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Artigos

Paulett Furacão
Quarto dos Fundos
Foto: Maísa Amaral / Divulgação

Quarto dos Fundos

Toda a tragédia que foi velejada pelos mares do Atlântico, ancorou erroneamente nas águas da ambição para construir um modelo de país que decidiu projetar um futuro de expugnação exclusiva, buscando através da escravidão das raças o seu principal atrativo. Após a bem-sucedida invasão do patriarcado europeu a poderosa fonte inesgotável de riquezas, chamada Pindorama, mais tarde rebatizada pelos invasores de Brasil, dizimou os povos originários, sequestrou as realezas africanas e perpetuou um sistema capitalista e higienista que perdura hodiernamente.

Multimídia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (17), o vereador soteropolitano André Fraga (PV), comentou sobre a falta de representação da militância ambientalista no legislativo baiano. “Houve um equívoco na forma como [o partido] se comunica”. “Toda pauta ambiental é o ‘segundo time’. Todo mundo fala muito bem, mas na hora de votar esquece. Eu acho que houve um equívoco do movimento ambientalista, de forma geral, na forma como se comunica”, afirma. 

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

filhos de gandhy

Afoxé Filhos de Gandhy recebe homenagem pelos 75 anos de história em sessão solene na Câmara
Foto: Fred Pontes/ Patrick Souza/ Ag. Fred Pontes/ Bahia Notícias

O bloco Afoxé Filhos de Gandhy será homenageado em uma sessão solene na Câmara dos Deputados, em Brasília, na terça-feira (14). O momento marca uma celebração aos 75 anos de um dos maiores e mais tradicionais afoxés do país.

 

A homenagem, uma iniciativa do deputado federal Jorge Solla (PT-BA), acontecerá a partir das 11h no Plenário Ulysses Guimarães da Casa Legislativa.

 

No início do ano, dias após o fim do Carnaval, o bloco celebrou o aniversário de 75 anos com uma série de eventos na capital baiana. A festa contou com missa na Igreja Rosário dos Pretos e shows de Gerônimo, Virgílio Forrozeiro e as bandas Filhos de Gandhy e Samba Trator.

 

Esta não é a primeira vez que o afoxé é homenageado na Câmara. Em 2019, quando completou 70 anos, o bloco foi exaltado no plenário. Na época, a solenidade foi proposta pelos deputados Daniel Almeida (PCdoB-BA) e João Roma, que integrava o PRB.

 

BUSCA PELO REGISTRO COMO PATRIMÔNIO IMATERIAL DA BAHIA
Fundado em 18 de fevereiro de 1949 por um grupo de trabalhadores negros do cais do Porto de Salvador, os Filhos de Gandhy surgiram como uma entidade afro-brasileira, inspirada pela filosofia de paz, igualdade e resistência de Mahatma Gandhi.

 

Em 1951, o grupo foi transformado em afoxé, adotando o Candomblé como referência religiosa e incorporando o agogô em seus cânticos de ijexá na língua iorubá. Atualmente, com aproximadamente 100 mil associados, o bloco está entre as mais importantes manifestações artísticas e religiosas da cultura do Brasil, e busca o registro especial como Patrimônio Imaterial da Bahia.

 

A Secretaria de Cultura do Governo do Estado da Bahia deu entrada no processo no início do ano. De acordo com o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado da Bahia (Ipac), o registro de bens culturais de natureza imaterial é uma forma de identificação e produção de conhecimento sobre o bem cultural, de forma a permitir a continuidade dessa forma de patrimônio.

 

Em 2010, o Desfile dos Afoxés foi reconhecido como patrimônio cultural imaterial da Bahia, em um decreto assinado pelo governador Jaques Wagner.

 

Fora da Bahia, o grupo carioca Associação Cultural Recreativa Afoxé Filhos de Gandhi, inspirado no Afoxé Filhos de Gandhy, foi declarado Patrimônio Cultural de natureza imaterial do Rio de Janeiro no início do ano.

Depois de Jerônimo no Campo Grande, Bruno Reis sai com o Gandhy na Barra/Ondina
Foto: Vitor Hernandes / Bahia Notícias

O prefeito Bruno Reis (União Brasil) desfilou junto com o afoxé Filhos de Gandhy nesta segunda-feira (12), no circuito Dodô (Barra/Ondina). O líder do executivo soteropolitano esteve acompanhado do secretário de Cultura, Pedro Tourinho. 

 

Na saída do bloco, Bruno integrou o momento em que as pombas da paz foram soltas ainda perto do Farol da Barra. "Sem sombra de dúvidas é um dos momentos mais marcantes do carnaval, ver esse tapete branco é uma vista deslumbrante, é uma tradição já eu participar da saída do Gandhy que esse ano completa 75 anos. Uma grande tradição do carnaval e hoje toma conta das ruas da Barra/Ondina levando essa energia que só o Gandhy tem", afirmou o prefeito. 

 

Um dia antes, neste domingo (11), quem participou da passagem do Gandhy, também em cima do trio, foi o governador Jerônimo Rodrigues (PT), vice-governador Geraldo Jr. (MDB) e o secretário de Cultura do Estado, Bruno Monteiro. 

 

Foto: Fernando Vivas / GOVBA

Foliões do Filhos de Gandhy celebram desfile do "tapete branco": "Sempre tive vontade de participar"
Foto: Victor Hernandes / Bahia Notícias

Nesta segunda-feira (12), o Bloco do Afoxé Filhos de Gandhy, um dos mais tradicionais do Carnaval de Salvador, arrastou uma multidão e colocou o seu inconfundível "tapete branco" na rua.

 

Em conversa com o Bahia Notícias, José Celino, 44 anos, servidor público, que desfila no bloco há 20 anos, falou sobre o que o faz manter a tradição de sair no Gandhy em todo Carnaval. Segundo José, a tranquilidade e a presença dos amigos são alguns dos fatores.

 

"Primeiramente, a tranquilidade. É um bloco tranquilo. Pra você ter uma ideia, há 20 anos saindo no Gandhy, eu nunca tomei um empurrão. Não sei o que é tomar um pisão. Esses são os principais motivos e também o fato de ter vários amigos saindo. Aí fica mais fácil a diversão", disse José.

 

Já o médico carioca Eduardo Tamaso, de 61 anos, está saindo pela primeira vez no maior afoxé do Carnaval. Eduardo comentou como se deu a sua vontade de desfilar com os Filhos de Gandhy.

 

"Era uma vontade de longa data. Voltei pro Carnaval da Bahia há 2 anos e eu tinha que entrar. Eu sou carioca, mas eu já venho para Bahia há muito tempo, desde guri, e sempre tive vontade de participar. Na época, não era possível. Agora, eu estou podendo e isso é ótimo", explicou Eduardo. 

Ator Diogo Almeida comenta sobre experiência de sair pela primeira vez no Gandhy: “Emocionante demais”
Foto: Rafael Caribé / BN Hall

O ator Diogo Almeida está aproveitando a capital baiana para curtir o Carnaval. Neste domingo (11), o artista aproveitou a folia para sair no bloco Filhos de Gandhy. Em entrevista ao Bahia Notícias, ele comentou sobre a experiência de participar pela primeira vez da atração que é tradição em Salvador.

 

“Primeira vez no Gandhy. Foi emocionante demais. Eu, quando resolvi vir passar o Carnaval aqui em Salvador, era justamente isso que eu queria viver, sabe? Ter essas experiências aqui. Como sair no Gandhy. Eu sempre pensei em sair no Gandhy, mas não tinha ainda acontecido nesse momento. E acredito que veio no melhor momento, porque foi muito especial”, declarou. 
 

Ao lado do amigo Gilberto Gil, Caetano Veloso é homenageado pelos Filhos de Gandhy
Foto: Fred Pontes / Bahia Notícias

Convidado ilustre do afoxé Filhos de Gandhy neste domingo (11), o cantor e compositor Caetano Veloso foi homenageado pelo bloco durante a passagem pela praça Castro Alves, no circuito Osmar (Campo Grande). 

 

 

 

O presidente dos Filhos de Gandhy, Célio Oliveira, afirmou que abaixo do “orum” – céu em iorubá – estão Caetano e Gilberto Gil, que ajudaram o afoxé na década de 70 a voltar às ruas de Salvador durante o carnaval. “Caetano sinta-se homenageado, abraçado por essa grande nação que emana energia, paz, amor e harmonia, e leva alegria para o carnaval de Salvador mantendo a sua cultura de tradição, mantendo a religião, mantendo a missão de Mahatma Gandhi”.

 

Ao lado do amigo, o também cantor e compositor Gilberto Gil – a quem classificou como o “homem que revitalizou” o Gandhy –, Caetano agradeceu o carinho do bloco e disse que o tapete da paz deve ser utilizado como palavra contra a guerra. 

