (26), o prazo para que os governos estadual e municipais da Bahia enviem ao Ministério Público (MP-BA) informações sobre gastos públicos com festas juninas que foram solicitadas pelos órgãos de controle no início do mês. 

 

Os dados alimentarão painel eletrônico, que ficará disponível no site do MP-BA, cujo objetivo é conferir transparência à aplicação dos recursos públicos e funcionar como ferramenta de gestão às administrações municipais e empresas, além de servir como instrumento de exercício da cidadania pela população, para prevenir eventuais danos aos cofres públicos.

 

Os municípios que prestarem informações, colaborando com a construção do painel, receberão do MP baiano e demais órgãos de controle um ‘Selo de Transparência’. A apresentação dos dados do painel e a concessão dos selos serão realizadas em audiência pública prevista para ocorrer no próximo dia 14 de junho, na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).

 

Conforme levantamento do órgão, até a noite desta quinta-feira (25) apenas 10 cidades encaminharam os dados das despesas com contratações artísticas e correlatos ao Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Proteção à Moralidade Administrativa (Caopam).  Os dados se referem a eventos de 2022 e 2023,  são eles: Lençóis, Jucuruçu, Itabuna, Santo Estevão, Rio do Pires, Paramirim, Caturama, Senhor do Bonfim, Caém e Morro do Chapéu. 

 

“Gostaria de fazer um apelo aos gestores públicos, que cooperem. Cooperem com os promotores locais, dialoguem, prestem as informações solicitadas e que possam cooperar com a construção de nosso painel. É preciso reforçar que os procedimentos instaurados não são investigatórios, ou seja, não possuem caráter repressivo, não buscam impor uma sanção como consequência da prática de algum ilícito. São procedimentos de acompanhamento, de solicitação de informações e coleta de dados sobre as contratações públicas. A atuação repressiva é excepcionalíssima e destinada somente para casos muito graves. A ação fiscalizatória do MP e das demais instituições de controle é pautada pela prevenção, orientação, promoção da transparência e preservação dos festejos”, afirmou.

 

O painel faz parte da atuação de fiscalização, de caráter preventivo e colaborativo, que está sendo desenvolvida de forma articulada entre o Ministério Público, os Tribunais de Contas do Estado (TCE) e dos Municípios (TCM), e os Ministérios Públicos de Contas junto ao TCE e TCM, e a Rede de Controle da Gestão Pública. A União dos Municípios da Bahia (UPB) é parceira da iniciativa e, por solicitação dos órgãos de controle, convidou os municípios a fornecerem dados para alimentar painel. O coordenador do Caopam, promotor de Justiça Frank Ferrari, espera que, até o final do dia, mais municípios enviem os dados solicitados.

 

O MP-BA instaurou, até o momento, 146 procedimentos em 63 municípios para acompanhar os gastos com contratações voltadas para as festas juninas.

'Festa na Roça' e 'Olha pro Céu' lideram lista de músicas mais tocadas em festas juninas
Foto: Rosilda Cruz/SecultBa

Para marcar os festejos juninos, o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) fez um levantamento das músicas mais tocadas na última década durante a festa, uma das mais tradicionais do Nordeste. 

 

A canção “Festa na Roça”, de autoria de Mario Zan e Palmeira, segue liderando o ranking, tendo sido a mais tocada em shows e eventos juninos no Brasil nos últimos quatro anos. A segunda posição é ocupada pelos clássicos “Olha pro céu”, de Luiz Gonzaga e José Fernandes de Carvalho, e “Asa branca”, de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga.

 

Relembre a música que lidera o ranking:

 

Segundo o levantamento do Ecad, o segmento de Festa Junina foi um dos mais impactados na arrecadação e distribuição de direitos autorais em 2020, primeiro ano da pandemia do coronavírus. A queda nos rendimentos destinados aos compositores e artistas deste setor foi de 83% em comparação ao ano de 2019.

 

Confira o ranking:


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Após parecer do MP, governo diz que não prevê recursos da Bahiatursa para lives juninas 
Foto: Rosilda Cruz/SecultBa

Após recomendação do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), condicionando o apoio da Superintendência de Fomento ao Turismo do Estado da Bahia (Bahiatursa) a lives juninas ao cumprimento “de normas de gestão de recursos públicos e de segurança sanitária durante a pandemia da Covid-19” (saiba mais), o governo da Bahia descartou qualquer investimento do órgão voltado à realização de eventos virtuais para marcar as festividades tradicionais.

 

Ao Bahia Notícias, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou que “não há recurso previsto para realização de lives juninas pela Bahiatursa”. A Secom destacou ainda que o documento emitido pelo MP-BA trata de uma recomendação, e não de uma obrigatoriedade. “O MP não está determinando (até porque não pode fazer isso) que a Bahiatursa realize este investimento. Só recomenda que, caso haja investimento, que seja de acordo com as normas sanitárias”, pontua. Em 2020, o órgão, no entanto, desaconselhou que prefeituras contratassem artistas para lives (relembre aqui e aqui).

 

Com a proibição dos shows presenciais e sem aportes financeiros como o da Bahiatursa - órgão responsável por boa parte do apoio do governo estadual a eventos como o Carnaval e festas juninas - para apresentações online, muitos forrozeiros amargam o segundo São João em situação delicada. 

 

Em abril deste ano, diante da previsão de que os festejos seriam cancelados novamente, alguns artistas relataram a conjuntura dramática do setor e cobraram “sensibilidade” do poder público na implementação de políticas compensatórias (relembre).

 

“Está havendo um grande descaso com a cultura de todos os lados. Eu não imaginei que os nossos governantes ficassem tão apáticos perante a parte cultural”, disse Zelito Miranda, à época, destacando ainda a importância do São João, enquanto patrimônio do Nordeste e do Brasil. “Tem raiz, tem um cabedal, tem uma história pra contar. É uma festa completa, tem tudo, comida, bebida, reza, santo, novena... O ciclo junino é muito rico culturalmente”, pontuou. 

