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A empresária e advogada Isabela Suarez foi homenageada com a Medalha de Mérito Ambiental, durante uma cerimônia de comemoração dos 50 anos do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Cepram). Presidente da Fundação Baía Viva e atual vice-presidente de Sustentabilidade Empresarial da Associação Comercial da Bahia, Isabela recebeu a honraria por suas contribuições para o setor.
O evento aconteceu na tarde desta quinta-feira (14), no Museu de Arte Moderna da Bahia, e contou com a presença do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, e do secretário de Meio Ambiente, Eduardo Mendonça Sodré Martins.
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A advogada e empresária Isabela Suarez será homenageada com a entrega da Medalha do Mérito Ambiental durante a cerimônia de comemoração aos 50 anos do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Cepram). À frente da presidência da Fundação Baía Viva, Suarez receberá a honraria nesta quinta-feira (14), às 17h, no Museu de Arte Moderna da Bahia.
O órgão superior do Sistema Estadual do Meio Ambiente (Sisema) é de natureza deliberativa, consultiva, normativa e recursal e concede essa homenagem anualmente para pessoas, empresas e instituições que tenham contribuído positivamente para a manutenção da qualidade ambiental ou defesa do meio ambiente.
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No último sábado (1), os moradores da Ilha dos Frades, na Bahia, contaram com a inauguração de mais um espaço, o Casarão Família Athayde, um Centro de Artesanato que pretende fomentar a economia da região. O estabelecimento foi inaugurado com a presença do Prefeito de Salvador, Bruno Reis, da advogada e Presidente da Fundação Baía Viva, Isabela Suarez, além de outras personalidades baianas.
A entrega faz parte do projeto desenvolvido pela Prefeitura de Salvador para requalificação das ilhas, e as ações contam com parceria da Fundação Baía Viva. Em entrevista ao BN Hall, Isabela Suarez celebrou as intervenções inauguradas e as novas obras que serão realizadas, ressaltando que vão beneficiar o turismo e melhorar a qualidade de vida de quem mora na ilha.
“Ações como essas reforçam uma campanha de revitalização turística iniciada pela
Fundação Baía Viva desde o ano 2000. O apoio da Prefeitura Municipal de Salvador significa uma aposta na força do setor turístico, náutico e pesqueiro como vetores de transformação e inclusão social das ilhas e seu entorno”, afirmou Isabela.
Sobre a parceria com a Prefeitura, a presidente da Fundação Baía Viva define como de confiança recíproca. “Desde 2019 a PMS apoia integralmente as ações propostas pela fundação Baía Viva, principalmente na restruturação do setor Náutico e de serviços. A presença do prefeito Bruno Reis em todas essas ações é fundamental e demonstram uma responsabilidade econômica-social com o segmento turístico e nós agradecemos imensamente essa parceria que certamente continuará sendo muito próspera”.
Os projetos realizados pela Fundação têm beneficiado famílias da região, transformando o lugar em local turístico e fomentando o crescimento da Ilha e entorno. Sobre a sensação de perceber que pode mudar de forma significativa a vida de pessoas através da Fundação Baía Viva, Isabela diz que é um “sentimento de realização e de gratidão a todos os empresários que viabilizam essa possibilidade". "Além disso, uma convicção constante de que o setor privado tem muito a colaborar com iniciativas de cunho social. Que nosso exemplo de voluntariado incentive vários setores da sociedade”.
Sobre as próximas ações da Fundação Baía Viva, a presidente quer “consolidar toda infraestrutura realizada, promover anualmente um calendário de ações ambientais e construir projetos que mantenham as ilhas no centro das rotas turísticas da cidade a exemplo do mercado municipal de Bom Jesus, que promete movimentar ainda mais a economia da região”, contou.
“Quem trabalha aqui conosco tem hoje um reconhecimento de gratidão pela marca da administração de vocês. Muito obrigado por reconhecer o potencial que a gente tem”, afirmou Isabela Suarez.
Confira fotos do novo Centro de Artesanato:
As obras de requalificação do Cais do Chico e a construção de um Ecoponto, na Ilha de Bom Jesus dos Passos, foram concluídas pela Prefeitura de Salvador e pela Fundação Baía Viva. As obras são fruto de uma parceria público-privada.
Antes de receber a intervenção, a antiga plataforma era utilizada para o embarque/desembarque precário de moradores da Ilha, que tinham que dividir o espaço com todo o lixo recolhido da ilha.
