festejos 2 de julho

O deputado estadual Zé Raimundo (PT) relembrou o processo histórico que marca a independência do Brasil na Bahia durante a caminhada do 2 de Julho em Salvador, neste domingo.

"O 2 de Julho é a data mais expressiva da nossa independência. Claro que São Paulo, o 7 de setembro, naquele momento ali foi o chamado grito do Ipiranga. Mas de fato a independência ela foi um processo popular. Mesmo antes do 7 de setembro as tropas portuguesas já estavam na Bahia e foi esse movimento que levou ao 7 de setembro e posteriormente o exército colonial veio para a Bahia para tentar dividir o Brasil. E aqui a resistência popular, uma clareza dos projetos em jogo. Um grupo que queria permanecer com Portugal com o imperador, um grupo que queria a república e um grupo que queria manter o Brasil colonizado. Foi o povo da Bahia que consolidou o processo de independência. É uma festa popular independente de qualquer ideologia, é o povo que assume isso enquanto identidade brasileira", comentou o parlamentar.

O governador da Bahia Jerônimo Rodrigues (PT) rebateu a declaração feita pelo prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), na manhã deste domingo durante os festejos do 2 de Julho na capital baiana. Ao justificar a retração populacional exposta pelo censo do IBGE, o gestor municipal apontou que a motivação para o movimento de saída de Salvador passa pela violência na cidade. Em resposta, Rodrigues afirmou que não vai tratar do tema dessa forma e disse não ser "ave de agouro" para colocar a culpa em outras figuras políticas.

"Eu sou o governador da Bahia, eu não vou tratar o tema de perda de população de nenhum município dessa forma, eu vou trabalhar e também quero que os prefeitos trabalhem para a gente poder não perder. Eu não sou ave de agouro para ficar botando culpa em prefeito, governador ou presidente. Eu vou trabalhar para ajudar os municípios", comentou ao ser questionado pelo Bahia Notícias.

De acordo com o IBGE, em 31 de julho de 2022, a capital baiana tinha 2.418.005 habitantes. Com uma redução de 9,6% na sua população frente a 2010, o que representou menos 257.651 moradores em 12 anos, a capital baiana passou a ser o 5º município mais populoso do Brasil.

"O que eu tenho visto é pessoas saindo da cidade por conta da violência que é cada vez maior. E muitos recenseadores não conseguiram chegar efetivamente nas casas das pessoas porque a polícia não garantiu que eles pudessem entrar em virtude da guerra do tráfico, do comando do tráfico e das barreiras que existem hoje nos bairros que inclusive impede as pessoas de irem visitar suas famílias", disse o prefeito na manhã deste domingo (2).

Figurinha carimbada no 2 de Julho, evento que marca a Independência do Brasil na Bahia, ACM Neto (União) decidiu não participar dos festejos em 2023. De acordo com Bruno Reis, atual prefeito de Salvador, o correligionário avaliou que esse ano não deveria participar. 

"Ele avaliou que esse ano não deveria participar e nós estamos aqui com nosso time todo fazendo nosso trabalho", disse.

Pasta responsável por garantir a chegada da população aos festejos do 2 de Julho com maior celeridade, a Secretaria de Mobilidade de Salvador repetiu em 2023 a operação de trânsito realizada em outros anos. De acordo com Fabrizzio Muller, titular da Semob, a operação é aprimorada ao longo dos anos.

"Do ponto de vista da mobilidade operação rodando muito bem, operação já consolidada, todos os anos a mesma operação, as pessoas estão acostumadas com a operação. É uma operação de mobilidade para que as pessoas possam vir aproveitar com total segurança e fluidez a chegada aqui na região. Do ponto de vista político é importante uma data como essa, representatividade enorme, 200 anos da nossa independência e você vê as ruas cheias, eu nunca vi tão cheio", disse.