 

Sem deixar de levar em consideração a gravidade da pandemia e a necessidade de obedecer aos protocolos estabelecidos pela comunidade científica, o forrozeiro cobrou ações efetivas para apoiar os profissionais. “Nós vamos torcer e pedir juízo a esses governantes, que eles deem atenção a essa questão, porque, claro e evidente, a gente não pode passar dois anos de São João sem faturamento, sem trabalhar. Tudo bem, a gente segura um ano, um ano e meio, mas acredito que ninguém aguenta mais. A real é essa, está barra pesada”, declarou, admitindo como solução paliativa a adaptação das festas para o online. “Eu acho que tem que ter esse mundo virtual e o Estado e as prefeituras não podem mais ficar esperando para entrar nesse mundo virtual, porque é a arma que nós temos nesse momento”, afirmou. 

 

Targino Gondim, por sua vez, classificou como “aterrador” o cenário, diante do segundo ano consecutivo de festas juninas canceladas. “Existem muitos, inúmeros artistas no Brasil todo e aqui na Bahia, que já sofrem durante esse tempo todo sem nenhum pouco de receita, só pedindo ajuda e sendo ajudado de diversas formas, mas sem nenhum tipo de dignidade, sem condição de exercer seu trabalho, sua profissão. E agora com essa notícia de cancelamento de São João, isso é horrendo”, avaliou. 

 

A questão também tem preocupado prefeitos baianos. Em entrevista ao Bahia Notícias no Ar, na Salvador FM, o presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Zé Cocá, disse que a entidade já vinha buscando respostas. "Os cantores, principalmente os cantores regionais, têm passado por sérias dificuldades. Nós fizemos uma solicitação à Bahiatursa, para que  houvesse o apoio do São João virtual, para que a gente, no mínimo, conseguisse ajudar esses cantores. Mas a Bahiatursa não vai conseguir financiar. A maioria dos municípios da Bahia não tem estrutura financeira para bancar um São João virtual. Então estamos brigando junto ao governo federal e ao governo do estado para que a gente apoie esses artistas", relatou.

 

"A gente sabe que o governo do estado tá vivendo sérias dificuldades, porque a receita caiu nos municípios e caiu no estado. Mas seria um grande suporte nesse momento. Imagina um município pequeno, que gastava R$ 50 mil, R$ 100 mil no São João, que arrecada R$ 1 milhão. Ele não tem condições de dar esse suporte. Historicamente a Bahiatursa que vinha cumprindo com esse repasse ano a ano. Então os artistas estão pressionando os prefeitos, e os prefeitos não têm a receita pra fazer o evento sem o suporte da Bahiatursa. Eu acho que era importante esse financiamento, ia nos ajudar muito, mas o governo do estado, através da Bahiatursa, nos informa que não tem orçamento para a realização das lives", completou o prefeito de Jequié.

 

Apesar do anúncio de que não haverá investimento específico da Bahiatursa para a data, a Secom apontou como ações do governo neste sentido o Festival de Economia Solidária São João da Minha Terra, promovido pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), em formato virtual; e o Prêmio de Preservação dos Bens Culturais e Identitários da Bahia - Emília Biancardi, executado pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult), dentro do Programa Aldir Blanc Bahia, com apoio a 63 projetos que contemplam desde forró tradicional a quadrilhas juninas. 

MP recomenda que Bahiatursa cumpra critérios ao repassar recursos para lives juninas
Foto: Rita Barreto/Bahiatursa

Em resposta às demandas apresentadas pelo setor de cultura e eventos, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) recomendou que a Superintendência de Fomento ao Turismo do Estado da Bahia (Bahiatursa) condicione o repasse de recursos financeiros para que os municípios baianos realizem os festejos juninos de forma virtual a alguns critérios.

 

No dia 25 de maio, por iniciativa da Associação Baiana das Produtoras de Eventos (Abape), o MP-BA convocou uma audiência pública com representantes do Governo do Estado da Bahia, Prefeitura de Salvador e lideranças do setor cultural e de eventos, para falar sobre a insatisfação e a escassez de políticas públicas eficazes para ajudar o setor no enfrentamento da crise que já dura quase um ano e meio, por conta da pandemia do novo Coronavírus.

 

No início deste mês, o MP encaminhou um documento à Bahiatursa (clique aqui), recomendando que a instituição “condicione o repasse de recursos aos municípios para a realização de ‘lives’ de festejos juninos à observância de normas de gestão de recursos públicos e de segurança sanitária durante a pandemia da COVID-19”.

 

No texto, o MP destaca o caráter de tradição cultural dos festejos juninos, lembra da proibição dos eventos presenciais durante a emergência sanitária e mostra como alternativa as lives, “considerando que, à luz do momento pandêmico, convencionou-se realizar espetáculos artísticos, inclusive patrocinados pelo Poder Público, através de plataformas virtuais de transmissão audiovisual em tempo real” e “a natureza da atividade econômica desenvolvida pelos contratados para a realização destes eventos virtuais, e a necessidade de mitigar os efeitos da pandemia em todos os seus aspectos, inclusive os culturais”.

 

Em sua recomendação, o Ministério Público levou em consideração ainda propostas da União dos Municípios da Bahia (UPB) direcionadas à Bahiatursa “relativas à liberação de recursos públicos para a realização de ‘lives’ para os festejos juninos no ano de 2021, nas quais se propõe a utilização de formato ‘mais simplificado e menos burocrático que nos anos anteriores’”.

 

No documento, o MP condiciona a liberação da verba ao respeito às normas relativas à gestão de recursos público e aos protocolos sanitários vigentes durante a pandemia, além da “inclusão de mensagens educativas, intercaladas com as apresentações artísticas, que desincentivem as aglomerações e orientem a população nas medidas de enfrentamento à pandemia que podem ser tomadas pelos particulares”.