 

“Filhos de Gandhy eu acho que é uma das sílabas da resposta do que é Bahia, através do Brasil, tem que dar ao mundo contra a guerra. Enfrentar o risco de grande guerra que o mundo está correndo. Eu dedico este evento a esta causa e agradeço imensamente aos Filhos de Gandhy por me homenagear”, falou Veloso. 

 

A ocasião ainda rendeu mais emoção ao homenageado, que batizou o seu neto Benjamin como novo integrante do bloco. 

 

Foto: Fred Pontes / Bahia Notícias

Foto: Fred Pontes / Bahia Notícias

 

Foto: Fred Pontes / Bahia Notícias

MP visita saída do Gandhy em campanha de combate à importunação sexual
Foto: Patrick Souza / Ag. Fred Pontes / Bahia Notícias

Integrantes do Ministério Público do Estado (MP-BA) visitou neste domingo (11) o Afoxé Filhos de Gandhy, tradicional bloco carnavalesco composto apenas por homens. A ação faz parte da campanha de combate à importunação Sexual “Não é não”, desenvolvida pelo MP-BA.

 

“Homens conscientes se tornam parceiros”, afirmou a promotora Sara Gama, coordenadora do Núcleo de Enfrentamento às Violências de Gênero em Defesa dos Direitos das Mulheres (Nevid). A promotora conversou com integrantes do bloco durante a concentração para a saída no Pelourinho.

 

No Carnaval deste ano, o MP distribuirá dez mil tatuagens com o slogan da campanha. Júlio César de Araújo é natural de Brasília, e este ano realizou o sonho de sair no Filhos de Gandhy. Ele, que já teve uma filha vítima de importunação sexual, gostou de conhecer a campanha.

 

“É muito importante que nós, homens, sejamos parceiros dessa iniciativa, ajudando a fazer do carnaval um ambiente de diversão segura para todas as mulheres”, afirmou. Além de distribuir tatuagens, os integrantes do MP levaram ao circuito da folia ventarolas, do “Não é não!”, e cartazes com o slogan do trabalho da Instituição para este ano: “Se tem respeito, tem folia. Conte com o Ministério Público da Bahia para garantir a sua alegria”.

 

Segundo o MP, casos de importunação sexual podem ser denunciados por meio do Disque 190 ou apresentados na Delegacia. 

Ê povo grande: Filhos de Gandhy completam ritual e iniciam saída para o Campo Grande
Fotos: Fred Pontes / Patrick Souza / Ag. Fred Pontes / Bahia Notícias

Os filhos de Gandhy completaram o ritual do padê de Exu e da soltura das pombas brancas da paz na tarde deste domingo (11), na sede do bloco, no Pelourinho. O maior Afoxé do Brasil completa 75 anos em 2024. Neste carnaval, os Filhos de Gandhy irão homenagear Caetano Veloso, presente nas fantasias. 

 

Confira registros:

Olha o Gandhy aê: Humberto Carrão se junta à concentração dos Filhos de Gandhy
Foto: Agência Fred Pontes / Bahia Notícias

Vivendo Salvador e seu carnaval intensamente, Humberto Carrão está pronto para mais um dia. Neste domingo (11), o ator se juntou à concentração dos Filhos de Gandhy, que desfilam no circuito Osmar (Campo Grande).

 

Carrão já tinha acompanhado a saída do Olodum na última sexta-feira (9), o ator declarou que tem vivido momentos inesquecíveis em Salvador.

 

Confira registros:

Concha Negra 2024: Ingressos para a 3ª edição começam a ser vendidos
Fotos: Erivan Morais / Mateus Ross

As vendas para a 3ª edição do Concha Negra começaram nesta terça-feira (5). O projeto, que destaca a riqueza da produção musical afro-baiana, será realizado na Concha Acústica do Teatro Castro Alves. 

 

Os ingressos para os shows do Cortejo Afro, em 23 de fevereiro, e dos Filhos de Gandhy, em 1º de março, estarão disponíveis para compra. Os espetáculos, que começam às 18h30, contam com a participação de convidados especiais em cada apresentação. Os ingressos podem ser adquiridos por R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia), tanto na bilheteria física do TCA quanto virtualmente através da plataforma Sympla.

 

A programação completa do Concha Negra inclui seis atrações principais. Os artistas em destaque são: Cortejo Afro (23 de fevereiro), Afoxé Filhos de Gandhy (1º de março), Xella Orixá Convida (8 de março), Olodum (22 de março), Adão Negro (28 de março), SALCITY RAP (5 de abril). A abertura de vendas para cada espetáculo será anunciada antecipadamente.

 

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Filhos de Gandhy antecipa entrega das fantasias
Foto: Divulgação

A entrega dos abadás dos Filhos de Gandhy foi antecipada para o próximo domingo (4). A entrega das fantasias tradicionais do bloco será feita no estacionamento L1, no 3º piso do Shopping da Bahia, na loja da Central.

 

A decisão de antecipar a entrega foi feita para garantir o conforto e a tranquilidade dos foliões. Os demais produtos vendidos pela Central do Carnaval seguem com a entrega a partir de segunda-feira (5/02), e os blocos Camaleão, Vumbora e Bloco da Quinta, a partir da terça-feira (6/02), todos na loja da Central no Shopping da Bahia.

Tradição há 74 anos em Salvador, afoxé Filhos de Gandhy desfila também na Micareta de Feira
Foto: Kleber Lobo / Bahia Notícias

O candomblé de rua mais famoso do mundo nasceu em Salvador, no carnaval de 1949, mas está mais uma vez na Micareta de Feira, agora em 2023. O afoxé Filhos de Gandhy desfilou, nesta sexta-feira (21), no circuito Maneca Ferreira, na Av. Presidente Dutra, com poucos associados, mas fazendo saudação aos orixás e outras entidades afro-brasileiras cultuadas em terreiros do estado.

 

O tema da mortalha utilizada pelos associados do Gandhy em Feira de Santana é o mesmo do carnaval de Salvador em 2023: “Caboclos de Pena e Encourados”, uma referência a entidades do candomblé de caboclo, muito comum nos terreiros do Recôncavo da Bahia.

 

Confira abaixo fotos do desfile.

 


Foto: Kleber Lobo / Bahia Notícias

 


Foto: Kleber Lobo / Bahia Notícias

 


Foto: Kleber Lobo / Bahia Notícias

 


Foto: Kleber Lobo / Bahia Notícias

 


Foto: Kleber Lobo / Bahia Notícias

 


Foto: Kleber Lobo / Bahia Notícias

 


Foto: Kleber Lobo / Bahia Notícias

Vestido de Gandhy, Gilberto Gil celebra 50 anos do disco Expresso 2222: “Me reintroduziu na vida artística”
Fhelipe dos Anjos / Bahia Notícias

À frente do Camarote Expresso 2222 junto com a esposa e empresária Flora Gil, o cantor baiano Gilberto Gil esteve presente no espaço nesta segunda-feira de Carnaval (20). Em entrevista coletiva, o artista celebrou os 50 anos do disco que deu nome ao Camarote.

 

 

"Um álbum que eu fiz entre Londres e São Paulo quando eu estava voltando para o Brasil depois de três anos longe daqui, na época da ditadura e aquela coisa toda complicada que era naquele tempo. O 2222 me reintroduziu na vida artística, musical, brasileira, cultura do meu povo, minha gente. Então estar fazer 50 anos e as pessoas se lembram, as novas gerações também continuam a participar dessa confraternização geral que a música proporciona. É marcante, é um disco com uma marca histórica muito forte. Pra mim é um prazer ter sido protagonista, continuar sendo protagonista dessa história do Expresso 2222", afirmou Gil. 

 

Vestido com a tradicional roupa dos Filhos de Gandhy, o cantor, que completou 80 anos de idade em junho de 2022, lembrou que já acompanha o desfile do bloco há meio século. O artista também anunciou que depois do Carnaval, por enquanto, não irá descansar. “Tem logo shows programados, várias atividades na academia, muita coisa".

 

Presidente dos Filhos de Gandhy defende adoção de novas cores na fantasia do afoxé
Foto: Lula Bonfim / Bahia Notícias

O presidente do afoxé Filhos de Gandhy, Gilsoney de Oliveira, defendeu a adoção do verde e do amarelo na fantasia de 2023 do bloco. A escolha da direção vem sendo criticada por associados, que reclamam a exclusividade dos tradicionais azul e branco na mortalha. Para o dirigente, a reclamação é natural, mas não foge das tradições ligadas ao candomblé.

 

“Eu não avalio como crítica. A polêmica é importante porque cria conteúdo, cria mídia. Nós temos um entendimento religioso, onde as cores são pertinentes aos nossos temas, aos que nós pensamos e à leitura de todo um trabalho, todo um projeto. Neste ano, colocamos o verde e o amarelo porque estamos homenageando o caboclo. É o verde e o amarelo do Brasil, da esperança, da alegria de voltarmos depois de uma pandemia. As cores fazem parte do sagrado”, afirmou Gilsoney, em entrevista ao Bahia Notícias.