Marcando presença nos festejos do 2 de Julho em Salvador neste domingo, o deputado federal Waldenor Pereira elencou desafios que o presidente Lula tem pela frente para concretizar a independência do Brasil. O parlamentar também criticou o cenário deixado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

"Eu considero que infelizmente a independência há por ser feita. O governo Bolsonaro fez o Brasil retornar ao mapa da fome, 33 milhões de brasileiros que se encontram na extrema miséria, são enormes os desafios do nosso governo, do presidente Lula para recuperar as políticas públicas, os programas sociais que comprovadamente vinham melhorando a vida do povo brasileiro", disse.

"Estamos comemorando essa data porque a Bahia teve um papel fundamental, tanto é que agora comemoramos os 200 anos na Bahia e na expectativa que seja momento de reflexão do povo a respeito do que ainda há para fazer para a conquista da independência de fato, estamos esperançosos que esse retorno do presidente Lula representa uma esperança", acrescentou.

Para o deputado federal Bacelar (PV) os festejos do 2 de Julho em 2023 tem um sabor especial. De acordo o parlamentar, a data serve como momento de reafirmar a "importância dessa luta para consolidação do Brasil enquanto uma nação".

"Esse é um ano ímpar, porque marca os 200 anos que os baianos vão às ruas para celebrar o nosso triunfo pela expulsão das tropas portuguesas. É também o momento de reafirmar a importância dessa luta para consolidação do Brasil enquanto uma nação. E é uma tradição nossa, é essa mistura da população, dos diversos segmentos da população, é essa alegria e clima patriótico que toma conta do estado e especialmente de Salvador", disse o deputado no Largo da Lapinha neste domingo.

Presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, Carlos Muniz (PSDB) ressaltou a importância do povo baiano no 2 de Julho, data que em 2023 marca os 200 anos da Independência do Brasil na Bahia. "Muito orgulho pois o povo baiano mostra a todo povo brasileiro e do mundo a importância que teve na independência, é uma festa de comemorar a data com o povo da Bahia", disse.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou o trajeto do 2 de Julho por volta das 9h40 neste domingo, nas imediações da Soledade. Ao lado do governador Jerônimo Rodrigues (PT), da primeira dama Janja da Silva e das ministras Anielle Franco (Igualdade Racial) e Margareth Menezes(Cultura), Lula fará o percurso em uma caminhonete.

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Foto: Leonardo Valente / Bahia Notícias

Foto: Dinaldo Silva / Bahia Notícias

Vereador e líder do governo Bruno Reis na Câmara de Salvador, Kiki Bispo (União) espera que a caminhada do 2 de Julho confirme a popularidade e boa avaliação do prefeito registrada nas últimas pesquisas de opinião pública. Neste domingo, os festejos pelos 200 anos da Independência do Brasil na Bahia servem também como um "termômetro político" já com a eleição de 2024 no horizonte.

"Nossa expectativa é que a gente possa ratificar as últimas pesquisas que colocou o prefeito Bruno Reis como o mais avaliado do país. Essa é a tendência, a gente já percebe os movimentos favoráveis e espero que seja confirmada nesta caminhada cívica de liberdade em prol da democracia", comentou Kiki em entrevista ao Bahia Notícias.

Além disso, o líder do governo avaliou o fim do primeiro semestre de trabalho na Casa Legislativa e projetou a segunda metade do ano. Segundo o vereador, a relação cordial na CMS deve permanecer, em especial com o presidente Carlos Muniz.

"Foi um primeiro semestre produtivo, conseguimos aprovar todas as matérias do Executivo a unanimidade, fruto de uma delegação do próprio prefeito de dialogar com todas as bancadas. E sobretudo um alinhamento sempre constante com a base do governo e o segundo semestre a gente espera que seja na mesma linha. A gente espera manter a relação cordial com a Câmara, com o presidente Carlos Muniz porque quem ganha com isso é a cidade", comentou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já está em Salvador para acompanhar as celebrações do 2 de Julho, que em 2023 marcam os 200 anos da Independência do Brasil na Bahia. Lula foi recepcionado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), pelos senadores Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PSD), e pela ministra da Cultura Margareth Menezes.

