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Jeanne Lima assume comando do Forró no Parque, de Zelito Miranda; 1ª edição acontece no domingo (24)
A tradição iniciada por Zelito Miranda, o rei do forró temperado, será mantida no calendário junino de Salvador. A cantora Jeanne Lima será a responsável por comandar as edições de 2024 do ‘Forró no Parque’, que acontece a partir deste domingo (24) no Largo Quincas Berro D’Água, no Pelourinho.
Em comemoração aos 15 anos de existência da festa, a artista receberá Del Feliz, que fará uma passagem simbólica de bastão para Jeane, além de Armandinho Macêdo. As outras edições serão nos dias 21 de abril e 19 de maio, sempre no mesmo local e horário.
Para Telma Miranda, viúva de Zelito, manter a festa é honrar a história do artista no forró e a marca que ele deixou na cultura baiana.
“Zelito Miranda sempre foi agregador, amigo de todos forrozeiros, então surgiu a ideia de cada ano ser um amigo, amiga a fazer essa homenagem, esse Tributo a Zé. Ano passado foi Del Feliz que homenageou e recebeu vários convidados nas três edições de 2023. Esse ano será Jeanne Lima que receberá Del Feliz na primeira edição para passar o bastão, entregando a Jeanne a grande festa do Forró no Parque pra ela comandar. Será muito lindo.”
A empresária ainda celebra o fato de conseguir dar continuidade ao projeto: “Como empresaria do setor, uma das primeiras a entrar no mundo executivo do show business do forró, enquanto mulher, sinto a necessidade de mostrar, falar, que é possível ser mãe, mulher e executiva sim, mostrar pra essa geração mais nova o empoderamento, mostrar que a mulher pode estar onde ela quiser”.
O tradicional evento comandado por Zelito Miranda, “Forró no Parque”, está de volta e fará um tributo ao saudoso forrozeiro.
O evento que tem Del Feliz como anfitrião terá na primeira edição Adelmario Coelho e Léo Estakazero como convidados.
O evento foi idealizado pela produtora e viúva de Zelito, Telma Miranda. “O Forró no Parque sempre foi a paixão de Zé e por isso, eu decidi fazer essa homenagem ao meu parceiro, meu amor, meu companheiro de vida, esse Tributo, convidando os amigos dele para estar no palco fazendo esse carinho”, afirmou Thelma.
A festa contará com três edições nos dias 26 de março, 23 de abril e 21 de maio, na Quincas Berro D’Água, a partir das 11h.
Em adaptação aos protocolos exigidos para evitar a propagação da Covid-19, o forrozeiro Zelito Miranda faz a primeira edição virtual do Forró no Parque de 2021, neste sábado (10), com transmissão a partir das 15h, em seu canal no Youtube.
O evento, que terá a participação do sanfoneiro Eugênio Cerqueira, será dividido em dois momentos: um acústico, com parte da banda de Zelito, e outra em formato VS, com os instrumentos gravados. “Estou muito emocionado em poder voltar tocar com minha banda, momento muito esperado, mesmo sendo live, é a certeza que a vacina está chegando para todos e logo voltaremos para os palcos”, disse Zelito Miranda.
SERVIÇO
O QUÊ: Forró no Parque com Zelito Miranda
QUANDO: Sábado, 10 de julho, às 15h
ONDE: Canal de Zelito Miranda Oficial no Youtube - www.youtube.com/zelitomirandaoficial
VALOR: Grátis
O projeto Forró no Parque abre sua 11ª temporada no dia 15 de março, a partir das 11h, no Largo Pedro Archanjo, no Pelourinho, em Salvador, com entrada gratuita. Na ocasião, Zelito Miranda recebe Adelmário Coelho com convidado especial.
O anfitrião levará ao palco as canções do disco “Forró Porreta”, que ganhou o prêmio de melhor CD do site São João na Bahia, da TV Aratu, concorrendo com forrozeiros da Bahia e do Nordeste. Já Adelmário, apresentará o repertório de seu novo DVD, “Carrossel do Tempo” que celebra seus 25 anos de carreira e reúne os maiores sucessos de sua trajetória, com novos arranjos.