 

Tradicionalmente, a cor principal do Gandhy é o branco, em homenagem a Oxalá. Entretanto, com o passar do tempo, para variar as fantasias a cada ano, o azul também foi adotado, fazendo uma referência a outro orixá: Ogum.

 

Em 2019, porém, uma grande polêmica foi instaurada, com uma fantasia branca, azul e amarela, sendo a última cor uma homenagem à orixá Oxum. Muitos associados reclamaram, afirmando que a adoção de uma terceira cor estaria descaracterizando o afoxé.

 

Em 2023, as cores verde e amarelo se somaram ao branco e azul da fantasia, gerando novas críticas dos associados. A escolha foi feita em homenagem a entidades do candomblé de caboclo, popular no Recôncavo da Bahia, e da umbanda. Até este ano, as temáticas anuais do Gandhy faziam referência às tradições candomblecistas dos terreiros mais antigos de Salvador, que cultuam apenas entidades iorubás.

 


Foto: Diogenes Neghet / Filhos de Gandhy

 

“Temos uma marca, que temos que respeitar: Mahatma Gandhi era ecumênico. Nós respeitamos todos. Somos afrodescendentes, temos a questão do candomblé, mas o Gandhy é um bloco ecumênico, respeita todas as religiões e todo entendimento religioso”, defendeu o presidente do Gandhy.

 

Gilsoney ainda lembrou que, neste momento, saudar os caboclos possui um simbolismo importante para o Brasil, que enfrenta uma crise humanitária envolvendo a etnia yanomami, da região norte do país.

 

“Essa questão dos indígenas, todos nós precisamos nos envolver na campanha. Porque olha o que está acontecendo com os yanomamis! Os indígenas fazem parte do início da nossa história. Os caboclos e os encourados fazem parte da religião. O Gandhy é para aglutinar, para aproximar e queremos o entendimento religioso, o entendimento sexual, de todas as vertentes. O Gandhy é contemporâneo e se obriga a levantar a bandeira da paz”, concluiu Gilsoney.

Descapitalizados, blocos afro se reinventam para superar pandemia sem shows e Carnaval
Foto: Naiara Barros / Odú Comunicação

Cidade com vocação turística, cuja cultura é um dos seus maiores atrativos, Salvador já está há cerca de dez meses sob decretos oficiais que proíbem aglomerações e grandes eventos. O objetivo é cumprir protocolos sanitários necessários para conter o avanço do novo coronavírus (clique aqui e aqui). 

 

Enquanto espera a liberação da vacina e a consequente contenção da pandemia, o setor de eventos da capital baiana vive momentos dramáticos. Se em tempos pré-Covid a esta altura do ano a cidade já fervilhava de ensaios e estava preparada para receber os visitantes para o Carnaval no mês de fevereiro - só em 2020, de acordo com dados da prefeitura, 16,5 milhões de pessoas circularam pelas ruas de Salvador neste período -, em 2021, artistas, produtores, população, turistas e até governos trabalham com a incerteza e calculam o prejuízo causado pelo cancelamento da festa. Para se ter uma ideia, a última edição da folia momesca teve um retorno divulgado de cerca de R$ 1,8 bilhão. 

 

Diante do contexto, o secretário do Turismo da Bahia, Fausto Franco, estimou a perda de mais de R$ 1 bilhão em receitas pela não realização do Carnaval (saiba mais). O número é o mesmo calculado por Jairo da Mata, atual presidente do Conselho Municipal do Carnaval de Salvador (Comcar). “Não tenho como mensurar em números exatos globalmente, mas são milhões de reais perdidos nesse sentido. Na verdade, acredito que seja quase R$ 1 bilhão, até porque existe o pré e pós-Carnaval”, diz o dirigente.

 

Jairo da Mata - Foto: Divulgação/Comcar

 

Mata destacou ainda que o impacto negativo do cancelamento da festa se estende tanto do ponto de vista econômico, quanto cultural. “A perda econômica é muito grande, pois sabemos que a cadeia produtiva é forte, já que passa por camarotes, blocos até ambulantes e cordeiros. Tudo isso envolve a economia da cidade. Além disso, temos o impacto lúdico, pois, além de ser uma festa de atrativo cultural marcante, é também o momento - sobretudo das classes menos favorecidas - de desaguar as mágoas; é como se fosse uma terapia coletiva que nos traz um certo conforto espiritual. É sem dúvida a maior festa popular do Brasil e a Bahia tem o maior Carnaval do país”, avalia, lembrando que todo o Brasil sofre com a paralisação dos grandes eventos, especialmente Salvador, por ser uma cidade de serviço. “A não realização impacta na gastronomia, hotelaria, transporte, setor musical etc”, pontua.

 

À frente da Saltur, Empresa de Turismo vinculada à prefeitura de Salvador, Isaac Edington explica que a decisão de abortar o Carnaval se dá para “preservar a vida das pessoas”, sem desmerecer a importância do evento. “Infelizmente, a nossa maior festa, tão importante para nossa cultura, nossas tradições e, sobretudo, para nossa economia, não poderá ser realizada até que tenhamos a população vacinada. Dessa forma, por consequência, todas as ações previstas estão canceladas”, disse o presidente da Saltur, descartando a possibilidade de manter os editais e apoios do Executivo municipal específicos para a realização da festa este ano. 

 

Isaac Edington - Foto: Paulo Victor Nadal/Bahia Notícias

 

“Todo esforço da prefeitura está bastante voltado para assistência à saúde, assistência social, bem como iniciativas de combate à disseminação da pandemia e, também, do retorno responsável e gradual das atividades econômicas, sobretudo retomar o calendário de eventos, com toda segurança”, explica.

 

A Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA), por sua vez, informou por meio de nota que “diante da suspensão da realização do Carnaval em fevereiro 2021, os apoios destinados às programações artísticas/culturais ficam interrompidas até a nova definição” e estabeleceu que “as modalidades de apoio serão definidas depois que o novo modelo da festa for decidido”.


SITUAÇÃO DOS ARTISTAS

Para driblar as adversidades, o ambiente digital acabou sendo uma das alternativas paliativas de muitos artistas em 2020, mas nem todos conseguiram atrair uma audiência suficiente para monetizar o trabalho e tampouco apoios importantes da iniciativa privada. O mesmo se reflete agora no período do Carnaval. 

 

Se, por um lado, nomes como Ivete Sangalo e Claudia Leitte, dois dos maiores expoentes comerciais da música baiana, já se uniram para apresentar um show no dia 13 de fevereiro (veja aqui), assim como Léo Santana, Harmonia do Samba e Parangolé, que repetirão o projeto “O Encontro”, focados na festa do momo (veja aqui), e Bell Marques com o evento virtual no domingo de Carnaval (veja aqui), os Filhos de Gandhy, por exemplo, ainda não sabem sequer se colocarão o bloco na rua virtualmente por falta de patrocínio. 

 

“Pra Bell, pra Ivete, pra vários, eles já têm um nome, um marketing que banca. O que é o Filhos de Gandhy? É um afoxé. E o que é um afoxé? É um candomblé, é igual a casa religiosa pra se manter. Então, se a gente não tem apoio, não tem recurso próprio para fazer. A gente está conjecturando fazer uma live no domingo ou terça de Carnaval, mas pra isso a gente precisa de pelo menos um mínimo pra poder pensar em executar. Infelizmente, bloco de matriz africana sofre muito, existe uma grande discriminação”, lamenta o presidente do bloco, Gilsoney de Oliveira.

 

Gilsoney de Oliveira - Foto: André Frutuôso/Secult

 

Em 2020 o grupo tentou fazer um evento online, mas não conseguiu apoio para custear sequer os requisitos técnicos de som, iluminação e internet. E segundo o dirigente, sem a ajuda anual do governo do estado e da prefeitura, dificilmente os blocos afro e afoxés conseguiriam desfilar nos carnavais.

 

Gilsoney conta que os meses parados por conta da pandemia atingiram em cheio o bloco, que deixou de realizar mais de uma dezena de eventos de seu calendário religioso e atualmente aguarda as orientações do poder público para se preparar - ou não - para o Carnaval, seja no segundo semestre de 2021 ou apenas em 2022.

 

“Todo mês a gente tem uma responsabilidade religiosa em paralelo ao Carnaval. E quando chega no segundo semestre aí que começamos a contatar com relação às fantasias, porque o Gandhy não tem um abadá que você coloca camisa e pronto. Ele tem uma fantasia que vai do pé à cabeça, são muitos ítens. E começa no segundo semestre a construir essa questão do Carnaval. A gente tem aí evento de Santa Luzia, Santa Bárbara, Rio Vermelho, Festa de Oxossi, tem muito evento, mas parou tudo, e aí acumulou e nós não podemos fazer nada, temos que aguardar, de fato, se restabelecer essa questão do surto”, declarou Oliveira. 