De acordo com o projeto, o cais conta com duas rampas para embarque/desembarque, quatro novos quiosques de alimentação, uma área para receptivo de turistas, novo salão de jogos para a comunidade, além de espaço para associação de barqueiros local. Já o Ecoponto contará com espaços para palestras de educação ambiental, horta comunitária, equipamentos para o melhor acondicionamento de reciclados além de um píer exclusivo para embarque do lixo da ilha com destino ao aterro sanitário.
Foto: Divulgação
MAIS OBRAS
Em breve, os moradores e turistas poderão aproveitar a nova orla da Ilha de Bom Jesus dos Passos, que já está em fase final de construção. O projeto contempla um píer exclusivo para o Posto de Saúde, destinado a transferência dos pacientes em situação de emergência para o continente, como também na região do Nordeste, complexo de dois novos restaurantes, píer de embarque/desembarque, quatro quiosques e núcleo de apoio esportivo, além de quatro retroáreas destinadas a marinas secas públicas no entorno da ilha.
Em palestra ministrada na última quarta-feira (2) durante a 11ª edição do Fórum de Sustentabilidade ADEMI-BA - Exportando Salvador, que este ano foi realizado em formato virtual, a presidente da Fundação Baía Viva, Isabela Suarez, comentou os impactos positivos do desenvolvimento econômico no turismo das ilhas dos Frades e Bom Jesus dos Passos, situadas na Baía de Todos os Santos.
Desde 2012 à frente da fundação, Isabela destacou em sua fala as contribuições da instituição com ações para resgatar o que ela chama de "bom turismo" na região e expressou o desejo de “deixar uma semente” para uma reflexão, que, segundo ela, tem sido uma “bússola” nos 20 anos de existência da Baía Viva: a ideia de que “o desenvolvimento econômico aplicado a partir de um bom planejamento pode perfeitamente conciliar a ideia de progresso e preservação”.
Antes de elencar os projetos específicos desenvolvidos pela fundação na Baía de Todos os Santos, a presidente salientou o projeto como “um dos mais transformadores” na região, não apenas pelo investimento econômico - segundo ela, a Baía Viva é a organização social que mais investiu na região -, mas “sobretudo na melhoria da qualidade de vida das pessoas e no equilíbrio dessas relações socioambientais tão desgastadas em função da situação de subdesenvolvimento”.
Isabela Suarez está à frente da Fundação desde 2012 | Foto: Reprodução / Youtube
Neste sentido, Isabela Suarez apontou como uma das soluções viáveis a atividade vocacional da região, que é o turismo, pois além da beleza natural é possível explorar a riqueza cultural e histórica do local, “palco dos principais acontecimentos que marcaram o período colonial da construção do nosso país”, além de ser a maior baía marítima do país e segunda maior do mundo.
Isabela, que é também advogada, empresária do setor imobiliário e coordenadora do Núcleo de Sustentabilidade da Associação Comercial da Bahia, resgatou em sua fala também o desordenamento ocorrido no século XX, que estancou o crescimento vocacional e auto sustentável da Baía de Todos os Santos, posteriormente retomado pela fundação.
“Foi com muita indignação e muito espírito público que em 1999 nós nascemos, portanto aí 21 anos de existência. Nós somos regidos com o macro objetivo de contribuir com ações concretas e recursos próprios para a revitalização das relações socioambientais de um dos cartões postais mais representativos da Bahia e do Brasil”, pontuou Suarez.
ILHA DOS FRADES
Em 2001, a organização social criou um plano de revitalização das ilhas e entorno, tendo como norte o desenvolvimento econômico aliado à preservação ambiental. Isabela explicou que o cartão de visita do projeto é a Ilha dos Frades, por uma série de características favoráveis, com destaque para a facilidade de acesso. Ela lembrou que de barco, a partir de qualquer terminal de Salvador, o turista não navega mais de 40 minutos para chegar ao local, enquanto que por via terrestre a viagem não leva mais que 50 minutos. Outro ponto positivo citado por ela é o nível de preservação do bioma, por conta da baixa densidade populacional, já que ela abriga aproximadamente 1800 habitantes.
Outro ponto forte de Ilha dos Frades apontados é a riqueza do patrimônio histórico, visto que abriga duas igrejas coloniais: a capela de Nossa Senhora de Guadalupe, na praia da Ponta de Nossa Senhora, e a capela de Nossa Senhora do Loreto, na fazenda Loreto. Ambos edifícios históricos foram recuperados através de ações da Fundação Baía Viva. “O restauro desses equipamentos pode nos colocar diante de uma possibilidade real de competitividade comparado a outros destinos, já que quando se fala de belezas naturais e infraestrutura, o Brasil encontra muita concorrência mundo afora”, defende Isabela Suarez, apontando um diferencial da Baía de Todos os Santos.