'Mais arrasador, só as mais de 350 mil mortes': Forrozeiros lamentam 2º ano sem São João
Foto: Rosilda Cruz / SecultBa

“Mais arrasadora do que essa situação, somente as mais de 350 mil mortes dos brasileiros”. Com estas palavras Adelmário Coelho classificou o momento vivido pelos forrozeiros na Bahia, diante da pandemia do novo coronavírus, que já se arrasta por mais de um ano e paralisa todo o setor de eventos e entretenimento até os dias de hoje.

 

A frase clichê de que o setor cultural foi o primeiro a parar e será o último a retomar as atividades já é uma realidade compreendida por todos, tanto artistas quanto pelo poder público, mas os trabalhadores do ramo seguem em busca de soluções, ainda que paliativas. 

 

No caso dos forrozeiros, o drama pode ser ainda mais profundo, pois a perspectiva real é de que as festas juninas sejam canceladas pelo segundo ano consecutivo. Sem vacinação suficiente e com números de mortes e infecções ainda altos, dez prefeituras baianas já anunciaram que não realizarão os festejos, enquanto outras aguardam para bater o martelo (saiba mais).

 

O governador Rui Costa, por sua vez, também se mostrou pouco otimista com relação ao evento nos moldes convencionais em 2021, mas ainda não descartou a possibilidade da Bahia permitir festas fora de época mais adiante. “Estamos chegando no meio do mês de abril e a essa altura não vejo horizonte de possibilidade de termos a festa de São João no período tradicional da festa. Eventualmente se for fazer alguma coisa fora de época para compensar a ausência do São João pode até ser no segundo semestre. Mas agora em junho acho muito difícil. Não vai ter ambiente sanitário para isso”, justificou (clique aqui).

 

Em entrevista ao Bahia Notícias, um grupo de forrozeiros comentou o panorama do setor, falou sobre o que tem sido feito para manter viva essa expressão cultural durante a pandemia, deu sugestões para ajudar os artistas e trabalhadores envolvidos na área, além de cobrar “sensibilidade” do poder público na implementação de políticas compensatórias.

 

ZELITO MIRANDA

 

Conhecido como o “rei do forró temperado”, Zelito Miranda não tem medo de criar e se adaptar. Apesar do susto e de toda a carga negativa que a pandemia traz consigo, o artista revela que redescobriu o poder das redes, ainda que financeiramente elas não deem um retorno significativo. “O susto em 2020 foi uma coisa meio doida, porque foi abrupto, chegou em cima e a gente teve que se reinventar. E essa reinvenção aconteceu virtualmente”, conta o músico. “Foi compensatório do ponto de vista do prazer de tocar, mas não é a mesma coisa de você estar em um palco”, salienta.

 

Resignado sobre a impossibilidade da realização das tradicionais festas no período junino, ele revelou que pretende fazer um show de São João online. “Ano passado eu fiz algumas lives, com nome Arraiá do Rei, e eu vou repetir esse ano. Eu quero, inclusive, que isso vire um projeto virtual nosso para o mês de junho. Quando acabar tudo - com fé em Deus tudo acaba logo -, eu quero manter, porque descobri uma coisa interessante que estava alí do nosso lado, as redes sociais e a internet, que a gente usava para divulgação só”, diz o artista.

 

Zelito lembra que depois do primeiro baque, no ano passado, chegou a acreditar que a pandemia não se estenderia por tanto tempo, mas a esperança foi se desfazendo, ao passo que o vírus se propagava e a vacinação não. “Chegou em outubro e a gente teve aquela baixa da pandemia, até ali a gente ainda estava com uma luz no fundo do túnel que as coisas se transformariam, que a gente resgataria rapidamente essa coisa do mercado do São João. Só que chegou o Carnaval e não teve, aí o olhar já ficou mais embaçado”, relata. 

 

Diante do cenário, em 2020 ele revela que cancelou diversos trabalhos, a exemplo do tradicional Forró do Parque, realizado há 11 anos em Salvador, e que este ano ele pretende fazer uma versão virtual no mês de junho, “só pra não passar em branco”.

 

 

Isolado em casa e na incerteza sobre o futuro, Zelito Miranda diz que não nutre mais expectativas sobre haver ou não os festejos juninos em 2021, mas destaca a decepção pela falta de apoio aos artistas, sobretudo aqueles ligados às tradições juninas. “Está havendo um grande descaso com a cultura de todos os lados. Eu não imaginei que os nossos governantes ficassem tão apáticos perante a parte cultural”, diz o músico, destacando a importância do São João, enquanto patrimônio do Nordeste e do Brasil. “Tem raiz, tem um cabedal, tem uma história pra contar. É uma festa completa, tem tudo, comida, bebida, reza, santo, novena... O ciclo junino é muito rico culturalmente”, pontua. 

 

Ainda neste sentido, ele compreende a gravidade da pandemia e a necessidade de obedecer aos protocolos estabelecidos pela comunidade científica, mas cobra ações efetivas para apoiar os profissionais do setor. “Nós vamos torcer e pedir juízo a esses governantes, que eles deem atenção a essa questão, porque, claro e evidente, a gente não pode passar dois anos de São João sem faturamento, sem trabalhar. Tudo bem, a gente segura um ano, um ano e meio, mas acredito que ninguém aguenta mais. A real é essa, está barra pesada”, declara o forrozeiro, que admite uma solução a partir da adaptação das festas para o online. “Eu acho que tem que ter esse mundo virtual e o Estado e as prefeituras não podem mais ficar esperando para entrar nesse mundo virtual, porque é a arma que nós temos nesse momento”, afirma. 

 

Enfático, Zelito lança questionamentos: “Esse ano o bicho já começou a pegar pra todo mundo, porque você já vai para dois anos sem faturamento. Imagine se Deus o livre essa pandemia atravessa 2022, e aí? Vai ser extinta a profissão de ator? Vai ser extinta a profissão de cantor? Vão ser extintas as profissões que mexem com plateia, com o público? É uma coisa que a gente tem que ter um pensamento, está na hora de todo mundo pensar sobre isso”. 