 

Ele garantiu ainda que, caso até março haja alguma definição sobre a possibilidade da festa acontecer no segundo semestre, os Filhos de Gandhy estarão à postos para desfilar. Do contrário, não haveria tempo hábil para a organização.

 

O Ilê Aiyê, por sua vez, vive um momento ainda mais delicado, já que, além de lidar com os problemas da pandemia que acomete a todos, ainda precisa sanar uma dívida trabalhista de R$ 400 mil que pode fazê-lo perder a Senzala do Barro Preto, sede do bloco localizada no bairro do Curuzu, em Salvador (clique aqui e saiba mais). 

 

Com os decretos que proíbem as aglomerações, não só as atividades artísticas do Ilê foram impactadas, mas também todo o trabalho social promovido pela entidade. “A sede está parada, não tem como arcar com salários. É a maior dificuldade um espaço daqueles com conta de água, de luz... Foram suspensas as aulas da Escola Mãe Hilda, a gente tem até proposta de curso profissionalizante, mas não pode levar nada em frente, por causa da pandemia. Mas estou esperançoso, levando muita fé que isso vai passar”, declara Antônio Carlos dos Santos (Vovô), presidente do bloco. 

 

Vovô do Ilê - Foto: André Frutuôso/Secult

 

“É um impacto muito grande em tudo, nas fantasias, nos ensaios. Também para a comunidade que vem sofrendo, as pessoas que trabalham nessa época, o porteiro, seguranças, costureiras... E a gente deixa também de arrecadar com os eventos, a Noite da Beleza Negra, os shows que fazíamos durante o ano”, acrescenta, lembrando que em 2020 o Ilê teve duas apresentações nos Estados Unidos - em Washington e Chicago - canceladas, além da suspensão de uma turnê nacional que circularia por sete capitais com patrocínio da Petrobras.

 

Esperançoso, apesar de desacreditar na possibilidade de ainda este ano ocorrer a festa momesca, Vovô contou que atualmente o Ilê prepara um festival de música virtual, com apoio da Lei Aldir Blanc, e não descarta a realização de uma live no sábado de Carnaval. 

 

Com este propósito e para outros projetos, além de pagar a dívida trabalhista, ele diz que segue em constante atividade. “Está devagar, mas caminhando, não paramos de nos movimentar aqui no Brasil e fora, para que as pessoas que têm condição, para o próprio governo e a prefeitura, façam parcerias com a gente e nos ajudem”, conta Vovô, lembrando que a campanha virtual voltada para arrecadar fundos e evitar o despejo permanece aberta para colaboradores. “Efetivamente temos muito pouco, conseguimos arrecadar R$ 150 mil até agora, mas a campanha segue e nós vamos conseguir”, disse o dirigente. 

 

Enquanto o Ilê trabalha com foco na esperança, para o Cortejo Afro a palavra é planejamento. Ainda em março de 2020, o bloco percebeu os perigos da pandemia e se preparou, mantendo um lastro que lhe permite “respirar” até meados deste ano. 

 

“Antes do Carnaval [de 2020], todos sabiam que isso [a pandemia] ia chegar no Brasil. Se em outros países da Europa estava na situação que estava, quando chegasse aqui seria um estrago, como está sendo. Porque também sabíamos que não contaríamos com um governo que fosse aliado ao povo, com relação à luta contra o Covid”, lembra o presidente do bloco, Alberto Pitta. “Mensuramos [os prejuízos da pandemia e da ausência do Carnaval], o Cortejo se organizou nessa direção, fazendo frente aos seus compromissos com os credores, grupo artístico e fornecedores, e, por isso, não devemos absolutamente nada a ninguém”, frisa. Garantiu ainda que quitou por um ano as responsabilidades mensais com internet, água, luz e aluguel do espaço onde guarda o material do bloco.

 

Destacando o “impacto emocional” além do econômico gerados pelo cancelamento do Carnaval convencional, Pitta conta que o Cortejo está preparado para todos os cenários. “Os blocos afro, que sempre têm dificuldade de fazer o Carnaval, sabem como ninguém como ir para o Carnaval, mesmo com as dificuldades. Partindo dessa premissa, estou querendo dizer que é um impacto muito grande para além do financeiro. Ele se resume a um outro compromisso que nós temos com a nossa comunidade, do trabalho que é realizado junto a crianças e adolescentes nos bairros afastados dessa cidade, através dessas organizações, e que culminam no Carnaval. Ele na verdade é uma culminância de tudo isso, das ações cotidianas”, explica, classificando como “péssimo” não ter a festa, mas também admitindo que não há “a menor condição” dela ser realizada em meio à pandemia.  

 

Alberto Pitta - Foto: Betto Jr/Secom

 

Caso as autoridades venham a dar sinal verde para a folia de rua acontecer no segundo semestre, o dirigente reitera que o bloco prontamente irá trabalhar para captar recursos e desfilar. “Estamos de olho nisso, se acontecer, o Cortejo vai, mas vai bem menor. Vai como uma cerimônia de candomblé num deslocamento estético terreiro - rua, como os antigos afoxés, com o tema Asas da Liberdade”, conta, explicando que o mote se dá pela urgência por liberdade. “É o que precisamos. Estamos em tempos de cárcere, literalmente falando. Cárceres por conta da pandemia e cárceres por conta de um Brasil sombrio no dia D e na hora H”, disse ele, ironizando uma fala do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello (relembre). Por outro lado, se permanecerem os decretos que determinam a proibição das aglomerações, a alternativa será partir para o ambiente online. 

 

“O Cortejo está buscando organizar o que nós chamamos de Carnaval virtual, que é o Carnaval em tempos de ‘cárcere’. Estamos organizando, provavelmente no domingo de Carnaval, cada um em sua caverna. E as pessoas vão mandar vídeos com as fantasias do Cortejo Afro de anos anteriores. Mas também estamos trabalhando em cima de um projeto, e isso depende muito de apoio, de captação, onde cada convidado do Cortejo - e aí serão poucos - irá receber um corte do tecido e fazer em casa a sua fantasia e mandar pra nós. Vamos ver uma forma de publicizar isso”, detalha Alberto Pitta, sobre as iniciativas em audiovisual, que não serão ao vivo, mas devem sair no período que aconteceria o evento. 

 

Antes da festa momesca, o Cortejo Afro prepara uma live em homenagem à Revolta dos Malês, no dia 25 de janeiro. Paralelo a isso, o bloco executará um projeto contemplado pelo Prêmio das Artes Jorge Portugal, dentro do programa Aldir Blanc, e também foi selecionado em um edital da Sepromi, através do qual realizará a Feira da Economia do Sagrado. “São atividades online que dão essa capilaridade e garantem que as pessoas estejam atuando, trabalhando e sendo remuneradas por tal”, resume o dirigente.

 

Assim como o Cortejo, o Olodum também vem se reinventando para atravessar as turbulências. O grupo já anunciou a realização de uma live no Carnaval (clique aqui) e vem investindo no online e em parcerias para se manter em funcionamento. 

 

“As organizações [afro-brasileiras da cultura] não tinham estrutura financeira, um capital que permita investir em dois, três anos, sem voltar a ter atividades. Mesmo assim, nós fizemos alternativas de fazer várias lives durante esse período, investimos muito na música digital e estamos aguardando para ver se o Carnaval deste ano pode ser feito em julho, mas tudo indica que talvez não tenha. Então, vamos fazer uma live no Carnaval e vamos continuar brigando para existir com a música digital, com as apresentações para o mundo inteiro na forma de lives”, resume João Jorge Rodrigues, presidente da instituição.

 

João Jorge Rodrigues - Foto: Reprodução/Twitter @joaojorgeAkan

 

Para atrair o interesse do público e de investidores, o Olodum tem explorado seu acervo, oferecendo conteúdo especial sobre temas, como a história do bloco e do Carnaval, a vivência no Pelourinho, além de suas músicas. “Começamos a fazer disso um motivo de lives de debates e musicais. A do aniversário do Olodum foi um sucesso em vários lugares do mundo, depois a gente passou quase que mensalmente fazendo uma live pra contar a história da nossa música e da nossa cultura. E foi bom porque ela substituiu um pouco os shows presenciais. Assim a gente manteve o Olodum funcionando todos os dias, todos os meses, com coisas novas, com invenções de assuntos diferentes”, revela João Jorge, destacando que “vender música digital” foi essencial para o equilíbrio financeiro. 

