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fraude em pregao
O Comando do Exército flagrou uma tentativa de fraude em um processo licitatório realizado, nesta quarta-feira (26), para compra de camas, barracas, coldres, óculos, mochilas e outros objetos em um valor estimado de R$ 218 milhões.
A empresa banida do pregão iria adquirir R$ 58 milhões nos contratos. A organização pertence a um empresário suspeito de integrar um esquema que usa laranjas para ganhar contratos milionários com o Exército. A informação já tinha sido revelada pelo Portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, em dezembro do ano passado.
De acordo com a publicação, a entidade está sob investigação do Ministério Público Militar (MPM). A licitação em questão foi iniciada com o intuito de comprar itens necessários à caserna. A empresa MR Confecção e Representação LTDA, sediada em Brasília, tem capital de R$ 100 mil, e ganhou o processo ficando em primeiro lugar em 13 dos 36 lotes do edital. Os valores somados atingem os R$ 58 milhões.
Após ganhar esses lotes da concorrência, caberia à empresa fornecer 376,8 mil equipamentos dos mais diversos ao Exército.Um diretor da corporação disse que a MR Confecção já forneceu milhares de tendas, toldos, barracas e bolsas, entre outros itens, e que todos os produtos teriam sido entregues “pontualmente”, com a “qualidade de acordo com o exigido” e de “forma satisfatória”. O documento data de 2017.
Porém, tanto a MR Confecção quanto a Comercial Maragatos têm como sócio exclusivamente, o empresário Arthur Washeck Neto, famoso por ter sido preso em 2007, durante o escândalo de licitações nos Correios que desaguou no Mensalão. Segundo a publicação, foi o empresário que mandou gravar um diretor da estatal recebendo propina e assumiu ter aval do então deputado Roberto Jefferson (PTB), que seria um dos pivôs do escândalo.
A denúncia da fraude foi realizada por um concorrente do edital, após a MR Confecção ter sido habilitada e conseguir se sagrar como primeira colocada nos diversos itens da licitação. Pregoeiros do Exército afirmaram estar expresso no edital que não seriam aceitos “atestados de capacidade técnica emitidos por empresas que pertençam ao mesmo grupo econômico ou que possuam sócios em comum”.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Wilson Witzel
"O presidente Jair Bolsonaro deve ter se confundido e não foi a primeira vez que mencionou conversas que nunca tivemos, seja por confusão mental, diante de suas inúmeras preocupações, seja por acreditar que eu faria o que hoje se está verificando com a Abin e a Polícia Federal. No meu governo, a Polícia Civil e a Militar sempre tiveram total independência".
Disse o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, ao negar que manteve qualquer tipo de relação, seja profissional ou pessoal, com o juiz Flávio Itabaiana, responsável pelo caso de Flavio Bolsonaro (PL), e jamais ofereceu qualquer tipo de auxílio a qualquer pessoa durante seu governo, após vazementos de áudios atribuidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).