 

TARGINO GONDIM

 

Targino Gondim, por sua vez, classificou como “aterrador” o cenário, diante do segundo ano de São João cancelado. “Existem muitos, inúmeros artistas no Brasil todo e aqui na Bahia, que já sofrem durante esse tempo todo sem nenhum pouco de receita, só pedindo ajuda e sendo ajudado de diversas formas, mas sem nenhum tipo de dignidade, sem condição de exercer seu trabalho, sua profissão. E agora com essa notícia de cancelamento de São João, isso é horrendo”, avalia o forrozeiro. 

 

O músico conta que durante o período de “zero receita”, as transmissões online têm sido uma alternativa para continuar divulgando suas músicas. “É também uma forma de estar ajudando as pessoas com esse novo formato que se desenhou de ter que ficar mais em casa, de não poder sair, sem aglomeração. A gente vai ajudando para que as pessoas possam também sobreviver a tudo isso”, acrescenta o artista, que planeja para maio, junho e julho alguns shows virtuais com banda, para que possa criar alguma receita. Dentre os eventos online confirmados por ele estão as lives de Dia dos Namorados e de São João.

 

Um tanto quanto otimista, Targino diz ainda torcer para que a vacinação “venha com toda força” em 2021 e que a vida seja retomada com mais tranquilidade. “O coronavírus veio pra ficar essa certeza de que a gente precisa muito um do outro, que a gente precisa viver pensando sempre no próximo, e que a gente tem que se apegar menos à mesquinhez, a um pensamento único”, pondera. 

 

TRIO NORDESTINO


Nem mesmo o legado de 62 anos de trabalho blindou o Trio Nordestino da crise causada pela pandemia da Covid-19. Sem poder realizar shows, o grupo tem se mantido com os frutos da longa carreira, mas ainda assim precisou apertar os cintos. 

 

“Graças a Deus, a gente tinha outras rendas de composições, de gravações, acessos de Youtube, Spotify, e isso ajudou a gente a chegar até aqui. E a questão da nossa banda, os meninos também souberam se virar em questão de auxílio emergencial, Lei Aldir Blanc, então, claro que ficou ruim, mas deu para segurar. O impacto foi ruim, a gente teve que reduzir os custos ao mínimo possível, e não digo só com relação à banda, mas a questão familiar também. Esse ano que passou realmente foi muito difícil”, conta o empresário do grupo, Carlos Santana, conhecido como Coroneto por ser neto de Coroné, um dos fundadores do Trio Nordestino.

 

Na avaliação dele, a pandemia, que foi um baque na carreira do trio e chegou a atrapalhar o lançamento de um projeto em homenagem a Gilberto Gil, é o “maior acontecimento negativo na carreira de todo mundo”. Coroneto contou ainda que no início acreditou que o problema não se arrastaria por tanto tempo, mas, ao ver a segunda onda, percebeu estar equivocado. “Entrou a pandemia e a gente ficou ‘ah, daqui a pouco passa’, mas a coisa foi se agravando, e você sabe que o artista, por mais que você tenha reserva, o que tira e não repõe uma hora acaba”, pontua. 

 

Sobre a possibilidade de, neste ano, as tradicionais festas juninas serem realizadas, ele, que já integrou o Trio Nordestino, disse não existir esperança, sobretudo por conta do processo lento de vacinação. “Então eu acho que São João mesmo, presencial, igual a gente costumava fazer, não vai ter”, opina, revelando que apesar do revés, neste ano, diferente de 2020, o Trio Nordestino tem recebido convites para fazer lives para empresas. “Então, alguma movimentação vai ter. Igual ao ano passado, que foi zerado, com certeza não fica”, revela.

 

“Graças a Deus, a carreira do Trio é cheia de sucessos, eu acho que não existe uma banda de forró que nunca tocou o Trio Nordestino. E isso nos dá uma bagagem musical e cultural muito grande pra que realmente aconteçam coisas bacanas com a gente. Pelo fato da gente ter 62 anos e ter prestígio no meio do forró, pra gente fica um pouco mais fácil, ou menos pior. Mas a luta é diária pra conseguir alguma coisa”, conclui Coroneto, que aposta na esperança de que a vacina chegue e em breve o grupo possa voltar a fazer o que sempre fez: “levar alegria pro povo”. 

 

ADELMARIO COELHO

 

Para Adelmario Coelho, um dos principais motivos do agravamento da pandemia e a consequente crise que tem abatido o setor cultural é a má gestão do governo Bolsonaro. “Nós estamos aqui, infelizmente, por falta da liderança nacional. Podíamos estar em um outro patamar de imunização. Agora é o mundo que precisa de vacina e o Brasil imaginava que somente fosse ele que podia pegar vacina ali rapidinho. Não vai acontecer isso. São 8 bilhões de pessoas do planeta que precisam de vacina e quem se antecipou a isso, quem correu e acreditou na ciência - que deve ser por aí - evidentemente que está levando vantagem. Nós estamos vendo aí países na frente, quase que com sua população imunizada, e nós estamos chegando agora quase a 10%, com 210 milhões faltando ser vacinadas, é brincadeira isso? Então, o caminho a ser perseguido ainda é com muita luta, não tenha dúvida”, avalia o forrozeiro.

 

Sensibilizado com a conjuntura sanitária do país e também com a derrocada da economia criativa, ele disse a frase que abre a matéria: “Só mais arrasadora do que essa situação [dos forrozeiros], somente as mais de 350 mil mortes dos brasileiros. Com certeza é uma dor imensurável”. Segundo o músico, além de triste, o cenário de dois anos sem festas juninas é “devastador”.  

 

Na sua visão, é compreensível o cancelamento do evento, pois defende a ciência e vê como “nenhum pouco razoável” fazer aglomerações em um momento crítico. Apesar disso, ele destaca a necessidade de viabilizar alternativas. “Já vi aqui que já temos ratificado pelos prefeitos mais de 10 cidades que já cancelaram [as festas juninas] vendo esse cenário. Isso traz uma tristeza muito grande. Compreendemos, mas, evidentemente, sentimos, porque essa decisão afeta dramaticamente toda essa população que vive essencialmente desse período. O forró, por mais que a gente tente quebrar a sazonalidade, ainda é uma festa sazonal. E as festas juninas - Santo Antônio, São Pedro e São João -, digamos assim, são o ápice da sobrevivência dos seus defensores”, pontua.