 

“A gente tem muitos discos, músicas, muitas coisas, e também tem a questão da marca. Nós tivemos um apoio importante do TikTok para a Escola Olodum, que nos ajudou bastante. A gente foi buscando alternativas aqui e acolá, para que pudéssemos chegar agora em janeiro de 2021 com atualidade”, conta o presidente, segundo o qual, o segredo da organização é “um conjunto de coisas”, desde se adaptar ao meio digital, explorar o vasto acervo - como já citado -, até buscar apoio junto à iniciativa privada e governos, através de políticas públicas como a Lei Aldir Blanc. “Não dá pra ficar reclamando, dizendo ‘não tem apoio’, tem que ir à luta, então estamos indo à luta”, declara o gestor, que aguarda o sinal verde para que o som dos tambores e de seu samba-reggae possa voltar a soar livremente - e com segurança - nas ruas de Salvador e do mundo. 

Caso Ilê: Guerreiro cogita apoio sem edital, mas destaca princípios da administração pública
Foto: Rafael Martins / Ag. A Tarde

Fernando Guerreiro, que além de artista é também presidente da Fundação Gregório de Mattos (FGM) - órgão responsável pela gestão municipal da cultura em Salvador -, comentou sobre a polêmica envolvendo o patrocínio público de atividades culturais, em entrevista ao programa “Isso é Bahia”, transmitido nesta terça-feira (11). 


Questionado pelos apresentadores Fernando Duarte e Jefferson Beltrão sobre a provocação de Gilsoney de Oliveira, presidente dos Filhos de Gandhy, que defendeu que blocos tradicionais como o Ilê Aiyê não precisassem se inscrever em editais para obter apoio do governo (clique aqui e relembre), Guerreiro ponderou entre a importância de tais agremiações e os princípios da administração pública. 


"Eu acho que existe uma coisa chamada inexigibilidade, vamos usar o termo técnico, que são realmente blocos, instituições que pelo tempo de prestação de serviço à cidade já são considerados patrimônio cultural. Então eu acho que, realmente, não é que vá ter privilégios, mas acho que esses casos têm que ser analisados isoladamente”, avaliou Fernando Guerreiro.


Por outro lado, ele destacou também o entendimento enquanto gestor. “Em paralelo, eu quero falar de um lado que eu comecei a entender estando do lado de cá do serviço público. A questão documental. Atenção, o dinheiro do município não é meu, de Fernando Guerreiro, é um dinheiro do município. Pra esse dinheiro ser repassado para qualquer entidade, para qualquer pessoa física, MEI, o que quer que seja o grupo cultural, eu tenho que provar depois ao Tribunal de Contas pra onde esse dinheiro foi. E sem documentação isso não acontece, então a gente tem muito problema”, defendeu o presidente da FGM. “Entenda, tem um lado que diz: 'ah, a burocracia é terrível, pede um monte de documento'. A gente está tentando simplificar, mas eu não posso simplesmente passar uma verba para um grupo que não tem documento, devendo fortuna de imposto, não tem como. Não dá pra ignorar”, explicou, destacando que não está afirmando que o caso específico do Ilê Aiyê, que este ano ficou de fora do Carnaval Ouro Negro (clique aqui e entenda), se enquadra nesta situação descrita.

Presidente dos Filhos de Gandhy: 'Blocos com mais de 20 anos não devem participar de edital'
Foto: Reprodução / Isso é Bahia

Entrevistado nesta sexta-feira (7), no programa de rádio “Isso É Bahia”, parceria da A Tarde FM e Bahia Notícias, o presidente do Afoxé Filhos de Gandhy, Gilsoney de Oliveira, destacou as dificuldades da agremiação e questionou a forma pela qual os tradicionais blocos são contratados pelo poder público. 


“Pra você ter ideia, pra sair no Carnaval pagamos uma média de R$ 200 mil de impostos, a cartilha. Pelo uso do solo, quantidade de pessoas, é uma infraestrutura muito grande... Então, você vê e quando vai fazer essa conta é complicado a gente não ter esse apoio... Quer dizer, só temos o apoio hoje do shopping, do governo e da prefeitura, e concorrermos a um edital”, detalhou Gilsoney, que propõe uma provocação ao governo. “Filhos de Gandhy, Ilê Aiyê, blocos que têm mais de 20 anos, não devem participar de edital, devem ter contratação por notoriedade e inexigibilidade”, avalia o presidente afoxé, em referência ao Carnaval Ouro Negro, edital do qual o Ilê ficou de fora por problemas na documentação exigida (clique aqui e saiba mais).


Gilsoney de Oliveira usa o exemplo de artistas populares para pedir uma atenção também aos blocos tradicionais. “Ivete, Bel, o gigante Léo Santana, eles não fazem, eles não passam por uma questão licitatória, eles são contratados por empresas, por produtoras. Eu estou provocando, porque eu acho que nós temos que ser também contratados”, defendeu o presidente dos Filhos de Gandhy. “E isso não é culpa da Secretaria de Cultura, eu vejo que a secretária Arany Santana é muito competente, mas eu acho que tem que ir na mesma régua”, acrescentou.


Em entrevista ao Bahia Notícias, no entanto, a Secult informou que o apoio da pasta se dá apenas por edital e que as demais contratações são feitas por meio de outras secretarias, como a de Turismo, através da Bahiatursa, que em 2017 patrocinou o desfile do Ilê Aiyê e do Olodum no Carnaval.

Resultado preliminar do Carnaval Ouro Negro 2020 reprova Filhos de Ghandy e Ilê
Foto: Divulgação

As secretarias estaduais de Cultura (Secult) e de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) divulgaram, nesta sexta-feira (31), o resultado preliminar de habilitação do Carnaval Ouro Negro 2020 (clique aqui para conferir a lista completa).


Dentre as propostas não habilitadas, por conta de pendências em itens do edital, estão Filhos de Gandhy, Ilê Aiyê, Afoxé Kambalagwanze, Alerta Geral e Bloco Afro Alabe.


As entidades não selecionadas nesta fase podem interpor recursos nos dias 3 e 4 de fevereiro, nos períodos de 8h30 às 12 e 13h30 às 17h, na sede da Secult, situada no Palácio Rio Branco, no Centro Histórico de Salvador.

Festival Lula Livre reúne Ana Cañas, Ilê, Cortejo Afro e Márcia Short no Farol da Barra
Foto: Ricardo Stuckert

Com a proposta de questionar a prisão e pedir a liberdade do ex-presidente Lula, o Festival Lula Livre faz mais uma edição em Salvador, no dia 25 de agosto.


O evento, que está programado para acontecer a partir das 14h, no Farol da Barra, confirmou a participação de nomes como Ana Cañas, Ilê Aiyê, Cortejo Afro, Filhos de Gandhy, Márcia Short, Sandra Simões, Panteras Negras, Nova Era, Predro de Rosa, Cláudia Garcia, Matilde Charles e Ivan Huol. 

 

Filhos de Gandhy recebem Daniela, Gil, Mariene e Edil Pacheco no Festival Cultural da Paz
Foto: Divulgação

Completando este ano 70 carnavais, o afoxé Filhos de Gandhy realiza mais uma edição de seu ensaio geral neste domingo (17), em Salvador. O Festival Cultural da Paz acontece a partir das 14h, no Largo do Pelourinho, e contará com apresentação da banda Show Gandhy, além de participações especiais de convidados como Gilberto Gil, Daniela Mercury, Mariene de Castro, Edil Pacheco, Gerônimo e Ilê Aiyê. A entrada é gratuita.

 

SERVIÇO
O QUÊ:
Filhos de Gandhy - Festival Cultural da Paz
QUANDO: Domingo, 17 de fevereiro, a partir das 14h
ONDE: Largo do Pelourinho – Salvador (BA)
VALOR: Gratuito

Governo divulga resultado de avaliação preliminar do edital Ouro Negro
Foto: Divulgação

As secretarias estaduais de Cultura e da Promoção da Igualdade divulgaram, nesta quarta-feira (30), o resultado da classificação da avaliação preliminar do edital Ouro Negro, executada pela Comissão de Seleção da Projetos (clique aqui e confira a lista). 


Dentre os classificados para receber o apoio do governo no Carnaval 2019 estão Ilê Aiyê, Filhos de Gandhy, Cortejo Afro, Filhas de Gandhy, Comanche do Pelô e Apaches do Tororó. Dentre os nomes mais conhecidos, o Olodum foi um dos não classificados. Segundo a comissão avaliadora, o bloco afro apresentou documentação incompleta. 


Os participantes não classificados na avaliação preliminar podem interpor recursos entre 31 de janeiro e 4 de fevereiro, presencialmente na sede da Sepromi, localizada na Avenida Manoel Dias da Silva, nº 2.177, Pituba - Salvador/BA. A entrega pode ser realizada das 08h30 às 12h e das 14h às 17h.

Filhos de Gandhy realizam Caminhada e Presente de Oxum neste sábado em Salvador
Foto: Divulgação

A Associação Cultural Recreativa e Carnavalesca Filhos de Gandhy realiza, neste sábado (5), a Caminhada e Presente de Oxum. O evento, que tem como objetivo pedir tolerância e o respeito à diversidade religiosa, terá início às 8h, com concentração na sede do bloco Filhos de Gandhy, no Pelourinho.