SERVIÇO
O QUÊ: Forró no Parque – Zelito Miranda recebe Adelmário Coelho
QUANDO: Domingo, 15 de março, às 11h
ONDE: Largo Pedro Archanjo – Pelourinho – Salvador (BA)
VALOR: Entrada gratuita
Zelito Miranda comanda mais uma edição do Forró no Parque neste domingo (9), a partir das 11h, Largo Pedro Archanjo, Pelourinho, em Salvador. Na ocasião, o anfitrião receberá o Olodum, Virgílio e Sarajane como convidados especiais.
“Sempre é uma festa. Agora com a batida do Olodum será uma festa temperada e animada. Tenho certeza que este domingo será mais um dia bombado do nosso Forró no Parque”, avalia o artista conhecido como rei do forró temperado.
SERVIÇO
O QUÊ: Forró no Parque
QUANDO: Domingo, 9 de junho, às 11h
ONDE: Largo Pedro Archanjo – Pelourinho – Salvador (BA)
VALOR: Entrada gratuita
Celebrando os 10 anos do projeto Forró no Parque, Zelito Miranda recebe Denny Denan, Estakazero e Flor Serena na terceira edição desta temporada. O evento acontece neste domingo (19), a partir das 11h, no Largo Pedro Archanjo, no Pelourinho, em Salvador, com entrada gratuita.
Com músicas que abordam termas sociais, Zelito levará ao palco as canções do disco “Forró Porreta”, que ganhou o prêmio de melhor CD do site São João na Bahia e TV Aratu, concorrendo com forrozeiros da Bahia e do Nordeste.
SERVIÇO
O QUÊ: Forró no Parque
QUANDO: Domingo, 19 de maio, às 11h
ONDE: Largo Pedro Archanjo – Pelourinho – Salvador (BA)
VALOR: Entrada gratuita
O forrozeiro baiano Zelito Miranda está celebrando, em 2019, a 10ª edição do Forró no Parque. O evento, que já passou pelo Parque da Cidade e Museu de Arte Moderna, acontece este ano no Pelourinho. A segunda apresentação do cantor será neste domingo (28), no Praça Pedro Arcanjo, às 11h.
O primeiro show do projeto aconteceu no meio das "Águas de Março", com a participação do cantor Alcymar Monteiro. "Estava chovendo muito, mas foi impressionante. Ficamos preocupados com a chuva, imaginando se o show iria mesmo acontecer, mas de repente a praça estava totalmente cheia e foi uma surpresa imensa para a gente", contou Miranda ao Bahia Notícias.
Sobre os eventos no Pelourinho, Zelito destacou a estrutura de show que o local possui. "O Pelô tem todo aquele comercial em suas praças, que são as galerias, os restaurantes, e tudo fica aberto a partir das 10h, fica um negócio muito bonito".
Durante os 10 anos do Forró do Parque, o rei do forró "temperado" já recebeu mais de 70 artistas convidados durante seus shows. Entre eles já passaram o Ilê Aiyê, Olodum, Cortejo Afro, Alberto Mendes, Adelmario Coelho, Targino e até Renato Piaba já participou realizando uma performance. "Sempre foi muito eclético, eu não escuto apenas forró, gosto de todo tipo de música e respeito todos que fazem uma boa música. Então, chamo mais as pessoas que estão ligadas a mim, meus amigos".
No show de domingo, os convidados de Zelito serão o grupo pernambucano Fulô de Mandacaru, vencedor da terceira edição do programa SuperStar, e os baianos da Filomena Bagaceira. O forrozeiro fez questão de elogiar a participação do grupo Fulô no programa musical: "Eles deram uma visibilidade muito positiva ao forró nordestino. A participação deles foi uma dádiva pra gente (do forró). A repercussão da Fulô deu aquela efervescência para o forró e gerou uma agenda positiva de shows para eles, eu espero que cresçam cada vez mais".
Entrando no clima de São João, e questionado sobre a Lei da Zabumba - que determina que 60% das contratações feitas com o dinheiro público no São João precisam ser bandas típicas de forró -, Zelito confessou que a lei iria servir como "um limitador de mercado, para estabelecer algumas normas, porque estavam todas à deriva". O cantor disse que a ideia surgiu com ele, o cantor Del Feliz e com o então deputado estadual Marcelo Nilo, e o objetivo era garantir um direcionamento para o forró.