 

 

Diante da importância desta manifestação cultural, Adelmario diz torcer para que prefeitos e governador viabilizem a realização do evento, ainda que em outro momento. “Esperamos que haja essa sensibilidade da gestão pública de contemplar - pelo motivo justificado do vírus nesses dois anos nas datas tradicionais - um evento fora da época. É preciso que seja feito isso, porque imagine aí você esperar 2022 apenas pra você ter uma festa que lhe dá sustentação financeira para o ano todo, é muito complicado”, diz o músico, salientando, no entanto, que tudo seja feito de forma prudente e responsável. "Pode ter certeza que a classe forrozeira também não quer isso, quer fazer a coisa com segurança”, afirma.

 

“Mesmo que não seja na dimensão do mês tradicional de junho, com as três festas, que se faça alguma coisa para dar oportunidade e pelo menos um alívio nessa cadeia produtiva, seja em setembro ou outubro. Acho que nada disso vai ferir absolutamente nada. É preciso que seja feita alguma coisa e não esperar 2022, porque tem gente passando fome aí”, reitera o artista, que só em junho de 2020 precisou cancelar mais de 30 shows e atualmente vive de reservas financeiras construídas ao longo de 27 anos de carreira artística, além da poupança adquirida com o trabalho anterior no Polo Petroquímico.

 

Sem novas receitas, Adelmario Coelho fala da dificuldade de amparar os mais de 40 pais de família que integram sua equipe. “É muito difícil, porque onde você não irriga, a fonte seca”, diz o músico, revelando que tem feito um “esforço muito grande” para, diante do cenário, ajudar seus funcionários. “Evidentemente que fizemos ajustes, tivemos que também tirar pessoas, porque não temos de onde, financeiramente, contrapor uma normalidade. Realmente somos impactados diretamente e aí ficamos impotentes”, conta o forrozeiro, que descarta as apresentações virtuais como alternativa. “Porque as lives não nos trazem rentabilidade, eu tive que investir pra poder fazer, pra poder dialogar com meu público. É muito importante falar com eles [os fãs], mas financeiramente, pelo contrário, eu tive que bancar para que fossem viabilizadas as lives”, lamenta. 

Artistas recebem 83% a menos em direitos no período junino de 2020 em comparação a 2019
Foto: Tacila Mendes / Secult

A pandemia do novo coronavírus, que afetou fortemente o setor cultural, teve um impacto enorme para os artistas relacionados aos festejos juninos. 

 

De acordo com dados divulgados pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), em 2020 foram distribuídos R$ 921 mil a artistas e compositores de todo o Brasil pelas apresentações no São João, realizadas em versão online. Ao todo, foram contemplados 7.601 compositores, músicos, intérpretes, editoras e gravadoras, que tiveram suas canções tocadas nos eventos juninos deste ano. 

 

Em comparação ao distribuído em 2019, houve uma queda de 83%, já que no ano anterior o Ecad distribuiu o total de R$ 5,5 milhões a 9.883 autores pelas músicas tocadas nas festas. 

 

Ainda segundo levantamento feito pela instituição, este ano a música mais tocada no período foi “Festa na Roça”  (Palmeira e Mário Zan), canção que lidera o ranking desde 2010. Em segundo lugar ficou “Olha pro céu” (Gonzagão/José Fernandes de Carvalho), seguida de “Pagode russo” (João Silva/Gonzagão), “Eu só quero um xodó” (Anastácia/Dominguinhos) e “Asa branca” (Humberto Teixeira/Gonzagão).
 

 

Confira o ranking das músicas mais tocadas nas Festas Juninas no Brasil em 2020:

Com pandemia, Ecad prevê queda de 80% em direitos para autores de músicas juninas
Foto: Rosilda Cruz/SecultBa

Com o avanço da pandemia do novo coronavírus por mais de cinco meses no Brasil, o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) prevê uma queda de aproximadamente 80% nos valores arrecadados e distribuídos para autores de músicas juninas.

 

De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, no ano passado o repasse para os artistas do gênero foi de R$ 5,5 milhões, referentes às obras executadas nas festas juninas. Este ano, no entanto, os músicos teriam recebido cerca de R$ 1,1 milhão.

 

Ainda segundo a coluna, o Ecad distribuiu R$ 690 milhões em direitos autorais? para artistas e compositores no geral, de janeiro a agosto de 2020, representando um aumento de 4% com relação ao ano anterior. Segundo a entidade, no entanto, grande parte do valor é referente à arrecadação de 2019 e do início de 2020, antes da pandemia.

Tradição interrompida: Quadrilhas juninas adiam para 2021 projetos cancelados por Covid
Foto: Caio Vinicius

Estilizadas ou tradicionais, as quadrilhas não irão desfilar nos principais circuitos juninos deste ano. Em razão da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) as cidades que sediam os festejos de São João, São Pedro e Santo Antônio tiveram suas comemorações suspensas por determinação do governo estadual. Algumas delas resolveram cancelar muito antes e se adiantaram em relação à decisão do governador Rui Costa (relembre aqui). 

 

Em Cruz das Almas, no Recôncavo, gritos de “anarriê” também não serão escutados nas quadras. De acordo com Benedito Paiva, presidente da quadrilha Mistura Gostosa, a agremiação foi pega de surpresa pela pandemia. Com 80% dos preparativos prontos, ele conta que o enredo deste ano traria a história de uma garota que tem a vida arrasada por uma aposta do pai, que a "perde" em um jogo de azar. 