No mês da Consciência Negra, blocos afro revivem incertezas e o drama da falta de apoio 
Foto: Rosilda Cruz / Secult

Nesta terça-feira (20), Dia da Consciência Negra, um incidente marcou negativamente a data, pondo em evidência as dificuldades pelas quais passam os blocos afro de Salvador, ano após ano. A tradicional Caminhada da Liberdade, organizada pelo Fórum de Entidades Negras da Bahia, foi cancelada por falta de patrocínio (clique aqui e saiba mais). “São 18 anos de Caminhada, mas nós não tínhamos como fazer esse ano sem ter grana suficiente na mão. Tinha estrutura de trio, de lanche, de água, mas não tinha o dinheiro para poder pagar o pessoal. E aí aparece uma discriminação que nós negros tanto combatemos. São mais de 50 músicos, tem o pessoal da corda que protege eles, tem a segurança, e tudo isso é um custo, equivalente a R$ 30 mil, e a gente não conseguiu algumas parcerias com os órgãos públicos, então esse foi o resultado”, disse Antônio Carlos dos Santos, o Vovô, presidente do Ilê Ayiê e integrante do Fórum.

 

Coincidentemente, também nesta semana, o Diário Oficial do Município estampou atos que tornam sem efeito diversos contratos de patrocínio referentes ao Carnaval de 2018, firmados entre blocos afro e a Empresa Salvador Turismo (Saltur), vinculada à prefeitura de Salvador. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, trata-se apenas de uma adequação às leis federais já que, para fechar o caixa, os projetos com problemas de documentação tiveram que ter seus contratos cancelados. 

 

“Foi feito um cancelamento e foi substituído por outra ação. Não foi feito o cancelamento por falta de documentação, não. O ato administrativo não afetou em nada o que nós tínhamos combinado”, afirma João Jorge, presidente do Olodum, destacando que o principal ponto a ser discutido com relação à cultura no momento é, na verdade, o incidente da última terça. “Dia da Consciência Negra na cidade com a maior população negra do país, o evento não foi realizado por falta de patrocínio privado e público”, critica o dirigente, apontando um futuro nebuloso para os blocos afro. “No Carnaval que vem, no verão que vem, será um drama. Porque há menos recursos da prefeitura, governo do Estado, do Brasil, das empresas, e há a necessidade de se financiar o Carnaval, o verão, isso e aquilo outro. Vai ser muitas vezes mais difícil do que o Carnaval desse ano, e do que o cancelamento de ato administrativo”, destaca.

 


João Jorge destacou ainda o papel do Olodum para promover a Bahia no mundo | Foto: Divulgação

 

Citando a crise do turismo em Salvador, que culminou no fechamento de hotéis tradicionais, João Jorge alerta para o possível colapso de grande parte da atividade econômica na cidade. “Salvador é uma cidade que vive de turismo, da cultura e dos serviços. Se esses setores não entenderem que precisa fazer o recurso circular, nós teremos mais hotéis fechados no verão, mais restaurantes fechados, menos táxis circulando, menos notícias pra dar. O que está havendo, e não é de agora, tem mais de 20 anos, é um modelo em que o recurso circula pouco. O patrocínio vem basicamente de São Paulo e Rio e sempre é direcionado para alguns setores. E os setores mais populares, que não podem aumentar preço, terminam não tendo como se financiar”, avalia o presidente do Olodum, que também tenta sensibilizar os empresários para a importância de apoiar as manifestações culturais. “Não é somente governo do Estado, governo federal e a prefeitura que têm que financiar cultura ou Carnaval, festas, eventos, ou atos históricos”, defende. “O que há com as empresas que estão instaladas na Bahia, em relação a patrocinar eventos, a patrocinar cultura? Uma pergunta: aqui tem bancos? Aqui tem shoppings? Aqui tem empresa de telefone? Aqui tem empresa que vende absorvente, leite em pó, palito de dente, sabonete, shampoos? Quem é que consome esses produtos?”, questiona, lembrando que mesmo diante do horizonte crítico, o Olodum segue suas atividades, promovendo shows e ensaios, além de se prepara para o Carnaval. "Estamos enfrentando dificuldade e ainda assim estamos indo à luta", afirma.

 

Diante da realidade cada vez mais dramática, o presidente do Afoxé Filhos de Gandhy, Gilsonei de Oliveira, no entanto, demonstra impaciência e incredulidade com relação ao apoio das empresas, mas diz estar confiante na parceria com os governos. “Deixa eu te falar, por que eu tenho que dar essa informação pra imprensa, se recebeu ou deixou de receber? Não, a gente resolveu, a gente está resolvido com a prefeitura”, disse ele, sobre o patrocínio referente ao “Do Cais do Porto para o Mundo”, ação que está entre os projetos que tiveram o contrato tornado sem efeito pela Saltur.  “Eu acho que a iniciativa privada está muito voltada pro axé, na questão da visibilidade de Ivete [Sangalo], de Bell [Marques], nos horários que eles saem. Eu nunca vi essa iniciativa privada olhar pela gente. Tirando a cervejaria Schincariol que já é nossa parceira há 17 anos, eu não tenho expectativa mais nenhuma. É a única que ainda tem a sensibilidade com nossa cultura, pra um olhar de apoio”, afirma, sem esconder a preocupação com o futuro do bloco, que vai completar 70 anos em 2019. “Os bancos não estão patrocinando, a gente não sabe como é que vai ficar essa mudança de governo, tem essa crise que já se arrasta há muito tempo, mas a gente está confiando que o governo do estado e a prefeitura venham dar esse suporte, principalmente para os blocos afro, pela necessidade que a gente tem em dar continuidade à nossa existência. Os Filhos de Gandhy, como sendo o pioneiro, têm uma expectativa muito grande de receber ajuda dos dois governos”, reitera.

 


Presidente dos Filhos de Gandhy não acredita que o o setor privado vá dar apoio aos blocos afros e aposta na parceria com a prefeitura de Salvador e o governo da Bahia | Foto: Marcelo Guedes / Ag. Haack / Bahia Notícias

 

Alberto Pitta, presidente do Cortejo Afro, que figura entre os blocos que também tiveram contratos tornados sem efeito pela Saltur, informou que o problema com a prefeitura foi solucionado. “Já foi resolvido, no caso do Cortejo sim, os demais eu não sei. Eu não sei nem porque saiu isso. Eu não tenho problema nenhum. Por isso que eu digo que está resolvido. Não foi cancelado nada. A prefeitura não deve nada ao Cortejo Afro”, afirma o dirigente, que disse estar cansado de falar sobre a falta de patrocínio. “Esse ano eu não quero falar sobre isso. Eu vou deixar pra Vovô continuar falando, e pra João Jorge também. Eu não vou falar sobre o que todo mundo sabe. O que eu vou fazer é o que faço sempre, vou atrás de patrocínio, do dinheiro, buscar viabilizar, como faço há 20 anos, a saída do Cortejo Afro”, diz ele, sugerindo que agora parta dos veículos de comunicação uma crítica contundente. “Não adianta ficar chorando. Eu acho que poderia partir de vocês, da imprensa, a partir de uma análise e de tudo que vocês já têm aí durante anos. Porque todo ano a gente recebe esse telefonema, e eu já disse em reuniões de blocos afro que eu não quero mais falar sobre isso”, diz Pitta. “Se parte um editorial da parte de vocês, talvez seja melhor. Faz uma análise e alguém escreve um artigo sobre. Eu acho que é melhor do que Vovô continuar chorando, se lamentando e se angustiando”, explica.

Afoxé Filhos de Gandhy ganha repertório assinado por Brown e novo disco 
Foto: Divulgação

Como parte da nova proposta de identidade do afoxé Filhos de Gandhy, a partir do convite para que Carlinhos Brown assine a direção musical e artística, o bloco desfilará com novo repertório no carnaval de 2018. Com as novas canções, o bloco lançará também um novo disco com 12 faixas, algumas assinadas por compositores tradicionais do afoxé, como Antônio Caixão e Pedro Coiacoia; outras do próprio Brown; e ainda músicas que trazem acordes compostos por Jorge Vercilo, Gerônimo e o padrinho maior da entidade, Gilberto Gil. “Quando fui convidado pelo Filhos de Gandhy, percebi o desejo de impulsionar a pulsação do ijexá e reposicionar o ijexá como elemento matriz para todas as pulsações do que fazemos na Bahia. Estamos trabalhando o ineditismo,  de forma que eu compus, Vercilo está compondo, Antonio Caixão compôs e trouxe coisas inéditas, como uma ladainha que nunca foi gravada e, no disco, ganha sua própria voz,  e convidamos também o babalorixá Cosme de Xangô para as saudações”, comenta Carlinhos Brown, destacando que as iniciativas estão ligadas às comemorações pelo aniversário de 70 anos do afoxé Filhos de Gandhy, que será celebrado em 2019. “Vamos fazer uma grande homenagem a Mahatma Gandhi, com todo esse desejo de homenagear o poder dessa obra que o Filhos de Gandhy tem, afinal se o axé tem 35 anos, ele tem o dobro”, conta o músico. 