"Naquela época era limitado, uma coisa muito fechada. Hoje já temos as coisas bem mais amplas. Hoje nosso São João ganha uma dimensão grande no interior com o apoio do governo. A lei nasceu para discutirmos alguns aspectos do mercado, como ele estava naquele momento, há 8, 9 anos. E ela serviu para isso, mas no formato final dela já existia, porque quando uma pessoa contrata alguém de fora para 5 dias de festa, nos outros dias já tem 4, 5, 6 atrações locais, do estado. Então ela perdeu seu objetivo. Ela precisa ser discutida de novo se tiverem pessoas que queiram incorporar essa luta, mas eu acho muito interessante, ela serviu para algumas coisas. Por exemplo, hoje busca-se a imaterialidade do forró feito na Bahia, cada estado tendo seu representante”.
O cantor de forró afirmou ao Bahia Notícias que a “invasão” do sertanejo não tem afetado suas apresentações no São João. Na verdade, Zelito disse que está tendo uma crescente e a cada ano ele tem tocado mais. “É uma coisa impressionante, fico muito feliz em saber que o forró tem hoje uma representação. Com os sertanejos são casos isolados, o produtor bota uma música com estilo diferente ali, mas tem uma outra galera na grade. Pra mim não me afetou, não posso dizer isso. Porque a cada ano eu vejo a gente (os forrozeiros) ser mais solicitado. Mas nós lutamos, hoje você vê uma infinidade de coisa boa rolando na Bahia, diversos ensaios. Então, mesmo que as pessoas errem, um pequeno deslize em uma programação, eu acho que é coisa boba, é só ajuste, nem tudo são flores, a gente constrói essa profissão com muita alegria, porque se você for pela tristeza… vai ser difícil”, admitiu o cantor.
A agenda de São João de Zelito Miranda está prevista para ser divulgada no dia 15 de maio. “Tem muita surpresa boa e muitas cidades”.
SERVIÇO
O QUÊ: Forró no Parque – Zelito Miranda recebe Fulô de Mandacaru e Filomena Bagaceira
QUANDO: Domingo, 28 de abril, às 11h
ONDE: Praça Pedro Arcanjo – Pelourinho – Salvador (BA)
VALOR: Entrada gratuita
Zelito Miranda e Alcymar Monteiro se encontram no primeiro show da 10ª edição do Forró no Parque, que acontece no dia 31 de março, a partir das 11h, no Largo Quincas Berro d´água, Pelourinho.
“Estamos muito felizes em voltar ao Pelourinho, um espaço que tão bem nos recebe. Mais feliz ainda estou de comemorar dez anos deste projeto aberto ao público, onde todos podem curtir a boa música da nossa terra e ter este grande amigo, Alcymar Monteiro, como convidado”, disse Zelito, sobre a festa, carinhosamente chamada de “Encontro de Reis”.
No repertório do anfitrião, canções do disco “Forró Porreta”, vencedor do prêmio de melhor CD do site São João na Bahia e TV Aratu. O evento tem entrada gratuita.
SERVIÇO
O QUÊ: Forró no Parque – Zelito Miranda recebe Alcymar Monteiro
QUANDO: Domingo, 31 de março, às 11h
ONDE: Largo Quincas Berro d´água – Pelourinho – Salvador (BA)
VALOR: Entrada gratuita
O forrozeiro Zelito Miranda abre, neste domingo (10), a nona temporada o Forró no Parque, com um show gratuito a partir das 11h, no Largo Pedro Archanjo, no Pelourinho, em Salvador. Na apresentação, ele, que é conhecido como o Rei do Forró Temperado, apresentará ao público seus maiores sucessos, além d o repertório de seu novo disco, “Forró Porreta”. Este ano, o projeto Forró no Parque terá duas edições, uma neste fim de semana e outra no dia 17 de junho.