 

"Íamos fazer uma viagem pelos jogos, a fé religiosa, a fé nos santos, mas tudo foi por água abaixo. Tínhamos as melhores expectativas. Havia um incentivo maior, estávamos dando alguns passos, íamos participar de concursos em mais de dez cidades do Recôncavo, no Sul do estado e pensávamos até em participar de competições em outros estados", relata o presidente da Mistura Gostosa, afirmando que apesar da não realização dos desfiles a agremiação não parou de fazer reuniões para "voltar com tudo" no próximo ano.

 

Semelhante à situação do grupo cruzalmense, a diretoria da Quadrilha Asa Branca, de Salvador, também continua trabalhando remotamente. A agremiação estava com 60% do projeto em execução e teve que parar quando viu que a pandemia não permitiria ao grupo seguir em frente. "Nosso processo de construção é dividido em cinco etapas e já tínhamos cumpridos três. No dia 13 de março a diretoria convocou assembleia extraordinária e suspendeu o trabalho por 15 dias, no dia 21 vimos que não daria para dar continuidade em decorrência da pandemia e suspendemos o nosso trabalho para o São João 2020", conta o diretor de marketing da quadrilha, Rarén Araújo. A Asa Branca tem em seu quadro mais de 200 colaboradores que auxiliam diretamente e indiretamente na execução dos trabalhos.

 


Foto: Caio Vinícius | Quadrilha Asa Branca

 

Conforme aponta o Fórum Permanente de Quadrilhas Juninas, a situação dos grupos baianos não difere das outras no resto do país, que paralisaram as suas atividades coletivas como ensaios, produções e apresentações. "Os trabalhos temáticos, ou seja, a construção dos espetáculos, foram guardados para 2021. Algumas atividades internas já tinham sido iniciadas, a exemplo da produção de figurinos, cenários, adereços, composições coreográficas e musicais, o que significa a compra de materiais diversos e a contratação de profissionais para a realização das mesmas", relatou Soiane Gomes, representante do fórum, ao Bahia Notícias. 

 

Não há um número exato de agremiações na Bahia, mas só no último Campeonato Estadual de Quadrilhas Juninas da Bahia, organizada pela Federação Baiana de Quadrilhas (FEBAQ) em parceria com a Bahiatursa, no ano passado, participaram 43 grupos que utilizam da linguagem artística popular - todos eles associados à FEBAQ.

 

O fórum reclama que as agremiações, mesmo as associadas, não tiveram nenhum plano emergencial de auxílio ou ações compensatórias pelos recursos investidos por parte da federação ou pelo poder público. Tudo o que tem sido feito para dar apoio aos integrantes das agremiações tem acontecido de maneira independente pelos próprios grupos.

 

Tal falta de apoio tem trazido implicações negativas para o cenário artístico. Isso é o que explica Vilma Soares, presidente da Associação de Quadrilhas de Feira de Santana. "A realidade das quadrilhas de Feira é uma das piores, por falta de apoio do poder público e também empresarial elas estão cada vez mais extintas", explica. Este ano, a entidade voltaria a realizar uma competição anual, que estava sendo articulada desde janeiro, o "Arraiá de Santana".

 


Foto: Reprodução | "Arraiá de Santana", na quadra do Sesc Feira de Santana

 

O QUE ESTÁ POR VIR
Mesmo com a suspensão dos festejos, o sentimento geral dos representantes das quadrilhas que conversaram com o Bahia Notícias é de que a interrupção das apresentações e da preparação foi a melhor alternativa.

 

"Apesar da tristeza por não ter um São João, temos que ter responsabilidade com o próximo e entender que a vida vale mais do que o festejo. É preciso nos cuidar agora para estarmos juntos no futuro", contou Ráren, da Asa Branca, que vai realizar um festival solidário virtual no próximo dia 26 para arrecadar cestas básicas a serem destinadas aos seus brincantes.

 

O meio virtual como alternativa também foi escolhido pela Quadrilha Raízes do Iguape, que vai realizar uma live para falar sobre a sua história no próximo dia 30 de junho. 

 

O QUE DIZ A BAHIATURSA
Procuramos a Bahiatursa. À reportagem, o órgão de fomento ao turismo do governo do estado admitiu não ter "uma verba destinada a este tipo de projeto". "No entanto, estamos atentos a solicitação do fórum [de quadrilhas] e estudando possíveis ajudas", acrescentou.

Covid-19: Prefeitura de Euclides da Cunha cancela Arraiá do Cumbe
Foto: Divulgação

Euclides da Cunha, no Semiárido, é mais um município baiano a cancelar os festejos juninos em virtude da pandemia do coronavírus (clique aqui e veja outras cidades atingidas pela crise). 

 

O anúncio foi feito pelo prefeito Luciano Pinheiro, na noite desta terça-feira (7), em sua live semanal.  “Nós sabemos da importância que é o Arraiá do Cumbe hoje no cenário de festas juninas da Bahia, de impulsionamento da economia com geração de emprego e renda, mas no momento dessa grave crise epidemiológica, temos que pensar na vida das pessoas”, explicou o gestor municipal.

 

O prefeito informou ainda que os recursos que seriam investidos na festa serão usados na compra de equipamentos de proteção individual para os profissionais de saúde do município e para ajudar as famílias carentes a sobreviver durante a pandemia. 

Festas Juninas: Governo paga R$ 900 mil por shows em São Sebastião sem licitação
Foto: Reprodução / Facebook