Presidente Lula desembarca em Salvador para a comemoração dos 200 anos de Independência do Brasil na Bahia

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Diante da divulgação do censo de 2022, que apontou uma retração de quase 10% na população soteropolitana, o prefeito da capital baiana Bruno Reis (União) avaliou que a motivação para o movimento é a violência registrada em Salvador. O gestor municipal afirmou, inclusive, que recenseadores não teriam conseguido acessar áreas da cidade em função da guerra do tráfico de drogas.

"O que eu tenho visto é pessoas saindo da cidade por conta da violência que é cada vez maior. E muitos recenseadores não conseguiram chegar efetivamente nas casas das pessoas porque a polícia não garantiu que eles pudessem entrar em virtude da guerra do tráfico, do comando do tráfico e das barreiras que existem hoje nos bairros que inclusive impede as pessoas de irem visitar suas famílias", disse o prefeito na manhã deste domingo (2).

De acordo com o IBGE, em 31 de julho de 2022, a capital baiana tinha 2.418.005 habitantes. Com uma redução de 9,6% na sua população frente a 2010, o que representou menos 257.651 moradores em 12 anos, a capital baiana passou a ser o 5º município mais populoso do Brasil.

Momentos antes da cerimônia de hasteamento das bandeiras no Largo da Lapinha, durante os festejos do Bicentenário da Independência da Bahia no Brasil, Bruno Reis também falou sobre a importância da data. "Que essa data histórica sirva de inspiração para nos dar coragem, força, para seguir transformando nossa cidade. Que nosso povo se inspire nos heróis do 2 de Julho para realizar seus sonhos e conquistas", disse ao Bahia Notícias.

"Eu venho para rua prestar as homenagens para a história, agradecer aos heróis da independência. Se hoje o Brasil é essa democracia foi por conta desse momento. Estou de bem com a vida, de bem com as pessoas, tenho certeza que durante o percurso a gente terá oportunidade de receber o carinho das pessoas", acrescentou.

Além disso, o prefeito evitou mais uma vez falar sobre as eleições de 2024, onde ele é apontado como um candidato natural à reeleição. Bruno garantiu que ao andar diariamente por Salvador não tem visto a população tratar sobre o assunto. Ele também comentou a ausência do ex-prefeito ACM Neto na festa: "Ele avaliou que não deveria participar esse ano e eu respeito a decisão e estamos aqui todo nosso time para jogar tapete azul na avenida do 2 de Julho".

No Largo da Lapinha, em Salvador, para acompanhar os festejos que marcam o Bicentenário da Independência neste domingo (2), o secretário de Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Felipe Freitas, avalia que o 2 de Julho é a maior festa da democracia no estado. Segundo o titular da SJDH, a data "celebra o encontro do país com seu próprio sentido".

"É um momento importante de revisitar nosso projeto nacional e de pensar olhando para o passado quais são os nossos desafios do futuro em termos de construção da igualdade e da justiça. Fizemos junto com o projeto Neojiba um encontro de bandas escolares que teve como tema o Bicentenário da Independência, fizemos um bom debate com as bandas escolares que é uma experiência importante de cultura e educação nas escolas baianas sobre esse legado das lutas pela independência e além disso estamos aqui hoje com toda nossa equipe acompanhando a festa, como tem sido o nosso trabalho em grandes festas populares e nessa com significado especial, essa é talvez a festa maior da justiça, da democracia e dos direitos humanos do nosso estado porque é a festa que celebra esse nosso encontro do país com seu próprio sentido", disse em entrevista ao Bahia Notícias.