SERVIÇO
O QUÊ: Zelito Miranda - Forró no Parque
QUANDO: Domingo, 10 de junho, às 11h
ONDE: Largo Pedro Archanjo – Pelourinho – Salvador (BA)
VALOR: Grátis
No último fim de semana, Zelito Miranda encerrou a 8ª edição do Forró no Parque, projeto que, depois de nascer no Parque da Cidade e passar pelo Pelourinho, este ano aportou em uma nova casa: o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), em Salvador. O local, que recebeu ornamentação temática para o São João, será também cenário do novo DVD do artista, com previsão de lançamento para o segundo semestre de 2017. A ideia de fazer um registro audiovisual do Forró no Parque é antiga, mas ficou emperrada por questões burocráticas. “Eu queria registrar um DVD lá no Parque da Cidade, mas era difícil, por causa dos ambulantes, que vendiam livremente, porque é natural que este entorno esteja participando. Mas eu fiz o projeto durante sete anos e não pude registrar naquele lugar porque você tinha as marcas de bebidas expostas”, relata o músico, apelidado de Rei do Forró Temperado, explicando que, por sugestão de seus patrocinadores, deslocou o projeto ao MAM. Segundo ele, lá eles foram muito bem recebidos pela diretora do espaço, Ana Liberato, que já planejava fazer uma festa junina nas dependências o museu.
“Fizemos os shows na igrejinha, porque é propício para uma vila junina. O pátio da igreja virou arraial de quadrilha, criou-se uma vila junina com tudo decorado, com bandeirolas, ilhas de bebidas organizadas, um palquinho entre as árvores, tiramos aquela coisa de show business de palcão”, descreve Zelito, sobre o ambiente onde aconteceu a 8ª edição do Forró no Parque. O cantor e compositor baiano aproveitou a oportunidade para sentir o ambiente no qual gravará seu terceiro DVD – o primeiro e o segundo foram gravados na Concha Acústica do TCA e em Ilhéus, respectivamente –, optando por fazer o registro posteriormente por questões práticas e plásticas: o tempo chuvoso do período junino não é o mais bonito para as câmeras.
Vila junina montada nas dependências do MAM será cenário do terceiro DVD de Zelito Miranda | Foto: Divulgação
Além do disco, Zelito Miranda prepara ainda o lançamento de seu segundo livro, que já está em fase de finalização e deve sair até dezembro. “É um livro sobre signos do zodíaco em cordel e martelo-agalopado. Tenho me dedicado muito à literatura, é meu segundo livro, mas estou com uns seis ou sete na fila, para ir botando pra fora devagarzinho”, conta o artista, que recentemente concedeu entrevista ao Bahia Notícias, na qual comentou a polêmica envolvendo os forrozeiros, a tradição junina e os sertanejos. “Cada um canta o que quer, né? Eu acho que é um direito. Agora, os contratantes estão errados, estão indo pelo vil metal, pela grana. E eles podem destruir uma cena, que é uma das mais fortes que nós temos hoje no Brasil”, disse ele, à época (clique aqui e confira a matéria completa sobre o tema).
Criador do “Forró Temperado”, estilo que, em sua essência, valoriza as diversas influências e o “não purismo” da arte, Zelito Miranda defende a tradição da festa junina e não apenas da música, que, para ele, deve evoluir. “Eu acho que a tradição, enquanto festa, enquanto marca São João, deve ser preservada. Agora, enquanto trilha sonora, forró, a música não é estática. Ou os forrozeiros também avançam na sua sonoridade, ou vão ficar numa mesmice de anos”, pondera. Nesta linha, atento às mobilizações dos músicos na campanha “Devolva Meu São João” (clique aqui e saiba mais), o cantor e compositor baiano diz ser simpático ao movimento, mas que discorda do discurso anterior, de “resgate o São João”, por considerar tal expressão equivocada. “O São João não está se afogando. Quem precisa de resgate é quem está sendo afogado. Mas, muito pelo contrário, o São João está vigorado, é a maior festa que nós temos no Brasil hoje, em termos de tudo, movimentação financeira, movimentação artística, é a festa que mais gera emprego e renda”, afirma o músico, destacando, no entanto, a necessidade de empoderar “quem é de direito”, já que, segundo ele, em referência à entrada em massa do Sertanejo nestas festas, há “uma tentativa de se arrancar isto do nordestino”.
Zelito diz que nomes já consolidados, como ele, não sofrem tanto com a “invasão” do estilo musical forasteiro, mas afirma que este fenômeno compromete a renovação da tradição junina. “A gente tem uma galera que está começando e, para que esta festa e esta trilha sonora do São João, que é o forró, seja mantida e revigorada, ela precisa de gente nova”, pontua, atribuindo aos velhos e novos forrozeiros a legitimidade artística e cultural dentro da festa tipicamente nordestina. “Está havendo uma tentativa de massacre mesmo, dos valores juninos. É desconexo”, completa Zelito, lembrando a decepção de um amigo suíço, que faz parte de um grupo de forró no país europeu, ao visitar o interior da Bahia no São João. “Ele foi para uma cidade no interior, não vou dizer o nome pra não criar problema, e quando chegou lá, as atrações principais eram Jorge e Matheus e Luan Santana. Ele saiu de lá de Zurique pra dançar forró e só foi achar no Pelourinho”, contou.