As festas juninas realizadas este ano, na capital e interior da Bahia, custaram aos cofres públicos do Estado mais de R$ 13 milhões, entre edital (R$ 6,5 milhões) e dispensas de licitação (R$ 7.431.000). O número foi calculado pelo Bahia Notícias, a partir dos valores repassados por meio de seleção pública, somados aos dados publicados pela Superintendência de Fomento ao Turismo do Estado da Bahia (Bahiatursa), em cinco edições do Diário Oficial do Estado, desde as versões de 21 e 23 de junho até este sábado (1º) (veja aqui) e esta quarta-feira (4) (clique aqui), dentro do projeto “São João da Bahia e Demais Festas Juninas 2017”. Nesta quarta, mais R$ 139 mil foram registrados para o pagamento de cachês em Salvador, Conde e São Sebastião do Passé. Este último, em números absolutos, foi o segundo município que mais recebeu verbas da Bahiatursa para a realização de suas festas: R$ 900 mil, para 21 shows. Se a verba fosse dividida para os pouco mais de 45,6 mil habitantes de São Sebastião do Passé - de acordo com o censo do IBGE de 2016 -, o investimento do Estado seria de quase R$ 20 mil por pessoa da cidade, que é gerida pelo prefeito da base do governador, Dr. Breno (PSD). Salvador ficou em primeiro lugar na lista de cidades apoiadas pela Bahiatursa: só na capital, 53 atrações somaram investimento de R$ 2,438 milhões em cachês. Itabuna ficou em terceiro lugar, com R$ 310 mil para três apresentações. Valença, teve investimento de R$ 215 mil por cinco shows; e Ilhéus, R$ 195 mil para contratar três apresentações. O Bahia Notícias procurou a Bahiatursa para questionar qual foi o critério para a escolha dos municípios beneficiados, mas até a publicação desta matéria não houve resposta.

 

Confira a lista das cidades que, até então, receberam verbas da Bahiatursa por inexigibilidade de licitação:

Salvador: R$ 2.438.000 (53 shows)
São Sebastião do Passé - R$ 900 mil (21 shows)
Itabuna - R$ 310 mil (3 shows)
Valença - R$ 215 mil (5 shows)
Ilhéus - R$ 195 mil (3 shows)
Santo Antônio de Jesus - R$ 185 mil (3 shows)
Itaparica - R$ 175 mil (5 shows)
Muniz Ferreira - R$ 175 (4 shows)
Ibicuí - R$ 157 mil (4 shows)
Eunápolis - R$ 150 mil (1 show)
Irecê - R$ 150 mil (1 show)
Cairú - R$ 145 mil (3 shows)
Conde - R$ 134 mil (3 shows)
Jequié - R$ 130 mil (1 show)
Ipiaú - R$ 120 mil (1 show)
Maracás - R$ 100 mil (2 shows)
Brejões - R$ 85 mil (2 shows)
Iaçu - R$ 85 mil (2 shows)
Mucugê - R$ 80 mil (1 show)
Ibicoara - R$ 50 mil (1 show)
Araci - R$ 50 mil (2 shows)
Maraú - R$ 50 mil (1 show)
Tanque Novo - R$ 50 mil (1 show)
Planaltino - R$ 50 mil (1 show)
Senhor do Bonfim - R$ 45 mil (2 shows)
Utinga - R$ 40 mil (1 show)
Laje - R$ 40 mil (1 show)
Simões Fiho - R$ 35 mil (1 show)
Candeiras - R$ 35 mil (1 show)
Jussiape - R$ 35 mil (1 show)
Entre Rios - R$ 30 mil (1 show)
Amargosa - R$ 25 mil (1 show)
Coração de Maria - R$ 20 mil (1 show)
Ouriçangas - R$ 20 mil (1 show)
Aratuipe - R$ 18 mil (1 show)
TOTAL: 38 municípios – R$ 7.431.000

Festas Juninas: Após pagar R$ 3 mi em cachês, Bahiatursa divulga novos gastos de R$ 940 mil
São Sebatião do Passé se destacou na lista | Foto: Reprodução / Facebook

A Superintendência de Fomento ao Turismo do Estado da Bahia (Bahiatursa) publicou, nesta terça-feira (4), no Diário Oficial do Estado, uma segunda lista de contratos firmados com artistas que se apresentaram nas festas juninas da Bahia, por dispensa de licitação (clique aqui). Somando-se aos R$ 3.139.500 já registrados anteriormente (clique aqui), a pasta pagou mais R$ 940 mil em cachês para shows em 10 municípios do interior. A cidade com o investimento mais generoso nesta segunda lista foi São Sebastião do Passé, que ganhou R$ 350 mil para pagar por apresentações de Passa Pé (R$ 35 mil), Fernando Ferraz (R$ 50 mil), Maíra Cajé (R$ 50 mil), Diego Vieira (R$ 50 mil), Kimimo do Forró (R$ 50 mil), Astros do Forró (R$ 50 mil), Cida Martinez (R$ 35 mil) e Vanera e Banda (R$ 30 mil). Na lista anterior a cidade já havia recebido apoio para custear shows de Rode Torres (R$ 50 mil), Amanda Santiago (R$ 50 mil), Jheovanne (R$ 40 mil), Genard (R$ 25 mil) e Universo Kids (R$ 25 mil). Outros municípios beneficiados foram Laje Muniz Ferreira, Jussiape, Brejões, Tanque Novo, Cairú, Simões Filho, Eunápolis e Valença. 

 

Veja a lista publicada no DOE desta terça-feira (4), com as cidades, artistas e valores pagos pela Bahiatursa:

R$ 40 mil - Kiko Salli - Brejões
R$ 45 mil - Kartlove - Cairú
R$ 150 mil - Bell Marques - Eunápolis
R$ 35 mil - Menina Forrozeira - Jussiape
R$ 40 mil - Kiko Salli - Laje
R$ 50 mil - Norberto Curvelo - Muniz Ferreira
R$ 35 mil - Menina Forrozeira - Muniz Ferreira
R$ 60 mil - Trio Forrozão - Muniz Ferreira
R$ 35 mil - Passa Pé - São Sebastião do Passé
R$ 50 mil - Fernando Ferraz - São Sebastião do Passé
R$ 50 mil - Maíra Cajé - São Sebastião do Passé
R$ 50 mil - Diego Vieira - São Sebastião do Passé
R$ 50 mil - Kimimo do Forró - São Sebastião do Passé
R$ 50 mil - Astros do Forró - São Sebastião do Passé
R$ 35 mil - Cida Martinez - São Sebastião do Passé
R$ 30 mil - Vanera e Banda - São Sebastião do Passé
R$ 35 mil - Nando Borges - Simões Filho
R$ 50 mil - Filomena Bagaceira - Tanque Novo
R$ 50 mil - Valença Junina 2017 - Valença


No DOE desta terça (4), a Bahiatursa retificou a publicação sobre o contrato firmado com Teus Santos na cidade de Entre Rios, em 1º de julho. No sábado (1º) constavam dois shows do artista no mesmo dia e no mesmo município, com cachês nos valores de R$ 30 mil e R$ 90 mil. Já o texto atualizado consta o pagamento de R$ 30 mil por uma apresentação. 