Ilê, Didá, Gandhy e Olodum estão entre selecionados no Carnaval Ouro Negro 2018
Foto: Reprodução / Facebook

A Secretaria de Cultura da Bahia (Secult) divulgou, nesta terça-feira 16), a lista com as entidades carnavalescas de matrizes africanas e de manifestações tradicionais selecionadas para o Carnaval Ouro Negro 2018. Entre os projetos aprovados para receber o apoio no desfile de carnaval de Salvador, estão Olodum, Ilê Aiyê, Cortejo Afro, Didá, Filhos de Gandhy, Alerta Geral, Alvorada, Aspiral do Reggae, Reggae O Bloco e Commanche do Pelô. Este ano, 92 projetos foram contemplados nas categorias afro, afoxé, samba, reggae e de índio. A lista completa dos aprovados pode ser acessada online (clique aqui). A Secult divulgou também os artistas selecionados para o Carnaval do Pelô e Carnaval Pipoca (clique aqui).

Abertura do ‘Concha Negra’ terá homenagem a Luiz Melodia
Foto: Divulgação

A abertura do projeto “Concha Negra”, que foi adiada para este domingo (17), às 18h, na Concha Acústica do TCA, contará com uma homenagem a Luiz Melodia, morto em agosto. Na ocasião, os Filhos de Gandhy receberão no palco o cantor Aloisio Menezes, que emprestará sua voz para lembrar sucessos do artista carioca. O show terá ainda participação especial de Carlinhos Brown e abertura com o coletivo de humor Frases de Mainha. O espetáculo tem consultoria artística de Elísio Lopes Jr. e direção musical de Letieres Leite. Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), e podem ser adquiridos no site Ingresso Rápido (clique aqui), na bilheteria do Teatro Castro Alves ou nos SACs do Shopping Barra e do Shopping Bela Vista.

Estreia do 'Concha Negra' com Gandhy e Brown é adiada devido mau tempo na cidade
Foto: Reprodução

A estreia da Concha Negra com a presença dos Filhos de Gandhy que aconteceria na noite deste domingo (3) na Concha Acústica foi cancelada. Em virtude da chuva intensa em Salvador, o primeiro show do projeto foi adiado para o dia 17 de setembro. A direção do TCA informa que atendeu ao pedido dos produtores dos Filhos de Gandhy. Foi levada em consideração a previsão do tempo para a noite de hoje, que aponta o aumento do volume da chuva na capital baiana. O show dos Filhos de Gandhy com participação de Carlinhos Brown no dia 17 de setembro marcará a abertura da temporada do projeto Concha Negra, uma realização do Governo do Estado. A presença do coletivo de humor Frases de Mainha no evento do dia 17 também está confirmada. Os ingressos deste domingo (3) poderão ser utilizados no dia 17, portanto não será necessário fazer a troca dos bilhetes. Quem optar pelo ressarcimento poderá fazer o cancelamento do ingresso e receber o valor na bilheteria do TCA, a partir da próxima terça-feira (5).

TCA terá programação especial pelo aniversário de 50 anos ao longo de 2017
Foto: Jamile Amine / Bahia Notícias

Com ingressos esgotados, a Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) e o Balé do TCA recebem Gilberto Gil, Saulo, Baby do Brasil, Filhos de Gandhy, Jackson Costa e os jovens dos Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (Neojiba), para celebrar os 50 anos do Teatro Castro Alves. O encontro acontece neste sábado (4), em um grande show realizado na Concha Acústica. Mas aqueles que não conseguiram garantir a entrada para este espetáculo, ou os que gostariam de seguir celebrando o aniversário do TCA, terão a oportunidade de conferir uma programação especial ao longo do ano. “Temos sim alguns contatos, mas nós não estamos autorizados pela direção artística a divulgar, porque os contratos ainda não foram fechados. Então só se consagra com os contratos fechados”, informou o secretário de Cultura da Bahia, Jorge Portugal, revelando que estão previstos espetáculos de teatro, dança, além de shows musicais. Ele adiantou ainda que Zeca Baleiro é uma dessas atrações, cujas negociações já têm “meio caminho andado” para fechar o contrato. “Tem coisas que vão fazer a gente suspirar, pode crer!”, garante o secretário. Portugal revelou ainda que, apesar da crise e da dificuldade de repasses de parceiros, as obras na Sala do Coro – que fazem parte da segunda fase da reforma do Complexo do TCA – devem ser concluídas ainda no primeiro semestre deste ano. 

A apresentação deste sábado (4) marca também um momento de reestruturação da Osba, corpo artístico do TCA que esteve prestes a encerrar as atividades em 2016, mas este ano teve o processo de publicização concluído (clique aqui e saiba mais). “Nós temos aí, claro, um componente de celebração, sem dúvida alguma. Embora eu possa dizer para você que o processo foi sofrido um pouco para quem teceu aquela expectativa e achou que estava demorando demais. Tem razão! Mas na cabeça da gente, desde cedo, era essa a decisão. Desde a primeira vez que eu sentei com o maestro e componentes para discutir o caminho da orquestra, não tinha dúvidas de que a publicização era o caminho”, disse Portugal, afirmando ainda que a Secult neste momento está “rejubilada” com a decisão. “O concerto da Osba, logo depois do anúncio, foi lindo! Eles estavam revitalizados com a notícia e isso me deixa bastante contente. Isso daí vai ser um dos marcos da nossa gestão”, lembrou o titular da Secretaria de Cultura.

Didá, Malê Debalê e Muzenza estão entre entidades habilitadas no Carnaval Ouro Negro
Malê Debalê está entre habilitados | Foto: Reprodução / Facebook
A Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult-BA) divulgou, nesta terça-feira (7), as entidades habilitadas pelo projeto Carnaval Ouro Negro 2017. Ao todo, 91 agremiações foram contempladas com recursos do governo do Estado para desfilar na festa momesca, representando um investimento de mais de R$ 5 milhões. Na categoria Afro, foram aprovados nomes como Bloco Didá, que recebe R$ 50 mil; Cortejo Afro (R$ 90 mil); Malê Debalê (R$ 90 mil) e Muzenza (R$ 100 mil). Entre os Afoxés, foram contemplados Filhas de Gandhy (R$ 90 mil) e Filhos de Gandhy (R$ 130 mil). Já na categoria samba aparecem Alerta Geral (R$ 60 mil) e Bloco Alvorada (R$ 40 mil). As entidades de Reggae contempladas foram Aspiral do Reggae (R$ 40 mil), Banana Reggae (R$ 55 mil) e Surf Reggae (R$ 40 mil). Entre os aprovados na categoria Índio estão Apaches do Tororó (R$ 70 mil) e Commanche do Pelô (R$ 70 mil). Clique aqui para conferir a lista completa.
50 anos do TCA: Gilberto Gil poderá se apresentar junto com a Osba em março
Foto: Reprodução / Instagram
Gilberto Gil poderá se juntar à Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) e os Filhos de Gandhy, para celebrar o aniversário do Teatro Castro Alves. A revelação foi feita por Carlos Prazeres, regente titular da orquestra, através das redes sociais. “Ontem no TCA, numa conversa animada com Gilberto Gil, algumas ideias surgiram e é possível que este nosso mestre, além dos Filhos de Gandhy, se apresente com a Osba já no início de março para comemorar os 50 anos do teatro. Nada sacramentado, mas vamos andar com fé e torcer para que este sonho vire realidade!”, escreveu o maestro no Instagram, junto com uma foto ao lado de Gil.
Gilberto Gil será homenageado pelo Afoxé Filhos de Gandhy no Carnaval 2017
Foto: Mario Luiz Thompson
O Afoxé Filhos de Gandhy fará um tributo a Gilberto Gil durante o Carnaval 2017. A notícia foi confirmada pelo próprio cantor e compositor baiano, por meio das redes sociais. “Muito emocionado com a homenagem do Afoxé Filhos de Gandhy no carnaval de 2017! É uma honra ser parte de um dos blocos mais tradicionais da Bahia. Ajayo!”, escreveu Gil, que é afiliado ao bloco. O cantor divulgou ainda trecho de um texto assinado pelo presidente dos Filhos de Gandhy, Francisco Lima, no qual exalta a importância do homenageado. "A contribuição de Gil nos remete aos anos 70, quando (...) ajudou a soerguer uma instituição carnavalesca de forte apelo cultural, que se encontrava em franca decadência. Os anos que se seguiram sempre esteve por perto, fisicamente ou através de suas músicas. O seu gesto motivador continua sendo referência para todos (...) até hoje. O que mais nos encanta em Gil é a simplicidade com que ele desfila no Carnaval, tocando seu agogô junto aos membros da bateria. Vida longa ao Mestre Gilberto Gil", diz o texto.
 