Zelito considerou "inconsequente" e condenou a resposta dada por Marília Mendonça a Elba Ramalho sobre a polêmica do sertanejo no São João | Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias
Para o artista, o modelo do sertanejo é antigo e “perigosíssimo”. “O formato do sertanejo é invasor. Se você pegar recentemente, aquela cantora que eu nem ouço as músicas dela, aquela mulher é inconsequente”, disse ele, referindo-se a Marília Mendonça. “Ela pode até ter um trabalho legal, eu não conheço realmente, de fato, vi algumas coisas dela ligando no rádio, mas ela é inconsequente. A resposta dela, ‘vai ter sertanejo’, essa arrogância, falar mal de uma pessoa como Elba [Ramalho], é, no mínimo, inconsequente”, reiterou o músico, sobre a polêmica entre Marília e a cantora paraibana (clique aqui e saiba mais). “Graças a Deus ela [Elba] canta cultura nordestina, forró”, diz Zelito, destacando-a como um dos “astros que brilham no São João”. “Então, nessa discussão entrou Alcymar (clique aqui para lembrar), entrou Santanna, e principalmente os pernambucanos, porque mexeram num território complicado”, acrescentou.
Criticando o formado “industrial” do sertanejo, Zelito Miranda ponderou, no entanto, que a discussão não deve ser levada para o trabalho dos artistas. “Cada um canta o que quer, né? Eu acho que é um direito. Agora, os contratantes estão errados, estão indo pelo vil metal, pela grana. E eles podem destruir uma cena, que é uma das mais fortes que nós temos hoje no Brasil. Hoje, São Paulo está fazendo festa junina, pena que Portugal cancelou, por conta do incêndio, mas o mundo todo tem feito essa festa. Nós temos hoje catalogados 43 festivais de forró na Europa, que vai de Colônia na Alemanha, ao Oxford Forró”, salienta, afirmando que o São João é a única festa que tem indumentária, dança, culinária, e música própria, representando a riqueza cultural de um povo.
Zelito recriou o ambiente do 'arraiá' nas dependências do Museu de Arte da Bahia | Foto: Saulo Brandão
Dentro deste contexto e contemplando todo esse conjunto, Zelito Miranda realiza, neste domingo (25), no Museu de Arte Moderna da Bahia, mais uma edição itinerante do Forró no Parque. No local, o público poderá curtir o forró do artista em um ambiente que remonta um “arraiá”, com barracas de comidas típicas e ornamentação temática (leia mais aqui).
O cantor e compositor baiano Zelito Miranda retorna ao Museu de Arte Moderna (MAM-BA) nos próximos domingos, 18 e 25 de junho, com a edição itinerante do Forró no Parque. As apresentações acontecem sempre a partir das 11h, aos moldes do evento original que acontecia no Parque da Cidade. Em clima de São João, com quadrilha, decoração temática e comida típica, no último fim de semana, o artista animou o espaço junto com os convidados Val Macambira e Del Feliz. A entrada é gratuita.
SERVIÇO
O QUÊ: Forró no Parque
QUANDO: Domingo, 18 e 25 de junho, às 11h
ONDE: Museu de Arte Moderna da Bahia - MAM-BA
VALOR: Grátis
Zelito Miranda desembarca no Museu de Arte Moderna (MAM-BA), no dia 11 de junho, com a edição itinerante do Forró no Parque. O evento acontece a partir das 11h, com a participação especial de Del Feliz. Um dos famosos cartões postais de Salvador, o espaço será ornamentado de acordo com as tradições juninas, recebendo ainda comidas e bebidas típicas. “O ambiente do Solar do Unhão é magico, é um dos principais cartões postais de Salvador, um visual de tirar o folego. Aconchegante e propício para se curtir uma manhã de domingo”, disse Zelito Miranda, que na ocasião fará o lançamento de duas canções, “Forró Porreta” e “Outra Bahia”, ambas do forrozeiro e Rafael Junior.