Felipe Freitas também comentou que a luta da independência é constante e afirmou que o Brasil ainda precisa dar "gritos de independência" ao criticar o ex-presidente Jair Bolsonaro. "Certamente independência é uma luta constante, a gente tem que continuar lutando sempre para que ela prospere, cresça e existem outros gritos de independência que o Brasil precisa dar hoje, temos a luta contra o superendividamento, para recompor a agenda de direitos humanos que foi desfeita nos últimos quatro anos pelo governo Bolsonaro", avaliou.

"A luta para que os crimes cometidos nos últimos anos pelo governo federal sejam punidos, acho que uma parte desse grito de independência foi dado com a decisão do TSE que tornou inelegível o ex-presidente. É uma luta constante, hoje celebramos os espaços dados e fazendo a agenda dos próximos", finalizou o secretário.

Apontado como um dos nomes para disputar a prefeitura de Salvador em 2024 pelo grupo do governador Jerônimo Rodrigues (PT), o ex-vereador e presidente da Conder, José Trindade (PSB), preferiu não falar sobre política na concentração dos festejos do 2 de Julho, na manhã deste domingo, em Salvador. A data marca os 200 anos da Independência do Brasil na Bahia e reúne milhares de pessoas no Largo da Lapinha para o cortejo cívico.

"Expectativa maravilhosa, 200 anos da nossa independência. Hoje aqui a gente não fala sobre política, hoje é homenagear nossos heróis e nossas heroínas. Nosso grupo é forte, um grupo político unido e que tem buscado transformar a vida das pessoas. Seja na inclusão, dignidade, da justiça social, em busca de tornar sonhos em realidade", resumiu ao BN.

Trindade também comentou a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no 2 de Julho pelo segundo ano consecutivo - em 2022 ainda como candidato Lula veio à Salvador para as festividades.

"Mostra a importância da Bahia nesse processo todo de reconstrução do Brasil com a vinda do presidente Lula mais uma vez aqui. Não só trazendo esse movimento cívico, trazendo essa participação política dele, mas trazendo grandes realizações. Essa semana nós temos o  anúncio da fábrica da BYD. A Bahia está mostrando seu protagonismo mais uma vez", disse.

"As eleições de 2024 ficam para o ano que vem". Esse foi o comentário do deputado federal Leo Prates (PDT) ao ser questionado sobre o próximo pleito municipal. O tom se assemelha ao de outros políticos baianos que têm evitado projetar o futuro próximo em declarações à imprensa. Presente nos festejos do 2 de Julho em Salvador, neste domingo, o parlamentar disse ao Bahia Notícias que está focado em sua atuação em Brasília.

"Eu estou muito grato a tudo que conquistei na vida. As eleições de 2024 ficam para o ano que vem, eu acho que esse é o momento de construir políticas públicas que possam transformar a vida das pessoas, eu sempre digo que os cargos públicos que ocupei e ocupo com muita humildade foi pela generosidade do povo de Salvador e da Bahia, de Deus e da oportunidade que ACM Neto me deu, e do meu trabalho. Esse ano estou focado em trabalhar e orgulhar a Bahia em ser um bom deputado federal. E onde o povo da Bahia me levar eu já tenho a agradecer", comentou.

Um dos principais nomes do PDT baiano, Leo Prates também afastou qualquer possibilidade de rusga dentro do partido e enalteceu o nome de sua correligionária Ana Paula Matos, atual vice-prefeita de Salvador e secretária de Saúde do município.

"Ana Paula Matos é uma grande amiga, eu quero lembrar que em 2020, as principais peças que fizeram a articulação para o PDT apoiar Bruno Reis foi o presidente Félix Mendonça e eu, nós inclusive naquele momento da pandemia meu nome estava colocado e eu retirei e abracei o nome da Ana Paula, ela tem qualidades, a nossa amizade. Agora eu volto a dizer, política a gente discute no ano que vem. Da minha parte meu coração é limpo, só emana amor", disse.