Gil cantou um tributo ao Afoxé e ao carnaval baiano em “Filhos de Gandhi”, relembre:

Lei Rouanet: Bloco Filhos de Gandhy deverá devolver meio milhão aos cofres públicos
Foto: Reprodução / Irdeb

Além da cantora Claudia Leitte, do ator José de Abreu e da Orquestra Sinfônica Brasileira, agora, o bloco Filhos de Gandhy também terá que devolver dinheiro adquirido com base na Lei Rouanet. A informação foi publicada na coluna Satélite do Correio, apontando que os responsáveis pela empresa terão que reembolsar os cofres públicos em R$ 517 mil. A instituição Filhos de Gandhy encontra-se na lista de projetos que foram contemplados com os incentivos do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), entretanto, suas contas foram rejeitadas pelo Ministério da Cultura (MinC). Conforme portaria publicada no Diário Oficial da União, desta sexta-feira (18), a entidade deverá restituir o valor exigido e ficará inabilitada de participar do programa de incentivo por três anos. A instituição se complicou, quando, há quatro anos, arrecadou desses projetos R$ 1,35 milhão com aval do MinC para poder  desfilar em três dias, no afoxé, do Carnaval de Salvador. 

Filhos de Gandhy fazem ensaio e iniciam venda de carnê para carnaval 2017
Foto: Divulgação
Durante ensaio realizado neste domingo (15), a Associação Cultural Recreativa e Carnavalesca Filhos de Gandhy abre, a partir das 14h, a venda de lote promocional do carnê para o carnaval 2017. Os interessados podem adquirir a fantasia na sede do bloco, situada na Rua Gregório de Matos, 53, Pelourinho, que funciona de segunda a sexta-feira, das 13h às 17h. No show de lançamento, a Banda Tradicional Filhos de Gandhy apresentará seu novo repertório, a er executado no próximo carnaval, cujo tema será “DIÁSPORA AFRICANA – A travessia não me abateu... Tornou-me forte!!”.
 
Serviço
O QUÊ: Ensaio do Afoxé Filhos de Gandhy e Lançamento do carnê 2017
QUANDO: Domingo, 15 de maio, às 16h
ONDE: Sede do Afoxé Filhos de Gandhy (Rua Gregório de Matos, nº. 53, Pelourinho)
QUANTO: Grátis
Filhos de Gandhy recebem Magary em ensaio neste domingo
Foto: Divulgação
A Banda Show Filhos de Gandhy recebe Magary e o grupo A Grande Família em seu tradicional ensaio, que acontece neste domingo (23), às 16h, na sede do Afoxé, no Pelourinho. O evento, que é gratuito, serve como preparação para o carnaval 2015 e seguirá todos os domingos no mesmo local.
 
Serviço
O QUÊ: Ensaio do Afoxé Filhos de Gandhy com Magary e A Grande Familia
QUANDO: Domingo, 23 de novembro, às 16h
ONDE: Sede do Afoxé Filhos de Gandhy. Rua Gregório de Matos, nº 53 – Pelourinho
QUANTO: Entrada Gratuita
Filhos de Gandhy celebra missa comemorativa dos 65 anos de afoxé
Foto: Reprodução
Para comemorar seus 65 anos, o Afoxé Filhos de Gandhy vai realizar uma missa na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, Largo do Pelourinho, no Centro Histórico de Salvador.  A celebração acontece nesta terça-feira (18), às 10h. Após a missa, na sede do afoxé, será oferecido um almoço para convidados, imprensa e contribuintes da Associação Cultural Recreativa e Carnavalesca Filhos de Gandhy.
Gilberto Gil leva Filhos de Gandhy para a Inglaterra
Pelas mãos de um dos membros mais ilustres, Gilberto Gil, o Afoxé Filhos de Gandhy vai desfilar o seu tapete branco da paz em solo inglês. O bloco chega à Inglaterra para participar do festival Back2Black, que após três edições no Brasil, acontece em Londres, de 29 de junho a 1º de julho, e onde Gil terá no palco, ainda, os artistas Marcelo D2, Mart'nália, Luiz Melodia, Emicida e Criolo. Nas edições brasileiras, realizadas entre 2009 e 2011, grandes atrações como Erykah Badu, Dave Stewart, Macy Gray, Chaka Khan, Aloe Blacc e Youssou N'Dour se apresentaram. Agora é a vez de o país retribuir.
Ícones do Carnaval comentam greve da PM às vésperas da folia
Fotos: Jeferson Santos Bezerra
Durante o evento organizado pelo Banco Itaú de divulgação das ações que serão realizadas pelo patrocinador master do Carnaval de Salvador nesta edição, na manhã desta sexta-feira (3), dois ícones da festa comentaram sobre a atual insegurança em que vive a cidade. O cantor Luís Caldas, convidado da instituição, disse que pelo apelo popular que a festa momesca possui em Salvador, o imbróglio que envolver a Polícia Militar deve ser interrompido, pelo menos nos sete dias de folia. “Eu acredito que não vai existir nenhum problema. A gente passou por momentos tensos, mas o baiano gosta tanto dessa festa que vai fazer o possível para comemorar. Pode ser que depois até volte o problema, porque um problema desse tipo não se resolve com uma reuniãozinha”, comentou. Já Agnaldo Silva, presidente do tradicional bloco Filhos de Gandhy, disse confiar na competência da polícia para fazer a segurança da festa. “Estamos otimistas que vai dar tudo certo. Eu acho que essa greve vai acabar. A polícia está aí para orientar a população”, afirmou. O evento do Itaú acontece no Espaço Unibanco de Cinema, na Praça Castro Alves. 
Filhos de Gandhy realiza seu tradicional Ensaio Geral
O mais tradicional afoxé da cidade, o Filhos de Gandhy realiza seu tradicional ensaio geral neste domingo (5), a partir das 13h, na Praça Tereza Batista (Pelourinho). O evento terá a participação de Aloísio Menezes, Gerônimo, Viola de Doze, Catadinho do Samba, Caxambú, Sangue Brasil e Joelma Hils; além da banda show do próprio Gandhy. Os ingressos custam R$ 15 (individual) e R$ 25 (casadinha). Neste Carnaval 2012, a agremiação completa 63 anos de partipação na folia momesca.

Filhos de Gandhy: ensaio de graça no Pelourinho

Filhos de Gandhy: ensaio de graça no Pelourinho
Já começaram os ensaios do Afoxé Filhos de Gandhy para o Carnaval de 2012. Neste domingo (4), a partir das 16 horas, na sede do bloco (Pelourinho), a agremiação recebe seus associados e o público em geral para um dia de muita música e vibrações positivas. No ano que vem, os Filhos de Gandhy completam 63 anos de partipação no carnaval de Salvador. O ensaio, que contará com a participação da Banda Show Gandhy, tem entrada gratuita e sempre começa com um deslumbrante padê - cerimônia interdisciplinar para despachar Exu.
Encontro Nacional de Afoxés acontece em Salvador
Acontece em Salvador, de 28 a 30 deste mês, a primeira edição do ‘Encontro Nacional de Afoxés’, evento promovido pela Federação Nacional de Afoxés e que visa o fortalecimento das agremiações culturais que têm tanta importância para a arte brasileira, mas não obtém o reconhecimento necessário para sobreviver sem maiores dificuldades. Entre outros objetivos, o encontro vai propor ainda o reconhecimento dos afoxés como patrimônio imaterial nacional. Para a mesa de abertura do evento, já está confirmada a presença do governador Jaques Wagner, além de outros nomes. O Encontro vai reunir ainda historiadores, como o professor Ubiratan Castro, diretor da Fundação Pedro Calmon e a professora Yêda Pessoa de Castro. Entre os afoxés, além da participação evidente dos Filhos de Gandhi, também estarão presentes agremiações como Afoxé Pai Burukô e Afoxé Pomba de Malê, de Feira de Santana. O encontro será no Auditório do Teatro da Uneb. E o encerramento, no dia 30, no Largo de Pedro Archanjo (Pelourinho), das 19h às 23h. A entrada é gratuita.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Quem acompanhou a Faroeste viu o que um pseudo cônsul pode fazer. Na história de Porto Seguro, tem dois verdadeiros. Imagine o que ainda não vai render. E olha que a história nem chegou em Salvador. Mas a vida segue também fora do Judiciário. Por exemplo: o Soberano está cada vez menor, enquanto o Ferragamo está cada vez mais investindo em um perfil "pau pra toda obra" (lá ele!). Mas se o Dois de Julho não foi lá tão bonito, tem coisa ainda mais triste fora do cortejo. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Luciano Simões

Luciano Simões
Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".

 

Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis. 

Podcast

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira

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O deputado estadual Luciano Simões Filho (União) é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira (15). O podcast é transmitido ao vivo a partir das 16h no YouTube do Bahia Notícias.

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