SERVIÇO
O QUÊ: Forró no Parque itinerante – Zelito Miranda recebe Del Feliz
QUANDO: Domingo, 11 de junho, a partir das 11h
ONDE: Museu de Arte Moderna da Bahia - Salvador
A próxima edição do Forró do Parque, realizada neste domingo (19), a partir das 11h, no Parque da Cidade, contará com uma homenagem a São José, que dentro da tradição nordestina, foi a primeira divindade ligada aos festejos juninos. Na ocasião, o anfitrião Zelito Miranda receberá o cantor e compositor pernambucano Maciel Melo. No repertório, clássicos do forró, além de canções autorais. A entrada é gratuita.
Serviço
O QUÊ: Projeto Forró no Parque – Zelito Miranda recebe Maciel Melo
QUANDO: Domingo, 19 de março, às 11h
ONDE: Parque da Cidade - Itaigara
VALOR: Entrada gratuita
O Forró do Parque chega à sua oitava temporada, sob comando de Zelito Miranda. A primeira edição do evento em 2017 será no dia 19 de março, a partir das 11h, no Parque da Cidade, com entrada gratuita. “Fico muito feliz em trazer este projeto de novo para o espaço onde ele começou, dá uma sensação de está em casa”, afirma o forrozeiro, que depois no ano passado apresentava o projeto no Pelourinho. Com a presença de convidados, os shows ocorrerão mensalmente, até junho, quando o artista seguirá em turnê por todo Brasil.
Serviço
O QUÊ: Projeto Forró no Parque - 8ª temporada do
QUANDO: Estreia no domingo, 19 de março, a partir das 11h
ONDE: Parque da Cidade - Itaigara
VALOR: Entrada gratuita
Serviço
O QUÊ: Forró no Parque com Zelito Miranda
QUANDO: Domingo, 7 de junho, às 11h
ONDE: Largo Pedro Archanjo, Pelourinho
QUANTO: Entrada Gratuita
Serviço
Ao longo dos seis anos de “Forró no Parque", mais de 50 artistas já passaram pelo projeto capitaneado por Zelito Miranda. Além do cantor e compositor Lazzo Matumbi, convidado de estreia, também participaram do evento o paraibano Genival Lacerda, autor do clássico de forró “Severina Xique Xique”, a banda de reggae Adão Negro, Cangaia de Jegue e Adelmário Coelho, que acompanhou Zelito durante um ano do projeto. “O Forró no Parque é um ponto de encontro. É lazer, entretenimento, boa música gratuita, numa manhã de domingo, onde as pessoas estão descontraídas, podem levar os filhos, curtir, se divertir”, diz Zelito. Apesar do sucesso atual, o forrozeiro conta que duvidou do potencial da iniciativa. “No início, quando fui convidado para fazer, eu não acreditei [que pudesse dar certo]. Forró domingo de manhã?”, desdenhou o cantor à época. Quando chegou para a apresentação de estreia do “Forró” se surpreendeu: “o parque estava cheio. Aquilo me deu ânimo, fôlego para continuar, porque ver o forró na capital com esse gás é muito legal”, relembra. O evento cresceu e já chegou a registrar um público de 11 mil pessoas. Embora esteja feliz com a mudança para o Pelourinho, Miranda conta que não poder mais receber a mesma quantidade de pessoas que costumava ir aos shows no Parque da Cidade foi uma adaptação difícil. “Por um lado a mudança foi fácil, porque o Pelourinho abriu as portas quando soube da nossa intenção de fazer o projeto lá. Imediatamente eles se organizaram, se planejaram e trabalharam com o maior carinho para poder nos oferecer a melhor estrutura e segurança. Mas também foi difícil, porque a gente sabia do contingente de pessoas que estava indo ao parque, mas não cabe no Largo”, pontua.