Vista aérea da Capela de Nossa Senhora de Guadalupe | Foto: Reprodução / Youtube
"Em Ilha dos Frades duas situações foram desenvolvidas paralelamente. Na localidade da Capela do Loreto nós tivemos a ideia de implementar um cerimonial de eventos, com o objetivo de reverter toda a renda arrecadada a partir do aluguel deste espaço, para a manutenção da centenária capela”, explicou Isabela Suarez, lembrando que ao contactar o cerimonial, está vinculada a contratação de mão de obra local.
Ela pontua também que a revitalização não se deu apenas na área externa da capela, mas avançou para melhorar a acessibilidade do local, através da construção de um pier em anexo, evitando que o piso frontal da capela pudesse ceder com o impacto dos barcos no atracadouro. Ela relatou que o acervo da Fazenda Loreto também foi recuperado.
Além disso, outra realização da Baía Viva é o Centro de Memória da Ilha dos Frades, uma espécie de museu ilustrado, que segundo a dirigente da instituição “conta um pouco da história da ocupação da ilha, passando por todas as marcas do tempo, fazendo recortes também nos aspectos culturais, econômicos e ecológicos”. O espaço é aberto ao público, mediante agendamento prévio.
Já do outro lado da ilha, na praia de Ponta de Nossa Senhora, Isabela detalha que a requalificação não se restringiu apenas à capela, mas alcançou vários equipamentos públicos, desde áreas como acessibilidade, requalificação de vias, instalações sanitárias e elétricas. Através de uma ação da fundação, ela conta que boa parte dos permissionários que ocupavam ilegalmente a faixa de praia foram transferidos para áreas privadas, “com restaurantes melhor equipados e montados com a capacidade de oferecer um conforto maior para o visitante”.
"Todo esse trabalho que sempre teve como premissa básica fortalecer a vocação turística do lugar, através de vias sustentáveis, rendeu a conquista da certificação Bandeira Azul, um programa importantíssimo de distinção ambiental, talvez o mais importante do mundo”, comemorou Suarez. “E a Ponta de Nossa Senhora foi a primeira praia do Norte e Nordeste a conquistar esse selo e essa distinção. Foi um ganho enorme não só para o local, mas também para a comunidade, já que esse destino foi automaticamente inserido nos roteiros internacionais de praia sustentável e com uma gestão ambiental adequada", destacou. Na última semana, a certificação foi renovada pela sexta vez pela Foundation for Environmental Education (FEE), referente à temporada 2020/2021.
Bandeira foi hasteada no sábado (5) | Foto: Reprodução
BOM JESUS DOS PASSOS
Já a Ilha de Bom Jesus dos Passos, com 2067 habitantes e menos áreas verdes, segundo a presidente da Baía Viva, passou por fortalecimento de setor de serviços e reativação de atividades náuticas, que sempre foram tradicionais na região, mas por conta do desordenamento o segmento ficou precarizado. “Nós projetamos a revitalização em duas áreas que estavam bastante decadentes, a área Sul e a área Leste da ilha”, explica Isabela Suarez.
Segundo a dirigente, três intervenções “fizeram toda diferença”: a construção de um pequeno estaleiro para recuperação e fabricação de barcos em fibra e madeira, impactando na criação de empregos e renda; a requalificação de terminal hidroviário, conhecido como Terminal do Birito, com recuperação de atracadouro e uma nova área para comércio de lanches e artesanato; e a ativação do Terminal do Brito, na área Leste, que ganhou Marina Seca, restaurantes e lojas de artesanato.
Estaleiro para recuperação e fabricação de barcos | Foto: Reprodução / Facebook
POTENCIAL
Destacando o potencial de desenvolvimento, para além da Ilha dos Frades e Bom Jesus dos Passos, ela lembrou de outros pontos da região, que apesar da ausência de investimentos públicos para a preservação do patrimônio, podem atrair o turismo. Dentre os edifícios históricos citados por Isabela estão o Convento de Santo Antônio, datado de 1700 e situado no município de Cachoeira; a fachada do que resta da Escola Imperial, primeira escola agrotécnica do Brasil, inaugurada por Dom Pedro II. Segundo Suarez, ela esteve em funcionamento de 1877 até 1930, e está localizada no município de São Bento das Lages e também pertencente a São Francisco do Conde. O Engenho Cajaíba, na Ilha de Cajaíba, que foi cenário da novela da Globo, Velho Chico, também foi outro edifício lembrado, além do Engenho Freguesia, localizado no distrito de Caboto, em Candeias, que hoje passa por intervenção do governo do Estado através do Prodetur, e abriga o Museu do Recôncavo Wanderley Pinho.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.