(clique para ampliar a imagem)

 

Com a correção no pagamento para Teus Santos, o valor da primeira lista cai para R$ 3.049.500. Deste modo, os valores publicados, tanto no DOE no último sábado (1º) como nesta terça-feira (4), totalizam 3.989.500, que não fazem parte do edital de seleção pública realizado pela Bahiatursa, que distribuiu mais de R$ 6,5 milhões entre 87 municípios baianos para auxiliar nos festejos juninos (clique aqui).

Sem licitação, cachês pagos pela Bahiatursa em festas juninas somam mais de R$ 3 milhões
Aviões do Forró e Matheus e Kauan foram os mais bem pagos | Foto: Divulgação

O investimento do governo baiano com o pagamento aos artistas que animaram as festas juninas, na capital e interior, somou o valor de R$ 3.139.500. Os números e os contratos firmados com inexigibilidade de licitação, pela Superintendência de Fomento ao Turismo do Estado da Bahia (Bahiatursa), foram divulgados na edição de sábado (1º) do Diário Oficial do Estado (clique aqui e confira a publicação). Aviões do Forró e Matheus e Kauan que tocaram, respectivamente, nos municípios de Itabuna e Irecê, receberam os maiores cachês, no valor de R$ 150 mil cada. O forrozeiro Dorgival Dantas ficou logo atrás, tendo recebido R$ 130 mil por um show em Jequié. O terceiro maior cachê é de Léo Santana, que recebeu R$ 120 mil para tocar em Ipiaú. Outro cachê com três dígitos foi para Saulo, que se apresentou em Salvador por R$ 100 mil. O mesmo valor foi pago por cada um dos shows que Simone e Simária fizeram no interior baiano: um em Ilhéus e outro em Ibicuí. Confira a tabela completa organizada por artistas (veja aqui), valores de cachê (veja aqui) e cidades que receberam os shows (veja aqui). Os valores publicados no DOE deste sábado não fazem parte do edital de seleção pública feito pela Bahiatursa, que distribuiu mais de R$ 6,5 milhões entre 87 municípios baianos para auxiliar nos festejos juninos (relembre aqui).

Alcymar defende Elba e ataca ‘breganejo’ de Marília Mendonça: ‘Vão se danar!’
Fotos: Divulgação

Após Marília Mendonça dar indiretas a Elba Ramalho (clique aqui) e demais artistas contrários à entrada do sertanejo nas festas juninas (clique aqui), o cantor e compositor cearense Alcymar Monteiro resolveu entrar na briga pelas tradições nordestinas. “Essa senhora não tem autoridade pra falar nada. Como é que ela vem falar que aqui é lugar de sertanejo? Isso é um 'breganejo' horroroso pra cachaceiro, pra quem não tem identidade”, disse ele em um áudio divulgado em um grupo de WhatsApp do qual fazem parte representantes do forró. “Dona Marília Mendonça, você é lá de Goiás, vá cantar lá no seu Goiás! Não vem encher o saco da gente aqui não, entendeu? Esse brega horroroso que você canta é coisa pra cachaceiro, pra pessoa sem amor, sem carinho, sem identidade, entendeu? Por favor, ponha a sua mão na consciência. Você vem lá de Goiás invadir nossa praia. Agora vê se a gente canta lá no teu Goiás. Vocês não deixam. Então, é horrível, não gosto, é de mau gosto, não tem nada a ver! Querem acabar com nossas tradições, vão se danar e deixem a gente em paz!”, disparou o forrozeiro, anunciando que iria baixar o nível. “Não venha aqui no nosso terreiro querer cantar de galo não, viu? Aqui quem canta de galo é galo, galinha aqui não canta não, entendeu bem? Tá certo?”, prosseguiu Alcymar, destacando que “essa porcaria” que ela canta não é sertanejo. “Isso é 'breganejo'! Sertanejo é Tonico e Tinoco, sertanejo é Tenda Branca e Xavantinho, que eu não sou bobo não, eu conheço o que é música boa. Sua música é horrorosa! Você não tá com nada, entendeu?”, disse o cantor cearense, rebatendo a declaração de Marília, que no fim de semana afirmou: "Vai ter sertanejo no São João sim, viu? Porque quem quer é o público. Então, muito obrigada por me abraçarem. Sei que vocês gostam mesmo é de música boa. Não importa o estilo". As críticas de Alcymar Monteiro não pararam por aí: “Você canta pra cachaceiro, eu canto pra família, eu canto para as crianças, para os velhos. Eu sou descendente de Luiz Gonzaga, nos respeite, entendeu?”, defendeu o artista nordestino. “Não fale mal de Elba Ramalho não, que você não tem autoridade pra isso, entendeu? Deixa a gente em paz, vão se danar!”, concluiu. 

 

Confira o áudio completo:

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Quem acompanhou a Faroeste viu o que um pseudo cônsul pode fazer. Na história de Porto Seguro, tem dois verdadeiros. Imagine o que ainda não vai render. E olha que a história nem chegou em Salvador. Mas a vida segue também fora do Judiciário. Por exemplo: o Soberano está cada vez menor, enquanto o Ferragamo está cada vez mais investindo em um perfil "pau pra toda obra" (lá ele!). Mas se o Dois de Julho não foi lá tão bonito, tem coisa ainda mais triste fora do cortejo. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Luciano Simões

Luciano Simões
Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".

 

Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis. 

Podcast

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira
O deputado estadual Luciano Simões Filho (União) é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira (15). O podcast é transmitido ao vivo a partir das 16h no YouTube do Bahia Notícias.

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