Natural de Serrinha, interior da Bahia, Zelito Miranda não esconde sua paixão pelo São João. Os planos para os festejos deste ano já estão a todo gás, mas ele prefere guardar segredo por enquanto. “Olhe, deixe quieto, porque essas coisas de agenda é melhor deixar para soltar mais próximo”, diz, em tom de brincadeira, e continua: “O São João desse ano é atípico, porque cai no meio da semana. O que faz com seja um São João de onze dias, de quinta a domingo da semana seguinte. Isso gera uma movimentação muito louca, porque tem cidade que ainda não sabe quando vai fazer”. Quanto ao fato de o São João ser considerado por muitos forrozeiros a maior festa da Bahia, ideia que volta e meia é motivo de polêmica, Zelito é enfático. “O São João não é só a maior festa da Bahia, é a maior festa do Brasil. Diferentemente do Carnaval, que é uma coisa bem urbana e citadina, a festa junina começou no interior e chegou à capital através das pessoas que migraram para cá e trouxeram essa cultura que é forte, enraizada, arraigada no sangue”, ressalta e continua: “É uma festa que acontece no bairro, na praça, na roça, que têm indumentária e culinária próprias, que atende a todas as gerações, da criança ao velho, sem falar no fator econômico”. No que se refere ao São João em Salvador, Miranda destaca a força que a cidade ganhou no circuito dos festejos juninos e reconhece que há uma aproximação entre as festas da capital e do interior. “Em Salvador, o São João é peculiar, porque a maior parte da população tem origem rural ou no interior, o que trouxe força para a festa na cidade. Além disso, Salvador ofereceu condições de ter um São João de verdade, que não tinha, e já é possível perceber pessoas que fazem o movimento de sair dos seus interiores para vir curtir a festa na capital”, analisa o músico. Ainda assim, confessa que não tem nada como curtir a festa no interior. “As cidades do interior e a capital retumbam as batidas da zabumba, do triângulo, da sanfona. Agora, o interior, me perdoem, tem uma pegada muito forte, viu?!”, diz rindo.
Em relação às novas tendências do forró, Zelito Miranda afirma perceber uma espécie de “diluição cultural”. “Eu vejo uma diluição cultural, porque não são tendências que nasceram culturalmente, e sim comercialmente, e trazem consigo somente o interesse em ganhar dinheiro. Não que eu tenha nada contra ganhar dinheiro, que ele venha também. Mas as pessoas estão confundindo as coisas”. A crítica de Zelito recai especialmente sobre os artistas “camaleônicos”, aqueles que se adequam ao gênero musical dependendo da época do ano. “Não critico artistas do Carnaval quer tocam no São João, porque todo mundo tem direito. Quando aparece show no Carnaval, eu adoro fazer. Eu só não gosto é da parete camaleônica. Se tem vaquejada, é um repertório. Carnaval, outro. São João, outro. Cada época se traveste de uma coisa. Não tem personalidade. É desagradável ver essa movimentação. Acho negativa”, dispara. Os forrozeiros também não ficam de fora das criticas de Miranda. “Do ponto de vista musical, eu acho que os forrozeiros têm que avançar também em relação à pesquisa de novas sonoridades. Os tempos estão mudando e as coisas não são estáticas. O forró não pode ficar nutrindo só sanfona e zabumba, porque se ficar ele morre. O fato de tocar um forró com ukulele ou piano não faz deixar de ser forró”, aponta. Além de defender a ideia de que os colegas de profissão precisam se aperfeiçoar, o artista também alfineta as rádios do estado pela ausência de entrada do forró nas programações. “As rádios da Bahia continuam insistindo burramente em não tocar forró nas rádios durante o ano inteiro. Eu não sei se os radialistas são cegos ou se é a mão do dinheiro que move isso. Num estado que tem o maior mercado de forró e o maior São João do Brasil, eles preferem trazer o sertanejo e insistir no defunto axé, que está tentando se renovar. É isso que me deixa preocupado, porque se fica tentando ressuscitar coisas, quando há coisas novas. Nós precisamos ser ouvidos”, finalizou.
SERVIÇO:
Projeto Forró no Parque
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Wilson Witzel
"O presidente Jair Bolsonaro deve ter se confundido e não foi a primeira vez que mencionou conversas que nunca tivemos, seja por confusão mental, diante de suas inúmeras preocupações, seja por acreditar que eu faria o que hoje se está verificando com a Abin e a Polícia Federal. No meu governo, a Polícia Civil e a Militar sempre tiveram total independência".
Disse o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, ao negar que manteve qualquer tipo de relação, seja profissional ou pessoal, com o juiz Flávio Itabaiana, responsável pelo caso de Flavio Bolsonaro (PL), e jamais ofereceu qualquer tipo de auxílio a qualquer pessoa durante seu governo, após vazementos de áudios atribuidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).